Aline 26/10/2016
Valéria é diretora de um colégio de ensinos fundamental e médio. Desempenha seu trabalho com muito amor e dedicação. Até que estranhos acontecimentos começam a acontecer com alguns de seus alunos. Desesperada e sem saber como lidar com tudo o que está acontecendo, ela começa a procurar meios de entender e resolver os problemas. E é nessa busca por respostas que ela conhecerá Maurício, que a auxiliará em sua jornada e lhe apresentará muito mais do que ela pode imaginar.
"-(...) Não se permita nenhum momento de desânimo, que os companheiros desencarnados, desejosos de derrubá-la, aproveitarão de modo a criar mais confusão, não apenas com os alunos, mas também com seus funcionários. Assim, não se permita cultivar atritos com ninguém. O tempo todo deve estar vigilante para que não a envolvam em alguma situação desagradável, ou por uma palavra mal colocada, algo que se ouve errado. Enfim, os adversários do bem irão usar todas as oportunidades que tiverem de gerar atritos entre vocês." (p. 179)
Valéria é uma mulher íntegra, dedicada, atenciosa. Mesmo diante das adversidades, não se esconde da vida, pelo contrário, encara tudo de peito aberto. Dona de um grande coração, procura sempre ajudar as pessoas, fazendo tudo que lhe é possível.
Maurício é um médico que dedica seu tempo e amor ao trabalho. Centrado, carinhoso e dono de uma índole inquestionável, auxilia sempre as pessoas que lhe procuram.
Valéria e Maurício se conhecem de maneira inusitada, mas desde o início sentem que algo os atrai. O médico ajuda Valéria de forma esclarecedora, oferecendo ajuda e explicações sobre tudo o que está acontecendo e como lidar com as diversa situações. Ambos acabam se aproximando e se envolvendo, mas o romance dos personagens não é o foco da história, embora se dê de maneira bonita, natural e gradual, sem nada forçado.
Dentre os personagens secundários, de fundamental importância para a história, gostei muito de Denise, amiga e braço direito de Valéria na escola; Celeste, amiga; e Daivid, José Antônio e Paulo, adolescentes que entraram de maneira desagradável na vida de Valéria, mas que com muito esforço e dedicação da diretora, se tornaram uma grata surpresa para ela.
"(...) Daimon era a designação que no passado se dava a "ser espiritual". Não tinha a conotação pejorativa e terrível que foi acrescentada posteriormente. Daimon, segundo Sócrates e Platão, era apenas "espírito". Muito depois, passou erroneamente, a significar "seres criados para o mal"." (p. 285)
Narrado em terceira pessoa, Um novo dia para amar trás uma visão abrangente dos acontecimentos, nos permitindo visualizar a situação como um todo. Com capítulos curtos e detalhes na medida certa, a leitura é bastante instigante e flui rapidamente.
(+) Leia a resenha completa no blog.
site: http://literalizandosonhos.blogspot.com/2016/10/resenha-um-novo-dia-para-amar-celia.html