Simone 18/05/2016
Contagiante! Horripilante! Sensacional!
Tudo se inicia com Alice, filha de um dos personagens protagonistas nos dias atuais, contando em detalhes a história do pai e de tantos outros envolvidos, algo — diga-se de passagem — tenebrosamente assustador, onde os acontecimentos se interligam a falta de caráter de um e a fé em Deus de tantos outros, acabando, por fim, sendo finalizado em um real acontecimento datado em 1 de Fevereiro de 1974 na cidade de São Paulo, onde um incêndio provocou a morte de 191 pessoas e deixou mais de 300 feridas, no edifício Joelma.
1973 — Tatuí, São Paulo
Waldemar, 44 anos, acabara de perder o filho Wagner, de 13 anos. Ele e sua esposa, Luíza, estão desnorteados, ambos ao seu modo. Ele, entregando-se a bebida e querendo a todo custo mudar-se de Tatuí. Ela, entrando numa profunda depressão e não querendo se mudar da cidade. Desta forma, em mais uma manhã, ele resolve afundar sua dor em bebida, porém, assim que adentra o bar do Zé do Leite, se vê de frente a um novo visitante, que, por sinal, está se deliciando com um torresmo gorduroso e refrigerante.
"— Você não é daqui. Veio pra festa?
— Vim sim. Meu nome é Rogério. E o senhor se chama?
— Waldemar. Mas não me chame de senhor. Apesar da minha cara de acabado eu tenho só 44 anos.
— Ah, me desculpa, é só por educação. Satisfação, Waldemar. — Estendeu a mão. — Eu vim conhecer a cidade, soube da festa, desembarquei agorinha do trem.
— E veio de onde?
— Da capital. Eu sou pastor da Igreja Rebanho Divino e também trabalho como corretor de imóveis. E o senhor, digo, você faz o quê?
— Já fiz de tudo na vida. Hoje só bebo — queixou-se." (Livro: O Edifício, Pág.15)
P.S: Confira a resenha completa no link abaixo.
site: http://simonepesci.blogspot.com.br/2016/05/falando-em-o-edificio-de-susy-ramone.html