Livres Pelo Amor

Livres Pelo Amor Alda Maria Salazar Silva Pinto




Resenhas -


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Rê Bastos 19/08/2020

Bom.
Uma história tocante e comovente, que se passa na época da escravidão. Mostra como era sofrida a vida de todas aquelas pessoas, mostra a importância da crença em Deus e de lembrar que nada é por acaso. Também é maravilhoso ver o lindo sentimento e cuidado sempre dispensados pelas mães.

É bom e vale a leitura.
Apenas a narrativa poderia ser um pouco mais fluida, pois as vezes fica cansativo.
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Saritha 03/09/2019

Decepção, essa é a palavra que resume esse livro para mim. Demorei quase um mês para lê-lo e em diversos momentos pensei em desistir, mas a curiosidade e a vontade de dar uma chance foi maior.
Gosto muito do tema escravidão e quando recebi esse livro foi minha primeira escolha, mas dessa vez não rolou. Não é que a história seja ruim, teria tudo para ser um belo livro, mas a demora para desenrolar os fatos tornou a leitura muito cansativa e previsível.
Antônia e Agostinho, juntamente com seus filhos Pedro, Maria e João são escravos na Fazenda São Sebastião, de propriedade do patriarca Seu Tarcísio e Dona Santinha, já falecida. Após sua passagem, Antônia passou a cuidar dos filhos dos patrões, José Afonso, José Antônio, Joaquim, Maria José, Geraldo e João Roberto como se fossem seus.
Zé da Mangueira era o capataz de confiança do patrão e seu maior prazer era descontar sua infelicidade nos escravos.
Drásticas mudanças acontecem após o patriarca da família sofrer um derrame cerebral. A fazenda passa a ser vistoriada pelos 3 filhos mais velhos e a filha "assume" a casa grade e os irmãos menores.
No desenrolar da trama a ideia principal que o livro passa é a Lei da Ação e Reação. Pedro e Zé da Mangueira têm suas vidas afetadas por seus pensamentos e atitudes inferiores. Já Antônio e Agostinho, apesar de todo sofrimento imposto pela escravidão, não perdem a fé e a esperança no Pai Supremo.
Enfim, não me arrependo de ter prosseguido com a história mas, diferentemente de outros livros que a princípio não me agradaram muito, esse não daria oportunidade para uma releitura.

Frases destacadas:

* Faz-se tão ampla e tão inacessível à compreensão do ser humano a misericórida de Deus, que certamente é infinito o número daqueles que atribuem à sorte, ou tão somente ao acaso, os manifestos da vida, que os acolhe em berços aconchegantes de paz e calma, transformando sentimentos endurecidos em sentimentos mais brandos, pela tranquilidade que os envolve, aplacando sua ira e promovendo-o intenso bem-estar.

* Lamentavelmente, a relação entre os homens ainda se faz com muito sofrimento, por ser alimentada pelos preconceitos, que imobilizam os valores reais da criatura, gerando abismos quase intransponíveis.

* Ainda que muito avancemos, nos distanciando de nossos comprometimentos pretéritos, se não houver uma significativa alteração na qualidade das energias que emanamos, atrairemos novamente aqueles com os quais nos consorciamos em vidas anteriores, seja no bem ou no mal.

* Nós somos responsáveis por nossos feitos e por nossos malfeitos. A cada dia pintamos belas paisagens com tintas da vida ou imprimimos borrões nos caminhos por onde passamos, com nossa falta de sensibilidade e nosso descuido com o material que recebemos de Deus para fazer de nossa jornada uma bênção de amor.

* A troca de olhares é a expressão de um diálogo profundo, porque os corações, no silêncio do amor, se manifestam pelo brilho dos olhos.

* Renascer não é só nascer na carne, é renovar, a todo momento, sentimentos e palavras e, naturalmente, atos desajustados à mensagem de Cristo, transformando-os em atitudes do bem.
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Guilherme Ramos 07/06/2019

Escravidão, amores impossíveis, ação e reação. Trama muito envolvente!

A estória desse livro é sobre uma família que foi escravizada e trazida ao Brasil e no interior de Minas Gerais onde foram comprados por um senhor de engenho, coisa rara de se acontecer naquele tempo, onde os escravos eram vistos como bichos e não como gente e julgando que eles não tinham sentimentos, raramente um ”sinhorzinho” comprava uma família inteira, assim separando pais e filhos pela nova terra chamada Brasil. A família é composta por mãe e pai, Antônia e Agostinho e seus três filhos: Pedro, João e Maria. Já na fazenda São Sebastião, os pais ganham a confiança de seus senhores, Tarcísio e Dona Mocinha, ela (Antônia) passa a ser a negra do lar, que cuida dos filhos da senhora e ele (Agostinho) é tido como um líder dos escravos, por se tratar de um homem justo. Acima de ambos e abaixo dos senhores está o capataz – Zé da Mangueira, homem ruim, que possui um passado triste que deixou cicatrizes por todo o seu corpo, tornando-o uma pessoa ainda mais feia, amarga e com sede de vingança.

Na fazenda o casal Antônia e Agostinho farão poucos amigos entre os escravos, mesmo que a maioria os respeite; essa mesma maioria os inveja. Mas, dentre eles tem um amigo especial, o velho, sábio e falador Zé Francisco, que os auxiliará na adaptação na fazenda e as regras daquele lugar. Os filhos do casal trabalham na horta da fazenda e a filha Maria fica encarregada de lavar as roupas dos senhores e roupas de cama e também roupas dos escravos no geral.

Narrado em primeira pessoa, a estória tem temas bastante interessantes, mas, como base o tema ação e reação, sim, pois esses mesmos escravos de hoje são pessoas que cometeram graves injustiças no passado, assim como alguns brancos e também o capataz Zé da Mangueira, que embora sua personalidade animalesca, se torna um grande personagem de destaque na estória deixando-a mais interessante. Os temas abordados são os amores impossíveis, a doença em forma de expiação, mediunidade e obsessão, tudo construído dentro das leis de ação e reação como citado, pois, esse grupo grande que decidiram se encontrar na fazenda São Sebastião em meados do século XVIII, é um grupo que assumiu a responsabilidade de reencarnarem juntos a fim de saldar pendências de outras encarnações onde um afetou o outro d ireta ou indiretamente. Será que conseguirão alcançar seus objetivos? Terão todos um destino melhor ou feliz? Alcançarão por assim a evolução e entendimento que tanto buscam? Serão por fim livres pelo amor? Cumprirão as promessas feitas em tempos longínquos?

É um livro que embora tenha gostado de ler, acho que demora muito a acontecer, as mensagens são bastante reflexivas, consegue alcançar o imaginário, como se o leitor estivesse dentro da fazenda no século dezoito, principalmente na parte do misticismo, como por exemplo, quando um local denominado paiol, que fica dentro da fazenda não é frequentado pelos escravos, pois ali há uma crença que almas penadas estão presas com sede de vingança; no entanto, acho ao mesmo tempo a narrativa com a pegada fraca, quase não prende e na metade do livro adiante é que tudo realmente começa a acontecer e nos deixa triste quando a estória por fim acaba, pois o leitor ainda está envolvido por aquelas sensações de estar verdadeiramente dentro da estória como um espectador.

Enfim, recomendo a leitura. Eu estava com estafa de ler livros de romance espírita cuja narrativa era ligada ao tema escravidão, justamente por ter lido muitos em sequência em 2018 e havia determinado que não iria ler pelo período de pelo menos um ano livros com essa temática e esse quebrou o jejum com alegria incontestável.
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