Daniel432 25/07/2012
A Reforma e o Diabo
É tido e sabido que a Reforma Protestante ocorreu, principalmente, em função da descabida e aberta comercialização das indulgências por parte do clero católico, o Papa incluso.
O objetivo do autor é mostrar que esta não foi a principal causa da revolta de Martinho Lutero com a Igreja Católica. Segundo o autor a principal razão seria o diabo, o demônio.
No livro, o autor demonstra como o tinhoso esteve presente na vida de Martinho Lutero desde a mais tenra idade e que foi o fato dele ver o diabo em tudo e em todos, inclusive no Papa, é que fez com que se revoltasse contra os preceitos católicos. Lutero é apresentado como obssecado pelo diabo, tudo para ele era fruto da manipulação do demônio. O autor chega a relatar trechos de falas de Lutero que, em princípio, são incoerentes pois aviltam a figura do próprio Jesus Cristo e, nestes casos, o autor pergunta se o diabo não estaria no corpo do próprio Martinho Lutero.
Quando comecei a ler este livro, imaginei que a "Igreja do Pecado" constante no título fosse uma referência à Igreja Católica, porém ao longo do livro fiquei com a impressão de esta "Igreja do Pecado" seria a Igreja Luterana em função da ligação do demônio com o pecado. Mas, ao final, o autor deixa claro que a "Igreja do Pecado" é realmente a Igreja Católica.
Como conheço pouco da vida de Martinho Lutero fica difícil dizer se há exageros por parte do autor - o que não é impossível uma vez que o mesmo é bastante crítico.
Ao finalizar a leitura deste livro, ficou, para mim, a impressão de que terei que ler uma biografia de Lutero para comparar com o ponto de vista defendido por Fernando Jorge.