Cris Compagnoni 02/12/2011
Inicialmente conhecia Duca Leindecker apenas como músico da banda Cidadão Quem e do Pouca Vogal, então descobri que ele também era escritor, e senti urgência em ler os livros dele.
Comecei por A CASA DA ESQUINA, uma das histórias mais singelas que já li. Expõe a simplicidade do cotidiano de um menino que como narrador, fala sobre a sua família, a escola, suas angústias, alegrias e principalmente suas percas; as relações familiares deixam transparecer o carinho, o amor e o respeito entre eles.
Uma das coisas que mais gostei nesse livro é a naturalidade com que se trata do primeiro amor, o descobrir-se apaixonado pela primeira vez, o primeiro beijo e a primeira separação. Eu senti todas as emoções do protagonista, me vi no lugar dele.
Mas o foco principal da história é a perca do pai, como lidar com isso quando se é tão jovem, por se tratar de um fato difícil à narrativa tem certa dramaticidade, porém é de leitura leve, tranqüila e agradável, não têm aquele peso que o tema morte geralmente impõe.
Tenho a impressão de que este livro é um pouco autobiográfico, por conhecer um pouco da vida de Duca Leindecker por acompanhar a sua carreira como músico, mas nas minhas “pesquisas” não encontrei nada que confirmasse e nem negasse essa hipótese. Só tenho certeza de que o livro é incrível, acalma e traz paz de espírito, nos faz ver a importância que as coisas simples têm na nossa vida.
http://criscompagnoni.blogspot.com/2010/04/casa-da-esquina.html