As armas secretas

As armas secretas Julio Cortázar




Resenhas - As Armas Secretas


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Heytor Vieira 25/02/2023


Quando descobri que o filme Blow up do Michelangelo Antonioni foi baseado no conto As babas do diabo corri atrás para ler. Acho que é o texto que considero mais fácil de ler do Cortázar, que ainda estava aprimorando o seu estilo. O texto aqui é mais leve, menos mecânico.
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Nubia.Frederico 08/11/2022

Mais um livro da série: livros que li durante as disciplinas de literatura hispano-americana na universidade.

Nessa disciplina especificamente, lemos diversos contos de Cortazar e eu fiquei fascinada com o modo como ele entra no mundo do fantástico e escreve histórias interessantíssimas.
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Lau 06/03/2022

Cortázar é de fato um dos maiores contistas que já existiu. Me faltam palavras para comentar sobre esse livro, os contos mostram a maestria do escritor, tudo é fenomenal. A confusão de narradores, o fantástico, o drama e o romance são entregues ao leitor numa espécie de labirinto, como é costumeiro de Cortázar. Todos os contos me são admiráveis, recomendo demais! Ninguém continua o mesmo após encontrar o Cortázar.
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Marconi Moura 08/01/2022

7,5
Contos do início da carreira do autor, alguns com traços do seu realismo fantástico. Temas e estilos variados. Pequeno, fácil de ler, agradável.
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Georgeton.Leal 16/11/2021

Entre o banal e o fantasioso
Antes desse livro, a única coisa que eu havia lido de Julio Cortázar tinha sido o conto "Casa tomada", que foi uma excelente porta de entrada para sua obra. Em "As Armas Secretas", novamente me surpreendi com a prosa despojada do autor. Seus contos geralmente partem de premissas aparentemente banais para depois tomarem proporções muito mais complexas ou até surreais. O clima de incerteza sempre prevalece entre os personagens e não há vitoriosos no final. Cada narrativa traz seu toque próprio, sem repetir temas ou apelar para clichês. No demais, ler Cortázar foi uma ótima experiência e espero conhecer outras obras dele.

site: https://senso-literario.blogspot.com/2022/06/entre-o-banal-e-o-fantasioso.html
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Gabriel.Meira 10/07/2021

Uma boa pedida para quem gosta de contos
Eu sou fã de contos e Cortázar exprime a sua versatilidade e o seu conhecimento na escrita de contos em "Armas secretas"
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jota 24/04/2021

BOM: cinco textos de Cortázar que surpreendem o leitor revelando toda sua versatilidade de contista
Lido entre 20 e 23/04/2023. Avaliação da leitura: 3,8/5,0

É a terceira vez que leio O Perseguidor, sem dúvida o melhor conto do volume e um dos pontos altos da carreira de contista de Julio Cortázar (1914-1984). Nele, o quarto da coletânea e o mais longo (já foi publicado como novela homônima em 2012 pela Cosac Naify), o autor narra o relacionamento complicado entre um jornalista (Bruno) e seu biografado (Johnny Carter). Este, um jazzista problemático, viciado em fumo, bebida e drogas, que tanto podia tocar genialmente quanto mediocremente se estivesse drogado ou bêbado. Inspirada na vida do músico Charlie Parker, um dos ídolos jazzísticos de Cortázar, é a história menos insólita do volume.

Antes lemos, na sequência, Cartas de Mamãe, Os Bons Serviços e As Babas do Diabo, as histórias iniciais do livro, que se encerra com a quinta, que lhe dá título: As Armas Secretas. Cada qual parece ter sido escrita por um autor diferente porque a versatilidade de Cortázar é enorme; ele está sempre surpreendendo o leitor. Explicando melhor: suas histórias ou seus personagens são quase sempre fantásticos, insólitos, estranhos, fora da curva, então frente a uma história desse talentoso argentino o que o leitor tem sempre é um desafio para acompanhá-la: nunca se sai indiferente da leitura de um texto de Cortázar.

Cartas de Mamãe, segundo Eric Nepomuceno, que escreveu o Posfácio, “poderia ser perfeito modelo da literatura fantástica, mas termina de maneira indefinível; o choque literário que Cortázar dizia ser fundamental em um bom conto acontece de modo imperceptível e, por isso mesmo, acaba sendo devastador.” Já Os Bons Serviços “estabelece uma intrigante cumplicidade entre história e leitor, que não pode intervir para advertir madame Francinet do enredo que se arma à sua volta, e no qual ela terminará aprisionada.” Prossegue Nepomuceno: “O enigma de As Babas do Diabo, que inspirou Antonioni em Blow-up, só pode ser resolvido pelo leitor — portanto, cada solução será sempre íntima, individual, mesmo quando coincida com a de outro leitor.” E finalmente, ainda segundo ele, “As Armas Secretas é a história de um passado que invade a alma de um homem que se vê atarantado e impotente para livrar-se do fantasma que não consegue reconhecer.” Complicado, não? Isso é Julio Cortázar...

Penso que para quem nunca leu nada dele, mas tem vontade de conhecer sua escrita é melhor começar com A Autoestrada do Sul & Outras Histórias (L&PM, 2013), que mesmo contendo alguns textos meio estranhos, labirínticos ou ziguezagueantes, algo assim, consegue dar uma boa ideia do que o leitor poderá encontrar em outros volumes de contos de Cortázar, autor de mais de uma centena de histórias curtas.
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Our Brave New Blog 23/01/2017

RESENHA AS ARMAS SECRETAS - OUR BRAVE NEW BLOG
Estava eu vendo vídeos de palestras e apresentações literárias, e eis que encontro um vídeo com Joca Reiners Terron mediando uma mesa com três autores falando sobre outros três autores falecidos, entre eles o Cortázar, sendo representado por uma escritora argentina. SEMPRE que a pergunta era direcionada à ela, tinha a ver com o fato de Cortázar estar sendo questionado por alguns escritores argentinos por aí como um “Borges ruim” ou um “escritor para adolescentes”. Mano, faça-me o favor, esse povo argentino tem problemas sérios na cabeça, é como se os brasileiros passassem a se questionar se Guimarães Rosa era realmente bom por exemplo.
Voltamos aqui para falar do mestre argentino no que ele sabia fazer de melhor: contos surreais. E Armas traz para nós apenas cinco contos (eu diria 4 contos e uma novela na verdade), mas com um tamanho bem considerável para ocupar as quase 200 páginas do livro. Vamos falar conto por conto porque né, são poucos então dá de boa.
O primeiro conto, “Cartas de Mamãe”, narra a história de um casal em Paris (aliás, todos os contos se passam lá) que trocam cartas com a mãe do marido eventualmente, e, numa das últimas cartas, a velha começa a falar do irmão desse cara como se ele estivesse vivo, e o cara tem medo de mostrar essa carta para a mulher porque ela teve um caso com o dito cujo. Um conto bem divertido, sobre tramóias familiares e com o pé no fantástico/surreal, que algumas pessoas dizem fazer com que o final fique aberto, mas que eu vejo de um jeito diferente, talvez por já estar programado para acreditar no fantástico sempre.
“Os Bons Serviços” já é um conto mais interessante, trata-se de uma empregada doméstica que faz qualquer bico que aparece, e depois de uma noite cuidando de cachorros de gente rica é chamada pelo mesmo casal para um serviço peculiar e bizarro. O melhor dessa história é evocar a aura do realismo francês do sec. XIX, mostrando a bizarrice que é a alta sociedade francesa, e até onde eles vão para conseguir suas excentricidades e manter as boas aparências, aproveitando-se de gente mais necessitada e inocente se preciso.
“Babas do Diabo” mantém essa escalada de qualidade do livro, tratando-se de um fotógrafo que no meio de um estranho ato em público de uma mulher mais velha e um rapaz, tira uma foto dos dois, tomando a atenção deles e dando a oportunidade do garoto escapar. Depois o fotógrafo resolve imprimir a foto e a coloca em sua parede, então começa a ver coisas que não havia visto antes e passa a imaginar o que viria depois daquela cena. O conto já começa de um jeito especial por conta da experimentação de Cortázar com a linguagem, tentando imaginar formas de narrar o acontecido da melhor forma possível, constantemente trocando o tempo verbal e a visão do narrador de primeira para terceira pessoa, e evocando imagens esquisitas no meio do mesmo. Fora ser o conto mais fantástico do livro.

RESENHA COMPLETA NO BLOG: http://ourbravenewblog.weebly.com/home/as-armas-secretas-por-julio-cortazar


site: http://ourbravenewblog.weebly.com/home/as-armas-secretas-por-julio-cortazar
Marcos.Azeredo 14/02/2017minha estante
Comprei este livro de contos, As armas secretas, vou ler. Disse Italo Calvino sobre Julio Cortázar: "Cortázar sempre está em minha memória como a imagem de um homem que sabia fundir maravilhosamente seus estranhos dotes humanos com um proeza literária que eu classificaria como única".




Arsenio Meira 26/04/2014

Eterna Jam Session (publicamente secreta)

Os cinco contos que compõem o livro ("Cartas de mamãe", "Os bons serviços", "As babas do diabo," " O perseguidor", "As armas secretas") expõem os seus leitores a um constante jogo entre personagens e narradores. Criam-se interlocutores imaginários que se concretizam em seu universo discursivo, através de uma linguagem que estabelece uma cumplicidade entre leitor e obra. Em Cartas de mamãe e As babas do diabo, Cortázar elide a escolha de uma pessoa fixa para o narrador e brinca com o foco narrativo, misturando perspectivas, construindo uma estrutura peculiar. Socorrendo-se do status lúdico que permeia o feixe narrativo, ele amplia as possibilidades e, como na improvisação, confere a cada momento uma característica especial. O argentino dá a impressão de que sabia muito bem que a linguagem não tem dono; e dotado da sua liberdade individual, ele passa o recado de que é possível usar a mesma estrutura (linguagem) recriando-a, sem prejuízo do resultado. Cada jazzman com seu instrumento, constrói sua própria cadência. Cortázar idem.

Em O perseguidor, um escritor tenta compreender o "modus operandi" artístico de um músico de jazz (o mítico Charlie Parker, a quem o conto é dedicado in memorian) e acaba falando sobre si mesmo. A tentar compreender o outro acaba transformando a busca de entendê-lo como uma descoberta de si mesmo, uma reconstrução da sua própria imagem. Ao compor a imagem literária do jazzman, tal qual ocorre no jazz, o intérprete não é um mero reprodutor de um esquema impresso, mas um músico que participa criativamente de uma realização musical. Bruno, o principal narrador do conto, não consegue desvincular a biografia que escreve sobre Johnny (leia-se Charlie Parker), do seu juízo sobre ele; o livro torna-se então um retrato de si mesmo ou, como acontece em cada melodia do jazz, uma interpretação pessoal. Tão somente narrando, ele consegue engendrar uma imagem de Johnny Carter, ainda que esta imagem não se dissocie de sua persona.

É a partir da forma como conduz o foco narrativo que o autor consegue, num só conto, obter diversas variações sobre o mesmo tema, semelhante a uma improvisação, pela similaridade aos princípios do jazz. Entretanto, foi pelo fantástico e não pela improvisação que Cortázar estreou e consagrou-se como escritor de relevante expressão na literatura hispanoamericana. E tal consagração paga tributo à improvisação, que desempenhou um papel importante em seu itinerário. Dentro do fantástico de Cortázar sobrevive, na construção do cotidiano dos personagens, uma maneira singular de se relacionar com a realidade. Não existe uma posição limítrofe entre o cotidiano e o inesperado que surge para abalar todo e qualquer muro de realidade, como nos chamados contos fantásticos.

No último conto, Cortázar cria e nos põe frente a frente com três versões confiáveis: a do narrador, a da personagem principal e a de seus amigos expectadores. São três pessoas que veem e vivem os mesmos momentos, apesar de vê-los de forma diferente. Não é nada aconselhável aguardar um final fechado ou tradicional. O conto sem final não foi de modo algum algo inventado por ele, mas em seus contos, Cortázar permite que esse final aberto seja um vasto campo de possibilidades. Não se trata de exercício paradidático, para fins de desvendar enigmas. É, isto sim, a possibilidade concreta de encerrar uma obra literária, sem limitar a imaginação do leitor sobre o que aconteceu. Com Cortázar, não há limite capaz de superar uma inventividade que dialoga com o passado, saboreia e subverte o presente e expõe - como um mosaico infinito - aquilo que chamamos futuro.
Renata CCS 28/04/2014minha estante
Adoro ler contos, Arsenio. As narrativas curtas, artísticas, me seduzem! Pela sua resenha, já sinto o cheirinho de livro novo na estante lá de casa.
Grande abraço.


Arsenio Meira 28/04/2014minha estante
Renata! Eu também gosto bastante, haja vista meu entusiasmo por Tchekov. O Cortázar, que estou descobrindo aos poucos, é um petardo. Há um conto deste livro, que de tão sensorial, parece um solo de jazz. Impressionante. Só não dei 5 estrelas porque um dos cinco contos ("Os Bons serviços), eu achei mediano, fraco. Agora os quatro contos "Cartas de mamãe", "As babas do diabo," " O perseguidor" e "As armas secretas" são estelares. Literalmente. Acho que você vai gostar.
Abraços
Arsenio


@livreirofabio 14/09/2014minha estante
Amigo, sabe que gostei d'Os Bons Serviços?! Mas o Babas do Diabo e Cartas de Mamãe são espetaculares (sobre O Perseguidor você escreveu tudo). Julião é demais!




alineaimee 31/07/2013

Em As armas secretas, Cortázar segura um pouco a mão no absurdo e dá um tratamento um pouco mais cuidadoso à escrita, em relação ao primeiro livro. O fantástico e os desenlaces surpreendentes ainda estão presentes em “Cartas a mamãe” e “As babas do diabo”; e há novamente o relato intimista – repleto de hesitação, angústia e confusão psicológica no pungente “O perseguidor” - e o suspense do perturbador “As armas secretas”. No entanto dessa vez, nota-se o emprego de metáforas mais inusitadas e criativas, e uma cor mais universal na composição dos textos.

Uma grande sacada é o narrador pouco confiável, sujeito às traições da memória, às reconstruções inconscientes, ao devaneio quase delirante que contamina a narrativa e turva a “compreensão” dos fatos. É o modo através do qual Cortázar tematiza o processo criativo, a invenção, obrigando o leitor a concluir as narrativas por si. No conto “As armas secretas” esse fenômeno é exacerbado na múltipla perspectiva dos fatos.

site: http://www.little-doll-house.com/2013/06/encontros-e-desencontros-com-cortazar.html
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Aline T.K.M. | @aline_tkm 17/03/2013

Surreal e de infinitas possibilidades
A ânsia de um primeiro contato com a obra de Cortázar foi o principal motivador da leitura de As Armas Secretas. Cada conto mostra, realmente, o porquê do escritor ser considerado um dos mais originais de seu tempo. A narrativa que foge do linear e a constante sensação de dúvida acompanhada de infinitas possibilidades fazem brilhar os olhos do leitor, cuja mente se enche rapidamente de inúmeros “será?” desde as primeiras linhas.

Os personagens são profundos e dariam suficiente trabalho a quem se propusesse a analisá-los. O alto teor imaginativo dos contos e suas multifacetas são cenários perfeitos para que esses seres caminhem entre fantasia e realidade, convidando-nos também a fazer essa caminhada através das inevitáveis especulações que surgem durante a leitura.

O conto O perseguidor é tido como a obra-prima de Cortázar no que diz respeito aos contos. Inspirado na vida do jazzista Charlie Parker (1920-1955), a narrativa passeia com olhar visceral através do fim do protagonista Johnny Carter – saxofonista genial que vive no limite desesperador da arte e da destruição pelo alcoolismo. O conto aborda a relação tensa entre o músico e seu amigo Bruno, um crítico de jazz que tenta entendê-lo enquanto o retrata em uma biografia. O conto é memorável e surpreende; entretanto, apesar de todo o destaque conferido a ele, particularmente não o considerei a grande “estrela” do livro.
Pequeno parêntese: em 2012 a Cosac Naify lançou uma edição especial do conto O perseguidor, avulso, em capa dura e com ilustrações do quadrinista argentino José Muñoz.

Um homem com um interesse insistente em uma espécie de peixe (culminando em um desfecho incrível); meninas que brincam de se exibir como estátuas para os passageiros de um trem; um homem no hospital, delirando sobre o momento do próprio sacrifício em um tempo remoto... Enfim, em As Armas Secretas, cada um dos contos rende uma viagem particular a terras inexploradas.

LEIA PORQUE... O mix real-surreal é o maior atrativo da leitura. Por mais esquisito que possa parecer, eis aí uma combinação que, quando bem estruturada, costuma dar certo (vide o também argentino Jorge Luis Borges, e o nosso querido García Márquez).

DA EXPERIÊNCIA... Desfechos que sugerem possibilidades (mesmo as mais “irreais”), vaivéns no tempo e personagens intrigantes. Ler As Armas Secretas é toda uma experiência, acreditem.

FEZ PENSAR EM... Até que ponto verdadeiramente enxergamos e conhecemos a realidade?

LI EM FRANCÊS:
Não foi uma leitura difícil, mas também não a chamaria de muito simples. É preciso dominar a gramática, e o uso do dicionário pode ser bastante necessário por causa do vocabulário. Entender pelo contexto é possível, mas não com tanta frequência (e acho que o gênero e a própria temática de alguns contos contribuem para isso). Leitura recomendadíssima, mas com um dicionário a tiracolo.

LEIA MAIS EM: LivroLab.blogspot.com
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eglair 22/12/2012

Você também é aquilo que esconde ser.
Ouvi falar muito bem de Cortázar e como consumo pouca literatura argentina – Norah Lange foi a última que recordo -, resolvi ler um de seus livros que achei ir de encontro com minhas vontades momentâneas. Nada muito “pesado”, como me pareceu ser “O jogo da amarelinha”, então decidi pelo livro de contos chamado “As armas secretas”. Tenho essa tendência quando estou enamorando um autor, prefiro ler seus contos e depois se tiver interesse, embarco num romance ou textos mais profundos.

O livro contém cinco contos e um posfácio, dentre eles, os que mais gostei foram “Os bons serviços” e “As babas do diabo”.

De maneira geral, gostei do seu estilo de sua prosa e da perspicácia literária que utiliza para construção de personagens – que são mais interessantes por aquilo que omitem do que pelo que mostram na narrativa. Isso faz você oscilar pela leitura dando um ritmo diferente, um ar de ambiguidade que permeia a atmosfera de cada conto.

O conto “As babas do diabo”, me deixou com uma sensação de devaneio onírico. Ele finaliza dando asas a imaginação do leitor, deixando fios livres para você atar da forma que achar mais interessante.

Fiquei um pouco triste e decepcionada com o conto “O perseguidor”. Eu simplesmente não gostei – falando isso sei que evoco a fúria dos fãs de Cortázar -, mas o que posso fazer, é exatamente isso. Achei o texto cheio de clichês e excessivamente tedioso.

De qualquer forma, a característica que mais me intrigou foi o fato de Cortázar mudar tão rapidamente – e facilmente – de sujeito num mesmo parágrafo. Ora narra em primeira pessoa, ora em terceira. Essa dicotomia narrativa pode ser percebida perfeitamente no conto “As armas secretas”. Gostei da leitura, mas confesso que estava esperando mais.
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Soluz 14/12/2010

Coisa de mestre
Cortazar, grande mestre Argentino, brinca com os sentidos neste livro. São cinco contos bem distintos uns dos outros, mas que de alguma forma se relacionam. Como isto acontece? Ah! Eu não vou fazer perder a graça. O que posso dizer é que, para mim, se destaca o conto "O Perseguidor", baseado na vida do saxofonista Charlie Parker que é representado pela exótica figura do personagem Johnny Carter.
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