Nu e As 1001 Nuccias 17/02/2017Resenha do Blog As 1001 NucciasSentia falta de uma boa leitura de ficção científica bem ao estilo Arquivo X ou Independence Day. É difícil de encontrar, e quando encontra, não é lá essas coisas. Até agora!
Luzes em Thaupeeka é um livro nacional daqueles de aplaudir. Aliás, os últimos livros nacionais que li são espetaculares! Com enredo se passando em uma cidade dos EUA, você fica se perguntando se é nacional mesmo, de tão detalhado e bem escrito. Mas, colega, pode apostar, existem nacionais muito melhores que os estrangeiros, tá?!
A história se passa em Thaupeeka e em Robsonville, cidades vizinhas do interior dos EUA. Começamos com Maybel, uma garotinha de apenas seis anos, conversando com seu urso de pelúcia caolho, o Billy, sobre sonhos horríveis e realistas que anda tendo: pessoas desconhecidas mexendo em sua barriga, causando extrema dor.
Aos poucos, somos apresentados à família com a qual Maybel vive: sua madrasta Ethel, seu meio-irmão de onze anos autista David e seu pai Phillip Abrahams. Ethel vive para o filho e não suporta a enteada. Mas Maybel também não gosta da madrasta, faz muita malcriação de propósito. Phillip ama muito sua filhinha e sua esposa, até gosta de David, mas nada supera seu amor, paixão e hobby por caçar OVNI's.
Enquanto a história da família Abrahams se desenvolve, conhecemos os agentes que fazem parte do Centro de Investigações Especiais do FBI, chefiados por George Mills, cuja função era basicamente pesquisar, descobrir e desmascarar atividades ditas extraterrestres. Mas George não era um agente qualquer. Era um com um passado tenebroso, envolvendo caçadores de Ovni's descontrolados.
Também conhecemos um grupo muito... hum... interessante: os Filhos das Estrelas, liderados por Mondhór, seu nome intergaláctico, que acreditavam piamente que sua hora de serem arrebatados pelos deuses supremos viventes em Andrômeda estava se aproximando cada vez mais. Tudo que faltava era encontrar a criança iluminada.
A ação começa em Robsonville com o surgimento de estranhas marcas na plantação de uma fazenda. George e sua equipe, formada pelo astuto, bem treinado e afoito Allan Rither, pelo ex-fraudador alien Rodney Bell e pelo simpático e inteligente Bill Paterson, vão até a cidade para analisar como a fraude foi feita. Sim, porque para eles tudo não passa de um engôdo para ganhar um grana extra.
E é justamente nessa fazenda que todos se conectam. George e sua equipe vão preparados para desmascarar o fazendeiro. Phillip, o caçador de Ovnis e colaborador da revista UFO Research vai com a intenção de documentar mais atividades que são bem comuns naquela região e em Thaupeeka.
E no meio da busca, apreensão e prisão, ocorrem: luzes loucas em Thaupeeka bem em cima da casa do Phillip e algo desconhecido com sua filha Maybel. Também ocorrem homicídios, causados por um atirador profissional desconhecido, que deixou uma única pista para trás: um colar com a constelação de Andrômeda.
Parei a história aqui, acho até que dei uns spoilers sem querer.
Vou falar rapidinho sobre a edição. A Chiado é uma editora que preza pelo simples, mas que sempre sai bem feito. Achei poucos erros de revisão, dos quais a maioria eram as famosas e esquecidas vírgulas de vocativos. De resto, impecável. As fontes são de tamanho perfeito, papel amarelado. Foi uma maravilha de ler.
E agora, minha opinião. Narrado em terceira pessoa, alternando a perspectiva de diferentes personagens, o livro está muito bem escrito. A história passa pelo trivial, cai no suspense e mistério e então chegamos ao auge. Há muita ação, informação, cenas bem descritas com detalhes inteligentes.
Nenhuma ponta solta! Passado se conecta com presente, os personagens se conectam pelas suas histórias de vida e atitudes. E o final, muito bem definido! Cabe ao leitor tentar compreender o que aconteceu. Adoro finais assim, em que o leitor é quem decide, nada vem mastigado.
Parecem ser muitas páginas, concordam? Quase 600! Mas olha, a edição tem um tamanho de fonte ótimo para leitura. E o tamanho do livro não é o padrão norte-americano. Então, ignorem a quantidade. Por quê? Por ser uma das melhores leituras sci-fi que já tive o prazer de ler.
Resenhista: Nuccia De Cicco
**RESENHA PREMIADA - ATÉ 15/03, SORTEIO DO LIVRO E MARCADORES ATIVO.
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