Reivindicação dos Direitos da Mulher

Reivindicação dos Direitos da Mulher Mary Wollstonecraft




Resenhas - Reivindicação dos direitos da mulher


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Profa..Moreira 19/05/2020

Marco do Feminismo Teórico
Reivindicação dos Direitos da Mulher é um marco teórico do feminismo. A autora escreve esta obra como resposta à Constituição Francesa que não reconhecia as mulheres como cidadãs. Wollstonecraft analisa os prejuízos da exclusão das mulheres da política e na educação na sociedade europeia. Os três últimos capítulos, a autora mostra a importância de se incluir as mulheres na vida política e economia do Estado Nação na Europa do século XVIII.

Resenha completa no canal do YouTube https://m.youtube.com/watch?v=5DbgVFsP7g4
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Juliete Marçal 18/05/2020

A luta pela igualdade de gênero continua atual.
"Reivindicação dos direitos da mulher" é considerado um dos documentos principais referentes ao pensamento feminista. A sua publicação em 1792, pouco depois da Revolução Francesa, foi uma resposta à promulgação da Constituição Francesa de 1791, que excluía as mulheres do papel de cidadãs. Aqui, nota-se, que as ideias iluministas influenciaram a criação desse documento, e isso ajudou a autora a enfrentar grandes nomes do pensamento filosófico da sua época, indo na contramão de seus pensamentos, como por exemplo, de Rousseau que é citado no livro, além de ser o seu alvo principal, atacado de forma direta e irônica.

"O ser que pode governar a si próprio não tem nada a temer na vida."

A grande defesa de Mary Wollstonecraft é a educação, sobretudo, a feminina, defendendo que as mulheres devem ser educadas intelectualmente. Ela também discorre sobre a valorização moral em bases cristãs, - ainda que ela tenha tido uma vida fora do comum, transgressora e à frente do seu tempo, principalmente a amorosa, fora dos padrões -, e a fervorosa defesa da razão e do pensamento racional (trazido do Iluminismo).

"Desejo persuadir as mulheres a se esforçarem para adquirir força tanto da mente quanto do corpo."

A autora critica a educação feminina voltada para os bons modos, a beleza e a graciosidade, que segundo ela, enfraquece a mente da mulher, tornando-a submissa e infantilizada, o que seria ruim para a sociedade, e que nada mais é do que o resultado da maneira que são criadas. Basicamente, ela aponta aspectos da sociedade que não colocavam a mulher e o homem em pé de igualdade e que criando mulheres de forma diferente dos homens, acaba-se criando mulheres que não estarão aptas para viver em sociedade.

"Espero que meu próprio sexo me desculpe caso eu trate as mulheres como criaturas racionais, em vez de adular suas graças fascinantes e considerá-las como se estivessem em um estado perpétuo de infância, incapazes de ficar sozinhas."

Longe de ser uma leitura fluida, trata-se de um livro complexo que se repete bastante a fim de nos fazer entender e de argumentar a favor dos direitos igualitários da mulher. Durante a leitura me vejo concordando e discordando com muito do que a autora defendia, mas consciente que ela baseia sua análise com o mundo que conhecia, há mais de 200 anos, o que é bastante compreensível.

O fato da autora dialogar com outros autores, pode deixar o leitor um pouco perdido quando não se sabe de quem se trata, apesar das notas contidas no livro. Enfim, o livro não traz coisas tão novas, porque avançamos em muitos aspectos em relação às diferenças de gênero, porém podemos ver que ao compararmos com os tempos atuais, ainda existem algumas questões que permanecem quase da mesma forma e que continuam sendo discutidas.

"O entendimento do sexo feminino tem sido tão distorcido por essa homenagem ilusória que as mulheres civilizadas de nosso século, com raras exceções, anseiam apenas por inspirar amor, quando deveriam nutrir uma ambição mais nobre e exigir respeito por suas capacidades e virtudes."


"Eis um texto escrito em fins do século XVIII que continua atual."

^^
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Adla Kellen 10/04/2020

Mary Wollstonecraft escreveu Reivindicação dos direitos da mulher para contestar a dominação do homem sobre a mulher em plena Revolução Francesa.

"Desejo persuadir as mulheres a se esforçarem para adquirir força tanto da mente quanto do corpo..."

Muitas das afirmações que ela faz no livro ainda vivemos no dia de hoje. Ela questiona o fato de meninos serem livres, correr, subir em árvores, enquanto meninas ficam presas em casas aprendendo a ser uma boa moça ou brincando do boneca. Enquanto mulheres ela nos mostra que precisamos ser livres. Fazermos o que quiser e enveredar por qualquer profissão.

Mary questiona e nos mostra também que precisamos aprender sobre cultura para termos conversas de igual para igual com os homem. Portanto, ela afirma que precisamos de educação para termos opinião crítica.

A mensagem que fica é devemos, nós mulheres, defendermos nossos ideais e cultivar nosso intelecto.
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Mariana Dal Chico 19/02/2020

“Reivindicação dos direitos da mulher” de Mary Wollstonecraft foi publicado em 1.792 em resposta à Constituição Francesa de 1791, que não incluía as mulheres na categoria de cidadãs.

Minha edição da @boitempo tem o prefácio de Maria L. Q. de Moraes, que ajuda a criar um panorama socio/político/econômico da época. Wollstonecraft defendia a igualdade de todos os seres humanos com um “feminismo que se opõe à escravidão dos africanos e indígenas e à escravidão doméstica” p.10

A autora dialoga com vários autores e contesta com veemência as ideias que lhe parecem absurdas. Wollstonecraft apresenta alternativas e soluções para os problemas levantados.

Sua principal defesa é em relação à educação igualitária de meninos e meninas, sem que as garotas sejam confinadas em salas aprendendo a bordar e a arte de “conseguir um bom casamento”.

O capítulo 5 “Censura a alguns dos escritores que têm tornado as mulheres objetos de piedade, quase de desprezo” é o que gerou mais anotações indignadas de minha parte nas laterais do livro. Aqui ela rebate a ideia de que mulheres não são capazes de raciocinar e deveriam aprender desde crianças a aceitarem sua vida de submissão aos homens.

É um texto repleto de ironia, sagacidade e, por vezes, duro demais.

“Uma mulher assim tem de ser um anjo — ou um asno —, porque não distingo qualquer traço de caráter humano, de razão ou de paixão nessa serva doméstica, cujo ser é sugado pelo ser do tirano.”p.127

Ao fazer a leitura desse clássico feminista, é preciso ter em mente a época em que foi escrito, principalmente ao se deparar com as referências bíblicas e como disse Virginia Woolf “… não parece algo novo, pois sua originalidade tornou nosso lugar-comum”.

Foi impressionante constatar que muitas coisas que tenho acesso, só foram possíveis por causa da luta de mulheres que me antecederam, ainda há muito o que mudar e em muitas partes do mundo, as mulheres ainda não conseguiram adquirir os mesmos direitos que nós, brasileiras, temos. Enquanto uma mulher pode ser presidente do Brasil, em algumas culturas o casamento é arranjado pela família e elas são completamente dependentes dos homens.

site: https://www.instagram.com/p/B8XAIXQDQlF/
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Day 23/01/2019

Veja bem, para a época em que foi escrito, é um livro incrível. Super a frente do seu tempo, com questões fundamentais. Além disso, retrata muito bem como foi surgindo e crescendo o feminismo.
Contudo, para hoje, o livro traz questões já resolvidas e algumas opiniões ainda um tanto conservadoras de mais e até preconceituosas, justificadas para a época, mas para hoje deixa o livro meio chato.
Valeu a leitura mais por um conhecimento histórico, mas não consegui me entreter muito e definitivamente não prendeu minha atenção.
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Fidel 21/12/2018

Discordo do subtítulo do livro Reivindicação dos Direitos das Mulheres da filósofa Mary Wollstonecraft que chama-se “O Primeiro Grito Feminista”, pois acho-o incorreto, considerando que na época não existia a palavra “feminista” como reivindicação dos direitos das mulheres.

Acredito que, muito diferente da ideologia feminista de hoje, Wollstonecraft deixou um legado que foi o germe que levou às mulheres a muitas conquistas como, o direito de votar, trabalhar, estudar, em suma: escolher os seus próprios caminhos e ter os mesmos direitos que os homens.

Wollstonecraft não frequentou as renomadas universidades da época. Nascida numa época de renovação dos ideais humanos, no meio da efervescência Iluminista e da onda revolucionária francesa (Revolução Francesa), Wollstonecraft foi filha da classe média, participava de encontros alternativos aos meios acadêmicos onde podia explorar o universo literário da sua época. Era leitora voraz e dona de um intelecto afiado, características que a colocaram a frente dos problemas das sociedades da sua época. Graças ao seu espírito indomável e uma poderosa convicção de que algo estava muito errado em relação aos direitos das mulheres, travou debates com homens calibrosos no tocante a intelectualidade e a importância dos seus pensamentos em relação aos direitos humanos como Edmund Burker (cuja obra, Reflexões sobre a Revolução na França foi alvo de duras críticas de Wollstonecraft), Thomas Paine, Charles Taileyrand, J. J. Rousseau e nunca ficando aquém destes nas reflexões sobre os problemas sociais e culturais da sua época.

Em suas reflexões, analisou com minuciosidade os aspectos que davam às mulheres um papel secundário na sociedade, sobretudo, no tocante às áreas compreendidas como terrenos apenas para os homens, como política, filosofia, economia etc. Ela foi certamente uma mulher a frente do seu tempo. Isto está claro em seu livro Reivindicação dos Direitos das Mulheres. Ela enfrentou com a vastidão do seu intelecto, sociedades, sobretudo a inglesa, que tratavam a mulher como um ser inferior. Manteve intensos debates intelectuais em favor das mulheres. Entretanto, reconhecia que parte da servidão em que viviam as mulheres do seu tempo, tinha origem nas próprias mulheres.

Reivindicação dos Direitos das Mulheres é uma resposta ao documento mais representativo da Revolução Francesa, A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que trata dos direitos individuais e coletivos dos homens. Wollstonecraft argumentava que o documento não observava os direitos das mulheres. Assim ela escreve sobre suas reflexões sobre estado servil em que vivia as mulheres da sua época.

Para Wollstonecraft, a superioridade do homem residia na potência dos seus músculos. Fora isso, a mulher era igual em intelecto e virtude. Ela afirmava que basta que estes aspectos, explorados no homem em tenra idade, fosse também exercitado nas mulheres.

“Admito que a força parece oferecer ao homem uma superioridade natural sobre as mulheres; mas essa é a única base sólida para essa ascendência sexual.”

Wollstonecraft vai mais além e assevera:

“Eu amos os homens como os meus companheiros; mas o seu cetro, real ou usurpado, não se estende a mim, exceto se a razão de um individuo demanda a minha homenagem; e ainda assim, a submissão será à razão, e não ao homem.”

Mas como pode haver um dialogo intelectual entre homens e mulheres se esta última foi preparada desde criança para ser uma criatura submissa ao homem e às futilidades femininas? Estes problemas foram intensamente refletidos por Wollstonecraft à luz de uma sociedade que estava satisfeita com o papel das mulheres.

No capítulo V, “Críticas a alguns escritores que tornaram as mulheres objetos de piedade, beirando o desprezo”, Wollstonecraft critica a supremacia falaciosa do homem sobre a mulher, fruto das ideias daqueles que se propunham a renovar o homem e a sociedade. Entre eles, destaca-se J. J. Rousseau, em que ela faz duras críticas a obra Emílio e sobre as reflexões adequadas à educação feminina, ambos de autoria de Rousseau, por considerá-lo ofensivo a dignidade da mulher. Assim, ela segue em direção a outros autores, John Milton, James Fordyce e analisa os espinhos sobre os quais estes homens de respeitados intelectos, construíram em seus discursos e literaturas a alegórica figura feminina: fraca, incapaz, fútil, burra, cuja objetivo maior é ser objeto do homem a servir os seus vícios.

Eis ai a verdadeira luta pela emancipação da mulher. Não fomentada por pessoas histéricas, que nada entendem de fato do direito da mulher (na realidade, direitos de todos), e que na maioria das vezes, influenciadas por quem na verdade quer manter a caricatura imortalizada em seus erros passados para justificar os seus sonhos delirantes de liberdade. Na realidades elas estão presa no calabouço por elas próprias criados.

Mary Wollstonecraft nunca defendeu a ideologia de gênero. Como cristã, valorizou o casamento como uma instituição importante para o amadurecimento da sociedade. Ela apenas almejava igualdade entre homens e mulheres, pois compreendia que ambos os sexos a partir do exercício das faculdades intelectuais, da manutenção da razão e das virtudes em busca do conhecimento, fariam a união perfeita entre o homem e a mulher. Wollstonecraft, como mãe, como esposa, como cristã, jamais confundiu o papel de ambos. Ela sabia que o casamento com base no respeito mútuo, embalado pelos revigorantes diálogo pautados na busca do conhecimento e aprimoramento do intelecto, eram fatores para o fortalecimento da posição da mulher na sociedade como participantes ativas das mais importantes decisões.

O que foi iniciado por Wollstonecraft e Olympe de Gourges, outra expoente da luta em favor dos direitos da mulher, não deve morrer, outrossim, ser sempre revestido dos argumentos pautados no bom senso que fez de Wollstonecraft uma das grandes mulheres do seu tempo.

site: www.leiologopenso.com.br
Cristian 10/02/2019minha estante
Não entendi o que vc quis dizer com "Na realidade, elas estão presas no calabouço por elas próprias criado"? Às mulheres são culpadas da sujeição social a que estão submetidas? É isso? Ou que bastaria só elas quererem romper (sair do calabouço, para usar tua metáfora) para acabar com essa sujeição? É isso? Se for isso, sinto muito, mas estás muito enganado quanto a como acabar com essa situação social. Na verdade, as mulheres já possuem igualdade na sociedade (juridicamente), mas falta alcançarmos como sociedade a equidade entre as pessoas, superando inclusive as questões de gênero.




monique.gerke 06/09/2018

Ótimo livro.
Mary Wollstonecraft com certeza viveu a frente do seu tempo, seus questionamentos são pertinentes E necessários ainda em nossa época.
Juro que quando um desavisado me perguntar novamente, "pra quê serve o feminismo" em nossa tão evoluída época (de grandes conquistas e realizações, quá quá), vou sugerir a leitura desse livro.
Tivemos grandes mudanças em termos de direitos, SIM, mas a mudança que é necessária (e definitiva), é a mudança de mentalidade, e essa ainda está bem longe - como mostra esse livro publicado em 1792.
Aprendi muito conteúdo novo e esclarecedor, que me fez compreender melhor que ainda estamos agrilhoadas por algumas formas de agir e pensar, fruto da opressão e da cultura machista enraizada na nossa sociedade (que atinge homens e mulheres), mas que pode ser quebrada através do conhecimento e do livre pensamento. Nós somos responsáveis por quebrar nossos grilhões
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