Joao.Junior 14/04/2016minha estanteÉpico! O livro nos leva a uma viagem no tempo. Quem conhece in loco os ambientes de Caatinga descritos no livro, vai conseguir até sentir a mesma sensação das tropas volantes perseguindo os bandidos. Quem não conhece vai conseguir construir no seu imaginário a peleja dos policiais. Além disso o livro faz refletir sobre o povo sertanejo, que ainda hoje, com tecnologia batendo à porta, vive isolado e conta com sua própria coragem e rusticidade para sobreviver. Também pensei na questão da organização da PM, como algumas coisas de hoje se explicam com a construção da organização militar de outrora. Parecia que a PM hoje estava evoluída e muito distante, mas na realidade ainda se tem muito daquela organização dos anos 20 e 30. O capitulo 3, me lembrou o estado islâmico, assassinato com exibicionismo, mas o cangaço e as volantes eram fraternos até na crueldade de matar o inimigo e se exibir com o triunfo. Por fim, o livro Capitães do Fim do Mundo, é a vista mais real de como o Estado, enquanto organização é incapaz de manter a ordem, sem ferir os preceitos legais e os direitos humanos, ou seja, o Estado se viu obrigado a lanças mão dos mesmos meios politicamente INCORRETOS, para vencer o inimigo com seu próprio veneno. NADA MUDOU. Estado inoperante e lento, Organizações criminosas vorazes e evoluídas. Como a História se mostra cíclica heim? Parabéns ao autor pela obra. Recomendo a todos.