Resenhas -

Bruno.Patrick 21/06/2020

Um livro difícil
Sabe aquele livro que é ótimo mas não dá vontade de reler porque é cansativo. A jornada nesse livro é incrível mas convenhamos que o Douglas Adams é meio prolixo, o que é engraçado porque são os detalhes que tornam essa aventura tão boa/cansativa de se acompanhar. Mas dê uma chance pro Guia e NÃO ENTRE EM PÂNICO.

Romulo 20/06/2020

Legal!
Livro muito legal, divertido e com conceitos interessantes! Mas prestem atenção aos detalhes!

rayumix 18/06/2020

Fumação de banana total
"Este planeta tem - ou melhor, tinha - o seguinte problema: a maioria de seus habitantes estava quase sempre infeliz. Foram sugeridas muitas soluções para esse problema, mas a maior parte deles dizia respeito basicamente à movimentação  de pequenos pedaços de papel colorido com números impressos, o que é curioso, já que em geral não eram os tais pedaços de papel que se sentiam infelizes." 

Seria complicado tentar resumir essa história, (até porque em grande parte nem lembro de tudo) mas podemos dizer que trataremos de Arthur, uma mero terrestre que um dia descobre que a Terra será destruída, muito bem, obrigada; e aliás, seu amigo é um alienígena. A partir daí viajaremos por toda a Galáxia e passaremos por coisas como, humm... tudo que você pode imaginar. Na verdade, tudo que você NÃO pode imaginar.

Pense nas coisas coisas mais absurdas e criativas, que de alguma maneira conseguem ser inteligentes, afiadas críticas à nossa sociedade e incrivelmente engraçadas ainda assim. Multiplique isso por 42 e terá uma noção do que esses livros são (Ou você pode chegar a resposta do "biscoito ou bolacha?", nunca se sabe).

Foi uma leitura muito prazerosa e divertida, com direito à altas brisas, e apesar de eu ter emperrado e esquecido o fio da meada algumas vezes, as boas risadas e a maravilhosa criatividade de Douglas Adams compensavam isso. É aquele tipo de livro que quando acaba, você sente tanta falta dos personagens e da ambientação, que se sente órfão da história.
Os personagens são muitos carismáticos; é uma ficção científica cômica extraordinária, para aplaudir de pé. O final me deixou meio impactada rsrs, mas talvez tinha que ser assim mesmo.

Comprovadamente uma trilogia de cinco digna de todo seu legado e de ser considerado um clássico nerd com referências espalhadas por todo o canto. E devemos ressaltá-la principalmente pelas lições que aprendemos: 

Sempre tenha uma toalha em mãos e NÃO ENTRE EM PÂNICO.

Cah 04/08/2018

42: um número sobre a vida o universo e tudo mais.
Ficção científica envolvente! O guia do mochileiro das galáxias é estruturado por críticas sociais sutis e inspiradoras, exposta através de piadas nerds e engenhosas.
Questiona questões como a vida, o universo e tudo mais, nos inspirando a estar dispostos a aceitar os desafios da vida e os itens básicos necessários para uma viagem a qualquer lugar da galáxia, questão importantíssima (uma toalha)!
Enredo criativo e filosófico, perfeito!!
Ah, e o mais importante: 42...

Nina 20/07/2016

A saga de Arthur Dent pela galáxia foi minha companheira inseparável durante a faculdade, enquanto eu descobria o sci-fi, me apaixonava por Arquivo X e perdia a vergonha de ser nerd. E apesar dos livros terem sido tão importantes na minha vida, eu não os tinha na minha estante, na época eu lia os da biblioteca. Então vocês imaginem a minha alegria quando a Arqueiro anunciou que iria lançar todos os livros em um volume único com capa dura! Então readers, não entrem em pânico e embarquem comigo nessa viagem intergaláctica!

Todas as vezes que lemos ou assistimos alguma história que trata da invasão/destruição da Terra, em geral o mocinho tenta encontrar um modo de defender o planeta, isso é meio que o modos operandi da grande maioria dos personagens de sci-fi. Mas Arthur Dent não é assim, sua prioridade é salvar a própria vida, e assim ele foge daqui de carona em uma nave alienígena ao lado de seu amigo Ford - que ele descobre que é um alienígena disfarçado, que vivia em nosso planeta para fazer pesquisas para o Guia do Mochileiro das Galáxias. E os dois partem em uma sequência de viagens pelo tempo, espaço e galáxias em busca do sentido da vida, a pergunta para 42, que é a resposta para a pergunta da Vida, do Universo e Tudo Mais. Confuso, não? Pois é, o livro é inteiro confuso e você tem que estar muito atento e ler com muita calma para conseguir assimilar todos os fatos.

Por isso, ao invés de devorar o livro todo de uma vez, eu passei o último mês lendo-o aos pouquinhos, relembrando o sabor e as alegrias de reviver esse clássico. Aconselho a vocês que façam o mesmo, que não vão com muita sede ao pote, pois vocês irão se deparar com viagens temporais, nave movida a improbabilidade, nomes impronunciáveis, teorias de imprevisibilidade e lugares muito malucos. E tanta informação pode deixar a leitura meio confusa se você tiver pressa.

Um outro equívoco muito comum quando se trata dessa série, é as pessoas evitarem a leitura por acharem que é preciso um conhecimento de física ou de história para entender, o que não é necessário. É claro que se você tiver esse conhecimento, a leitura flui mais rápido (na verdade, até sua vida flui mais rápido - conhecimento nunca é demais ☺) pois o autor recheou o enredo com várias passagens históricas e relações com a física. Fora que o livro é cheio de metáforas e tiradinhas que se você não conhecer algumas coisas, vão ficar meio em sentido - mas não é nada que uma “googlada” rápida não resolva.

Além disso, preciso destacar a genialidade de Douglas Adams! A narrativa dele é inteligente, debochada e sarcástica e o livro é cheio de ironia e críticas à sociedade. E é incrível como ele consegue criar todo um mundo novo fora da nossa sociedade para criticar coisas que estão dentro dela.

Enfim, ao ler essa “trilogia de cinco livros”, novos conceitos e ideias vão surgir em sua mente e você acaba aprendendo que a resposta para a maioria de suas perguntas é algo bem simples: 42; e que uma toalha é de fundamental importância. Inclusive, é melhor você ler com uma ao lado, apenas por precaução mesmo, pois o mundo pode acabar a qualquer hora e nunca se sabe se seu melhor amigo é um ET!

Se você ainda não leu, recomendo muito que leia, e claro, não se esqueça de seguir a instrução: NÃO ENTRE EM PÂNICO!

site: http://www.quemlesabeporque.com/2016/06/o-guia-definitivo-do-mochileiro-das.html#.V4-2CLiAOko

Vany 14/01/2019

O primeiro livro é o que realmente vale a pena
O primeiro livro é sensacionalmente sensacional! Hilário! O livro dois ainda é bom. Do três para frente, são livros totalmente dispensáveis. O autor se perdeu completamente na história e você só chega no final se tiver muita força de vontade mesmo (mas é muita, viu!).

Mari Siqueira 02/08/2016

NÃO ENTRE EM PÂNICO! O que esperar de um autor genial como Douglas Adams? Nada menos que uma coleção tão brilhante quanto seu autor. Em um volume único absolutamente caprichado em capa dura, a Editora Arqueiro compactou os cinco livros - oficiais - do Guia do Mochileiro das Galáxias. Sagaz, inteligente e extremamente cômica, a literatura de Adams requer maturidade e senso de humor para sua total apreciação.

Logo nas primeiras páginas, o autor que publicou o primeiro volume do 'O Guia' (para os íntimos) em 1979, mostra que estava à frente de seu tempo. Literalmente, ele previu muitas das consequências para o comportamento humano da época que nos afetam hoje. A quantidade de ciência e tecnologia descrita por Douglas Adams é assustadora. Nos primórdios da tecnologia e da criação de computadores é espantoso como ele poderia imaginar tamanha evolução.

Ciência, humor e crítica se misturam diversas vezes no decorrer da narrativa. Alguns trechos me fizeram rolar de rir, enquanto outros me fizeram questionar a existência humana. Com muita imaginação e inteligência, Adams cria seres de outros mundos, animais super-inteligentes e paradoxos brilhantes para explicar a relação entre eles e os humanos. Por exemplo, os ratos e os golfinhos - seres muito inteligentes - são espécies altamente desenvolvidas, que sempre souberam que a Terra iria acabar e que na verdade, estavam aqui nos observando.

Não vou me apegar nesta resenha aos personagens e à história em si, mas sim ao significado que eu encontrei nessa leitura. E foram tantos! Metáforas, abstrações e alegorias estiveram muito presentes do começo ao fim do livro e em certos momentos, confesso que me perdi um pouco. Meu cérebro às vezes não conseguia alcançar o nível de compreensão do autor.

Em uma passagem que eu vou levar comigo por toda a vida, antes da destruição iminente da Terra, os golfinhos fogem e saem daqui dizendo a seguinte frase: "Até mais e obrigada pelos peixes!" É basicamente uma inversão de todos os valores, dizer que durante todo esse tempo nós criamos, alimentamos, mantivemos em cativeiro e consideramos inferior, uma espécie mais inteligente que a nossa. Nós nos julgamos muito sábios e nessa arrogância de achar que somos superiores, nem cogitamos a hipótese de existir mais do que conhecemos.

'O Guia' também fala da infinita busca do ser humano e também do não-humano pelo conhecimento. Estamos sempre querendo respostas, mesmo quando não sabemos as perguntas. Para Adams a vida é muito mais simples do que imaginamos, não somos seres superiores, o dinheiro não vai nos salvar de nós mesmos, um viajante sempre deve saber onde está sua toalha e existe um guia que tem praticamente todas as respostas - para todas as outras, 42.

Sarcástica e ao mesmo tempo chocante, a forma como o autor conduz cada um de seus livros transita entre o contraste do realismo e da fantasia. É incrível, literalmente. Além dos fortes posicionamentos do autor com relação a sociedade, a religião e o meio em que vivemos, há também críticas ao egocentrismo. No último episódio que vou citar aqui, Zaphod Beeblebrox é exposto a mais cruel das torturas: o Vórtice da Perspectiva Total, uma máquina que mostra o quão ínfimos nós somos com relação ao universo. Muitos morrem, perplexos por perceberem sua insignificância. Douglas Adams ousa fazer isso conosco também, mostrar que nós - criaturas humanoides, não somos nada perto da magnificência do Universo.


site: http://sobreamorelivros.blogspot.com

Spoiler & Cia 05/02/2019

Resenha do livro: O guia definitivo do Mochileiro das Galáxias
Série completa:

O guia do Mochileiro das Galáxias.
O restaurante no Fim do Universo.
A vida, o Universo e Tudo Mais.
Até Mais, e Obrigado Pelos Peixes!
Praticamente Inofensiva.



Sempre tive curiosidade para ler estes livros, nunca havia lido um livro de ficção científica, porque não é o meu tipo usual de literatura, entretanto ao encontrar uma promoção na Amazon do livro em capa dura, da " Trilogia de cinco em um único volume", não perdi esta oportunidade, e comprei o livro. E fiquei surpresa com o quão envolvente este livro foi, adorei começar o Projeto 1001 livros por esta coletânea. Estes livros vão além de uma simples ficção científica. Cheio de humor áspero e criticas subentendidas, o autor surpreende em cada página.

A série começa com Arthur Dent acordando em uma quinta-feira terrível e idiota, em uma casa pequena em uma colina na Inglaterra, onde morava há três anos. Neste dia ao acordar e olhar pela janela encontra um trator prestes a demolir sua casa, e a única explicação para este fato é que iriam construir um desvio no local onde está sua casa, porque os desvios permitem que as pessoas se desloquem mais rápido do ponto A ao B, e do ponto B ao A. O sr. Prosser, que pilotava o trator, apenas queria estar no ponto D, distante do ponto A,B,C. A discussão de Arthur com o sr. Prosser é muito interessante, e para mim logo no início mostra o humor característico dos livros como um todo:
“(...) - Um longo prazo”? - falou Arthur- Longo prazo? Eu só soube dessa história quando chegou um operário na minha casa ontem. Perguntei a ele se tinha vindo para lavar as janelas e ele respondeu que não, vinha para demolir a casa. É claro que não me disse isso logo. Claro que não. Primeiro lavou umas duas janelas e me cobrou cinco pratas. Depois é que me contou.
- Mas, sr. Dent, o projeto estava à sua disposição na Secretaria de Obras há nove meses.
-Pois é. Assim que soube fui lá me informar, ontem à tarde. Vocês não se esforçam muito para divulgar o projeto, não é verdade? Quer dizer, não chegaram a comunicar às pessoas nem nada.
- Mas o projeto estava em exposição...
- Em exposição? Tive que descer ao porão pra encontrar o projeto.
- É o porão que os projetos ficam em exposição.
-Com uma lanterna.
-Ah, provavelmente estava faltando luz.
- Faltavam as escadas, também.
- Mas, afinal, o senhor encontrou o projeto, não foi?
- Encontrei, sim – disse Arthur- Estava em uma exibição no fundo de um arquivo trancado, jogado num banheiro fora de uso, cuja porta tinha a placa: Cuidado com o leopardo. (...) “
Por ironia do universo, neste mesmo dia poucos minutos após a casa de Arthur ser destruída, a Terra também foi demolida para construir uma via que une o ponto A ao ponto B. E semelhante ao dialogo anterior, o único recado que os terráqueos recebem é:
“(...) – Esta surpresa é injustificável. Todos os planos do projeto, bem como a ordem de demolição, estão em exposição no seu Departamento local de Planejamento, em Alfa do Centauro, há cinquenta dos seus anos terrestres, e, portanto todos vocês tiveram muito tempo para apresentar qualquer reclamação formal, e agora é tarde demais para criar caso. (...)”
A sorte de Arthur foi ser amiga de Ford Perfect, que nasceu no planeta perto de Betelgeuse, e que vive na Terra há 15 anos, fingindo ser um ator desempregado, algo completamente comum, porém o seu verdadeiro trabalho era ser pesquisador de campo para o livro o guia do mochileiro das galáxias.
“(...) O Guia do Mochileiro das Galáxias é um livro realmente admirável. Há muitos anos que vem sendo escrito e revisto, e por muitos redatores diferentes. (...)”
“(...) Segundo a lenda, Hurling Frootming fundou o Guia, estabeleceu seus princípios fundamentais de honestidade e idealismo e depois foi à falência. (...)”
E juntos foram salvos pelo Zaphod que é presidente do Governo Imperial Galáctico. Neste momento temos a descrição do que é ser um presidente, mostrando humor e uma critica:
“(...) O presidente, em particular, é simplesmente uma figura pública: não detém nenhum poder. Ele é aparentemente escolhido pelo governo, mas as qualidades que ele deve exibir nada têm haver com liderança. Ele deve é possuir um sutil talento para provocar indignação. Por esse motivo, o presidente é sempre uma figura polêmica, sempre uma personalidade irritante, porém fascinante ao mesmo tempo. Não cabe a ele exercer o poder, e sim desviar a atenção do poder. (...)”
A nave que salva os dois personagens foi justamente roubada pelo Zaphod, sem na verdade ele saber o porquê, e o motivo só é descoberto em um universo paralelo feito para esperá-lo.
Para entender as outras línguas das Galáxias, eles precisam usar o peixe-babel, que é pequeno, amarelo e semelhante a uma sanguessuga, alimenta-se de energia mental, absorve as frequências mentais conscientes e com isso a pessoa compreende todas as línguas.
Em um dialogo inteligente e engraçado o peixe-babel comprova a existência de Deus, e exatamente por isso comprova sua inexistência.
“(...) ‘Recuso-me a provar que eu existo’, diz Deus, ’pois a prova nega a fé, e sem a fé não sou nada’.”
Diz o homem: ‘Mas o peixe-babel é uma tremenda bandeira, não é? Ele não poderia ter evoluído por acaso. Ele prova que você existe, e, portanto, conforme o que você mesmo disse você não existe. QED. ’
Então Deus diz: ‘Ih, não é que eu não tinha pensado nisso?’ E imediatamente desaparece, numa nuvenzinha de lógica (...)”
Junto ao Zaphod, Arthur e Ford ainda estão com uma terráquea que por coincidência já era uma conhecida de Arthur durante sua vida na Terra, e para mim o melhor personagem do livro, o robô maníaco-depressivo-Marvin que além de ser engraçado de um jeito melancólico, ainda demostra uma reflexão sobre a inteligência artificial.
“(...) – Você acha que o seu problema é sério? - exclamou Marvin, como se estivesse se dirigindo ao novo morador de uma sepultura - E eu? O que faço se eu sou um robô maníaco-depressivo? Não, nem tente responder; eu sou cinquenta mil vezes mais inteligente que você e nem eu sei a resposta. Só de tentar me colocar no seu nível intelectual, fico com dor de cabeça. (...)”
Juntos eles vivem aventuras importantes e divertidas, que envolvem desde um restaurante no fim do Universo, até a solução da resposta fundamental da vida e do universo, que envolve ratos inteligentes, e o computador mais importante de todos os tempos a Terra.
Os personagens ainda entram em contato com outros importantes personagens, como por exemplo, Slartibartfast, o engenheiro do universo, encontram também o ser que comanda tudo, que vive apenas com um gato em um mundo perdido no meio de lugar nenhum especifico.
As aventuras vividas ainda envolvem a guerra do planeta Krikkit contra o resto do universo, que ficou na lembrança dos ingleses como o jogo de críquete. Este planeta é cercado por uma nuvem de poeira, e, portanto, durante a noite é completamente escuro, e durante o dia há o sol, mas não é possível enxerga-lo. Isso leva a uma reflexão sobre o conhecimento da existência do universo.
“(...) – O único motivo pelo qual nunca pensaram ‘Estamos sozinhos no Universo’, simplesmente é porque você nunca pensou que havia outra possibilidade. - Andou novamente. – Creio que seria apavorante- acrescentou. (...)”
Quando os habitantes deste planeta descobrem a existência do universo e de outras formas de vidas, tornem-se pessoas xenófobas e maníacas.
“(...) -... pessoas xenófobas e maníacas. A ideia de que havia um Universo não se enquadrava em sua visão de mundo, digamos assim. Não podiam lidar com ele. Então, de forma encantadora, agradável e inteligente-até mesmo esquisitona, já que você insiste-, decidiram destruir o Universo. Qual o problema agora? (...)”
Outra aventura ocorre após oito anos no espaço, quando Arthur volta para Terra, que continua praticamente inofensiva, exceto pela presença do Deus da chuva, ou melhor, “um indutor de precipitação Incremental Sobrenormal”, e pelo desaparecimento dos golfinhos, e para solucionar esse mistério é preciso a ajuda de um homem um pouco louco e um aquário.
“(...) – E, caso tenha passado pela cabeça de vocês duvidar, como posso ver que seria possível, sou completamente são. E é por isso que me chamo de Wonko, o São, apenas para que as pessoas fiquem tranquilas quanto a isso. (...)”
O final desta série nos leva a um universo paralelo, e para o desespero de Arthur o guia não está sendo tão útil quanto o esperado, portanto, parte em busca de outros conselhos.
“(...) Sabe, a qualidade de qualquer conselho que uma pessoa pode dar deve ser avaliada de acordo com a qualidade da vida que a pessoa levou. (...)”
Para todos os leitores fieis do gênero ficção cientifica, e aqueles sem tantas experiências no gênero, “o Guia do Mochileiro das Galáxias” é uma leitura obrigatória.


site: https://spoilercia.blogspot.com/2019/01/resenha-do-livro-o-guia-definitivo-do.html

Paulinha 23/03/2019

O Guia definitivo do Mochileiro das Galáxias
Vou tentar não revelar muito, porque cada um tem que ter a sua própria experiência com essa obra de arte complexa. A leitura no modo geral é rápida e os capítulos são curtos, agora porque digo no modo geral? Porque tem muitas coisas complexas, extremamente complexas. Douglas Adams nos apresenta as mais diversas teorias sobre tudo, as vezes lemos e achamos que tínhamos entendido até ele ter uma sacada que dá um nó na cabeça e ficamos com duas alternativas: voltar e tentar entender por A+B ou seguir a história e entender no modo geral.
Uma coisa que me ajudou muito foi o Arthur, haha, sim, ele me ajudou porque o conhecimento dele é igual ao meu em diversos aspectos. Então quando Ford Perfect tinha que explicar algo para ele de novo, me ajudava muito haha.
Bom, vamos para a história.
No primeiro livro acompanhamos Arthur Dent que consegue ser salvo por Ford Perfect, seu então amigo, minutos antes da Terra ser destruída. E é aí que ele descobre que Ford na verdade não era terráqueo, pelo contrário, é um ET que foi fazer uma pesquisa de campo na Terra para uma nova edição do Guia do Mochileiro e acabou ficando preso por 15 anos lá. Ao ser salvo, Arthur se vê diante de um mundo, de uma realidade nunca antes imaginada e junto de Ford dão início a uma viagem nada normal. Chegando até a se envolverem e descobrirem a resposta para a Grande pergunta sobre à Questão da Vida, o Universo e Tudo Mais.
Tiveram diversas partes que não fez sentido para mim? Sim, mas o foda é que faz sentido para a história. Algo que você pensa: nossa isso é loucura, dentro do mundo em que Ford vive e Arthur é levado, faz total sentido.
No segundo livro, Douglas Adams continua com suas sacadas e com sua visão de mundo excepcionais. A forma com que ele nos dá uma segunda ou terceira ou mais visões sobre coisas que para nós são banais é fascinante. Diversas vezes parei e pensei: como não pensei nisso antes?
Bem, o intuito deles era ir comer algo no Restaurante no fim do Universo, mas algo acontece que eles acabam sendo divididos durante um tempo. Agora o grupo tem mais integrantes, junto com Arthur Dent e Ford Perfect, conhecemos Trillian, Zaphod Beeblebrox e Marvin. Zaphod consegue pistas da missão secreta que ele havia escondido dele mesmo e é forçado a seguir com seu antigo plano. Eles finalmente almoçam no restaurante no fim do universo; o Regente do Universo é conhecido (?); Ford Perfect e Arthur se veem em uma nave com bilhões de pessoas congeladas, um capitão que está no banho há três anos e caminham para um choque contra a superfície de um planeta.
Eles agora mudaram o foco, eles já têm a resposta sobre à Questão da Vida, o Universo e Tudo Mais, agora eles querem a real pergunta.
No terceiro livro, começa com o que aconteceu com Arthur, Ford, Zapod e Trillian cinco anos depois. As coisas não eram muito promissoras e justo no dia que Dent decide ficar louco, uma saída improvável e inesperada aparece para ele e Ford. Trillian decide abandonar Zapod em sua eterna melancolia, gerada depois dele ter feito uma 'análise existencial'. E como tudo, no fundo funciona assim, eles acabam se encontrando porque recebem a missão de salvar o Universo. E Ford enfatiza sempre que eles 'não dão importância suficiente para morrer para salvar o Universo' mesmo que morram por isso.
Existem diversos ganchos nessa história que devemos apenas aceitar, o racional não funciona aqui. Temos que liberar a imaginação e confiar no mundo que Douglas Adams escreveu, só assim para entender que "para voar existe toda uma arte, um jeitinho que consiste em como se jogar no chão e errar". E como é uma cacetada ser atingido por uma festa no cóccix.
O quarto livro não fica para trás, ele é fascinante, emocionante, calmo, fluido e excelente, como todos. Nele vemos que tanto Arthur Dent quanto Ford Perfect descobrem que a Terra voltou a existir. Como? Porquê? Ela se restaurou ou é apenas uma cópia bem feita? São coisas que eles tentam não pensar. Arthur conhece Fenchurch, uma bela moça que é considerada louca por ter presenciado o fim do mundo e ter descoberto uma verdade absoluta que foi esquecida por causa dos Vogons. Arthur decide ajudar ela a se lembra e acaba contando com a ajuda de Ford.
Eles descobrem que há algo de errado nessa nova terra e que nela os Golfinhos não existem, as pessoas parecem não percebem que algo aconteceu de extraordinário ali e vivem normalmente. Diante disso, os três saem em uma viagem para tentar ajudar Fenchurch a se lembrar qual era a verdade absoluta esquecida de antes.
E no último livro, já começamos a história com Arthur abandonado e vagando sozinho pela Galáxia em outra dimensão. Ele não tinha conhecimento, mas em algum momento durante a viagem na velocidade da luz que ele e Fenchurch estavam ela simplesmente sumiu. Os donos da estação espacial riem da situação e dizem que é normal, quando se entra na fenda da velocidade da luz, seres humanos podem simplesmente sumir como aconteceu e que isso é tão óbvio para viajantes no tempo que até os advogados tinham ciência. Não adiantaria ele reclamar.
Desolado por perder seu amor e perdido em uma dimensão diferente – nessa dimensão a Terra não existe, ele sai vagando de planeta em planeta até achar um que se encaixe.
Em outra dimensão paralela, que na verdade não é apenas paralela porque todas são, na verdade é apenas Mistureba Generalizada, vemos uma versão de Trillian que é chamada de Tricia que quando recebeu o convite de Zaphod foi buscar sua bolsa antes de aceitar e ele acabou indo embora sem ela. E conhecemos sua vida de arrependimento por não ter apenas deixado a bolsa e ter seguido com o ser de duas cabeças, que por causa disso ela abandonou a carreira de astrofísica e foi para o jornalismo.
E ela continua nessa vida arrependida até após uma viagem cansativa, ela recebe uma nave espacial em seu gramado, conhece outros alienígenas, mas não consegue nenhuma prova concreta para fazer uma matéria. Quando ela acha que está enlouquecendo, outra nave pousa e ela é chamada para entrevistar os extraterrestres.
Mal sabe ela que quem estava naquela máquina é sua filha de outra dimensão. Uma filha de uma Trillian que ao abandonar Zaphod decidiu ter uma filha por conta própria, é jornalista intergaláctica do futuro e que se arrepende de ter aceitado o convite de Zaphod.
Agora, algo foi alterado na editora do Guia, algo muito errado começou a funcionar com Engenharia Reversa e finalmente eles vão se unir novamente: Arthur, Ford e Trillian. Mas será que é o destino ou apenas o acaso? Vai ser um reencontro bom ou algo muito ruim está para acontecer?
Simplesmente não posso contar mais, hahaha.
Só digo que é muito bom e o final é muito, muito, muito triste.
Tive que reler a última página umas três vezes porque eu não quis acreditar naquele final.
São cinco em um, grande, mas vale a pena. A leitura é gostosa e como disse, existem muitas teorias doidas e visões de mundo muito fora do que eu algum dia poderia ter imaginado e a leitura pode parecer de início muito confusa, e é, mas persista porque vale a pena. É muito bom mesmo.
Recomendado!

Lucy 28/05/2019

Livro capa dura com todas histórias
Um clássico nerd, que vai do fantástico ao absurdo com muito humor e críticas sociais.
Leia como achar melhor: se levando pelas fantasias e diálogos non Sense, ou garimpando as críticas sarcásticas nas entrelinhas que te fazem criar várias analogias com os tempos modernos. De qualquer forma é uma viagem intrigante e prazerosa que valerá a pena cada minuto.

RafaelM 13/07/2019

O guia do mochileiro das galaxias - a trilogia de cinco livros em volume único.
Quando a resenha é "Adams", confesso ser suspeito em opinar. Assim como outros sensacionais autores que estavam a frente de seu tempo, somente em seus livros senti os extremos de fechar o livro diversas vezes para chorar..(mas de rir). Escrito em um humor inteligente, as conexões em torno dos cinco livros da saga é uma das maiores experiências que tive a alegria de vivenciar (através da leitura, é claro), de modo que entre os meus treze livros que releio todo os anos, cinco está reservado aqui. E de tão fenomenal como escritor que era, acertou com precisão a resposta para a vida, o universo e tudo o mais, valendo-se de suas inúmeras contradições que fazia tão bem, "chutou" o número exato em base "bíblica" mesmo sendo um ateu. Somente ele poderia alinhar-se precisamente assim.

Gabriel 21/11/2019

Legalzinho
O primeiro e o último livro são legais e engraçados, os demais, vai me desculpar, mas achei legalzinho, acho que li com a expectativa muito alta, o livro não é ruim, mas eu esperava muito mais, algumas partes são bem maçantes e confusas, no geral, gostei da experiência de ter lido, mas não achei lá isso tudo.

Joao Felipe 21/10/2016

Incrível e Uma Boa Viagem
Falando primeiramente dessa edição da editora arqueiro, que reúne os cinco livros em um, esta linda, a capa ficou maravilhosa e expressiva para com a obra.
O enredo é alucinante, ou talvez lunático, você disse paradoxo temporal ? ,hmm, essa obra é maravilhosa, tem ironia, hipocrisia, critica ? talvez, sem duvida. È uma das melhores leituras do ano, certamente.

Sami 21/11/2016

O Guia do mochileiro das Galáxias
O guia do mochileiro das Galáxias é sem duvida um dos livros mais malucos que já li. Vai além de teorias científicas, destrói completamente o tabu com a religião, passa voando por cima das teorias da evolução e depois cai como uma bigorna esmagando um personagem de desenho animado em cima das leis da física e da química e qualquer outra lei que você pode imaginar. Daria para originar uma nova língua a partir das palavras de Douglas Adams que seria falada por mim e por qualquer outro lesse este livro espetacular.
Tudo começa de uma forma não muito promissora, com um simples terráqueo que nada teria de especial se não fosse sua amizade com Ford Prefect, um extraterrestre que tinha como plano ir a Terra para uma pesquisa de campo para o Guia do mochileiro das galáxias e acabou ficando ilhado na Terra por 15 anos.
Se passava por um terráqueo um tanto quanto comum mas que as vezes se expunha um pouco num de seus porres rotineiros.
Ford havia quase perdido as esperanças de voltar para casa quando notou que algo muito estranho e do ponto de vista humano, trágico iria acontecer.
Ford Prefect possuía um dispositivo chamado receptor subeta que era capaz de detectar sinais de naves alienígenas que estivesse próximas a ele. Então um dia esse dispositivo começou a detectar uma nave que poderia ser a carona de volta pra casa para Ford, mas logo descobriu de que se tratava de uma frota de naves Vogons que são as piores e mais insuportavelmente feias criaturas com que se pode cruzar em toda galáxia e também descobriu a razão da visita dos Vogons, estavam lá para destruir o planeta.
Sabendo disso começou a por seu plano em prática para pegar carona em uma das naves e cair fora da Terra antes que os Vogons a destruísse (a princípio a Terra estava no meio do caminho de onde uma via expressa galática iria de ser construída por isso ela tinha de ser destruída), e como era de se esperar ele desejava salvar também o seu amigo Arthur Dent, que era o terráqueo mais infeliz e sortudo da Terra, porém ele ainda não sabia disso.
Após a destruição da Terra os dois se encontraram dentro de uma nave Vogon e pouco tempo depois são foram capturado e antes de serem jogados pra fora da nave e morrerem por asfixia (o que já seria bem ruim) o comandante da nave Vogon, Prostetenic Vogon Jeltz que tinha como Hobbie poesia, resolveu recitar um poema para nossos amigos antes de serem jogados ao espaço.
A poesia Vogon era bem famosa em toda galáxia, não por ser boa, muito pelo contrário, ela assegurava com vigor o terceiro lugar no rank de piores poemas das galáxias. Uma poesia Vogon pode causar diversos problemas de saúde, dores excruciantes, vômitos, derrames e as vezes a morte (que era uma coisa a se desejar).
Após serem jogados no espaço e estarem apenas esperando pela sua morte algo surpreendente aconteceu, eles foram salvos por uma nave, a Coração de Ouro.
A nave Coração de Ouro era tripulada por Zaphod Bebblebrox, Tricia MacMillan e Marvim e era a nave mais incrível e única da galáxia, pois possuía o gerador de improbabilidade infinita que era capaz de teleporta-la para todos os pontos do espaço em uma fração de segundos e se transformar em qualquer coisa existente na galáxia e talvez até coisas que ainda não foram inventadas, por isso era uma nave com um valor inestimável.
Zaphod Bebblebox era o mais atual ex-presidente e agora fugitivo da galáxia por ter roubado a nave Coração de Ouro (por alguma razão que ele mesmo desconhece), Tricia ou Trillian como era chamada era uma terráquea que assim como Arthur, foi salva por Zaphod meses antes do acidente com a Terra acontecer, e Marvim era um robô.
Agora a nave era tripulada por cinco passageiros, os três que já estavam nela mais nossos dois aventureiros terrivelmente sortudos pois foram salvo pela nave Coração de Ouro e essa possibilidade era quase que infinitamente improvável de acontecer.
Após serem recepcionados por Marvin, o robô, eles foram levados para serem apresentados para Trillian e Zaphod que era amigo de infância de Ford e já havia conhecido Arthur há alguns meses atrás, em uma festa.
Levou algum tempo até se acostumarem uns com os outros mas conseguiram e após isso começaram uma aventura até chegar ao planeta lendário Magrathea onde as lendas dizem que seus habitantes construíam planetas.
Apos aterrissarem em Magrathea (planeta que muitos ainda duvidam que exista) tiveram uma grande surpresa. Descobriram que a Terra era um computador com componentes orgânicos que tinha como objetivo descobrir a pergunta para a resposta da Questão fundamental da vida, o universo e tudo mais, que já fora descoberta por outro computador chamado "Pensador Profundo" e era 42.
Porém, 5 minutos antes do processo ser finalizado a Terra fora destruída pelos Vogons impedindo que a descoberta da Pergunta para a Resposta fundamental fosse descoberta deixando os ratos muito bravos, sim, os ratos eram as criaturas mais inteligentes da Terra, aliás, fora eles que haviam pago para a construção da Terra e são eles que estavam à procura da resposta e agora não havia possibilidade de descoberta pois a Terra estava processando a resposta há 10 milhões de anos e seriam necessários mais 10 milhões para refazer o processo. Mas então os ratos descobriram que Arthur Dent havia estado na Terra poucos segundos antes da mesma ser destruída e por isso ele poderia conter a resposta para a questão fundamental. Numa tentativa um tanto quanto desesperadora para criaturas hiper-inteligentes tentaram apanhar o cérebro de Arthur à força mas não conseguiram e então inventaram uma coisa qualquer no lugar para dizer a todos que estavam esperando a pergunta fundamental.
Minutos mais tarde tropas policiais que estavam atrás de Zaphod tentaram matar nossos amigos mas conseguiram escapar e logo estavam de volta a sua nave roubada. Pouco tempo depois já estavam de volta ao espaço flutuando na imensidão infinita e escura do universo, dessa vez procurando não um planeta para explorar, mas apenas um lugar para almoçar em paz.