Eminência Parda

Eminência Parda Aldous Huxley




Resenhas - Eminência Parda


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Gladston Mamede 04/05/2022

Ainda bem que me enganei. Achei que seria um romance. Quando comecei a ler, vi que era uma biografia. E uma excelente biografia crítica sobre José de Paris, a "eminência parda" do Cardeal Richelieu e de Luiz XIII. Detalhe: seguindo a tradição dos estudos místicos de Huxley, essa é a tônica do texto. Foi uma experiência fantástica, ainda que seja uma leitura lenta: há muito o que pensar ao longo da leitura.
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none 23/04/2020

O poder da França nas mãos de um frade descalço
O frei José du Tremblay biografado pelo Aldous Huxley é fruto de uma pesquisa realizada pelo autor na biblioteca da faculdade UCLA. Consultando livros de história da França (A história do sentimento religioso, de Brémond) e biografias mais ou menos credíveis do personagem que influenciou o cardeal escarlate Richilieu (atuando nas sombras do poder monárquico, daí o apelido eminência cinza ou parda).
É ficção, é ensaio filosófico, é romance histórico. Não se sabe tudo sobre a sua vida particular. O que se sabe foi extraído de terceiros. Que o admiravam e o odiavam. Foi um Stalin do seu tempo. Sabe-se que o líder soviético também estudou em colégio religioso com formação eclesiástica. Ainda que no caso, incompleta. Também foi poeta. Mas as semelhanças param aí. O poder da França era de direito dos monarcas Louis XIII e Marie de Médicis. Mas de fato quem governava era o conselheiro Cardeal Richilieu. Que tinha apoio na figura do frade capuchinho José. Eles decidiram o destino da Europa na guerra dos 30 anos. Desestabilizaram dinastias, enfraqueceram o poder real da propria França (acendendo o pavil reacionário ególatra de Louis XIV ) e promoveram a fome e o canibalismo na Alemanha.
Um frade descalço que estudou com mestres místicos, mas que tinha em mente a ascensão da França no cenário político e religioso, os meios justificavam os fins.
Huxley traça um paralelo dessa politica absolutista que almejava também a conquista das terras santas com as guerras mundiais do seculo XX. Lenin, Stalin, o kaiser prussiano, Hitler, Mussolini e demais ditadores e presidentes não tem mais interesses religiosos. Apenas interesses materiais sobre os seres humanos. A própria fé que eventualmente professam ou ideologia que doutrinam é carente de consciência e repleta de materialismo. Como pode haver civilização sem amor? Poder acima de tudo e de todos?
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Marzo 25/06/2012

Uma crítica filosófica sobre história, política e religião
O autor, faz uma crítica profunda e complexa sobre a vida e das atitudes de um personagem histórico, que apesar das pretensas boas intenções, causou epsódios degradantes e sangrentos por grande parte da europa. A visão aguçada de Huxley leva o leitor a refletir sobre até onde são verdadeiros, os motivos para ações de um "bem maior", tão defendidos por homens do estado ou das religiões e o quanto a história pessoal, com seus dramas e traumas, vaidades e desejos, realmente conduzem a maioria destas ações.
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Adri 23/01/2010

Abandonei, mas não queria
Eu estava adorando o livro. Acontece que eu o lia na biblioteca do pai do meu ex-namorado, que não emprestava livros pra ninguém e só deixava que se lessem lá. O namoro acabou e minha leitura também :( Depois não encontrei mais o livro. Se alguém quiser trocar, é só me mandar um recado.
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