Resenhas - O Grande Jogo

Ianca 09/11/2020

A propósta é ótima
Imagine que você tem a oportunidade de jogar golfe com figuras históricas que você admira, como Shakespeare, Joana D’Arc, Leonardo da Vinci, Cristóvão Colombo, Moisés, Gandhi e outros. Imagine que você está diante dessas pessoas e pode conversar e perguntar coisas que sempre quis saber. É exatamente isso que acontece com Elliott!

Ele está à beira da morte quando recebe uma proposta vinda de Deus para jogar golfe. O prêmio? A sua vida. Porém, para a sua surpresa, ele não vai jogar com o próprio Deus, mas sim, com pessoas que ele sempre admirou a vida inteira.

Bem, a premissa do livro é maravilhosa, eu estava muito empolgada para ler como seria a experiência do Elliott, o que ele ia perguntar, como seria a conversar com tantas figuras históricas. No entanto, a execução não é lá essas coisas. Os capítulos são cheios de descrições técnicas do golfe, vários parágrafos descrevendo o tipo de campo, o taco certo para se utilizar, e várias outras coisas que para quem não entende nada de golfe (eu) soa extremamente cansativo e entediante.

Outro ponto é que, se você espera diálogos inspiradores entre os personagens, pode esquecer. Em alguns capítulos, Elliott e os seus oponentes mal trocam duas palavras. Imagine que você está jogando com John Lennon e o que você pergunta é “como você conheceu o golfe?”. Sem dúvidas, isso foi o que mais me deixou frustrada com o livro.

O ponto positivo é que o leitor realmente fica na dúvida se o personagem vai conseguir vencer o jogo final e, assim, sobreviver. É uma motivação para ler até o fim, já que não dá pra prever o fim do personagem. Achei a partida final muito boa e o final me surpreendeu positivamente.