Amanda 15/01/2021
Se eu não gostasse tanto do Ciclo de Avalon...
Não teria lido mais de 50 páginas do primeiro volume, ?A teia de luz?, que é imprescindível para a compreensão desse segundo. Como os dois livros são praticamente duas partes de um livro só, ?A queda de Atlântida?, tudo que falo nessa resenha serve para ambos. Se Atlântida realmente existiu e era como a Marion Zimmer Bradley descreve, que bom que foi destruída. Uma sociedade baseada na misoginia, escravidão, elitismo e nepotismo, com direito a divisão de castas, escravas sexuais e toda uma bizarrice que tornou os dois livros quase impossíveis de se ler. Contudo, ignorando minha revolta sem sentido por questões socioculturais presentes num livro escrito anos atrás para tratar de uma sociedade que, supostamente, é ainda mais antiga e por isso seus costumes arcaicos não deveriam me chocar, é muito interessante para quem já leu As Brumas de Avalon tentar adivinhar (no meu caso pelo menos, não achei tão óbvio e fácil de decifrar) quais personagens são as reencarnações das personagens das Brumas. Pessoalmente, não a achei a leitura fluida, assim como em todos os livros da autora, salvo uma ou outra exceção, a história se arrasta e só começa a se desenvolver da metade para o final. Mesmo com o pano de fundo das Brumas de Avalon, não achei as personagens carismáticas e não consegui gostar das protagonistas da trama por mais que soubessem quem representam. Li só porque quero completar o Ciclo de Avalon na ordem cronológica das histórias e entender a criação de Avalon que será tratada nos próximos livros.