Júlio César

Júlio César William Shakespeare




Resenhas - Júlio César


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@aprendilendo_ 18/07/2021

Resenha de "Júlio César"
Com Júlio César em plena ascensão e cada vez mais próximo de tomar o poder da república Romana, um grupo de senadores, liderados por Caio Cássio e Marco Bruto, decide trair e assassinar o eminente político e líder militar. A partir disso, desencadeia-se uma guerra civil nunca vista entre os partidários de César, chamados Triúnviros e os Liberatores, em prol do mantimento da república. Publicada pela primeira vez em 1599 e escrita por William Shakespeare, “Júlio César” é a mais famosa peça romana do autor inglês e é considerada uma de suas grandes criações.

Em primeiro plano, com uma ótima estética textual, característica das escritas de Shakespeare, a obra consegue, desde as primeiras páginas, construir uma narrativa envolvente, a qual imerge o leitor em um cenário conturbado e prestes a eclodir em tragédias e guerras. Nesse sentido, com uma perene sensação de urgência em cada diálogo e ação dos personagens, a história se desenvolve de forma fluida e em momento nenhum cansa o leitor ou tem o seu ritmo de acontecimentos diminuído. Como consequência, antes da metade do livro, estamos completamente concentrados na história e curiosos para saber os futuros passos de cada personagem.

Em um segundo momento, sobre os personagens, há aqui uma boa complexidade de motivações. Nesse contexto, apresenta-se, muito bem, tanto os ideais republicanos, quanto o pensamento em prol de César. Por conseguinte, somos expostos à uma boa profundidade nos motivos dos lados em guerra, o que auxilia na conexão do leitor com cada personagem. No entanto, talvez o maior defeito da obra é que, por conta do tom de urgência e das cenas serem sempre muito céleres, o livro não tem tempo de aprofundar as relações e as personalidades de alguns sujeitos e isso acaba por fazer falta na contextualização dos fatos. Dessa forma, o livro sai-se muito bem ao entregar uma leitura prazerosa, a qual gera boas reflexões, mas peca ao não aprofundar devidamente contextos anteriores aos ocorridos na obra.

“Júlio César”, de Shakespeare, é uma leitura fluida e envolvente, a qual, em poucas páginas, consegue imergir o leitor em um momento conturbado e épico da história humana.
Nota: 9,1

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Reccanello 04/09/2023

Até tu, Brutus!?
Traição, perfídia, covardia! Mataram Cesar depois de lhe beijarem as mãos, depois de se lhes arrastarem aos pés... Ao menos Brutus o fez por amor a Roma e a República, ao contrário dos demais, que o fizeram por inveja de sua grandeza. Morreram à míngua, e nunca passarão de notas de rodapé na história de Cesar.
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Karina Paidosz 31/01/2024

Quando as pessoas percebem que Julio César começa a ganhar poder, "seus amigos" criam uma conspiração para tirá-lo de cena.

A peça não é grande, e é fácil de ler. Rola muita intriga, sangue e especulações sobre o que é certo ou não fazer, levanta questões muito interessantes.

Não é a minha peça favorita de sheakspeare, mas a que mais trouxe reflexões.
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Lucas Lobo 09/07/2023

Et tu, Brute?
Meu primeiro contato com Shakespeare e eu amei, leitura deliciosa!
O final cheio de ação me deixou fascinado.
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Marcia 10/04/2024

Minhas impressões sobre o livro
Leitura incrível, instigante que retrata através dramaturgia a morte de Julio Cesar. Nessa peça vamos conhecer um pouco sobre o grande Julio Cesar, vencedor de batalhas importantes, um militar famoso e muito respeitado.
Ele foi traído e assassinado, esfaqueado 23 vezes e uma delas por Brutus. Brutus era um homem que Julio Cesar confiava e admirava e foi daí que surgiu a frase: " Até tu Brutus!"
Essa peca foi escrita e encenada pela primeira vez em 1599 vem sendo representada e estudada até os dias atuais.
Atenção: O livro e curto, 186 páginas mas é preciso atenção para entender por causa da escrita. Nessa edição que li ha um prefácio do Harold Bloom muito elucidativo.
Esse peça vale cada palavra lida.
Adorei.
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LiteraLucas 27/05/2023

RETÓRICA!
A grande temática desta peça parece ser a retórica e a oratória (nada tão romano). Ao longo das cenas fica evidente o jogo argumentativo que envolve os personagens, que sempre tentam demonstrar teses convincentes baseadas em suas convicções e perspectivas. Apesar de o nome da peça ser "Júlio César", Bruto, Cássio e Antônio são tão protagonistas quanto. Recomendo!
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Leonardy.Negrini 24/12/2020

Caio Júlio César
A obra de Shakespeare é demasiadamente bem construída e faz de Bruto um personagem célere, apesar do seu papel na traição e assassinato de César.
Mesmo sabendo como se dará uma parte da história, pois ficamos esperando a famosa frase "Até tu Brutus?", toda a articulação que vai sendo construída em torno da figura histórica vai nos prendendo a atenção e a leitura fica bastante agradável.
Interessante como o sucesso e as conquistas de um líder parecem sempre trazer em sua sombra o fantasma de uma possível traição ou deposição. Estes jogos de poder estão muito bem representados também nos cenários políticos da América Latina e são discutidos por uma série de outros pensadores como Foucault, Sartre, Arendt, entre outros.
Recomendo as obras de Suetônio e de Conn Iggulden sobre o mesmo tema e história.
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sah_bornelli 20/02/2023

Shakespeare né
A história é interessante e traz uma crítica bem importante. Infelizmente a escrita antiga e o formato de peça deixam a leitura mais difícil e cansativa.
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Marc 20/07/2023

“Aos homens sobrevive o mal que fazem, mas o bem quase sempre com seus ossos fica enterrado.”

Pode parecer estranho, mas embora os personagens sejam políticos, o cenário seja o Senado e haja uma conspiração para matar Júlio César, o tema dessa peça não é a política. Não existem negociações, não aparecem as obras do imperador, não vemos a reação do povo diante de seu governo. Mas temos conversas sobre a grandeza de César, o temor de que ele receba a coroa e todas as honras possíveis, sobre sua riqueza. O tema dessa peça é muito constante em Shakespeare: a inveja.

Quando esse termo aparece, não pensamos que possa existir um estudo científico sobre algo tão baixo e banal. Mas isso porque pensamos que inveja nada mais é do que o ressentimento pelas conquistas do outro, mas o que Shakespeare faz é ir muito além dessa concepção do senso comum. Melhor seria usar o termo de René Girard, portanto: rivalidade mimética. Quando há uma rivalidade que aproxima os dois, fazendo com que o comportamento se torne cada vez mais semelhante. Bruto é conduzido por Cássio até atingir o ponto em que se convence de que se Júlio César continuar no poder, teremos uma tirania, um banho de sangue, violência e um governo com tudo o que de pior se possa imaginar. Acontece que ao chegar a esse ponto, o que fazem os conspiradores? Usam a violência que acusavam o outro de ser capaz de usar, ou seja, eles se aproximam no momento mesmo em que se imaginam mais diferentes um do outro. Assim, o comportamento é copiado, até no nível do que se imagina que o outro pode fazer, e tudo acontece inconscientemente.

Bem no começo, quando Júlio César está sendo homenageado pelo povo e Bruto ouve os sons da multidão, já tomamos conhecimento dos sentimentos que dominarão o protegido do imperador e vão levar ao famoso desfecho. Cássio, mais um dos típicos antagonistas de Shakespeare, adulando Bruto e se dizendo amigo, planta a semente da inveja, quando lhe diz que ele sim é grandioso e de valor, enquanto Júlio César é um fraco, aproveitador. A princípio, Bruto oscila entre a admiração (o amor que sente pelo amigo) e o desejo de se ver também reconhecido naquilo que tem de valoroso, mas depois, à medida que a história avança, resta apenas o sentimento de não estar na posição que merecia, enquanto o outro está muito além do que deveria alcançar. Na vasta galeria de vilões shakespearianos, Cássio talvez não se destaque por nada especial, talvez não seja um Iago, mas tem amplo domínio e compreensão de como a mente humana opera e conhece as palavras certas para fazer Bruto tomar o caminho da morte.

Cássio é adulador e falso. Fraco, porque ele mesmo sente inveja da grandiosidade de Júlio César, sem coragem para enfrentar o imperador de frente. E sabe avaliar que Bruto goza de uma posição estratégica para destruir o imperador, pois é seu amigo. E a rivalidade mimética costuma vicejar entre amigos, porque aquele que ascende vai se destacando, como se traísse o pacto de amizade com os outros. Ele conhece novas pessoas, novos lugares, alcança sucesso, riqueza, poder, fama. Mas como? Se éramos iguais, se nos amávamos (philia), agora o amigo é outro, não se consegue mais reconhecê-lo nas novas atitudes e falas. Ficamos para trás e isso fere nosso orgulho, também. Cássio é um mestre da psicologia e numa fala depois que Bruto se afasta dele, mostra que sabe muito bem o que está fazendo: “Muito bem, Bruto; és nobre. No entretanto, percebo que o ouro honrado de que és feito pode ser alterado. Desse modo, seria conveniente que os espíritos nobres só convivessem com os seus pares; pois quem será tão firme que não possa ser seduzido?” (p. 29).

O gênio de Shakespeare é capaz de nos conduzir pela transformação que aquelas frases aparentemente inocentes de Cássio vão provocando em Bruto. A capacidade de observação e descrição do mecanismo da rivalidade mimética é impressionante. E mais ainda se pensarmos que se trata de mostrar como personagens históricos se comportaram, ou seja, a explicação dada é digna de figurar como uma verdadeira tese. Pouca diferença faz, e isso ele realmente descobriu, que estejamos na Dinamarca, Veneza, Inglaterra ou Roma, os homens sempre terão o aguilhão da inveja a lhes incomodar e envenenar. É uma explicação, portanto, dos meandros do comportamento humano mais basilar e corriqueiro, para o qual encontramos sempre alguma justificativa — uma racionalização — quando o sentimos e condenamos sem possibilidade de perdão quando percebemos ser o alvo da inveja.

Veja esse trecho, quando Bruto já está convencido da urgência da morte de Júlio César: “Preciso é que ele morra. Eu, por meu lado, razão pessoal não tenho para odiá-lo, afora a do bem público. Deseja ser coroado. Até onde influirá isso em sua natureza, eis a questão.” (p. 41). Aqui, além da racionalização, Bruto ainda exibe a projeção daquilo que ele mesmo está vivenciando internamente (inconscientemente, porém).

Também não me parece correto afirmar que Bruto era fraco. Ao contrário, ele é nobre, sente verdadeiro amor por Júlio César e deseja o melhor para ele. Mas esse sentimento, principalmente quando provocado da maneira que foi, com algum lastro de realidade (Bruto era uma pessoa valorosa, afinal) e subvertendo os pontos essenciais, em uma palavra, dando uma interpretação que volta o olhar para o exterior, atacando o narcisismo, enfraquecendo sua personalidade, enfim, essa tática costuma ser infalível. Mesmo pessoas com personalidade, com inteligência e amor pelo outro podem ser vítimas da tentação de buscar sua essência no mundo externo. Aqui, me distancio um pouco de Girard, porque ele repele a psicologia, mas acredito que só podemos compreender totalmente a manobra de Cássio se pensarmos que ele consegue deslocar o olhar de Bruto de tal maneira que o faz procurar as recompensas da vida em conquistas externas e materiais, quando, até pouco tempo antes, ele se satisfazia em ser uma pessoa bondosa, nobre, que amava seu amigo. Ele desestabiliza uma pessoa nobre e a transforma em alguém mesquinho, ressentido e odioso. Claro, Júlio César morre, mas a verdadeira vítima é Bruto, porque ele perde tudo, inclusive a si mesmo. Talvez devesse repensar se o alvo de Cássio era realmente Júlio César... Mas acho que podemos dizer que ambos estavam sendo destruídos por ele. Ironicamente, Júlio César não é deformado como Bruto, mesmo perdendo a vida, seu crime é ser a vítima inconsciente da história.

Depois do crime, Roma cai numa guerra civil. O poder está vago e muitos o disputam, ou tem pretensões nesse sentido. Marco Antônio e Otávio desejam vingar o morto, enquanto Cássio e Bruto juntaram suas tropas com pretensões “defensivas”. Mas a verdade é que tudo pode acontecer. Quando o imperador morre, quebra-se a hierarquia que sustentava a sociedade, pois ele era valoroso, havia sido vencedor com honras em inúmeros combates, fazia sentido que ele alcançasse tal posição. Isso dizia aos romanos que outros valorosos também poderiam chegar ao mesmo patamar, ou até ultrapassá-lo se tivessem mais méritos; mas quando ele é morto, deixando vaga aquela posição, que poderia ser tomada por qualquer um, por alguém como Cássio, por exemplo, a leitura que qualquer pessoa poderia fazer é a de que não era preciso muitos méritos para se alcançar poder e riqueza, apenas esperteza, descobrindo meios de burlar a ordem das coisas.

Já no fim da peça, para não entregar a chave de leitura tão facilmente, Shakespeare descola Bruto dos outros conspiradores, ao colocar Marco Antônio dizendo que todos o fizeram por inveja da grandeza de Júlio César, menos Bruto, que acreditou que lutava realmente pelo bem de Roma e tinha as melhores intenções. Mas não é isso que vemos durante todo o processo de preparação da morte. Ele sentiu fortemente arder dentro de si a inveja contra seu amigo, foi convencido de que ele não merecia tal posição e que uma pessoa desse tipo só faria mal.
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Nina Souza 11/04/2024

Uma experiência bem diferente [17/193 países - Inglaterra]
A história de Júlio César tem consequências ruins para Roma, que a levou para o declínio do Império. Shakespeare, ao escrever e encenar a peça em 1599, faz do palco um lugar de tensão e subversão. Ao recriar a morte do grande ditador no Senado, Shakespeare possibilita a mudança de perspectiva ao próprio cenário inglês em um enredo composto de cinco atos que vão compor a história de César.

A peça, apesar de curta, exige do leitor não só algumas das cenas mais icônicas da literatura mundial, mas um espaço para refletir sobre a compreensão da condição humana em toda a sua completude: tanto a sua grandeza quanto a sua miséria em diversos aspectos como a covardia, a inveja, a dicotomia entre o bem e o mal, a forma que uma paixão desencadeia injustiças, o valor do conhecimento para a derrubada do poder e as múltiplas facetas dos sentimentos que (deixam de) mover um determinado ideal.

A complexidade dos personagens é, simplesmente, surreal. E há mais de uma interpretação: seria César um herói brutalmente assassinado por conspiradores ou teria sido Bruto o verdadeiro herói da trama? Existe, de fato, um herói ou um vilão?

No entanto, acredito que a maior dificuldade nessa leitura esteja na falta de familiaridade que temos com o sistema político vigente da época: o republicanismo presente em Júlio Cesar faz com que a população pudesse compreender suas alusões e anacronismos – trazendo não só Roma até a Inglaterra Isabelina, mas apontando elementos comuns em suas narrativas em um espaço de debate de ideias e na construção de um cidadão com determinados valores republicanos para poderem reivindicar seus direitos civis.


site: instagram.com/cartografialiteraria
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juuuwidy 22/06/2023

Todos sabem que deve-se abraçar essa peça histórica como entretenimento e mantê-la longe de objeto de estudo no que se diz a respeito da História Romana e Júlio César, mas com todo o poder hipnótico de Shakespeare somado ao poder de minha preguiça em pesquisar a veracidade dos fatos... Provavelmente mesclarei realidade com ficção pelo resto da vida (rindo).

Duas coisas bem tragicômicas e atemporais que se destacaram aos meus olhos foram a facilidade do povo em tomar políticos como messias e a maleabilidade deles, que em uma hora os faziam condenar Júlio e amarem seus assassinos, e em questão de segundos o contrário...

Muitos jogos políticos, muita persuasão e retórica, portanto pouco tempo pra se aprofundar e vir a ser ÉPICO em letra maiúscula. Não me cativou tanto como outros livros de Shakespeare já o fizeram, mas meu dia está feito só pela frase "Et tu, Brute?".

*De Julia para Júlio, cumpri meu dever.
juuuwidy 24/06/2023minha estante
Entretanto* no lugar de portanto kkkkk




Banana Republic 19/10/2022

Lindo de uma forma muito confusa, tive que ler em voz alta pra entender. Só o Will msm pra escrever isso.
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prblyafuturemilf 01/08/2022

"À vida restará sempre um poder: extinguir a si mesma"
É sem dúvidas, um ótima leitura. Foi meu primeiro contato com shakespeare e não me arrependo, apesar da forma de escrita (que me deixou constantemente agoniada no começo), gostei da forma que os personagens eram complexos, cheios de nuances e humanos (amo um drama e não to sabendo dizer) ? eu queria saber desenvolver mais, mas to com sono então é isso ai

bruto eu te amo
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EvaíOliveira 07/05/2022

Publicado em 1559, retrata a conspiração contra o ditador romano Júlio César, seu assassinato e suas consequências. É uma das diversas peças romanas que ele escreveu, baseada na verdadeira história romana, que incluem também Coriolano, Antônio e Cleópatra.
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