Jefferson Vianna 18/05/2018
O verão sempre chega outra vez...
Quantas vezes a vida lhe exigiu recomeços? Quantas vezes a dor invadiu o seu coração e por um momento você pensou que seria o fim? Quantas vezes a vida te virou do avesso e lhe obrigou o auto-ajuste? Em “Você não pode ser o Oceano”, somos convidados a conhecer a história de Lucas, um adolescente de 17 anos, em busca respostas, capazes de aliviar seus intensos e insaciáveis questionamentos à cerca da vida e da morte, do amor e da rejeição, do medo e da ousadia e etc. O livro é uma espécie de diário, onde o protagonista evidencia as suas impressões através de breves relatos, expõe os seus medos e as suas expectativas a respeito do amor e das suas consequencias. Durante a narrativa, o autor aborda sentimentos diversos, que são pertinentes na fase da adolescência como, por exemplo, a descoberta da sexualidade, o sentimento de rejeição, a aceitação do próprio corpo e da própria identidade, a insegurança que acomete os principiantes, a depressão que se manifesta através do isolamento e do medo de não ser aceito, os pensamentos sabotadores (drogas e suicídio), entre outros. Confesso que me identifiquei muito com este livro, ele “tocou” em minhas (muitas) feridas, ou seja, fez-me parar diversas vezes para refletir. O livro deixa uma mensagem muito bonita, de que pouco importa quais são os seus problemas, ou a causa da sua dor, você não pode ser o oceano, no entanto, sempre poderá RECOMEÇAR! "O verão sempre chega outra vez!"
Muitos foram os trechos destacados por mim, entre eles: “Tenho medo das minhas profundezas. Medo de me mostrar como realmente sou e as pessoas irem embora por não gostarem do que vêem em mim” (pg.127) e “Meu filho querido, as melhores pessoas que o mundo já conheceu carregam cicatrizes.” (pag.159).