Resenhas - O Zoológico de Varsóvia

Kellxinha 22/05/2016

Zoológico Superficial
Venho lendo livros sobre o holocausto já a um tempo e quando vi o título e a sinopse deste me interessou bastante. Não sei se minhas espectativas estavam muito altas ou se realmente foi o livro, senti que falaram de forma superficial, tanto sobre o funcionamento do zoológico, em que animais e situações eram citadas seguidamente sem se aprofundarem, mas mais ainda em relação aos esconderijos e ao que acontecia na guerra em seu entorno. Talvez pelo livro não ser auto-biográfico, a autora não encontrou meios de passar de fato com detalhes os esconderijos e situações mais profundas, ou não lhe foi permitido. Mas acho muito válido que está história tenha sido registrada, caso contrário jamais saberíamos de mais um casal que ajudou os amigos judeus durante a guerra. Tantos foram os que não podem ser citados, os descobertos, delatados e traídos. Que uma história de sucesso em seus propósitos merece ser contada, pelas que não puderam ser.

cid 22/01/2015

Balsamo mental
Gostei bastante desse livro que me fez pensar, solidarizar-me com as pessoas que viram a guerra . Varsóvia, durante a segunda guerra , foi muito sofrida. Mas, a parte o sofrimento dos homens não havia pensado no sofrimento dos animais, e no caso em questão, animais em um zoológico.
O momento que ficou em minha lembrança , foi o descrito na página 156, que fala de Januz Korczak, que dirigia um orfanato no gueto judaico . Sua luta para suavizar a vidas das crianças em confronto com uma realidade tão esmagadora. Ele observou que as crianças se comportavam “ como velhos num sanatório”, relatando as próprias dores. Introduziu a terapia que ele chamou de “balsamo mental das tarefas feitas com zelo “. Pensei muito sobre a idéia, e acho que posso aplica-la a minha vida. As crianças produziam pecas e no momento mais escuro a escolha foi “O correio” de Radindranath Tagore.

Wilton 07/01/2015

Animais humanizados e governantes irracionais
Primeiro de setembro de 1939. Os alemães invadiram a Polônia e segregaram os judeus em um gueto. O casal Jan e Antonina aproveitou a obsessão dos nazistas por animais pré-históricos e uma floresta primitiva para salvar centenas de vizinhos e amigos ameaçados de extinção. Jan era o curador do Zoológico de Varsóvia e Antonina o auxiliava de forma voluntária. Sua função facultava-lhe uma residência nas dependências do zoo. Ela adorava animais, como o marido, e criava-os em profusão. A casa era uma verdadeira arca de Noé. Aproveitando a obsessão dos nazistas que queriam recriar espécies extintas para poderem caçar animais “arianos” depois da guerra, Jan e Antonina aproveitaram a relativa liberdade existente no zoológico para agasalhar judeus e livrá-los de tortura de morte certas. Apesar dos perigos e da clandestinidade, protetores e protegidos levavam uma vida alegre misturados aos animais de criação. Para enganar os alemães, os donos da casa fizeram o improvável: mantiveram o ambiente buliçoso, numa algaravia constante de gente e de animais, com as pessoas vivendo de forma irrequieta como se nada tivessem a temer. O “golpe” deu o resultado esperado. Tanto é que das centenas de pessoas abrigadas, apenas duas conheceram a morte nas mãos dos nazistas. Quando havia um perigo iminente, as jaulas transformavam-se em eficientes esconderijos, dotados, muitas de vezes, de túneis que as comunicavam com a casa. É “óbvio e ululante” que o livro trata dos horrores da guerra e da irracionalidade de Hitler, de seus asseclas e admiradores. Mas esse não é o foco de interesse, mas a maneira, até “moleca” encontrada por Jan e Antonina para iludir os invasores. Conseguiram fazer do azedo limão de sua existência, uma doce limonada. Mesmo com o zoológico já desativado, Jan e Antonina continuaram a sua missão. Nada os deteve. O casal era entrosado. Enquanto Jan confiava em táticas e subterfúgios, Antonina procurava proporcionar a maior alegria possível. Isso não impedia que carregassem sempre um comprimido de cianureto cada um.

Sarah 18/12/2013

Zoológico de Varsóvia
Jan e Antonina eram os encarregados do Jardim Zoológico de Varsóvia quando, no início da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha invadiu a Polônia. Os bombardeios destruíram a cidade, mataram milhares de pessoas e também os animais do zoo. O casal passou, então, a esconder judeus nas celas vazias e ajudaram centenas de pessoas a sobreviver.

Livros na temática guerra sempre me chamam a atenção. Neste, há um ponto de vista diferente: os autores não retratam apenas os horrores da guerra pela perspectiva dos cidadãos poloneses, mas também pelo que aconteceu ao cotidiano das pessoas e dos animais. Além do gueto e dos esconderijos em residências, o livro relata fugas para fazendas, a dificuldade para falsificar documentos e conseguir sobreviver, e os túneis e jaulas do zoológico que abrigaram refugiados.

A base do livro são os textos do diário de Antonina Zabinksi, que a autora mesclou a narrativas de outras pessoas. Ou seja, relatos reais de sobrevivência a um dos fatos mais marcantes da história mundial.

Em alguns trechos achei um pouco descritivo demais (principalmente nas descrições de paisagens, tipos de insetos...), mas a história em geral é muito interessante.

Ana 04/09/2013

Heróis
Resenha disponível em nosso blog Meu Livro Na Bolsa!

site: http://meulivronabolsa.blogspot.com.br/2013/09/o-zoologico-de-varsovia_3.html

Diego Cotini 16/02/2013

O melhor e o pior do ser humano podem ser identificados neste livro verídico.

O quanto a loucura e a ruindade podem destruir e o quanto a generosidade e a coragem podem salvar.

AnnGominho 12/01/2012

http://anngominho.blogspot.com/2012/01/resenha-o-zoologico-de-varsovia.html

RENE 08/01/2012

QUANDO ATÉ ENTREGAR UM COPO D'AGUA A UM JUDEU SEDENTO ERA PUNIVEL COM A MORTE...
A segunda guerra, alem de tudo de espantoso e ameaçador que são relatados nos livros, a espaço para aqueles que com sua bondade e amor ao proximo, independente de religiôes e raças, conseguiram mostrar um outro lado da guerra... Um lado de esperança, um lado de onde nada estava totalmente perdido, os chamados heróis de guerra, sem precisamente estar na frente de combate. JAN e ANTONINA ZABINSKI estão entre estes heróis que da melhor forma possivel procuraram com seus gestos e atitudes, mudar o rumo para o caos total, que seria a vitoria do eixo na guerra... Livro muito digno de se ler e admirar...

Luciane 24/09/2011

O Zoológico de Varsóvia retrata a Polônia, especiamente, Varsóvia durante a Segunda Guerra Mundial. É um livro verídico que traz muitos conhecimentos históricos.
Relata a bondade do casal dono do Zoológico em acolher, mesmo com todos os riscos, judeus nas dependências do Zoo. Relata as experiências dos aliados de Hitler em tentar recriar animais extintos.
Conta o dia-dia em uma cidade atingida pela guerra.
Vale a pena ler.
Este livro faz parte do Círculo do Livro Viajante sobre a Segunda Guerra Mundial: http://www.skoob.com.br/grupo/1284-livro-viajante

Marct 10/11/2010

Começa bem mas...
... abandonei porque a partir de um determinado trecho o livro fica chato demais. Repetitivo, insuportável.

San... 10/07/2010

O livro narra a ocupação nazista de Varsóvia, baseando-se no diário da esposa do diretor do Zoológico de Varsóvia. Embora o casal tenha abrigado muitos judeus e tenham se engajado na Resistência, o livro tem uma certa leveza. Muitos dos acontecimentos narrados levam às lágrimas, para logo em seguida sermos enlevados quer por descrições pormenorizadas e cheias de beleza, quer por fatos engraçados. A dor, o medo, as injustiças, o horror, são na verdade o pano de fundo do livro, tendo, entretanto, a Autora, um cuidado louvável de arrefecer tais elementos com generosas e bem elaboradas descrições de situações corriqueiras ou engraçadas. O leitor inteligente percebe tais cuidados nas entrelinhas. Mormente o impacto dos horrores nazistas estar bastante diluido, o livro registra a época sob um prisma mais ameno, porém, não menos verdadeiro. Um belo livro!

Naiara 05/04/2010

Inacreditável!!!
Toda vez que me deparo que livros e filmes sobre a 2ª Guerra Mundial, fico horrorizada com o que Hitler foi capaz de fazer para alcançar o seu ideal de purificar a raça ariana.
O livro conta a história de bravura de uma família que burlou todas as leis hitleristas para prover ações de resistência e proteção dos judeus.

Recomendo!!!

Nanda 11/10/2009

"A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana." Kafka
O que leva um ser humano a correr risco por outro ser humano?
O que a guerra e a perseguição despertam no homem?
Como alimentar esperança e determinação diante da destruição?
Como resgatar alegria, solidariedade e ternura no convívio com a morte, o massacre e a perseguição?
Estas perguntas brotam em nossas mentes durante a leitura deste livro que conta a história real vivida pelo casal Zabinski e seu pequeno filho Ry´s. Jan Zabinski, diretor do Jardim Zoológico de Varsóvia, um dos mais imponentes e Antonina, uma amante da natureza e dos animais que vêm suas vidas mudarem radicalmente em decorrência da invasão alemã à capital da Polônia.
A história pode ser contada, dentre outros motivos, pela consulta do diário de Antonina, que o utilizava como uma forma de conversar consigo mesma sobre seus os medos, angústias e horrores da 2ª Guerra Mundial.
Assim, mesmo com o perigo à espreita, o casal passa a abrigar no casarão e no jardim do zoológico um grande número de judeus e perseguidos pelos nazistas.
Jan, participante da Resistência Polonesa, devido seus contatos, consegue libertar do Gueto de Varsóvia um grande número de judeus (dentre eles ilustres cientistas e estudiosos) trabalho este que era feito em rede, de forma organizada e sistemática.

A vida destas pessoas não ficou facilitada com a chegada do Exército Vermelho, ao contrário, estes, passivamente, viram um grande número de poloneses serem mortos, não dando apoio que os participantes do Levante (dentre eles Jan) esperavam. Nestas idas e vindas, Jan ferido, foi enviado a um campo de trabalhos forçados, enquanto Antonina e agora seus dois filhos, buscavam abrigo nos arredores de Varsóvia.
Em momento algum, durante toda a narrativa, percebe-se egoísmo no modo de agir dos Zabinski, ao contrário, se expuseram aos perigos e assumiram o risco em nome do próximo.
Algo positivo é a forma da narrativa. Apesar do peso da história, a autora consegue dar leveza à forma de escrever, mesclando momentos de tensão e outros de simples alegrias.
O grande pulo do gato que fica com este livro é que de certo somente temos o momento que vivemos....amanhã....é poeira e esperança.

Ana Quintela 23/06/2009

Sensível e esclarecedor!
Fiquei emocionada. É um relato ao mesmo tempo forte, trágico, poético e revelador. O casal Jan e Antonina, diretores do Jardim Zoológico de Varsóvia (na Polônia), ajudaram a esconder e salvar mais de 300 judeus durante a 2ª Guerra Mundial. Com coragem e muita determinação conseguiram fazer do zoológico um porto seguro para os perseguidos pelos nazistas. Repleto de fatos históricos e uma linguagem quase poética, o livro nos mostra como foi difícil a situação dos judeus e poloneses durante a ocupação alemã. Vale a pena.