Um de nós

Um de nós Åsne Seierstad




Resenhas - Um de Nós


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Cristiane 07/02/2023

Um de nós
O livro conta a história do maior atentado terrorista da história da Noruega. Uma história comovente de 77 pessoas que perderam brutalmente a sua vida, sendo que a maioria delas eram jovens e adolescentes. Uma história triste. Retrato do que o homem pode ser ao se deixar levar pelo egoísmo, pensamento mesquinho, e, principalmente por estar longe de Deus.
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Talita 03/08/2016

Um de nós
A figura central de Um de Nós é um homem que buscou a notoriedade como pichador, depois quis ser empresário de sucesso, trambiqueiro de sucesso, liderança partidária, líder de guilda em World of Warcraft e escritor de ensaio político. Fracassou com mais ou menos intensidade em cada uma dessas tentativas e foi dar certo na coisa mais abominável de que se tem notícia, o assassinato em massa.

Em Um de Nós (Editora Record, tradução de Kristin Lie Garrubo) Åsne Seierstad trata do atentado duplo que aconteceu na Noruega, em 2011. Oito pessoas morreram em uma explosão, no prédio em que trabalhava o primeiro ministro norueguês, e sessenta e nove a tiros, numa ilhota em que acontecia a convenção da juventude do partido no poder. Anders Breivik, então com 32 anos, além de ter preparado meticulosamente os crimes, escreveu um manifesto de ultra-direita em que culpava a esquerda norueguesa pela islamização de seu país, condenava o multiculturalismo, denunciava o marxismo cultural e sentenciava suas vítimas à morte por entender que haviam sofrido lavagem cerebral da esquerda e que, mortos, não poderiam entregar a Noruega aos imigrantes e aos não-cristãos. Breivik deve ter procurado a definição de terrorismo num dicionário de norueguês e a seguiu ponto a ponto. Ele infligiu medo através da violência para fins políticos.

Ou pelo menos essa era a história que ele queria contar. O grande mérito de Åsne Seierstad em Um de Nós é nunca comprá-la por inteiro. Não é que ela negue o terror nos atos de Breivik, o que Seierstad faz é questionar duas coisas: (1) a visão que Breivik tem de si, e que tentou transmitir ao mundo e (2) a necessidade de o terrorista aparecer como o protagonista dessa história.

Para isso, Seierstad começa do começo. Ela jamais percorre os caminhos que o assassino programou. Em vez de discutir imigração, ela escolhe a dedo as vítimas que serão personagens principais do livro: Bano, uma menina de origem curda, cuja família se refugiou na Noruega e trabalhou em silêncio para conseguir se integrar e viver uma vida de classe média; Simon, um rapaz de família norueguesa, um dos melhores quadros da juventude trabalhista, professor voluntário, jovem palestrante, admirador de Obama e partidário da integração e do acolhimento de imigrantes. Os dois morrem pelas mãos de Breivik, mas Seierstad vê de perto suas vidas, com a intenção de não despersonalizá-los. Em vez de fixar o quadro geral, o que permitiria a extremistas verem com bons olhos as ações de Breivik, ela se aproxima de personagens para não perder de vista a dimensão humana da tragédia.

O assassino também é visto em muitos detalhes, desde a infância. O homem que emerge, em vez do terrorista corajoso e heroico cuidadosamente esculpido por Breivik, tem problemas de autoestima e socialização. Extremamente vaidoso, faz cirurgias plásticas, implante no cabelo, musculação, e se declara metrossexual. Não consegue se integrar, os poucos amigos o consideram cada vez mais esquisito. Desesperado por atenção, ele busca sucesso e fama. Para Seierstad, mais do que dar um forte golpe na esquerda norueguesa e impedir a islamização do país, Breivik queria ser visto, admirado e estudado. Seria contraditório perceber essas intenções e ainda assim escrever um livro desse tamanho sobre esse sujeito, mas o Breivik que Seierstad perfila é patético. Atormentado por seu próprio senso de importância, com voz fina, sem talento e sem vocação, o assassino é mais um homenzinho pequeno e assexuado, e enlouqueceu porque jogou videogame demais e ficou frustrado demais por não ter as coisas que achava serem suas por direito. O problema é que isso às vezes resulta bastante unidimensional e acaba não sendo capaz de dar conta da complexidade dos acontecimentos.

Quando a autora consegue expor as verdadeiras razões por trás dos atos do terrorista, o que vem à superfície é a brutalidade e a falta de sentido dos atentados de 2011. A partir desse ponto, Breivik não é mais protagonista. Para que isso pudesse acontecer, Seierstad elaborou uma teia que, aí sim, permite que o leitor tenha uma visão panorâmica da sociedade norueguesa. Um de nós quer sugerir que toda aquela violência não precisou ser gestada fora do país.

site: https://ninguemdeixababydelado.wordpress.com/2016/08/03/um-de-nos-livro-reportagem-sobre-o-maior-atentado-terrorista-da-noruega/
NathyBean 02/07/2020minha estante
Vc tem o eBook do livro? Eu queria




Leonardo Bezerra 12/05/2022

O livro é ótimo em seu estilo narrativo e condução. Me senti escutando um episódio do Modus Operandi e com a atenção bastante fixa nele no decorrer de seu desenvolvimento. Achei que a autora soube muito bem - e de maneira sensível - tratar dos perfis das vítimas e trazer os pontos negativos e positivos tanto da polícia da Noruega quanto da AUF pós-desastre.

Contudo, senti que sempre faltava alguma coisa nesse livro. Não sei se foi mais emoção, uma escrita mais eletrizante ou algo do próprio caso a ser contado, mas senti que o livro se encerrou de maneira incompleta. Um bom livro para entender/conhecer o caso, mas peca um pouco na estrutura e nessa sensação de algo faltando.
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Aninha 16/05/2022

Eu achei esse livro muito bem escrito, com detalhes bem minuciosos não só da vida de Anders Breivik mas também de algumas vítimas do atentado. Eu gostei bastante apesar de ser um livro triste, intenso e devastador pelos relatos do acontecimento, onde morreram 77 pessoas em um ato terrorista, na maioria jovens. Mas vale a pena ler eu gostei bastante.
A escritora Asne Seierstad também escreveu o livro O livreiro de Cabul (grande sucesso de vendas).
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Tati Bertoldo 27/11/2022

Um de nós
Livro mostra algo do passado de um país distante. Mas que ao mesmo tempo me faz reviver falas e atitudes e principalmente posicionamentos que vemos hoje tão abertamente em toda roda que fala sobre política. Esse livro só me fez ter mais certeza do quanto é necessário aprender sobre política, e falar sim! De todos os aspectos que vem se levantando com ares de banalidade, opiniões, e liberdade de expressão.
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Hed 13/10/2021

Leeeeento demais
Vamos iniciar deixando bem claro que o trabalho de pesquisa da autora e jornalista foi incrível.
Minha nota não foi melhor por um único motivo.... Esse Anders é irritantemente desprezável.
Odiei ele desde o início, achando um cara extremamente chato. O que me motivou terminar essa leitura foi o respeito às vítimas desse babaca (com perdão da expressão).
Difícil entender o que se passa na cabeça de pessoas como ele.
77 vidas perdidas por algo que apenas ele considera importante.
Sinceramente, em pleno século XXI a pessoa ter uma mentalidade dessa, é inaceitável.
Pena de morte seria pouco pra ele, maaaaaas esse negócio de Direitos Humanos protege quem não deve.
Tá aí, a leitura mais difícil da minha vida.
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Juhh 12/07/2022

"Se eu dissesse que você tem um belo corpo, você usaria isso contra mim? Se eu jurasse que você é um anjo, você me trataria como o demônio hoje à noite?"
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Jeferson.Gomes 10/02/2022

CUIDAR TAMBÉM SIGNIFICA NÃO ESQUECER.
Beber groselha pelas manhãs, não parece ser nutritivo para um menino de dois anos. Se isolar no colégio e falar só quando perguntado, as respostas saem como agressão em casa.

Sentir a neve cair, seria um começo para um final trancado e silencioso. Sua presença é insuportável para uma mãe que ainda não entendeu.

Provavelmente, uma nova família seria mais presente em dois dias. As descobertas evitariam a pichação e o sentimento de pertencimento borrifadas de spray.

Ideias são executadas no computador. Falar em público é um atentado ao seu planejamento. A fazenda traz beleza a morte que está por vir. Ela explode e estilhaça o multiculturalismo.

A próxima fase é uma ilha. O jogo, em primeira pessoa. Sentimentos são balas recarregáveis que sintetizam sua oração e patriotismo.

Corpos caem no chão. O extremismo são pílulas de combustão. O julgamento, uma teoria da conspiração. Nem todos que percorrem a trilha do amor, fazem amor.

A prisão é a sua solidão que o narcisismo o deixou.

site: https://www.instagram.com/meuslivros.minhaleitura/
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andrealog 26/07/2016

Atual instigante e revelador
Um relato jornalístico sobrevoamos triste episódio de violência na pacífica e ordeira Noruega, muito atual para um mundo de pensamentos extremidade violência disseminada pela internet o livro nos faz entender o comportamento de jovens que optam pela violência como ferramenta de combate ao multiculturalismo. Assustadoramente atual é mais próximo da nossa realidade.
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Bell 10/07/2018

Intenso, dramático e inesquecível
Que livro difícil de ler!! Conhecer a vida e a mente doente de Anders Breivik é extremamente perturbador. Vc fica o tempo todo pensando: "poderia ser alguém que conheço ". Ele é um clássico narcisista perverso que levou ao extremo sua fantasia de superioridade.
Mais do que sobre Anders Breivik, esta história é sobre Simon, Anders, Viljar, Bano, Lara.
Conhecer algumas das vítimas, conhecer seus sonhos, seus pais é dilacerador.
Parei a leitura inúmeras vezes pra buscar fotos no google, eu precisava dar rostos as histórias lidas. Assisti documentários, vi trechos do julgamento. Passei os últimos dias na Noruega, na cidade de Oslo e na pequena ilha de Utoya.
Foi uma leitura tensa, pesada e angustiante.
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Silvia AC/DC 02/08/2022

Muita inteligência desperdiçada...
Demorei um pouco mais que o meu normal para terminar este livro. Primeiramente, acho que por (infelizmente) ser sobre uma chacina real. E também porquê a autora escreveu capítulos longos sobre algumas vítimas. Durante a leitura acabei assistindo o filme, então quando chegou a parte do julgamento infinito, eu já estava impaciente para terminar.
Se o idiota tivesse canalizado sua inteligência e seus esforços para algo bom, certamente teria tido muito sucesso. Mas é um doente 🤬 #$%!& , e sempre será só isso. Tomara que apodreça na prisão... 😠😔
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Andrea 23/02/2021

Um de nós
Livro baseado em fatos reais. O atentado ocorrido na Noruega foi desumano, violento e inimaginável, pois matou adolescentes entre seus 14 e 19 anos.
A escritora trouxe a infância do assassino e toda a vida de algumas famílias que perderam seus filhos nesse massacre. Depois escreveu detalhadamente como foi o planejamento e execução e ainda o
julgamento.
Mitos erros acabaram somando para um número tão grande de mortes. O país não tinha preparo nenhum para tudo o que aconteceu.
Depois de ler , assisti o filme 22 de julho, que foi feito baseado nesse livro.
Leiam, acho importante saber do que o ser humano é capaz, porque Anders teve avaliações psicológicas ainda criança e lá já mostrava que ele precisava de acompanhanto.
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@daafcampioto 01/09/2023

Livro - 55.
Muitos não se lembram do atentado ocorrido na Noruega em 2011. Eu mesma não lembrava, estava no último ano do ensino médio integrado com o técnico.

A última coisa que eu pensava era em acompanhar as notícias, mas desde que esse livro chegou nas minhas mãos, desde que eu abri e entendi nas primeiras páginas o que tinha acontecido e do que se tratava eu não sabia o que sentir.

A preparação de tudo é angustiante, mas nada se compara ao que eu senti na descrição dos fatos e menos ainda na descrição do julgamento.

Ele é completamente desprovido de emoções, quando não são direcionadas a ele, ele durante todos os depoimentos e as pessoas que contavam o que aconteceu e o que estavam sentindo ele ria, ele fazia de tudo pra segurar o riso e não conseguia.

O livro levou quatro estrelas, mas por ser uma história que precisa ser contada e não por ser um livro que eu gostei tanto que me deixou sem ar!

O livro é necessário, principalmente pra entendermos como o sistema policial precisa funcionar. O sistema policial em 2011 era uma zona, e espero, de coração, que isso tenha mudado desde então.
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Márcia 04/05/2021

Impressionante
Relato do atentado terrorista de julho de 2011, na Noruega.
A autora nos mostra um retrato das vítimas e do autor.
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Sassenach 19/02/2022

"Por toda a ilha soavam tons diferentes. A abertura de uma sinfonia, uma música de Justin Bieber, o tema musical do seriado Sopranos ou simplesmente o toque padrão de telefone. Muitos celulares tinham sido colocados no modo silencioso, pois seus donos tentaram se esconder e não queriam ser denunciados pelos toques de chamada. Agora, os telefones reluziam mudos na escuridão, alguns através de uma manta, dentro de um bolso numa mão enrijecida.
Eram chamadas que nunca seriam atendidas.
Apenas os agentes da polícia que foram incumbidos de vigiar os mortos poderiam ouvir as melodias e ver as telinhas se iluminarem repetidas vezes.
Mamãe.
Mamãe.
Mamãe.
Mamãe.
Até que as baterias se dessem por vencidas, uma depois da outra."
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