Sandra469 29/06/2023
Mas, ao ler a grande literatura, eu me torno mil homens e, mesmo assim, continuo a ser eu mesmo.
Meu primeiro livro do Lewis e estou encantada. Parece que ele dá com uma mão e puxa com a outra, morde e depois assopra. Ele nos conduz de forma que "obriga" você a pensar por si mesmo, a questionar você e os outros.
Em alguns momentos parecia que a crítica estava sendo feita exatamente para a geração de hoje: ler livros que, dali há alguns dias, não sabe nada sobre o livro; separar o livro entre lidos e não lidos, sendo que os já foram lidos podem ser descartados; a quantidade de caracteres usados para descrever e as possíveis reclamações que podem vir a partir disso (impossível não lembrar do Victor Hugo); sobre a "velocidade que o livro anda" (o que me levou a refletir sobre as comparações entre Senhor dos Anéis e Harry Potter, que tem muitíssimas comparações entre a escrita dessas duas sagas, ressaltando principalmente que "não acontece nada" ou que os livros são muito lentos quando se referem ao Tolkien). Enfim, foi um livro que fez com eu revisitasse muitas lembranças de outros livros e repensasse a leitura nos dias de hoje.
Além disso, quando ele fala sobre a arte e a música é fantástico, além de mostrar uma sensibilidade única! Estou simplesmente maravilhada!
O autor, que claramente tinha um vasto conhecimento, nos leva a conhecer diversos outros autores e histórias. Separa os "literatos" dos "não literatos", discorrendo sobre suas diferenças, assim como os tipos de leitura que podem ser feitas diante de um mesmo livro.
Não vou mentir que houve alguns momentos que eu me perdi na escrita do autor, mas, ainda assim, foi uma leitura incrível e já estou doida pra reler.