Paixão Por Chocolate

Paixão Por Chocolate Care Santos




Resenhas - Paixão Por Chocolate


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Joice 30/01/2021

Personagens fictícios e reais se misturam
?Você sabe o que dizem; a paixão pelo chocolate não deve ser adiada nem reprimida. É preciso saber quando convém cair em tentação.? Cada história é contada do início ao fim, sem que a história das três sejam intercaladas. Esse formato de narrativa não me envolveu muito, já que ao terminar cada história a sensação que tive é que li três livros diferentes, ligados apenas pelo destino da peça de porcelana da Sra Adélaide de France. Apesar de ter esperado um pouquinho mais, gostei de ler um livro com uma proposta diferente. Paixão por chocolate é um livro muito bem escrito, cheio de passagens interessantes e marcantes e que valer muito a pena ? principalmente pela última história.
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Isabella Freire 22/04/2019

A paixão é multilateral ?
Terminei ontem um livro que foi garimpado por 10 reais na Bienal do Livro RJ de 2017, que decisão mais acertada foi comprá-lo! A capa e a sinopse prometem uma imersão na história - origem, costumes e sensações - do chocolate e ele cumpre com graciosidade a proposta. A história é contada em três atos, um em cada século e o fio condutor desses três tempos é um objeto peculiar, que está presente em todos os períodos: a chocolateira da madame Adelaide da França. O ponto de partida é o mais recente, onde Sara, Max e Oriol, três jovens aspirantes a chocolateiros na Barcelona dos anos 1990, tecem um apaixonante triângulo de amizade e outros desejos. Me vi nessa história de diversas formas, na relação de Sara e sua filha, na morte precoce da mãe de Oriol, na personalidade obstinada de Sara, em seus anseios que confrontam o status quo dos relacionamentos. Eu amei muito essa história, é completamente convincente e você se sente uma confidente linha após linha. Eu estou completamente obcecada por um livro inteiro sobre esses personagens, será que existe? Será que vai existir? Rs. O próximo período acontece no século XIX e remonta a mesma Barcelona tomada pelas aristocracias e seduzida pelo prazer do chocolate e da ópera. A obra se embrenha no universo da ópera com muitas minúcias ao assunto, posso dizer que aprendi algo. O último ato acontece um século antes, a mesma Barcelona e uma interação fervorosa com franceses, se aproximando das origens da chocolateira. Essa passagem é a mais cansativa das três e os nomes dão uma consistente complicada no idioma francês. O pano de fundo são as revoluções e as brigas pelo poder monárquico, a agitação é muita e a curiosidade para entender os conflitos instiga o leitor. Há também um epílogo que apresenta de fato o nascimento da tal chocolateira e não deixa pontas soltas. Depois que entendemos o fio condutor, é agoniante a busca pela chocolateira nas histórias, como se a estivéssemos procurando para dar tranquilidade à narrativa e de fato, só sossegamos ao encontrá-la. Louvável a forma que a autora trabalha as personagens femininas em todas as passagens, apesar de todo patriarcado das sociedades que retrata, e os homens tem grandes papeis, as personagens femininas reinam e são responsáveis pelo protagonismo. Outro ponto interessantíssimo é a pluralidade da narração. No primeiro e segundo atos trata-se de um narrador onisciente, porém, no primeiro ele conversa com o leitor adiantando alguns pensamentos mas muito pautado nas ações e nos diálogos, já no segundo, ele conversa com a protagonista, e isso é sensacional. O ritmo de narração muda de acordo com o ritmo dos sentimentos da personagem, causando uma experiência única. No terceiro, é o narrador personagem clássico, há até mesmo o formato de cartas para interlocução entre as personagens. Além de tudo isso, diversos personagens são reais e no fim a autora apresente um índice que informa as idiossincrasias de cada um, indicando um grande prestígio como historiadora. Preciso dizer que amei??
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Babi 07/05/2016

A paixão pelo chocolate não deve ser adiada nem reprimida.
Esqueça tudo o que você vai associar a esse título. Paixão por Chocolate não é nenhuma grande história de amor entre um casal de apaixonados. E, sim, uma declaração de amor ao melhor e mais saboroso doce de todos os tempos, o chocolate. Eu confesso que comecei a ler esse livro esperando algum romance de época bem escrito, mas o que eu encontrei foi a história de uma linda e delicada chocolateira de porcelana branca, com uma única identificação em azul em sua base, "Pertenço à Sra Adélaide de France".

A delicada chocolateira, que oferece apenas três xícaras do elixir dos deuses, terá sua história relacionada com as vozes de três mulheres - Sara, Aurora e Mariana - que viveram na cidade de Barcelona em épocas distintas. Cada história é contada do início ao fim, sem que a história das três sejam intercaladas. Talvez esse formato de narrativa tenha prejudicado um pouco o envolvimento com o livro, já que ao terminar cada história a sensação que temos é que terminamos três livros diferentes, ligados apenas pelo destino da peça de porcelana da Sra Adélaide de France.

"As pessoas - é próprio de nossa natureza - entendiam-se com tudo. Com os objetos, com a família, inclusive com elas mesmas. Não importa que tenham tudo o que desejam, que gostem da vida que escolheram ou que compartilhem seus dias com a melhor pessoa do mundo. Mais cedo ou mais tarde, todas acabam se entendiando com tudo." (p. 17)

O diferencial de Paixão por Chocolate é que a autora, Care Santos, escolheu um tipo de narrativa para cada uma das personagens. A primeira história que somos apresentados - que se passa nos tempos modernos - é a de Sara, que tem um narrador em terceira pessoa e onisciente. Sara é uma mulher presa em um triângulo amoroso com seus dois melhores amigos. Se por um lado intelectualmente sua alma gêmea é Max, seu marido, por outro, a alma gêmea de sua parte carnal é Hector, o melhor amigo de seu marido. E o que a chocolateira tem a ver com esse triângulo? Simples, Sara a compra quando sai pela primeira vez com os dois homens de sua vida, depois das aulas do curso de técnicas para chocolateiros que faziam juntos. Assim, a peça de porcelana fina e francesa se transforma no símbolo da amizade dos três.

A história da Sara não me conquistou tanto, algumas cenas eu achei meio forçadas para que a personagem parecesse alguém de mente aberta e rebelde. Algumas partes me empolgavam mais, outras menos. Dessa forma acabei perdendo o ritmo de leitura e perdendo as expectativas com o resto do livro. E que bom que perdi as expectativas! Porque depois da primeira história o livro foi ladeira acima.

"Estou vendo, Sara, que você está interessada em tudo isso que estou contando. Você é daquelas, como eu, que acha que as coisas do passado continuam vivas entre nós." (p. 144)

Ao contrária de Sara, Aurora é uma jovem totalmente submissa que não teve o privilégio de nascer em berço de ouro. Sua mãe era uma simples serviçal da família nobre Turull, do século XIX, e teve complicações no parto - o que a levou à morte, deixando sua recém nascida sob os cuidados da Sra. Hortensia Turull que tinha acabado de dar à luz a uma meninha chamada Cándida. Como um ato de agradecimento por Sra Hortensia ter cuidado de Aurora e ter lhe dado um teto, sua vida foi amarrada para sempre com a de Srta Cándida, a quem servia todas as manhãs o melhor chocolate da cidade em uma pequena chocolateira que dava apenas três pequenas xícaras.

Essa segunda história é narrada em primeira pessoa, como se a Aurora estivesse relembrando para ela mesma vários momentos de sua vida, com frases como "Lembra quando você...". Achei bem interessante esse formato de narrativa, já que ajudou a mostrar o lado humilde da personagem. E apesar de nessa altura do livro ainda não ter me empolgado com a leitura, gostei muito mais da história da Aurora do que a da Sara, pois não senti as cenas forçadas que senti com a primeira história. Mas, ainda sim, senti falta daquele momento em que você se sente totalmente envolvido com os personagens e apegados a eles.

A última história é narrada por forma de cartas escritas por Victor Philibert Guillot, o secretário pessoal das princesas Adélaide e Victoria. Victor foi à Barcelona a pedido da princesa, filha do rei Luíz XV, para investigar uma máquina criada pelo melhor fabricante de chocolates, o Sr Fernández. É, assim, que Monsieur Guillot acaba conhecendo Mariana, mulher do chocolateiro. Essa foi de longe a melhor história do livro! Repleto de mistérios e com uma pitada de romance, tudo narrado com o bom humor do secretário, com quem me identifiquei muito e fez valar o livro todo.

"Não costuma lhe acontecer que, quando move os pés, os pensamentos também se movem, lá em cima? Eu penso muito melhor com os pés em movimento, madame, e já faz muito tempo que descobri isso." (p. 351)

Apesar de ter esperado um pouquinho mais da história da espanhola Care Santos, adorei a oportunidade de ler um livro com uma proposta tão diferente. Sem falar que foi muito agradável passear pelas ruas de Barcelona ao longo dos séculos e sair um pouco do eixo EUA-Inglaterra. Paixão por chocolate é um livro muito bem escrito, cheio de passagens interessantes e marcantes e que vale muito a pena - principalmente pela última história.

site: http://www.ummetroemeiodelivros.com
Anna 05/03/2018minha estante
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Babi 05/03/2018minha estante
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Beta Oliveira 11/04/2016

"Você já sabem o que dizem: a paixão pelo chocolate não deve ser adiada nem reprimida. É preciso saber quando convêm cair em tentação. Nas jornadas de Sara, Aurora, Mariana vamos discutir quanta vida há em torno de uma chocolateira de porcelana. E talvez um pouco mais que isso.

Leia o texto completo no #AbrilImperdível do #LdM11.

site: http://livroaguacomacucar.blogspot.com.br/2016/04/cap-1168-paixao-por-chocolate-care.html
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