MiCandeloro 29/12/2016
De chorar de rir!
ALERTA! Esta resenha pode conter spoilers do livros anterior. Leiam por sua conta e risco!
Depois de comer o pão que o diabo amassou, sendo rejeitada pelo pai, preterida pela mãe, eternamente comparada à irmã, sem nunca conseguir um emprego decente como atriz e se sentindo uma bolacha de água e sal, ou seja, sem graça, no que diz respeito aos homens, podemos dizer que a vida de Libby Lomax melhorou, ao menos um pouco, depois que conheceu Audrey Hepburn.
Após dar uma repaginada no seu visual, Lib finalmente jogou para o alto a sua carreira decadente no show business e abriu a sua própria empresa de joias artesanais vintage. Além disso, começou a namorar o fofo do Adam, depois que teve o seu coração seriamente partido pelo gostosão do Dillon O'Hara. Até o seu pai a procurou. Ok, foi para convidá-la para o seu casamento com uma mulher mais jovem, que tinha uma filha que ele parecia se dar super bem, mas mesmo assim significou um grande avanço entre os dois.
Uma pena que essa calmaria não durou por muito tempo. Libby se viu em meio ao olho do furacão quando Olly, seu melhor amigo, lhe pediu ajuda para cuidar dos preparativos para a inauguração do seu tão sonhado restaurante, que aconteceria em breve.
Além disso, faltavam poucas semanas para Nora se casar, e Libby precisava ir com Tash às compras para ela encontrar o vestido de madrinha perfeito para usar no cerimônia. Se isso não fosse suficiente, Cass, a irmã de Lib, foi internada em uma clínica de reabilitação, a mesma em que a jovem reencontrou seu ex, Dillon, quando foi visitar a caçula.
Tudo isso fez com que Libby entrasse em colapso, afinal, ela nunca soube lidar com tanta pressão. O resultado disso foi a materialização de Marilyn Monroe, sentada nua em seu famoso sofá Chesterfield, coberta apenas por um casaco de pele.
Após a aparição de Audrey, Lib nem sequer estranhou, mas mal sabia ela que a diva do cinema iria lhe ensinar tanto a respeito das verdadeiras amizades e da importância da família.
Querem saber o que vai acontecer? Então leiam!
***
Logo que li Uma noite com Audrey Hepburn, fiquei em cólicas para que o segundo volume dessa série fosse lançado no Brasil e, assim que tive a oportunidade, me joguei de cabeça nessa continuação que conseguiu ser tão boa quanto a sua predecessora.
Libby segue maluca, azarada, desastrada, trágica, dramática e com um dedo muito podre para homens, do jeitinho que eu gosto.. kkkk
Novamente chorei de rir com inúmeras passagens do livro e elegi Lucy Holliday como uma das minhas autoras de chick-lit favorita.
Um dos grandes diferenciais dessa série se dá por conta das divas de Hollywood citadas no enredo. Na primeira obra, conhecemos Audrey Hepburn, que ajudou Lib a se redescobrir como mulher e a correr atrás dos seus sonhos. Neste exemplar, vemos Marilyn no auge dos seus 20 e poucos anos, quando ainda era uma jovem sensível, carente e indefesa, que nunca chegou a conhecer o pai e que foi posta para adoção pela mãe. Seu maior sonho era ser estrela de cinema, apesar de ser desacreditada por todos que a cercavam.
Ao se apresentar à Libby, Marilyn se encantou, pois, pela primeira vez, tinha uma amiga para chamar de sua, fazer festa do pijama, noite das meninas, trocar confidências e receber apoio moral. Além disso, Monroe viu em Lib uma semelhante no que dizia respeito aos problemas que tinha com a família e com os homens, afinal, não era à toa que Marilyn só se envolvia com cafajestes e se jogava de cabeça em tudo que era relacionamento, iludida. A falta de uma figura paterna em sua vida e a necessidade de aprovação masculina falavam muito sobre a sua personalidade.
Nesse sentido, Libby foi essencial para incutir em Marilyn a confiança e o amor próprio que lhe faltavam, enquanto que Monroe mostrou a Lib o quanto era ruim não ter com quem contar e se sentir uma eterna abandonada.
Isso foi válido, pois nesse exemplar Libby se tornou extremamente egocêntrica e deixou de lado todos que sempre lhe ajudaram e lhe amavam. Quando ela se viu sozinha, seu chão caiu, e demorou para ela se dar conta do que poderia fazer para consertar a situação.
Aqui nós tivemos duas grandes novidades. Apesar de ainda não sabermos o que são essas aparições, tivemos a certeza de que não se tratam do fruto da imaginação de Libby, já que Bogdan conseguiu não só enxergar Marilyn, como bateu altos papos com ela.
Além disso, finalmente Libby percebeu o interesse de Olly por ela, e se viu emparedada para tomar uma decisão a respeito.
Quanto ao final, foi engraçado e ao mesmo tempo muito emocionante, e eu mal posso esperar pelo desfecho da trilogia.
Uma noite com Marilyn Monroe é uma leitura rápida, que vai matar vocês de rir e lhes fazer pensar acerca do que realmente importa. Super recomendo.
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