Raposo 03/01/2024
Começando o ano com uma (re)leitura ?
Ok, esse é um texto que está, pelo menos, 5 anos atrasado. Sério, li Placa Tectônicas a primeira vez em idos de 2019 e, na época, acho que fiz um texto bem curtinho no meu IG, mas nunca consegui escrever algo que demonstrasse o quão admirável achei esse quadrinho.
Chegamos em 2024 e cá estou para fazer o devido jus à obra de Margaux Motin, que merece toda atenção que seja possível, pois temos aqui um quadrinho que te pega pela mão e te faz refletir, te põe no lugar da protagonista - que é a própria autora - e faz você ver que a vida é um mar de emoções, que por muitas vezes nós acabamos por complicar mais do que o necessário.
A forma narrativa que a autora escolhe é interessante, em especial por ser uma obra focada na própria. Aqui ela opta por nos entregar as nuances, incertezas, medos, amores e por aí vai, contudo faz isso de uma forma que nos empolga, que dá vontade de virar a página e ver qual a próxima presepada que nos espera.
É bacana ver o ponto de vista de uma mãe solteira, recém divorciada que precisa equilibrar a vida de mãe, trabalho, vida social, questões do coração e ainda lidar com toda parte que envolve superar o término. Essea fatores, inclusive, são o que dão um tom a mais ao quadrinho, porque faz a gente ser pego em alguma coisa lugar comum para nós, o que coopera muito na imersão dentro da trama.
Além disso, a arte é um charme a parte e consegue encantar de uma maneira que, em algumas páginas, você perde uns momentos admirando a composição de cena.
No mais, dá para deixar claro que, sim, eu super indico "Placas Tectônicas", muito por ele ser o tipo de obra que só se engrandece com o passar do tempo. É aquele tipo de obra que aborda a vida de uma maneira única e, por isso, entrega algo cativante.