Luiza Riveiro 19/06/2020Se alguém me dissesse, há um pouco menos de dez anos, que Jogos Vorazes era um livro político, eu ficaria impressionada. Quando li pela primeira vez a trilogia da Suzanne Collins, eu achava que a literatura era uma válvula de escape, e que não havia lá muita relação entre ela e o mundo ao nosso redor. Durante a faculdade, essa visão mudou e reler Jogos Vorazes me fez perceber isso mais ainda.
É muito comum (principalmente no meio acadêmico) a gente escutar pessoas falando que best sellers e livros atuais não têm nada para acrescentar, que não fazem o leitor pensar. Bom, com toda certeza essas pessoas nunca leram uma página de Jogos Vorazes. Esse é um livro que te faz refletir muito sobre a nossa sociedade: as desigualdades, as manipulações feitas pelos governos, a espetacularização de mortes, o surgimento de uma rebelião...
O que mais me chamou atenção ao reler a trilogia foi o poder que ela dá. A construção do livro é fantástica: nós vemos uma evolução dos personagens, que são bem desenvolvidos junto com uma escrita que te prende. Você se emociona, você julga personagens e depois entende suas ações, você aprende.
Antes de começar a releitura, eu estava apreensiva. Tinha medo de que, ao reler Jogos Vorazes, a visão que tinha do livro mudasse e eu passasse a detestá-lo. O que aconteceu, foi exatamente o contrário. Fui surpreendida, arrebatada, na verdade. Ele virou um dos meus livros favoritos e é até difícil de escolher qual dos três volumes eu gosto mais. Então, se você nunca leu Jogos Vorazes, por favor, leia. E se você já leu: quem sabe não é a hora de uma releitura?
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