O Feijão e o Sonho

O Feijão e o Sonho Orígenes Lessa




Resenhas - O Feijão e o Sonho


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Thiago275 25/03/2024

O eterno dilema
Minha história com esse livro é curiosa. Quando era criança, havia um exemplar dele em casa, na edição da Coleção Vagalume. A figura na capa sempre me impressionou: um homem com um longo pescoço esticado, olhando para cima, enquanto tinha diante de si um prato de arroz e feijão. No entanto, apesar de ser uma criança que sempre gostou de ler, eu nunca passava das primeiras páginas e, consequentemente, nunca soube o final da história.

No começo desse ano, virei parceiro da Global Editora e quando vi que eles tinham no catálogo O Feijão e o Sonho não tive dúvidas. Seria o meu primeiro pedido. O Thiago adulto e com uma bagagem literária de quase três décadas finalmente saberia o final da história que tanto intrigou o Thiago criança que lia seus primeiros livros.

Publicado pela primeira vez em 1938, O Feijão e o Sonho é um dos maiores sucessos de Orígenes Lessa, prolífico escritor brasileiro. Na história, acompanhamos o contraste do casal formado por Campos Lara, o poeta sonhador, e Maria Rosa, sua esposa pragmática.

Ele, sempre com o pensamento direcionado ao próximo soneto ou romance, não consegue dar conta de nenhum emprego, nem mesmo dos poucos alunos que restaram na escolinha na qual trabalha. Ela, às voltas com a criação dos três filhos, sempre preocupada com as dívidas crescendo, os credores batendo à porta, as roupas esfarrapadas, a falta de tudo. Um com os olhos voltados para o céu, num eterno sonho acordado. A outra sempre com os pés no chão, apreensiva com a cada vez mais frequente ausência do feijão na mesa.

O livro não é nenhuma obra-prima da literatura brasileira, mas suscita algumas questões importantes. O que vale mais: seguir o seu sonho, a despeito do pouco retorno financeiro, ou ser pragmático e ir atrás de uma carreira rentável, embora tediosa? Será que não existe um meio termo?

Com relação ao desfecho da trama, geralmente não gosto de finais abertos e o livro possui um assim. Porém, aqui funcionou. É tocante e sensível na medida certa. Acho que não poderia haver final melhor. Finalmente terminei essa história. Saciei uma curiosidade que tinha desde criança. Mas o dilema entre o feijão e o sonho, esse vai permanecer eterno.
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Dlay 02/03/2024

Um livro que sempre pensei em ler 'mas somente agora me caiu as mãos. Exemplo de um amor que venceu as diferenças e dificuldades.
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Yujin 05/02/2024

Superou as expectativas em muito! =D
O Feijão e o Sonho, de Orígenes Lessa, transcende a classificação infanto-juvenil, tecendo reflexões profundas e bem humoradas sobre a busca por sonhos e ideais em contraste com as necessidades práticas da vida. A narrativa envolvente e os personagens cativantes nos convidam a mergulhar em um universo onde o sonhador Campos Lara e a prática Rosinha travam um duelo de convicções: o que realmente importa na vida?
A capacidade descritiva do autor é um dos pontos fortes do livro. Através de uma linguagem rica e espirituosa, somos transportados para o interior da casa de Campos Lara e Rosinha, presenciando suas lutas, alegrias e frustrações. A descrição minuciosa dos dramas da vida cotidiana e das personalidades peculiares dos personagens nos permite identificá-los e refletir sobre nossas próprias prioridades.
O debate central do livro gira em torno da eterna dicotomia entre sonho e realidade. Campos Lara, poeta e idealista, vive imerso em seus sonhos, alheio às necessidades práticas da vida. Rosinha, por outro lado, representa o bom senso e a praticidade, buscando garantir o bem-estar material da família. Ao longo da narrativa, Orígenes Lessa apresenta argumentos sólidos para ambos os lados da questão, conduzindo-nos a uma reflexão profunda sobre o que realmente importa na vida.
O desfecho da história, inesperado e comovente, nos convida a repensar nossas concepções sobre felicidade e sucesso. "O Feijão e o Sonho" é uma leitura imperdível para todos que buscam uma obra que combine humor, drama e reflexões profundas sobre a vida com uma boa dose de humor.😅⭐⭐⭐⭐
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LAvia 27/12/2023

O feijão e o sonho.
Já tinha assistido a novela e acho que também tinha lido o livro mas , há tanto tempo que não lembrava de muita coisa , inclusive do final.
Achei bem triste e real, a desvalorização da escrita, da cultura a dificuldade do amor na falta, na pobreza.
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emmanuel_arankar 01/11/2023

"O Feijão e o Sonho" de Orígenes Lessa

"O Feijão e o Sonho", de autoria de Orígenes Lessa, é uma obra que mergulha nas complexidades da vida de José Campos Lara, um poeta apaixonado por sua arte, e de sua esposa, Maria Rosa. A trama, publicada em 1938, explora as tensões entre a busca do sonho artístico e as demandas do mundo prático, simbolizadas pelo "feijão", que representa a necessidade de sustento material.

José Campos Lara, também conhecido como Juca, é o arquétipo do artista que se dedica inteiramente à sua paixão criativa. Ele é um poeta cuja vida gira em torno da literatura, e sua mente está constantemente imersa na busca da expressão artística. No entanto, essa dedicação à sua arte o torna negligente em relação às necessidades mais práticas de sua família.

Maria Rosa, por outro lado, é uma mulher realista e prática, preocupada com a subsistência da família. Ela é o contraponto a Juca, vendo a literatura como um desperdício de tempo e esforço, especialmente porque não proporciona renda suficiente para sustentar a família. O conflito entre Juca e Maria Rosa é um elemento central da narrativa, destacando a tensão entre a paixão artística e a realidade financeira.

Orígenes Lessa escreve de forma despojada e acessível, o que permite que os leitores se identifiquem facilmente com os personagens e suas situações. O uso de humor é uma característica marcante do livro, tornando a leitura envolvente e agradável. O autor utiliza o humor para abordar questões profundas, como a luta pela sobrevivência dos artistas, de uma maneira que cativa o leitor.

Uma característica interessante da narrativa é a mudança de estilo de escrita de acordo com o protagonista do capítulo. Quando o foco está em Maria Rosa, a escrita se torna mais direta e pragmática, refletindo sua visão realista da vida. Nos capítulos centrados em Juca, a narrativa se torna mais filosófica, cheia de metáforas e reflexões sobre o valor da arte e a busca do sonho.

Um dos pontos cruciais do livro é a maneira como ele aborda as questões da vida do artista no Brasil da época. Juca é um exemplo do estereótipo do artista que luta para ser compreendido e valorizado em uma sociedade que muitas vezes desvaloriza as aspirações artísticas. O livro levanta questões importantes sobre o papel do artista na sociedade e as dificuldades enfrentadas por aqueles que escolhem seguir seu sonho artístico.

Além disso, a obra oferece uma reflexão profunda sobre o conflito entre o "feijão" e o "sonho". O "feijão" representa a necessidade de sustento material, enquanto o "sonho" simboliza a busca de significado e realização pessoal. Esse dilema está presente na vida de muitos, não apenas de artistas, e o livro convida os leitores a considerar como equilibrar esses dois aspectos da existência.

"O Feijão e o Sonho" é uma obra que vai além do entretenimento; é um convite à reflexão sobre questões universais relacionadas ao papel da arte na sociedade, às escolhas pessoais e às tensões entre os aspectos práticos e espirituais da vida. O livro continua relevante, independentemente da época em que é lido, e oferece uma visão perspicaz sobre a experiência humana.

O autor também explora as implicações do egoísmo artístico, que, no caso de Juca, o torna negligente em relação à esposa e aos filhos. Sua paixão pela poesia o cega para as necessidades práticas de sua família, e isso cria conflitos significativos ao longo da narrativa. Essa exploração da interação entre a paixão artística e as responsabilidades familiares acrescenta uma camada adicional de complexidade à história.

O livro não apenas apresenta os dilemas enfrentados pelo artista, mas também os dilemas de sua esposa, que deve equilibrar o apoio ao marido com a necessidade de garantir o bem-estar de sua família. Maria Rosa é uma personagem multifacetada que ilustra as tensões enfrentadas pelas esposas de artistas em meio às demandas artísticas de seus parceiros.

A narrativa é enriquecida por detalhes que exploram a vida do protagonista, desde sua infância até sua jornada como poeta. Esses detalhes oferecem ao leitor uma compreensão mais profunda do personagem e de seu desenvolvimento ao longo da história. Além disso, o livro apresenta personagens secundários que desempenham papéis significativos na vida de Juca, contribuindo para a riqueza da trama.

A conclusão da história é marcada por um momento de reconciliação entre Juca e Maria Rosa, quando eles sonham com o futuro de seu filho caçula, que também se tornará poeta. Esse final é carregado de simbolismo, pois sugere que o amor pela arte é uma herança que pode ser transmitida de geração em geração, apesar das dificuldades enfrentadas pelos artistas ao longo de suas vidas.

Em última análise, "O Feijão e o Sonho" é uma obra literária rica em significado e profundidade, que convida os leitores a refletir sobre as complexidades da vida, da arte e do equilíbrio entre o "feijão" e o "sonho". Orígenes Lessa tece uma narrativa envolvente, repleta de humor e insights, que ressoa com aqueles que já enfrentaram o conflito entre a necessidade de sustento e a paixão pelo sonho. A obra permanece uma contribuição valiosa à literatura brasileira e à compreensão da condição humana, continuando a inspirar leitores a explorar as profundezas da existência e da busca pelo significado.
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Clara ð 22/09/2023

Racista
Aí serio, não dá. A história tem seus pontos positivos mas meu deus! Como é racista! A maioria dos personagens precisam urgente de um terapeuta, principalmente os filhos da Rosa, coitados. Mommy issues vem forte!
Campos Lara nem se fala, passivo, irresponsável e lerdo. Tadinho. Sonha muito e deixa q isso ofusque as reais necessidades.

Mas pra quem vai fazer vestibular, é um livro interessante pelo repertório que ele pode te dar. Foca muito bem nos temas de desigualdade social e pobreza. Porém, de qualquer forma, não curti.
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Mari 21/08/2023

Gostei
Quando li este livro, já havia assistido a telenovela baseada bele e amado. Gostei de voltar ais personagens, o professor sonhador e a dona de casa realista. Duas formas de ver o mundo que funcionam muito bem quando se apoiam e se complementam.
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Maria3281 20/07/2023

;
Pode me perguntar qualquer coisa desse livro que não saberei responder, porque não entendi nada, então se alguém realmente entendeu algo sobre o livro parabéns:)
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Clio0 14/06/2023

Não é o tipo de livro que eu indicaria para crianças, mas caberia facilmente numa lista para adolescentes em fase de vestibular, pois trata justamente da questão que anualmente assola essa faixa etária: fazer o que se gosta ou o que põe o pão na mesa.

Campos Lara, o personagem principal, é um poeta de certo renome que tenta se integrar a vida cotidiana através do casamento e, surge então, o problema de ser obrigado a se vender, ou no caso, a se sustentar através de serviços dignos, porém maçantes. Sua esposa, Maria Rosa, é a mulher que se encarrega de manter o marido com os pés no chão e dos outros afazeres, mas que se encanta com a poesia presente na alma do marido.

Essa dicotomia, o sonho e o real, são conflitantes e se aproximam ao mesmo tempo. A paixão de Campos Lara se revela nos atributos mais terrenos de sua mulher, a de Maria Rosa advém dos sentimentos que a poesia oferecida lhe desperta.

O romance foca então em todos os problemas que esse casal tão díspare enfrenta em seu dia-a-dia. A forma como um aos poucos se endurece com a maturidade e como a outra se enternece mesmo perante a necessidade são reveladores do que por muito tempo foi descrito nas famosas novelas brasileiras: a gentileza e o interesse. É a mania entre a inveja e a arrogância.

É um dos meus livros preferidos.

Recomendo.
Núbia Cortinhas 15/06/2023minha estante
??????????


Geovana 15/06/2023minha estante
Suas resenhas são ótimas ???


CAJUZINHO 12/01/2024minha estante
Meu primeiro livro de 2024. Espero conseguir ler muitos outros!




Geise @leiturasdageh 05/06/2023

Viver um sonho ou ser realista?
Não conhecia esse livro até ele ser sugerido como leitura no Clube do livro que participo. Quando terminei a leitura pensei : como esse livro não é divulgado e muito recomendado? Como eu nunca ouvi falar sobre esse livro?

A história merecia uma maior atenção dos leitores, pois traz no seu enredo reflexões muito importantes, atemporais e que necessitamos fazer todos os dias.

Lutar pelos nossos sonhos ou ser pé no chão? Eis a questão. Pensar na família ou viver só pelos nossos sonhos? Eis a questão.

Campos Lara e Maria Rosa, casados, são personagens totalmente diferentes, mas daqueles que a gente consegue se identificar um pouco com cada um. Campos um sonhador, daqueles que gasta todo salário do mês para comprar um item desejado.
Maria Rosa, realista, mãe, dona de casa e se preocupa se amanhã seus filhos vão ter o que comer ou se terá dinheiro para pagar as contas e o aluguel.

Difícil não se sensibilizar com Maria Rosa. Mas também muito difícil não se sensibilizar com Campos de Lara. A gente oscila entre a raiva e a empatia a todo tempo.

Enfim, convido você a conhecer essa história nacional.
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Acacio 26/05/2023

O sonho é o tempero do feijão.
Obra bem fácil de ler. Angustiante ver a trajetória do poeta e da esposa e suas adversidades.
Ele tentou.
E conseguiu. Mas teve que tentar de novo.
Um livro ótimo!
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Line 07/05/2023

Não foi para meu gosto
O livro não é ruim, mas não é meu tipo de leitura. Eu não culparia o livro, jamais! Eu que não gostei mesmo.
Peguei esse livro na biblioteca da escola, fazia um tempo que eu não lia nada físico e como sou pobre né recorri a biblioteca. E minha amiga falou que o moço da capa parecia o Dacre (que fez ST) então fui ler.
Não goste mas não julgo o livro, o enredo é bom e tals, mas não é para mim.
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Charleees 28/03/2023

"Quando o via desesperado, esquecendo o seu próprio mundo interior, perseguido pelas dívidas e credores, como um náufrago, sem saída, compreendia ser para ele um refúgio aquele mundo irreal em que se abrigava. Tinha-lhe até inveja. Era uma forma toda especial de ser feliz"

Tirando algumas frases soltas durante a leitura, é quase impossível pensar que esse ano O Feijão e o Sonho completa 80 anos de sua 1° edição. É um livro tão atual, que por vezes me deixou boquiaberto ante os fatos ali descritos, e isso é triste porque percebemos o quão pouco avançamos em certos assuntos... A arte ainda é vista como subemprego, como sonho de pessoas desvairadas e preguiçosas. A proposta dos Golpistas de desregulamentar a profissão de ator e músico é só mais uma clara evidência de como o governo trata as artes. Mas para os artistas, para quem acredita na arte é nela que encontramos o refúgio que tanto buscamos e não encontramos nesse mundo hostil... Campos Lara (o Juca) bem que tentou se preocupar mais com o feijão e deixar seus sonhos de se tornar poeta e escritor de lado diante da esposa Maria Rosa (Rosinha) que preferia claramente um marido burro e uma mesa farta, a um intelectual de barriga vazia. Ainda vemos isso hoje, o cenário que Orígenes Lessa criou tão bem ainda faz-se atual em nossos dias, mas que assim como o final do livro a semente dos sonhos permaneça florescendo em cada um de nós.

* Resenha editada em Abril de 2018
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mahchronicPessimisti 24/03/2023

Não me cativou
Fiz essa leitura por conta de um projeto escolar... Os livros da série vagalume em sí não me cativam tanto, porém,eu coloquei um pouco de expectativa nesse livro... não sei se tive essa opinião por ser um livro que foge do meu lazer e conforto...mas realmente não me prendeu,eu mal me lembro dos acontecimentos, só terminei de ler por ser algo que a professora exigiu,se não eu largaria...os capítulos são muito rápidos,os personagens meio entediantes,achei a trama confusa...em fim, não gostei.
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biysart 12/01/2023

o feijão e o sonho
só li pra uma atividade da escola KSJSKSK.
a mensagem do livro é boa , gostei que retrata bastante alguns casamentos e a sua realidade. gostei da linguagem nordestina ,mas sou Paulista ent não entendo quase nd das gírias do livro.
dei essa nota pq foi um livro cansativo de ler, por ter só 128 páginas achei que minha leitura não fluiu mt. talvez seja só pq era uma atividade da escola ? pode ser KKKK. o livro não é ruim ,só não me interessou tanto
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