A Epopeia de Gilgamesh

A Epopeia de Gilgamesh Sin-léqi-unnínni
Anônimo
Anônimo




Resenhas - A Epopéia de Gilgamesh


130 encontrados | exibindo 121 a 130
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 9


Adailton 12/03/2016

Passeio na história da humanidade
Este livro tem muitos motivos pra ser lido, mesmo sem uma sinopse. Possivelmente a história mais antiga conhecida da humanidade, achado na escrita mais antiga até o momento, cuneiforme, e com aspectos de uma verdadeira saga heróica. O livro é contado em versos e trata da história do semideus Gilgamesh e de seu reino Uruk, na região berçária de várias civilizações chave na evolução da história (suméria, assíria, babilônica, akadiana). A história se passa, segundo historiadores, entre 2700 e 2600 anos a.c e apresenta um personagem possivelmente real de forma semi-divina atuando diretamente na formação do reino de Uruk, sua relação com a natureza e as divindades mitológicas. O que mais me intriga nesse livro são as semelhanças com livros bem posteriores como a bíblia e a odisséia, mostrando em parte a assimilação de cultura e lendas entre os povos dominados e dominantes da época.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Gabriel 19/04/2013

Um conto sobre a humanidade
Me impressiona muito que uma história que antecede Homero em um milênio e meio possa ser tão vívida e atual. Gilgamesh, antes de tudo, é uma perfeita representação da humanidade: os 5000 anos que separam seu tempo do nosso nos mostram o quanto a natureza do homem pouco se alterou.

Nessa epopéia é exposto valores e conceitos que conosco permanecem: a amizade, o desejo, a dicotomia dos instintos selvagens do ser humano com a civilização, o conflito do homem e da natureza, a busca vã da imortalidade e finalmente, o inevitável fim, que iguala o herói sobre-humano à todos os homens comuns.

A glória e a tragédia heróica que tanto influencia a narrativa até os dias de hoje também nos mostra que nosso mundo ainda carrega muitas semelhanças com o mundo antigo, e embora os limites do conhecimento tenham sido tão ampliados desde então, ainda vivemos com os mesmos anseios e temores: as forças imprevisíveis e massacrantes da natureza, embora desmitificadas, nos impressionam do mesmo modo. O medo solene do fim ainda nos assombra. O abismo da ignorância do que existe além-mar permamence.

Um livro imperdível para aqueles que apreciam mitologia. Vale a pena!



comentários(0)comente



Nat 22/09/2012

Gilgamesh foi o rei de Uruk. Dotado de grande poder e e beleza pelos deuses, Gilgamesh se tornou um homem forte e um grande guerreiro. Ele conquistava todas as cidades, todas as mulheres e não havia outro homem que pudesse se equiparar a ele. Até o momento em que os deuses, escutando os lamentos do povo que Gilgamesh não poupava, decidiram criar um “rival”. Enkidu nasceu da imagem criada pela deusa Aruru. Enkidu era um homem selvagem, que vivia nas colinas dentre as feras que aceitavam sua companhia como se fosse seu igual. Um caçador o encontra e, assombrado com sua força selvagem, fala com Gilgamesh, que entrega ao caçador uma rameira para que a mulher o tentasse. O encontro acontece, Enkidu cede e perde a capacidade (por assim dizer) de conviver em harmonia com os animais. Quando se deitou com a mulher, ele se tornou realmente um homem. Impressionado com o que ela conta sobre Gilgamesh e seu reino, Enkidu resolve desafiá-lo. A luta entre ambos é assustadora. Quando Gilgamesh tropeça na muralha da cidade, Enkidu o ajuda. O rei Gilgamesh percebe que encontrou o amigo dos seus sonhos premonitórios, já que Enkidu, ao invés de matá-lo como deveria, venceu a luta sem sangue derramado.

Uma história que vale a pena ser lida por diversos motivos. O texto reporta a uma cultura quase muito antiga, da qual poucos são os registros que ainda temos hoje. A antiga região da Mesopotâmia (que hoje abarca alguns territórios do Oriente Médio) é a região “berço do mundo”, onde a própria civilização nasceu, onde surgiram as primeiras formas de escrita. Além disso, se refere a uma cultura que poucos conhecem, mas que faz parte da história da humanidade. Este tipo de poema é o único que me dar prazer em ler (talvez porque contem histórias sobre mitologias e heróis épicos). Uma história onde aventura, moralidade e tragédia se reúnem, esse livro é indicada não somente por precederem as epopéias de Homero mas por sua qualidade e originalidade.

site: http://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com.br/2012/09/a-epopeia-de-gilgamesh-dl-2012.html
comentários(0)comente



Heitor 18/03/2012

A Mãe dos Epicos
A epopéia de Gilgamesh é a mais antiga epopeia encontrada em bom estado no mundo.
Ela se trata conta a historia de Gilgamesh, rei de Ur, em que é descrito que ele era 3\4 de um Deus, isso é, ele era um semi-deus.

Por ter 1\4 humano, isso é, ele é um mortal com a força e a inteligencia de um deus, Gilgamesh temendo a morte e o esquecimento vai à procura da vida eterna.

Essa historia diz bem a respeito que o homem deseja para si: Vida eterna, gloria infinita, e gozar de tudo que o mundo poderia oferece, essa historia, por mais que tenha sido escrita a 4.000 anos atrás, continua bem "atualizada", escrita em versos em tabuas de argila, A epopeia de Gilgamesh é um verdadeiro Epico historico, rico em detalhes e inspirador a qualquer um que queira ler!
comentários(0)comente



Coruja 18/02/2012

Na segunda parada de nossa viagem no tempo literária, vamos agora dar uma olhada no berço da civilização o lugar onde tudo começou, se formos levar a sério os estudos medievais sobre a localização do Jardim do Éden. Ali onde apareceram as primeiras cidades, nas margens férteis entre dois rios que deram ao mundo o arquétipo primeiro de todos os heróis.

Eu lhes apresento... Gilgamesh.

As primeiras marcas de uma escrita apareceram na Mesopotâmia, por volta de 3.000 a.C. os caracteres cuneiformes e também as primeiras cidades e o primeiro conjunto de leis (o famoso Código de Hamurábi). Naquela região, entre o Tigre e o Eufrates, grandes impérios floresceram: Suméria, Babilônia, Assíria. E ali também viveu o protótipo de todos os heróis, Gilgamesh, protagonista daquela que se acredita ser a mais antiga história escrita.

É difícil, contudo, colocar uma data exata nela. Acredita-se, por meio de referências cruzadas entre documentos de vários povos da região que, mais que um herói mitológico, Gilgamesh tenha sido um personagem histórico real, rei dos sumérios, responsável pela construção da Grande Muralha de Uruk. Não obstante, o que chegou até nós foram versões posteriores da história, resgatadas das bibliotecas de Assurbanipal, rei dos ferozes assírios, como parte das escavações arqueológicas que se espalharam como praga em meados do século XIX (a era romântica da arqueologia, quando tudo não passava de uma grande aventura e mais importante que cuidar do que era encontrado era mostrar os tesouros achados).

O poema começa com a descrição do herói, parte deus e parte homem belo, forte, sábio e poderoso, Gilgamesh tem tanta energia e é tão intenso que seus súditos imploram aos deuses que lhes dêem alguém ou alguma coisa que possa controlar seu rei antes que esse os leve à exaustão e à ruína.

É em resposta a esse desejo que nasce Enkidu, o selvagem, a própria natureza personificada, aquele que corre com os animais e assusta caçadores e pastores do reino. O caso é levado ao rei, que ordena levem à mata uma meretriz para seduzir o selvagem.

A partir do momento em que se deita com a mulher, Enkidu perde sua inocência (é a Queda, mais uma vez) e passa a ser repudiado pelos animais com que antes convivera. Sem alternativas, ele volta com a mulher para a cidade sua história é a própria passagem do selvagem para o civilizado e lá confronta Gilgamesh num duelo de mãos limpas.


Gilgamesh já o esperava sonhara com ele até e ansiava pela luta. Nenhum dos dois, contudo, é capaz de vencer o outro. Reconhecendo-se como iguais, os dois se tornam amigos inseparáveis, irmãos de alma, partindo juntos para conquistar novos territórios e enfrentando os próprios deuses até que estes decidem que um deles deve morrer pelo pecado do orgulho.

O fim dessa amizade é também o início da angústia da mortalidade, quando partimos então até Utnapishtim, sobrevivente do grande Dilúvio e único humano a quem os deuses deram a graça da imortalidade.

Gilgamesh, mais humano do que deus, em todos os sentidos maior que os homens, exceto por compartilhar com eles a mortalidade é o arquétipo em que se basearam de Homero a George Lucas e sua história é a primeira jornada do herói jornada em busca de conhecimento, cujo prêmio, mais que a vida eterna, é o próprio surgimento de uma sociedade organizada, civilizada.

Antes de todos os outros, Gilgamesh foi quem deu o primeiro passo. Então, anets de nos deixar sua inestimável herança, exauriu-se em trabalhos e, ao retornar, descansou e gravou na pedra toda a sua história.

(resenha originalmente publicada em www.owlsroof.blogspot.com)
comentários(0)comente



Fernando Lima 06/09/2009

Gilgamesh
O que pode ter mais apelo prum humanista?

Podemos ver que o dramalhão em que vivemos é milenar.

A narrativa até que é boa, com definição dos personagens e tudo mais. Mas peca nas mudanças de situações com um piscar de olhos. Não dava pra pedir muito.

Gilgamesh é o rei de Uruk, das grandes muralhas.

Logo no começo, conhece seu grande amigo, Enkidu, que é como um semelhante mais jovem dele, e que foi criado com os animais, perdendo sua inocência numa trapaça de uma rameira, pois, ao conhecer o prazer que uma mulher pode dar, os animais passam a recusar sua presença. Forte, a força era uma coisa muito cultuada na época (3000 A.C., diga-se de passagem).

Ele e seu amigo numa jornada para matar Humbaba, guardião da floresta e querido de Enlil (deus do pavimento), com o objetivo de qualquer herói antigo: deixar seu nome na história. Com a morte de Humbaba, enlil fica furioso, e numa reunião com os outros deuses, decide que um dos dois teria que morrer. O escolhido foi Enkidu.

Com a morte de Enkidu, Gilgamesh fica extremamente abalado e vai atrás de Utnapishtim, único humano imortalizado pelos deuses, para também conseguir imortalidade.

O ponto alto dessa história é que as coisas não dão certo pro herói.

Utnapishtim, conta pra Gilgamesh sobre o dilúvio, do qual ele foi escolhido como único sobrevivente, depois dos deuses se reunirem e decidirem que a humanidade estava em tal nível de maldade, que não mereciam mais viver. Enlil, num ataque de fúria, enviou o dilúvio. (Note que Noé é um grande impostor).

Ao final, Gilgamesh volta pra sua terra sem conseguir o que queria e morre.

O pulo do gato está na proposta de que todas as histórias sobre heróis já criadas, tanto por Homero ou de Alexandre, o Grande possam ser baseadas nesse conto. inclusive os deuses gregos podem ter se originado desta história.

Muita coisa do que falei aqui está no próprio livro, que vem com uma ótima explicação de toda a situação.
Largetha 31/08/2016minha estante
Como assim "peca" nas mudanças num piscar de olhos?


Jheinis.Duarte 14/04/2019minha estante
senti um spoiler nessa resenha ein kkkkkkkk


Erick 25/01/2021minha estante
Após ver como essa lenda passou até se tornar uma narrativa, dá para ver que ela não peca em nada nas mudanças. É algo "episódico", mas dá para ver a continuidade da narrativa.




130 encontrados | exibindo 121 a 130
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 9