Meir 04/12/2020SOBRE CRÍTICAConsidero esse livro importantíssimo para qualquer pessoa que goste de ler e tenha alguma pretensão de opinar sobre livros, mesmo que seja informalmente. Na verdade, até creio que as dicas que Lewis dá nesse estudo podem ser aplicadas para a convivência humana, partindo do princípio da crítica opinativa.
Mas então, o que Lewis pretende nesse experimento?
O professor pretende diferenciar livros bons e ruins pela maneira como as pessoas leem, traçando algumas distinções principais: leitores literatos de não literatos, bom gosto e mau gosto.
Nesse processo ele responde algumas perguntas que passa pela mente de quase todo leitor: o que é uma história realista? O que é um bom livro? Devo ler aquilo que sei que não vou concordar? Qual a vantagem da ficção? E os contos de fadas? E poesia?
E o mais interessante é que Lewis não vai limitar-se à literatura, mas vai falar princípios que servem para qualquer um que deseja admirar a arte e a criação de Deus como ela é.
No capitulo 9 ele resume que a posição que ele está tentando defender é que a arte deve ser também "recebida", não "usada", apenas. Digo "também", pois Lewis reconhece que a literatura é "poiema", tanto quanto é "logos". Desse modo, uma obra literária tanto "é", como "significa" algo. É um contraste, uma multiplicidade unificada.
Como já é sabido de Lewis, ele consegue defender com firmeza seus pontos, porém admitindo a liberdade e individualidade que a literatura nos proporciona.
Dou mais de ????? porque é super Relível e estudável. Um livro para quem realmente deseja aperfeiçoar-se no ato de ler.
"Mas, ao ler a grande literatura, eu me torno mil homens e, mesmo assim, continuo a ser eu mesmo".
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