sú 19/07/2013Um Turbilhão Sempre achei biografias cansativas, recheadas de fatos, datas, detalhes realmente importantes para quem fez parte da história. Em "Furacão Elis” descobrir que depende muito de quem é a biografia e quem a conta. Regina Echeverria nos prima com riquezas de detalhes passagens maravilhosas da breve vida de uma cantora extraordinária chamada Elis. Desde a primeira vez que Elis pega no microfone aos sete anos de idade até as 36, momentos antes de sua trágica morte.
“Por seus erros, por se descontrolar, por se desentender com os outros e consigo própria, Elis descobriu ao longo da vida o direito de mudar de ideia. Lutou desesperadamente por isso em seu poucos 36 anos de existência. Ela tinha a força dos obstinados. Rompeu com a prudência e se atirou ágil e rapidamente em seus desejos. Fez e disse o que queria. Superou acusações, rótulos, cobranças. Confundiu, anarquizou, gritou e esperneou. Não levou desaforo pra casa. Foi uma mutante especialíssima, uma mulher valente, uma artista excepcionalmente talentosa”.
O livro demorou dez anos para ficar pronto e mais trinta para esta edição revisada, ele é recheado de fotos, cartas, bilhetes, ligações telefônicas enviadas a amigos, parentes e personagens que povoaram seu coração . Regina consegue nos colocar num cantinho da sala de Elis e ficamos ali quietinhos vendo um transcorrer de uma mutante. Recorri inúmeras vezes ao google para saciar minha curiosidade de conhecer tais personagens, sede de ouvi-la, vê-la cantar, me deliciar com tantos sentimentos de uma interprete completa e aí não aguentei...chorei, Elis era muito fascinante!