Resenhas - Caçadores De Nazistas

Igor_Resenha 01/01/2024

Um livro incrível !!!
Uma história épica do começo ao fim !! Acredito que essa história pode ser dividido em três partes: 1) A operação Loyton realizada por 50 membros do Serviço Aéreo Especial (SAS) na região francesa do Vosges em 1944; 2) A busca dos 32 operadores SAS classificados como "desaparecidos" e encabeçado, principalmente, por Barkworth na Vila Degler após o fim da missão; 3) A caçada e o julgamento dos nazistas que tiveram participação no assassinato de membros dos SAS e de aldeões do Vosges (com destaque para os moradores de Moussly que deram a vida para proteger os paraquedistas britânicos e foram executados no campo de concentração Natzweiler - Nacht und Nebel).
Na primeira parte, o leitor acompanha o SAS e os Maquis (membros da resistência francesa) na Operação Layton, sabotando a logística, eliminando altos oficiais e disseminando o caos nas estruturas defensivas dos "piolhos cinzentos" (facilitando a penetração aliada na França após o desembarque da Normandia) através das táticas de guerrilha. Essa operação demonstra a eficiência em utilizar paraquedistas atrás das linhas inimigas para reduzir a capacidade do adversário na linha de frente, tornando sua defesa muita mais porosa e penetrável - Nos Vosges a defesa alemã estava muito bem estruturada e provavelmente seria um ponto de enorme resistência para força aliada atrasando seu avanço. Contudo, a operação chegou ao fim devido a dificuldade de manter uma linha de suprimentos eficiente para os operadores do SAS continuarem suas ações. Mas, nem todos voltam para casa...
Após o fim da guerra na Europa, o SAS acaba sendo desmobilizado. No entanto, para Frank, Barkworth, Galitzine e muitos outros membros dessa Força Especial (vivos ou mortos) a missão teria de continuar de forma clandestina. Afinal era necessário descobrir o que havia acontecido com os operadores SAS que não voltaram para casa e levar seus assassinos a julgamento. Aqui o leitor entra em contato com uma realidade diferente da primeira parte, ao invés da guerra, o foco vai para o rastreamento furtivo feito pelos Caçadores de Nazistas.
O livro todo é marcante e fluido. Mas, para mim, o que mais me marcou foi o posfácio, pois foi a primeira vez que me deparei com certas informações do pós-guerra. Não conseguia acreditar que a Europa mal tinha esfriado as peças de artilharia e já queria volta-las para a União Soviética com apoio de antigos nazistas. Foi um choque enorme ver que a força aliada passou pano para nazistas e criminosos de guerra em prol de usa-los contra a URSS de Stalin.
Enfim, um dos livros mais interessantes que já li sobre a Segunda Guerra Mundial. O autor, Damien Lewis, tem o poder da escrita. RECOMENDO !!!

@biaentreleituras 01/05/2016

O que encontramos nas páginas desse livro é de suma importância para a história da Segunda Guerra Mundial, o que achávamos que sabíamos vem se esmiuçando e nos é recontado com relatos surpreendentes. O que nos foi contado tem um outro lado, um lado que ninguém expôs e que é revelado nesta obra.

No final do verão de 1940, 60 agentes da SAS desceram de paraquedas no norte da França. Uma força estava montada ali para impedir a passagem de aliados, a ordem era para resistirem até o fim. Os homens tinham como missão espalhar o caos naquela aérea e garantir que os soldados desobedecessem as ordens de Hitler e deixassem seus postos. No entanto, 31 agentes da SAS foram dados como desaparecidos, porém a verdadeira história leva para um terrível fim, onde esses homens sofreram brutalmente e pereceram até a morte.

Quem estava à frente dessa missão se recusou a aceitar a falta de informações sobre o paradeiro de seus homens e a permitir que os assassinos ficassem impunes. Mas a SAS estava com os dias contados e logo seria extinta. Em memória desses agentes, para fazer justiça e dar alguma explicação para as famílias, o Coronel Brian Franks formou uma unidade clandestina (Caçadores Secretos). Uma equipe que contava com os mais brilhantes e extraordinários homens, aqueles que mesmo estando apavorados seguiam até o fim e cumpriam com suas instruções, a qualquer custo.

Quando os agentes da SAS desceram de paraquedas, imprevistos aconteceram e a missão foi adiada por longas semanas. Sem comida, munição ou lugar para se esconderem da Gestapo, os homens se refugiram em Moussey, os moradores foram leais sem que eles precisassem pedir e jamais os entregaram (mesmo sendo torturados). A resistência francesa (os Maquis) colaboraram com e foram de grande ajuda para o desenvolvimento e realização da missão.

Dias depois, foi dado um decreto nazista permitindo aos oficiais o total poder para apreender e deportar qualquer um que fosse considerado ameaçador de segurança. O decreto permitia que as pessoas desaparecem sem quaisquer explicações, no que ficou conhecido posteriormente pela Noite e Neblina. As pessoas apreendidas naquela noite, foram enviadas para o campo de concentração Natzweiler onde sofreram as mais absurdas e horrendas torturas. Naquela noite, homens da SAS e da resistência francesa foram apreendidos e suas mortes foram escondidas pelos nazistas, mas a unidade ultrassecreta não permitiu que ficassem impunes e os caçou. Um grupo sem autorização para agir, sem o consentimento do governo e que oficialmente jamais existiu.

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