venus, lynn. 29/03/2023
Só não é uma decepção porque as expectativas já eram baixas
Lá pelo meio do livro, eu achei que daria uma nota minimamente superior ao primeiro livro da trilogia, já que estava me divertindo mais, porém fui surpreendida pela quantidade de nonsense nos últimos capítulos. A mulher aparece morrendo de amores pelo cara que nunca viu de outra forma por dezessete anos de uma página para outra, só porque descobriu que ele é apaixonado por ela durante todo esse tempo, simplesmente por essa necessidade cega de ser amada.
O Dillon era, no primeiro livro, o único personagem (junto da Audrey) que eu tinha qualquer tipo de sentimento positivo. Não enxergava essa visão negativa que a Libby tinha dele porque em todas as cenas (a não ser que eu esteja com amnésia), ele se mostrava um amor. Mas nesse segundo livro, a autora acentuou bastante os traços problemáticos dele.
Nunca gostei do Olly, não por ele ter algo de tão ruim, mas porque ele não fedia nem cheirava. Nunca houve interações o suficiente para que eu torcesse por esse friends to lovers que a autora gosta de tentar enfiar goela a baixo e além de parecer (e ser) unilateral, eles só não tinham química alguma. Nesse segundo livro, eu percebi que ele (e até a irmã) chegam a ser dois insuportáveis. Ficando bravos pela simples menção do nome do Dillon e agindo como se fosse obrigação da Libby notar esse sentimento que o Olly NUNCA expôs diretamente, a retribuir. Realmente, um absurdo ela continuar com a vida enquanto esse palerma só assiste e não se manifesta ou tenta qualquer coisa.
Mas a Libby também não se salva. Na verdade, eu acho que ela é o meu maior problema nesses dois livros. Que protagonista mais detestável, em todos os quesitos e áreas da vida. Não ajuda que o livro seja escrito no ponto de vista dela, mas também não acho que seria mais tolerável se fosse no de qualquer outro personagem insuportável dessa história. Ela mostra muitas vezes uma autopiedade extrema e ao mesmo tempo, egoísmo e arrogância. Em alguns momentos pela comédia do livro, mas em outras é só repetitivo e chato. Ela tá sempre fazendo merda e se sentindo mal depois, o que sim, é muito humano e sim, dá pra tolerar quando te faz rir ou ter pena da personagem. Mas quando você termina o livro e percebe que não tem absolutamente NADA de bom para falar sobre ela porque tudo o que te foi mostrado são coisas negativas, fica complicado.
Para piorar as coisas, esse final conseguiu ser ainda pior do que o primeiro. Eu não sei nem dizer se houve uma tentativa real de terminar esse livro ou se a autora já estava tão cansada também que só terminou o capítulo e mandou publicar. Porque nem parece um final, dá a impressão de que eu vou virar a página e continuar um novo capítulo. E honestamente, a pouca vontade quase inexistente que eu tinha de ler o terceiro foi totalmente erradicada depois de ter esse final apressado e abrupto que me faz pensar que ela vai estar tão de saco cheio escrevendo o terceiro livro quanto parecia estar nesse. (E honestamente, eu também estaria. A única explicação plausível para esse livro existir é que devia ser dívida de jogo)
Por fim, a única coisa boa que eu posso dizer é que as participações da Marilyn e da Audrey me fez admirá-las ainda mais, porém não vale a pena encarar 400 páginas dessa história meia-boca quando poderíamos apreciá-las em um documentário que fala mais sobre a vida delas do que da de terceiros.