Rapto a Meia Noite

Rapto a Meia Noite Alexandra Sellers




Resenhas - Rapto a Meia-noite


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Janne 26/03/2017

Qdo vc imagina uma estória paralela
Não sei ao certo o que pensar desse livro. Então vou contar um pouco das razões pelas quais ele me fisgou ainda no começo, mas também porque me sinto tão frustrada.

Para início de conversa “Rapto a Meia-noite” tem um enredo fantástico. A autora Alexandra Sellers soube trabalhar aspectos bem profundos da sociedade canadense. O livro foi publicado em 1983 e retrata as dificuldades das reservas indígenas e a luta entre os direitos desses povos e a expansão dos conglomerados empresariais sobre as florestas. Além disso, a autora menciona a alta taxa de suicídios entre os índios no Canadá, a maior do mundo, e essa é uma triste realidade ainda nos dias de hoje, fonte de preocupação inclusive de agências da ONU. Além disso, a autora trabalha vários aspectos jurídicos e de direitos desses povos na época. Outro ponto que chamou atenção é como ela aborda a questão da Síndrome de Estocolmo e como a própria mocinha questiona seus atos, comparado cada passo, não fugindo, mas buscando entender o que se passa com ela, se ela realmente passou por isso ou se ela na verdade se redescobriu. Não acho que nesse aspecto houve um “floreio” do rapto, como acontece em outros romance. Achei essa uma das partes mais maduras do livro.

Então o que me frustrou? Foi o desenrolar da estória. Acho que algumas partes a estória perdeu o seu fio condutor.

Johnny é um arquiteto, ele é índio mas foi criado pelos brancos. O que torna ele rejeitado nos dois mundos. Para o povo Chopas ele não é mais um índios, seus costumes, seus modos não são próprios de um índio. Para o restante da sociedade canadense ele é um índio, sua cor, sua origem. Logo, como comentei ele não é aceito 100% em nenhum dos dois mundos.

Sheila foi raptada na calada na noite, não vou contar como isso ocorre, mas em suma ela filha de um grande empresário que possui uma das maiores madeireiras do país, e que pretende derrubar arvores que estão na reserva onde os Chopas vivem. Johnny, apesar de não ser aceito pelo seu povo, milita em favor deles. Quando Johnny leva Sheila com ele, eles vão se redescobrir e precisaram encarar novos sentimentos e uma nova realidade. Nesse aspecto, faço minha ressalva, sobre autora não ter conduzido direito a estória, porque as razões sociais e políticas que e fisgaram no começo, foram sendo deixadas de lado, sim ela focou no mais no “romance”, mas esse não é o problema. Isso pq o romance, as partes mais quentes que envolviam eles foram esfriando. É como se o livro perdesse sua intensidade e sua capacidade.

Esse poderia ter sido um grande livro: por falar de um índio que venceu no mundo “branco”, por falar de um amor envolvendo uma situação bem contraditória, por falar dos aspectos mais triste de uma sociedade e de como mundo fecha os olhos para outros povos. Mas não foi... Então é por isso que me sinto frustrada, por tudo que poderia ter sido e não foi :(

Isso significa que não recomendo a leitura? Não, pq você poderá ter uma interpretação diferente da minha. Além disso, a essa estória como vários super Julia ou Clássicos Históricos foge do convencional e sempre trazem elementos e ensinamentos diferentes.

Obs: Nesse livro reencontramos Jake e Vanessa, personagens de outro livro da autora: Promessa de Vingança.
Amy 26/03/2017minha estante
Ótima resenha!


Janne 26/03/2017minha estante
Obrigada Amy =D




Marcia Pimentel 10/12/2010

Um bom livro...
Ele entrou na casa de Sheila com a audácia de um ladrão e sequestrou-a com a frieza de um criminoso. Mas depois beijou-a com a paixão de um amante, deixando-a em pânico, dominada por sensações conflitantes de repulsa e desejo, mas com a nítida impressão de que uma força estranha e invencível os impelia para os braços um do outro.-Quem seria ele afinal? E por que a raptara, se Sheila lhe dissera que seria inútil, que seu pai jamais pagaria por ela qualquer resgate? Agora esse homem belo e selvagem, descendente de índios, seria o algoz que a levaria à morte para defender a causa de seu povo... ou aquele que a conduziria aos caminhos tortuosos e fascinantes do amor!
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