spoiler visualizarLuke 22/11/2021
Uma fantástica aventura
Já ouviram falar na Jornada do Herói, certo? Então, incontáceis histórias da cultura popular seguem elmentos dessa Jornada e, sério, é muito interessante ver como cada responsável pela história interpreta, mistura e impõe a Jornada. Com Lloyd Alexander não é diferente e, tampouco, com os escritores das décadas seguintes. É, de fato, intrigante (no bom sentido) notar os elementos congruentes e as anologias das clássicas histórias de fantasia e as As Aventuras de Prydain, de Lloy Alexander. Principalmente no que toca as bases folclóricas que compõe a mitologia de Prydain, e, também com a comparação à geografia do País de Gales. Se por um lado Prydain não é Gales, a mitologia de Prydain, por outro, é uma interessante harmonia com o folclore celta. Taran, é um herói em ascenção, de origem humilde. Gwydion, é o guia, é o exemplo de herói que Taran tentará seguir. Eilonwy é a iluminação, a perspectiva da sabedoria feminina e a proximidade relacionável de Taran. O Rei de Chifres, a personificação da tirania e do medo. Já deu pra notar semelhanças? Taran é o típico herói, me lembra muito o Frodo, de Tolkien, e outros heróis posteriores: Luke Skywalker, Harry Potter, Eragon. Gwydion me parece muito com Aragorn. E, por fim, Eilonwy é tão tagarela como a Anne, de L. M. Montgomery, (anterior à Prydain), tão inteligente como Hermione Granger, e da realeza como a Princesa Leia Organa. As referências folclóricas celtas são comuns às Crônicas dos Caçadores de Sombras, de Cassandra Clare: Gwyn, o caçador, Arawn, o rei com cornos, o reino das fadas, cuja entrada é subaquática. O Povo Pequenino, entretanto, também aparece nas aventuras feéricas de Sarah J. Maas.
Em suma, a jordada do herói e seus elementos não representam um problema na construção de históricas fantásticas, tampouco, representam uma deficiência de criatividade. Ao contrário, para escritores de imaginação fértil como outrora fora Lloyd Alexander, esse é um passaporte para construir uma história que perdura até hoje como referência no quesito fantasia fantástica, mitológica, medieval e heróica.