Histórias dos Mares do Sul

Histórias dos Mares do Sul W. Somerset Maugham




Resenhas - Histórias dos Mares do Sul


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JuKirchhof 21/02/2022

Boas histórias com uma carga desconfortável
Admito que as histórias narradas foram pensadas com a destreza de um grande contador de histórias, porém me desagrada toda vez que me deparei com o preconceito, o machismo e o colonialismo da época. Muitos outros escritores contaram grandes enredos com um olhar mais sensível.
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Mandy 13/07/2020

Uma leitura que, particularmente, fluiu bem no começo por conta da curiosidade sobre as histórias, mas começou a se tornar lenta.
Histórias dos Mares do Sul é um livro com 7 contos diferentes entre si, mas que em todos traz a realidade de uma forma mais natural para a época que foi escrito.
Algo que parece estar presente no livro inteiro é a sensação de que os indígenas da terra parecem ser inferiores ou interesseiros nos homens brancos que chegam, isso já partiria do contexto da época, claro.
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Henrique Fendrich 21/08/2018

Gostei tanto desse livro. Acho que ele domina como poucos a arte de se contar uma história. Seus contos realmente prendem a atenção, suas tramas são originais e seus personagens despertam o nosso interesse. Sem falar que boa parte dos personagens são figuras complexas, ou seja, nem completamente bons e nem completamente ruins. Isso pode ser observado no primeiro conto do livro, “Mackintosh”, e que chega a ser problematizado abertamente no segundo, o belo “O degenerado”.

Os contos todos se passam em Ilhas do Pacífico, notadamente Samoa, e abrangem as questões de adaptação de homens brancos à cultura dos habitantes daquela região. Essas relações vão desde a total integração, como no citado “O degenerado”, até a quase aversão, como em “O poço”.

Uma coisa que se manifesta com frequência é a questão racial, através do preconceito dos brancos. Embora eventualmente o texto insinue preconceitos do próprio autor, sobretudo contra mulheres, o melhor conto de Maugham, “Chuva”, se vinga da visão etnocentrista do colonizador europeu que deseja converter os “selvagens” aos cultos dos seus deuses. Toda hipocrisia religiosa vem à tona em um conto repleto de ações surpreendentes, com desfecho improvável. Um conto que não consegui largar até terminar.

Tem ainda o belo “Vermelho”, que eu já conhecia do “Maravilhas do conto inglês”.

Foi uma grata surpresa esse Maugham, mas foi bom que eu tenha deixado para ler o prefácio por último, do contrário eu não gostaria nada do livro. De fato, Rodrigo Petronio fez um prefácio que, depois, depois de algumas palavras bonitas no início, desanca o livro e Maugham de tal forma que fatalmente iria me influenciar negativamente se eu tivesse cometido a temeridade de lê-lo antes do livro propriamente.

Aparentemente, a crítica literária vê Maugham com muita má vontade, sobretudo porque fazia sucesso, e só então por eventuais defeitos de seus textos. Reconheço, por exemplo, clichês no conto “O degenerado”, que nem por isso deixou de ser um dos que mais gostei do livro. Talvez o meu gosto não seja tão refinado quando tais críticos desejam.

Diz o Petronio que dificilmente alguém colocaria Maugham ao lado de grandes nomes da literatura. Vou cometer uma heresia, mas eu gostei até mais de “Chuva” do que de “Bola de sebo” do Maupassant.
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Maitê 13/02/2018

gostei bastante, apesar de não ser fã de contos, mas sou fã do autor então talvez seja por isso, as historias não são interligadas, mas todas se passam nesses "países quentes" onde os europeus acabaram de chegar. Não sei dizer qual o melhor, todos me deixaram mexidas de uma certa forma, seja por serem tristes ou por me fazerem rir.
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Gláucia 03/11/2015

Histórias dos Mares do Sul - Somerset Maugham
Presente de minha amiga skoobiana Marta, é uma coletânea de 6 contos publicados originalmente em 1936 que tem como tema a relação entre os nativos das belas ilhas do Oceano Pacífico e os estrangeiros (missionários, marinheiros, administradores), contrastando seus costumes e diferenças culturais.
São eles:
1) Makintosh
2) O Degenerado
3) O Poço
4) Honolulu
5) Chuva
6) Vermelho

Narrativa simples e direta, a maioria tem um final bem previsível. Destaco O Degenerado, meu preferido e Vermelho. O prefácio traz o conto Chuva como sendo o mais famoso entre esses seis, porém achei longo para um final tão óbvio.
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Lígia 14/11/2013

Um livro cheio de realismo!
W. Somerset Maugham foi um escritor de mão cheia. E muito realista, sem deixar de ter uma pitada de lirismo em cada uma de suas obras. Esses contos ele escreveu quando esteve nas ilhas do Pacífico. Devo acrescentar que, embora bem escritos, alguns (ou a maioria) tem um "quê" de preconceituoso.

Ele trata os nativos das ilhas como um racista mal-disfarçado. Através da fala dos personagens, ele bate e rebate na tecla da "cor da pele" ou seja, fala da "pele escura" dos nativos como um sinal de inferioridade, decadência ou defeito. E da pobreza, como se esta fosse culpa do povo, não de um governo corrupto, uma administração municipal ou fiscal mal feita.

Entretanto, deixando isso de lado, os contos desse livro falam de amor e lirismo, de um jeito contundente, forte, realístico e até mesmo brutal.

O conto 'O Poço' conta a história de um inglês que foi morar nas ilhas e se apaixona por uma nativa - se bem que ela fosse mais "branquinha" que os outros, porque era filha de mãe nativa e pai branco (europeu). A moça faz do protagonista o seu grande apaixonado e através dessa mulher, Ethel, ele encontra tudo: amor, desejo, família e... perdição.

Um livro incrível para quem gostar de histórias fortes e comoventes, onde a fraqueza humana é narrada com todo o realismo.
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