Utopía

Utopía Thomas More




Resenhas - Utopía


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Victor_lcnetto 01/04/2023

A utopia
Um livro bem fácil e rápido de ler. Interessante a forma como o tema é abordado e é claro sua inspiração em Platão. Um clássico de Tomás Mórus.
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Antonio Luiz 31/01/2013

As guerras religiosas e as injustiças resultantes do cercamento dos campos (a apropriação pelos senhores feudais das terras comunitárias das aldeias camponesas) levaram o ministro inglês Thomas Morus, a escrever uma história sobre uma ilha supostamente recém-descoberta por um marinheiro português chamado Rafael Hitlodeu (“o tagarela”, em grego) que Américo Vespúcio, a serviço de D. Manuel I, o Venturoso, deixara para guarnecer uma fortaleza em algum lugar da costa da América do Sul.

Seu nome era Utopia – do grego “ou+topos”: lugar nenhum. O mirante ideal para além das misérias do mundo real, tão diferente dos estados europeus católicos quanto dos protestantes. Ali havia tolerância religiosa, não havia dinheiro ou propriedade privada, os metais preciosos eram destinados aos fins mais utilitários e a função das leis e do Estado eram proporcionar felicidade e abundância à população. O contraste revelava como o egoísmo, a ganância e intolerância geravam os problemas do mundo real.

A ilha de Utopia ficava em alguma parte do Pacífico, perto da costa sul-americana. Havia sido descoberta por um marinheiro português chamado Rafael Hitlodeu que Américo Vespúcio, a serviço de D. Manuel I, o Venturoso, deixara numa fortaleza da costa da América do Sul.

Tinha a forma de um grande crescente com 1.800 km de circunferência e 320 km de largura na sua parte mais larga (cerca de 210 mil km², mais ou menos do tamanho da Grã-Bretanha ou do estado de São Paulo), abrigando um mar interior com 800 km de circunferência (cerca de 50.000 km²) ligado ao oceano por um estreito de 18 km de largura, que abriga perigosos recifes e bancos de areia. Possuía pelo menos um rio navegável, o Anidro, numa extensão de pouco mais de 100 km entre o mar interior e a capital, Amaurota.

Cada cidadão era instruído na agricultura, na guerra e em algum ofício - tecelagem, carpintaria, alvenaria etc. A jornada de trabalho é de seis horas diárias. Os cidadãos dedicam parte do seu tempo livre ao estudo.

Utopia era uma federação governada por um conselho geral que se reunia anualmente em Amaurota, formada por três anciões de cada uma das 54 cidades-estado, todas muito semelhantes. Cada uma das cidades dividia-se em quatro bairros e era governada por um barzanés ou ademos vitalício, que cada assembléia municipal escolhia, por voto secreto, entre os candidatos que os bairros indicavam pelo voto popular. A assembléia podia destituir o barzanés por tirania.

Cada assembléia municipal era formada por cerca de 200 filarcos ou sifograntes, eleitos anualmente e não reelegíveis, que chefiavam e representavam os filos ou casas - agrupamentos de cerca de 30 famílias (cada uma com 10 a 16 membros adultos chefiados pelo homem mais velho) que compartilhavam uma grande habitação comum. Essas habitações eram trocadas entre os filos a cada dez anos. O barzanés era auxiliado por um senado de 20 protofilarcos ou tranibores, eleitos anualmente pelo povo, que funcionava como conselho deliberativo e tribunal de justiça e era supervisionado por dois sifograntes convocados por revezamento a cada reunião do senado.

Discutir interesses públicos fora do senado e das assembléias constituídas era passível da pena capital, mesmo para os altos magistrados. Toda questão considerada importante era apresentada à assembléia dos sifograntes, que a comunicavam às famílias que representam, deliberam entre si e depois levavam sua opinião ao senado.

Eventualmente, o problema era submetido ao conselho geral da ilha. Os cidadãos mais promissores de cada cidade eram dispensados do trabalho manual para se dedicar inteiramente ao estudo, formando uma pequena elite meritocrática dentro da qual eram escolhidos os embaixadores, os sacerdotes, os tranibores e o barzanés. Os sifograntes geralmente não abandonam sua rotina de trabalho, embora possam fazê-lo quando quiserem.

O sistema familiar era patriarcal. Antes de casar, os noivos eram autorizados a examinar os corpos uns um do outro para verificar defeitos físicos. Se algum fosse encontrado, o contrato de casamento podia ser anulado. Não havia dinheiro e, portanto, não havia amor pela propriedade nem ganância. Cada pessoa recebia de um armazém comum aquilo de que necessitava.

A simplicidade era importante. As crianças ganhavam jóias para brincar para que associassem tais quinquilharias com criancice e não se interessassem por se adornar com elas depois de adultas. Havia liberdade de religião e a função das leis e do Estado era proporcionar felicidade e abundância à população, mas também havia escravos - pelo menos 2% da população total. Eram utopianos condenados a trabalhos forçados por violar as leis do país - por cometer adultério ou por deixar sua cidade sem autorização, por exemplo -, prisioneiros de guerra ou estrangeiros adquiridos de países vizinhos. Eram encarregados das mais sujas e fatigantes tarefas domésticas e rurais, incluindo o abate de animais.

O contraste entre a Utopia de Morus e sua Inglaterra real procurava mostrar como o egoísmo, a ganância e intolerância geravam os problemas do mundo real. Utopia é em boa parte a Inglaterra de cabeça para baixo. Curiosamente, o marinheiro português Aleixo Garcia - sobrevivente de um naufrágio na costa de Santa Catarina em 1516, ano da primeira edição de Utopia - encontrou cinco anos depois, seguindo uma trilha indígena, um grande Estado que curiosamente tinha algumas semelhanças com Utopia, incluindo a ausência de propriedade privada e dinheiro e a abundância de ouro e prata: o Império Inca.
Guilherme 30/01/2013minha estante
Uma resenha que conta a história do livro?


Antonio Luiz 31/01/2013minha estante
Descrever o cenário não é contar a "história", que no caso de Utopia é o que menos importa. Mesmo que fizesse algum sentido se queixar de spoiler em um livro de quase 500 anos. É como alguém se queixar de que lhe contaram o final da Bíblia... ;-)




Igor Albuquerqu 11/04/2012

Sonhador
Esse livro é realmente "fora de série", confesso que no início tive alguma dificuldade para compreende-lo devido a sua linguagem um pouco rebuscada, mas seguindo a leitura vi como é bela "a república" que nos é apresentada, como forma de crítica à europa de tempos passados.A leitura nos faz sonhar com uma ponta, senão total vontade de instaurar e viver em um lugar mágico como "Utopia". Realmente recomendo.
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MANO 21/02/2012

A Utopia
Publicado em 1516.

Utopia, do grego "em lugar nenhum".
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Paulo Silas 16/02/2012

Nesta obra, Thomas More cria o que seria uma sociedade perfeita - a ilha Utopia.

Com traços marcantes das características e modo de escrita de Platão, além da influência da idéia central da obra "A República", o autor renascentista aborda temas como a eutanásia, pena de morte, liberdade de crença e vários outros assuntos impactantes, "colocando em prática" o que seria uma sociedade perfeita, cujos cidadãos do local fictício seguem suas vidas determinadas pela filosofia epicurista e estóica (ao seu modo), desfrutando ao máximo os prazeres da natureza.

O autor apresenta ainda na obra os primeiros passos do que seria a utopia do comunismo/socialimos utópico.

Recomendo a leitura!
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Rodolfo Schreiner 16/12/2011

Em Lugar Nenhum
A Palavra "Utopia", que em grego significa "em lugar nenhum", foi usada por Thomas More para designar a ilha deserta imaginária na obra Sobre o melhor estado de uma república e sobre a nova ilha Utopia. Mores fez severas críticas à sociedade inglesa e européia, ao mesmo tempo que apresenta a ilha Utopia como um lugar em que a sabedoria e a felicidade do povo decorrem de um sistema social, legal e político perfeito, guiado pela razão. A Utopia fez muito sucesso em sua época e tornou-se modelo de todas as concepções posteriores do gênero.
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Lilly 14/03/2011

Ler é uma arte. Às vezes, é preciso ter paciência e buscar o prazer nas novas informações. Eu gostei muito de ler A Utopia e já reli algumas vezes, a última foi em 2006 mas já tenciono lê-lo novamente. Fiquei um pouco decepcionada com a pessoa do Thomas More quando assisti a série The Tudors. Eu não sabia que o Thomas More havia sido um tipo de conselheiro de Henrique VIII e muito menos que ele tinha sido um ferrenho defensor da Santa Inquisição na Inglaterra perseguindo, torturando e matando todos aqueles que pregavam a doutrina protestante.Nossa, eu sempre fico chocada com atos de intolerância. Principalmente, quando vem de pessoas com tanta lucidez e boas intenções como o Thomas. Isso só vem nos mostrar que o fanatismo é uma doença que corroi tudo que tem a infelicidade de tocar. =(
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Dani 17/03/2010

A Utopia de Thomas More
Embora Utopia signifique lugar nenhum, ela representa uma ilha com uma comunidade perfeita. O livreto descreve o encontro de Thomas More, seu amigo Peter Gilles, e um velho estrangeiro chamado Raphael Nonsenso no jardim do hotel de More, na Antuérpia. Raphael é um antigo marinheiro que viajou com Américo Vespúcio. Após a morte de Vespúcio, Raphael continuou a viajar para novos lugares, incluindo Utopia.Sua descrição da terra ideal compreende o escopo da estória. Utopia é um lugar onde não há propriedade privada, onde todos trabalham, mas sem exageros. Os moradores de Utopia trabalham por três horas pela manhã e por três horas a tarde com um intervalo de duas horas no meio. Os empregos não dependem da pessoa ser homem ou mulher ou da sua formação anterior. Todos em Utopia vestem uma mesma roupa lisa. Os moradores de Utopia adultos não usam jóias; eles consideram os metais preciosos e as jóias como brinquedos para crianças. Um trecho do livro descreve a chegada de embaixadores estrangeiros. Eles usavam as jóias extravagantes e as vestimentas das cortes européias. Quando eles desembarcaram, eles ouviram, por acaso, as crianças rindo e dizendo: "Olhe para os bebezões". Os embaixadores logo perceberam que os seus jogos de prestígio não iria funcionar em Utopia, e eles tiraram as jóias. Embora nós, como leitores, podemos ser tentados a pensar que estas são as visões idealísticas de More, assim como o personagem de sua história, ele leva um certo tempo para aceitar todo o estilo de vida utopiano.Entretanto, Utopia é um ataque amargo a sociedade do renascimento cristão europeu. Ironicamente, os habitantes de Utopia são pagãos, apesar de que, na prática, eles são melhores cristãos que os cristãos europeus. Em outras palavras, os habitantes de Utopia são pacíficos, amáveis e respeitáveis. É ensinado a cada criança a cultivar a terra e sua educação artística liberal não tem fim em uma determinada idade. Entretanto, More não concorda com todas as práticas dos moradores de Utopia, ele permanece com muitas de suas idéias. Assim, o livro termina com More dando conta de que Inglaterra e Europa jamais irão adotar uma visão utopiana
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Njaine 27/01/2010

Minha Resenha
a minha resenha encontra-se no link abaixo:
http://oitoeoitenta.wordpress.com/2008/05/12/utopia/
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Barroso 07/01/2010

primeira resenha
"A idéia principal é interessante, uma sociedade onde nada é privado, o que conta é o bem público. As soluções econômicas apresentadas são boas, mas as questões sociais deixam a desejar, apesar de não se ter solução aparente para as mesmas."
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Nii. 01/01/2010

Utopia está entre meu livros preferidos,sem dúvida por ser uma obra precursora e que até hoje é atual!
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Diegão 23/12/2009

Do Caramba
Bem, o que Thomas More idealizava de um regime socialista é otimo,pena que é impossivel implanta esse sistema.
Bom falando do livro é um pouco maçante a história, porem se prestar atenção é uma historia fantastica no qual o autor nos conduz em um mundo supostamente perfeito.
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