Flor de Cerejeira

Flor de Cerejeira Gabrielle Laurent




Resenhas - Flor de Cerejeira


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Sil 21/10/2017

Uma das coisas mais legais de fazer quando se torna blogueiro e acaba conquistando a confiança de uma autora é ser chamada para ser beta reader. Mesmo após minha critica negativa à uma de suas obras Alana confiou em mim para analisar seus novos projetos e claro que eu faço isso com muito prazer. FLOR DE CEREJEIRA foi um deles e preciso dizer, com enorme alegria, que me senti presenteada ao ler este livro.
Ele é um livro YA feito na medida certa. Ele tem o drama adolescente, o drama familiar, amadurecimento e claro o romance. Eu digo que tudo isso está na medida certa pois a leitura poderia se tornar chata e cansativa, já que com tanto drama acontece, entende? Mas é importante para o desenvolvimento da personagem o que ela passa na sua vida pessoal, com o que aconteceu ao seu pai e as consequências que isso trouxe pra si. E sobre o romance, aaah... a autora ficou cozinhando esse casal durante boa parte do livro fazendo eles se conhecerem para apenas depois decidir o que fazer com eles. Acho que posso afirmar que AIDAN se tornou um dos meus crushs, sabe?

O pai de YOKO - a protagonista - foi preso por dirigir embriagado e atropelar um pedestre que acabou falecendo. A história começa à partir deste ponto e mostra ao leitor a rotina da menina após o ocorrido. Ela perdeu suas amigas, se tornou alvo de bullying na escola por parte dos colegas e de pena por parte dos professores. Se culpa dia após dia por algo que ela não fez e nutre uma raiva pelo pai. O decorrer da história se da com Yoko percebendo que as coisas não são como elas imaginam e que por mais que o que tenha acontecido mudou a vida de sua família para sempre ela não deve deixar aquilo conduzir o restante de sua vida.

Flor de Cerejeira é um livro doce que vai mostrar ao leitor sobre amor, família e amizade. Elementos que parecem clichê mas que dão todo o diferencial nessa obra. Também mostra ao leitor que um livro YA não precisa ter um romance miojo e que tudo gire em torno desse relacionamento, já que existem outras prioridades na vida de jovens adultos além do amor.
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Fernanda @condutaliteraria 11/09/2017

Nada melhor que ler uma história que nos surpreenda e nos encante e assim foi "Flor de Cerejeira" para mim.

Nossa protagonista é Yoko, descendente de japoneses e que vive em Macon, na costa leste dos Estados Unidos. Além de tocar violino e praticar jardinagem, ela tem uma relação especial com a árvore de Cerejeira, por causa de seu pai.

Yoko e sua mãe, Naomi, estão passando por um momento difícil. O pai de Yoko foi condenado a cinco anos de prisão, após atropelar e matar uma pessoa.



"Antes não era assim, porém. Eu vivia, agora preciso me esconder e tentar me manter sã todos os dias."


Yoko passa a ser hostilizada e até mesmo a sofrer agressões de Michael, filho mais velho do homem que seu pai matou. Além de tudo, mãe e filha, passam por problemas financeiros.

Com tanta crueldade por parte das pessoas e seus próprios amigos, Yoko passa a se sentir culpada pelo ocorrido e a se isolar. Sofri por ela não denunciar os abusos.



"Não sou a Yoko destemida e extrovertida de antes. Tranquei-me numa caixa de vidro. A essência parece ser visível para quem me vê pelo exterior, mas verdade é que ela está escondida, as pessoas só não pararam para prestar atenção nisso ainda. Eu sou quebrável no final das contas. Uma simples batida contundente e posso rachar."


Porém, quando se aproxima de Aidan, o garoto esquisito da escola, que vive solitário por causar medo nos colegas, as coisas começam a mudar.

Aidan tem seus segredos, acontecimentos em sua vida e de sua família que o abalaram e o desequilibraram de certa forma. Apesar dos problemas, Aidan é doce e faz de tudo para cuidar do irmão mais novo, Kai. É lindo ver a relação dos irmãos!



"Aidan não está mais aqui. Eu o acho muito bonito, mas me sinto nervosa toda vez que ele me fita bem no olho, como se estivesse observando dentro de mim, me invadindo com seus olhos cinzentos."


Conforme fui avançando na história, mais me envolvi pelos personagens. O romance jé colocado de forma sutil e natural, mantendo o foco nos dramas vividos por cada um e na superação de Yoko.

Não sou muito fã de dramas adolescentes, mas "Flor de Cerejeira" me conquistou, mergulhei na leitura de forma intensa. O drama familiar, o romance, o comportamento das pessoas diante de uma situação como a de Yoko, como, também, o seu amadurecimento foram tratados na medida certa pela autora.

Outro ponto que gostaria de salientar é a descrição de costumes da tradição oriental passados no livro, muito bem feitos pela Alana.

"Flor de Cerejeira" é um YA com romance, mas nada clichê. O livro é apaixonante e retrata temas importantes, além de falar de amor, família e amizade!

Terminei a história com saudade dos personagens!

A capa é linda e muito haver com a história.

Se ainda não leu, leia!
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Carol Cristina | @blogacdh 27/06/2017

Resenha postada no @blogacdh
"Perdoe-me, minha florzinha de cerejeira. Perdoe-me, Yoko. Seja forte!"
A cena que dá início à história é no julgamento do pai de Yoko, que num acidente de carro acabou matando outro pai de família, não prestando o devido socorro a ele porque estava bêbado. O pai de Yoko é preso, e alguns meses depois, vemos que Yoko tem tentado seguir em frente com uma vida que já não era mais a mesma.
Apesar de sentir saudades da presença do pai, Yoko também ainda sente raiva pelo o que ele causou à própria família, agora desestruturada; e à família que foi atingida pelo acidente, deixando desamparados uma mãe e seus dois filhos meninos. Todos os envolvidos sofrem as consequências da imprudência do pai de Yoko. Ela sente na pele diariamente o julgamento ao redor por ser "a filha do assassino", inclusive, foi agredida fisicamente por isso.
A cada dia que passa, mais ela prefere esconder-se nesse mundo que passou a conhecer. Mas ela ainda tinha algumas lições a aprender, coisas a realizar, barreiras a superar e pessoas para perdoar, ajudar e amar...
"Qualquer um pode cometer um erro"... Quando eu li novamente essa frase na capa do livro ao concluir a leitura, vi que, de fato, todos os personagens haviam cometido algum tipo de erro durante a história. E acho isso ótimo, porque desacomoda o leitor, faz ele refletir sinceramente sobre o personagem e não só julgar o erro alheio: o lembra de que todas as pessoas são feitas de altos e baixos, até os personagens de livros...
Além disso, um livro que flui desde a primeira página, ganha muitos pontos comigo; um livro que não se perde na sua proposta, ganha muitos pontos comigo; um Young Adult que se destaca entre tantos outros que já li, também ganha muitos pontos comigo. E por isso tudo e mais um pouco, gostei muito de Flor de Cerejeira: seria uma pena se eu não o tivesse lido!
Esse é um exemplo de livro que seria ótimo para ser trabalhado numa escola, com a faixa etária de adolescentes; porque além de trazer um contato com uma cultura diferente (tem bastante referências japonesas), aborda váaarios temas importantes, relacionados à: família, ausência/perda, problemas psicológicos, bullying e aceitação, agressão física e psicológica, vícios e suas consequências, culpa e responsabilidade, justiça, arrependimento e perdão, autoconhecimento, e etc. Inclusive, a abordagem sobre o TEI (Transtorno Explosivo Intermitente) foi inédita pra mim e bem interessante.
"As pessoas têm uma maneira estranha de tratar o medo, de como combatê-lo, e percebi que é humilhando os outros."
Confesso que fiquei chocada com o tratamento que a Yoko recebeu das pessoas, demorei a compreender essa reação alheia gratuita à "filha do assassino"! E como uma boa adolescente literária (não me lembro exatamente quantos anos ela tem), Yoko chega a ser um pouco dramática XD Mas ela tem seus méritos! Admirei muito a coragem que ela mostrou em alguns momentos: tanto coragem para ficar em silêncio e receber as pancadas da vida quando foi preciso; quanto coragem para quando chegou a hora de falar, se abrir, ser sincera, enfrentar e assumir suas fraquezas. Consegui entendê-la, porque quando eu mesma sofria bullying na escola (numa época em que isso era normal e ainda nem tinha nome), assim como ela, preferia não me vingar ou fazer justiça com as próprias mãos. Também achava que não valia a pena.
Agora precisamos falar sobre o Aidan! Ele e Yoko foram obrigados a formar uma dupla de trabalho na escola (nenhuma surpresa aqui :P). Só que o Aidan é um mocinho muuuito interessante! Apesar do clichê dele ter um "segredo" (mas até que parte desse segredo achei bem original), a personalidade dele não é de badboy, nem de mocinho perfeito (por fora ou por dentro) e romântico. Seu posicionamento, histórico, personalidade e atitudes são bem colocados e o destacam, até em relação à Yoko (pelo menos pra mim). Acho que nunca encontrei um personagem parecido num YA, realmente o adorei.
A melhor parte é que, mesmo que tenha surgido um sentimento e conexão entre a Yoko e o Aidan, isso não definiu a vida dos dois ou a história toda, sabem? A autora merece palmas por ter planejado uma história que fosse bem além de mostrar um "romance" entre adolescentes! Alana escreve muito bem, e foi um prazer conhecer uma autora nacional como ela. Espero poder ler mais de suas obras!
Um ponto a considerar é que, como esse livro especificamente é para um público mais jovem, mais informal, seria bom tomar um cuidado maior para não exagerar nas metáforas e palavras utilizadas, pois me saltaram aos olhos algumas vezes no texto coisas que poderiam dificultar um leitor menos experiente. Os erros de revisão na obra não são gritantes, mas são consideráveis. Sobre a diagramação, gostei dos pequenos desenhos que acompanhavam o início de cada capítulo, às vezes eram também alguns símbolos em japonês com legendas em inglês (que melhor seria estarem em português). Na versão em ebook que eu li, o texto não estava justificado, o que incomoda visualmente falando. Felizmente, essas são coisas que não são difíceis de corrigir no livro com o tempo. Uns ajustes e uma bela revisão o deixariam perfeito!
Eu estava curiosa e ansiosa com o final da história, estava esperando algo com um pouco mais de emoção. Nem todas as minhas expectativas foram superadas em relação ao desfecho, confesso. Achei que a autora errou um pouco na questão do pai da Yoko, que no final das contas poderia ter sido mais explorada e ficado menos "aberta". Mas não se preocupem, é a única abertura XD De resto, foi sim um final de livro bonito, e ao todo a autora conseguiu cumprir a proposta que explica em nota: de mostrar na Yoko uma personagem que não precisou da vingança para conseguir superar as barreiras da vida e seguir em frente.
"As dificuldades são como as montanhas. Elas só se aplainam quando avançamos sobre elas, Aidan. Até a jornada de mil milhas começa com um pequeno passo."

site: http://acolecionadoradehistorias.blogspot.com
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Cacau @dra.leitora 04/04/2017

Crítica Flor de Cerejeira
Crítica: Olá gente, mais uma vez venho aqui para falar com vocês sobre a resenha de um livro escrito por uma autora parceira e dessa vez, diferente da última, eu amei o livro, ele é leve, envolvente e traz temas super importantes de serem abordados na literatura atual.
Yoko é uma menina muito inteligente e que sempre foi popular na escola, seu pai, sempre foi seu exemplo, porém ao ser demitido ele começou a beber e acabou por cometer um erro que mudaria a vida deles. Ao sair de um bar, bêbado, ele atropela e mata o pai de outro colega dela e foge sem prestar socorros. O livro já se inicia no julgamento do pai dela e nós sabemos que ele foi preso por não ter prestado socorro e por ter dirigido alcoolizado.

"É como uma página e uma caneta. Assim que você risca fica ali para sempre, mesmo que você tente passar o corretivo por cima para tentar tapar o risco, ele continua lá, imutável, escondido."

A partir dessa tragédia Yoko começa a sofrer contantes ataques e agressões verbais e físicas de seus colegas por se filha de um assassino e acaba se vendo isolada e sem amigos, tendo que desistir de coisas muito importantes para ela, como por exemplo, o violino e seu carro, para auxiliar a mãe com as despesas da casa, além de precisar abdicar de sua liberdade, como vocês vão entender com a leitura do livro.
Segundo as próprias palavras da autora esse livro traz assuntos muito importantes que vão além de fazer justiça com as próprias mãos, ou sobre o silêncio de quem sofre bullyng ou agressão doméstica, esse livro fala sobre amizade e superação.
Em uma das suas aulas Yoko é obrigada a fazer dupla com um aluno antissocial e que causa medo em todos do colégio, um aluno que era isolado como ela. Porém a medida que eles se aproximam ela começa a perceber que as coisas nem sempre são o que parecem. O Aidan sofre de TEI (transtorno explosivo intermitente), ou seja, ele não consegue controlar seus impulsos agressivos, e seus ataques de fúria sempre são desproporcionais a situação. Mas mesmo com todos os problemas eles desenvolvem uma amizade super legal, e acabam ajudando um ao outro a enfrentar os diversos problemas da vida.

" As dificuldades são como montanhas. Elas só se aplainam quando avançamos sobre elas, Aidan. Até a jornada de mil milhas começa com um pequeno passo."

A leitura foi super gostosa e cheia de reflexões super válidas. Recomendo demais essa leitura para quem gosta de livros que nos fazem pensar sobre a essência do ser humano e sobre como somos levados pela aparência e pela coletividade.

Beijinhos e até a próxima!!!!!!!

site: http://floraliteraria.blogspot.com.br/2017/03/critica-flor-de-cerejeira-de-alana.html
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Abby 17/03/2017

Resenha: Flor de Cerejeira
A história gira em torno de Yoko e sua vida após o pai ser preso por atropelar um homem e fugir do local sem prestar socorro. Ela se torna alvo das pessoas de sua cidade e então sofre uma série de episódios tristes, desde seu total isolamento na escola até agressões físicas. Tudo pelo o que seu pai cometeu.

A história em si é muito interessante, mostrando o ponto de vista de alguém próximo ao acusado, que nada teve a ver com o acidente, mas mesmo assim sofre nas mãos da sociedade em que vivemos. É sobre discriminação e bullying. Num linguajar mais atual, poderíamos dizer que esse livro “é muito Black Mirror”!

Alana quis nos mostrar como o bullying afeta a vida de uma pessoa. Yoko, que junto de sua mãe teve de enfrentar os problemas jurídicos e financeiros pela prisão do pai, ainda teve que continuar vivendo sua vida, mas agora às sombras, pois todos os que estavam com ela, a abandonaram. Então, ela se aproxima de Aidan, um outro garoto com seus demônios internos e juntos eles buscam uma forma de melhorar tanto interna quanto externamente.
“As pessoas têm uma maneira estranha de tratar o medo, de como combate-lo, e percebi que é humilhando os outros.”
O livro é uma grande obra. A autora foi muito fiel à cultura oriental, salientando diversos hábitos e costumes do povo japonês. Sua construção foi forte, e ela soube dosar cada momento da história. Há muito mais narrações da própria Yoko do que diálogos em si, o que nos deixa mergulhar na mente e no coração da personagem, compreendendo o lado dela e vendo seu ponto de vista das coisas. É óbvio que, como em praticamente todo romance, nós temos um casal que torcemos para ficarem juntos no final, mas o foco principal nem é esse, o que torna a história muito melhor.

É o tipo de livro que nós lemos, terminamos e pensamos “Meu Deus, que livro maravilhoso!”. É uma leitura que não tem como não recomendar para alguém!

site: http://blogdreamon.blogspot.com.br/2017/03/resenha-flor-de-cerejeira-alana-gabriela.html
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Sâmella Raissa 20/02/2017

Resenha exclusiva para o blog SammySacional
No mais novo romance de Alana Gabriela, voltado a um público mais juvenil, mas cujas temáticas não são menos sérias e reais, temos Yoko, uma adolescente que levava sua vida na mais pura normalidade até se ver em uma espiral de mudanças logo após seu pai atropelar e matar um pedestre ao dirigir alcoolizado e ainda fugir do local do acidente, resultando em sua prisão. Com não apenas a relação entre pai e filha abalada e instabilidade financeira em casa com a mãe, Yoko ainda tem de lidar com a rejeição e bullying sofridos no colégio e mais as ameaças vindas do filho da então vítima do acidente, que desconta sua fúria pelo ocorrido na garota. Seus dias só não são mais complicados do que, aparentemente, a vida misteriosa de Aidan Hirsch, colega de turma reconhecido por ser um problema e atualmente solitário, com quem acaba, porém, iniciando uma estranha e instável amizade que poderá ajudar mais do que ela pensa a encarar a nova realidade.

Foi de forma inusitada que tomei conhecimento desse livro e, mais ainda, sua oportunidade de leitura pela própria autora, e não pude deixar passar. Ainda que com em um ambiente mais juvenil do high school, Flor de Cerejeira apresenta o cotidiano de uma simples adolescente virando do completo avesso por um crime cometido pelo seu pai, mas que acaba afetando e marcando negativamente a jovem perante mesmo os seus colegas de classe e a vizinhança onde mora. Com uma narrativa singela mas não menos densa em certos momentos, Alana Gabriela trata desde preconceitos diversos ao bullying e as consequências do ato de um crime na vida não apenas daquele que o cometeu, bem como na vida de sua família e em seu dia-a-dia.

Descendente de japoneses, Yoko é uma adolescente tranquila e boa filha, mas desde o julgamento de seu pai ela tem se sentido mais vulnerável e insegura perante o bullying sofrido no colégio e o atual conflito em que se encontra pelo abalo e consequente distância na relação com o pai, a quem costumava ser tão apegada. Por vezes a narrativa segue numa fluência mais lenta, à medida que a protagonista vai digerindo os acontecimentos e pensamentos recorrentes em seu cotidiano, então algumas pausas durante a leitura acabam sendo naturais para o leitor se envolver aos poucos com ela, uma vez que logo de início ela permanece mais fechada e distante, motivo pelo o qual demorei a me prender à leitura. Com o passar dos capítulos e a aparição de Aidan na trama, no entanto, o rumo da história já começa a se fazer mais firme e seguimos junto da protagonista para desvendar a incógnita que o rapaz é.

“— Não é bom mergulhar de cabeça numa coisa somente para poder se esquecer de todos os problemas anteriores. — ele pousa o cotovelo no gramado de modo que apoia sua cabeça enquanto me fita. — Você deve enfrentar.”

Porque, por trás de toda a carranca taciturna e hábitos solitários no colégio, e apesar dos eventuais boatos de brigas e instabilidade, Aidan se mostra alguém tão conhecedor do que é uma vida difícil quanto Yoko. À medida que vão se conhecendo, ele mesmo aprende, também, a deixar as amarras um pouco mais frouxas para experimentar uma amizade real pela primeira vez e deixar-se viver um pouco mais, ainda que mantenha seu jeito visivelmente quieto e fechado de outrora, mas ainda assim se mostrando um bom amigo e que se importa muito com Yoko. Nesse ponto, porém, um pequeno romance começa a surgir no enredo e apenas nesse quesito me senti ainda um pouco distante e não muito convencida ou pelo menos não muito cativada pela relação amorosa que se forma, diferentemente da amizade inicial que, essa sim, me convenceu e por vezes, até, emocionou pela sua firmeza e, de certa forma, naturalidade.

No fim das contas, Flor de Cerejeira conclui-se como um romance delicado, com temas densos e momentos particularmente emocionantes e que mexem com o leitor no decorrer da leitura, mas ao mesmo tempo com um tom leve parte do público mais juvenil, mas não menos sério e bem escrito. Uma leitura com abordagens reais, mas ainda com seus eventuais momentos de descontração em meio ao universo visivelmente pesado de dois jovens que encontram não apenas um no outro, mas, logo mais, principalmente, em si mesmos, um jeito de seguir em frente todos os dias e superar, aos poucos, os dramas e obstáculos da vida. Leitura mais do que recomendada!

site: http://sammysacional.blogspot.com.br/2016/12/Resenha-FlorDeCerejeira.html
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Lilian 09/02/2017

Um livro surpreendente e emocionante
Um livro surpreendente e emocionante, adorei a história, refleti muito e pude admirar o crescimento de um personagem através de uma ótima narrativa!

Começamos com Yoko, uma adolescente que teria sua vida normal, se não fosse seu pai ter assassinado outro homem enquanto dirigia bêbado e fugido após isso. Agora Yoko é agredida de todas as formas, verbalmente, moralmente e até fisicamente. Isto porque as pessoas acreditam que ela deve pagar pelo erro de pai.

"Filha de um assassino. E por tudo isso eu sinto raiva, não sei se tenho o direito, porém. Não quero ler o que o papai escreveu para mim, pelo menos não por agora, preciso de um tempo."

Na escola as garotas lhe ferem, a envergonham. Na rua o filho do homem assassinado por seu pai lhe persegue, a agride. Em casa ela vive solitária, eis que sua mãe agora só trabalha para poder custear a casa sem seu marido. Yoko carrega o peso do mundo nas costas e não tem previsão para que seu tormento acabe.

"Não posso fazer nada, só me resta esperar que alguém apareça. É vergonhoso, eu sei, a sensação de desamparo e fraqueza me invade e sinto vontade de me deitar."

Vemos Yoko amargurada, com raiva e acima de tudo, triste. Ela sente raiva de seu pai por ter feito o que fez, amargura por responder pelos atos dele e tristeza por ter seu próprio pai preso e sofrendo. Todavia, ela é forte o suficiente para aguentar tudo o que está passando, não querendo incomodar a mãe e nem querendo chamar atenção para si mesmo.

Mas as coisas mudam quando ela é obrigada a realizar um trabalho em dupla com Aidan, o garoto problemático da escola, cujo passado também é tão obscuro quanto o presente de sua família. Os dois irão aprender a lidar com seus problemas de cabeça erguida, aprenderão a confiar um no outro e lutarão juntos contra o que a sociedade impõe a eles.

"As pessoas não falam com ele e ele parece não se importar com isso, pois não interage com ninguém na verdade. Desvio do seu olhar fito e me volto para a minha cadeira, de repente ansiosa e tímida por eu ter cometido esse erro. Ninguém fala ou faz contato visual com o garoto taciturno enraivado."

Enfim, foi emocionante. Por vezes me vi na pele de Yoko e até me perguntava porque ela não revidava, brigava. Mas Yoko não é assim, ela quer que tudo passe, só isso. Senti seu sofrimento por estar sendo julgada e culpada, além de sofrer pela sua família agora despedaçada. Aidan é seu porto seguro, por assim dizer, mas até eles tem problemas para conseguirem se abrir e aceitar seus sentimentos.

"É assim que as coisas acontecem, na verdade é assim que deve ser. Um cuidando do outro na medida em que achar que for necessário e como entender a situação. Assim a gente se protege."

A narrativa da autora foi boa, apesar de que senti falta de mais aprofundamento no relacionamento de Aidan e Yoko, de resto está ótimo. Adorei a forma como Yoko amadureceu e como lidou com tudo que lhe acontecia no decorrer da história e também gostei muito de como Aidan saiu de sua 'casca'.

A diagramação está ótima, tudo bem organizado e clean, só não gostei de alguns parágrafos que não estavam justificados, mas nada que interferisse na leitura. A capa é condizente com o teor da história, então gostei bastante, ficou bem caprichada.

Perdoe-me, minha florzinha de cerejeira. Perdoe-me, Yoko. Seja forte!

Enfim, adorei muito a leitura, foi bem rápida apesar do número de páginas e recomendo totalmente esse romance, é singelo, tocante e emocionante.

site: http://www.leitorasvorazes.com.br/2016/10/resenha-78-flor-de-cerejeira.html
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C_R 28/12/2016

Quando recebi o livro da autora, não sabia o que esperar do livro, Já tinha acompanhado alguns escritos dela, que são muito bons por sinal, mas quanto ao livro, realmente não sabia do que se tratava. Me surpreendi com a narrativa, com o amadurecimento (apesar da pouca idade da autora) de fatos e situações que ela explora no livro. A sinopse é interessante e o que falar dessa capa? Me encantei com a arte da capa, linda, maravilhosa, delicada. Apaixonada por essa capa!
O livro conta a história de Yoko, uma adolescente que vê seu mundo desmoronar quando o pai, alcoolizado, atropela e mata um homem, pai de família. Durante a narrativa, a autora nos mostra os desdobramentos e suas consequências do ato de irresponsabilidade do pai. É muito interessante como ela apresenta situações que são muito comuns em nosso cotidiano, como por exemplo, os julgamentos que fazemos das pessoas a partir de um fato ou uma imagem, e as condenamos por isso, sem realmente se interessar pelo que está por trás da imagem ou do fato em questão. Outra questão apontada pela autora, é o bullying! A forma como a personagem Yoko sofre as consequências do ato do pai, consequências essas que são apresentadas em forma de bullying, de violência física, verbal, violência emocional.
Mas Yoko não é a única considerada a escoria, a autora nos apresenta Aidan, Um Adolescente com seus problemas e responsabilidades, um fardo pesado demais para carregar, com uma idade tão precoce. A amizade que surge entre os dois, ajuda ambos a superarem suas tragédias e encontrarem uma nova forma de enfrentar a vida.
É uma literatura adolescente, dramática, mas com várias reflexões importantes. Recomendo a leitura com toda certeza. É um livro que surpreende!

site: http://colecionandoromances.blogspot.com.br/
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Carla Brandão 04/10/2016

Yoko era só mais uma adolescente da cidade de Macon. Vivia com os pais, frequentava a mesma escola há tempos, tocava violino e adorava cerejeiras. Sua vida normal e tranquila deixa de existir após seu pai ser condenado por atropelar um homem e fugir sem prestar socorro. O acidente transforma a vida das duas famílias: de um lado, uma mulher viúva e dois garotos sem pai; de outro, um homem na cadeia, uma mulher que precisa trabalhar o dobro para arcar sozinha com as despesas da casa e uma menina que passa a ser vítima de bullying.

Após o acidente, Yoko passa a ser vista como a filha de um assassino. Não era ela que estava ao volante, não foi ela que deixou de prestar socorro, mas pouco importa. Suas amigas se afastam, ninguém se junta a ela na sala de aula nem na hora do almoço e comentários maldosos são ouvidos o tempo inteiro. A adolescente chega a ser vítima de agressão de um grupo liderado pelo filho mais velho do homem atropelado.

Yoko está confusa. Ama o pai, mas sente raiva por tudo o que aconteceu, por seu ato irresponsável ter causado um estrago tão grande. A ambivalência de sentimentos chega ao ápice quando ela sequer consegue abrir uma das cartas do pai, que antes eram lidas e respondidas prontamente. O olhar do filho mais novo da vítima durante o julgamento constantemente lhe vem à memória. E um sentimento de culpa se torna cada vez maior. Seu pai está preso, mas está vivo. Já o do pequeno menino jamais voltará para casa. Ao que parece, é essa culpa que faz com que Yoko aguente calada e de forma passiva todos os insultos que ouve e todas as situações desagradáveis pelas quais passa. São castigos pelo erro cometido, ainda que não tenha sido ela.

Em meio ao caos que vive, um novo personagem entra em sua história: o calado, estranho e explosivo Aidan. Sua fama no colégio é péssima e envolve brigas e até prisão. Mas ele é o único aluno de sua turma disponível e disposto a fazer com ela um trabalho pedido pela professora. Os primeiros contatos são difíceis, Aidan faz jus à sua fama, mas aos poucos surge uma amizade que será importante para os dois. O rapaz também tem uma história difícil e um passa a ajudar o outro de uma maneira bem bonita.

Em Flor de Cerejeira, Alana traz ao leitor uma história contada a partir de uma perspectiva diferente, afinal, é comum acompanharmos tramas que narram o lado das vítimas. A possibilidade de tomar conhecimento de como vive a família de um acusado e das consequências que o ato de uma pessoa pode ter na vida daqueles que o cercam, mas que nada têm a ver com o fato, foi uma novidade interessante. Através das atitudes dos personagens autora nos mostra também a maldade e a injustiça dos que clamam, justamente, por justiça.

O livro aborda ainda temas como bullying, agressão e culpa. Apesar dos assuntos não serem leves, a leitura não é pesada. A escrita da Alana é fluida e as pouco mais de trezentas páginas passam sem que a gente se dê conta.

Yoko é uma personagem que desperta de cara a empatia do leitor. É impossível não se comover com sua história, não ter vontade de emprestar os ouvidos e o colo para ela. É forte e frágil na medida certa e vai pouco a pouco conseguindo apreender tudo o que aconteceu, lidar com seus sentimentos e achar a melhor maneira de se portar diante das consequências do acidente causado por seu pai. Ela cresce durante a trama e torci por ela a cada página que virava. Aidan é uma peça importante para o desenrolar da história de Yoko, mas não é construído como um príncipe encantado e salvador. Ele caminha lado a lado com a menina, e não por ela.

Apesar de viver seu próprio drama, Yoko nunca deixou de olhar para o outro, o que fica claro na sua preocupação com a família da vítima e, depois, com Aidan. Por isso a mensagem mais forte que o livro deixou para mim é a necessidade de julgarmos menos e fazermos cada vez mais uso da empatia.

site: https://blog-entre-aspas.blogspot.com.br/2016/10/resenha-flor-de-cerejeira-alana-gabriela.html
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Giovana | Blog Dei um Jeito 24/09/2016

Resenha no blog Dei um Jeito!
Yoko tinha uma vida tranquila e que podia ser considerada boa, porém ela muda drasticamente quando o seu pai atropela alguém enquanto dirigia bêbado e não prestou socorro, acarretando mudanças graves em duas famílias, de um lado um bêbado imprudente que está preso, deixando sua família desamparada e do outro uma família que perdeu seu marido e pai e tem que se virar como pode, mudando a rotina familiar.

Seguindo a vida de Yoko vemos o quanto a vida dela se tornou um inferno na escola, quem ela considera como amigo está usando toda a criatividade que possui para criar formas de praticar bullying com ela e também apanha da gangue do filho do cara que seu pai atropelou. Nada na vida dela está como antes, se ela quer fazer as atividades que tem em sua cidade para se sentir melhor tem que escolher uma hora que tenha quase ninguém e por aí vai.

Conhecer Aidan dá uma nova perspectiva aos dias de Yoko, ele entende a sua situação pois a sua vida também não é apenas flores, com direito ao desenvolvimento na relação dos dois, também como pessoa. Acho que dá para considerar Flor de Cerejeira uma história necessária, pois consegue mostrar as consequências de um triste fato na vida de diversas pessoas de forma bem palpável, já vimos situações parecidas ou reações parecidas com as indicadas no livro.

Tem horas que você fica naquela de que a Yoko poderia ser mais forte em determinados momentos, mas as ações a afetam de tantos lados que ela vai batalhando em alguns pontos e está exausta em outros, ela não é uma super-heroína que resolve tudo com a lábia.

Considero como um ponto nem tão positivo ser uma história que não é ocorre no Brasil, pois sou a louca do que envolve a cultura no bairro Liberdade e essa história poderia muito bem ocorrer lá, mas mesmo assim a ambientação está bem interessante. O livro pode ser muito bem uma aposta para uma leitura de uma tarde, que tem uma escrita simples, mas rica nos elementos.

site: http://deiumjeito.blogspot.com.br/2016/09/livros-flor-de-cerejeira-alana-gabriela.html
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Larissa 05/09/2016

Blog Por Livros Incrívreis
Publicação independente
319 páginas
2016

Outras resenhas da autora:
A Estranha Mente de Seth

Yoko é uma jovem talentosa e popular, mas tudo isso muda bruscamente quando seu pai é preso por atropelar fatalmente um outro pai de família. Com dívidas cada vez maiores e uma mãe cada vez mais ausente, Yoko conhece Aidan e, junto com ele, um sentimento capaz de transformá-los por inteiro.

"Eu sou quebrável no fim das contas. Uma simples batida contundente e posso rachar."

Quando recebi um email da Alana perguntando se eu teria interesse em ler seu livro mais recente não pensei duas vezes e disse sim enquanto me enchia de curiosidade e ansiedade, já que o último livro que li dela foi uma excelente surpresa e fico muito feliz em poder dizer que as minhas expectativas sobre a história de Yoko fora mais do que alcançadas e que Alana conseguiu, novamente, criar uma trama que só se pode largar ao chegar ao fim da última página.

Flor de Cerejeira é o segundo livro da autora que leio e novamente tive o prazer de me surpreender com a sua capacidade de descrever tão claramente o que se passa na cabeça dos seus personagens. Salvo uma ou outra frase mal construída, sua narrativa em primeira pessoa é extremamente ágil e fluída, sem falar na excelente ambientação que ela constrói.

Yoko é uma protagonista extremamente sensível e cativante. Foi impossível não não me ver presa no seu drama e nas suas emoções, torcendo para que tudo desse certo para ela, afinal é muito injusto sofrer por tabela por um crime que não foi ela quem cometeu. Um pequeno detalhe dela que eu adorei é o fato de que...

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Viviane569 30/08/2016

Verdadeiro e profundo
Como você se sentiria se após um atropelamento, todos se voltassem contra você, te virassem as costas, e pior: te agredissem verbalmente, moralmente e fisicamente? E se o culpado não fosse você, e sim seu pai? Mas ainda assim, parece que o peso do mundo está em seus ombros. Esta é a estória da Yoko, uma adolescente que vê sua vida transformada após seu pai, embriagado, atropelar e fugir sem prestar socorro, deixando a vítima morrer.

A vida de Yoko muda drasticamente, para pior, quando seu pai é acusado e condenado pela morte de um pai de família. A garota vê todos seus amigos lhe virarem as costas e sua mãe se virar em duas para trazer dinheiro para casa, tanto que nem tem tempo de ver o que está acontecendo com sua filha.

"Só valorizamos o que temos quando perdemos, entendo isso completamente agora."

Apesar de Yoko saber que não teve nada a ver com a tragédia, ela se sente culpada, alterna momentos de saudade e de raiva do pai, acho que foi por isso que ela aceitou ser maltratada e humilhada, como uma forma de punição. Senti que ela é madura a ponto de preferir esquecer do que revidar ou se vingar. Todos lhe julgam e apontam o dedo, até que um dia ela é forçada a fazer um trabalho escolar com Aidan, outro "excluído" como ela, e é na dor e no sofrimento que os dois encontram muitas coisas em comum.

"Não sou a Yoko destemida e extrovertida de antes. Tranquei-me numa caixa de vidro. A essência parece ser visível para quem me vê pelo exterior, mas a verdade é que ela está escondida, as pessoas só não pararam para prestar atenção nisso ainda. Eu sou quebrável no final das contas. Uma simples batida contundente e posso rachar."

A profundidade com que a Alana descreve as cenas, fez eu me sentir a própria Yoko. Eu senti medo, raiva, tristeza... amor. Quando acabei de ler, estava com lágrimas nos olhos e sem palavras. É difícil descrever quando uma estória nos toca tão profundamente. Fazia tempo que eu não lia algo tão verdadeiro. Gosto muito do estilo da escritora e fico muito feliz por ter tido a oportunidade de conhecer mais essa obra dela.

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Denise Crivelli 27/08/2016

Uma ótima leitura:
Flor de Cerejeira eu tive o prazer de ler antes do lançamento para dar um feedback para a autora e gostei da leitura.
Na história temos Yoko uma garota meiga e que pensa muito no bem estar de outras pessoas, ela sofre bullying e já passou por casos de agressões físicas e também psicológica e tudo isso porque seu Pai cometeu um enorme erro e ela acaba que pagando por ele também, pois a sociedade no caso os jovens não conseguem enxergar que ela não é a culpada, a garota se tornou excluída por conta disso e eu fiquei com muita dó dela, pois não merecia ser tratada daquele jeito, na verdade ninguém merece. A Yoko é uma boa garota e como falei antes se preocupa muito com outros, por conta disso muitos acabam pisando nela e agredindo, pois sabem que ela não terá coragem de revidar. Ela leva culpa por algo que não fez e sofre muito por isso, mas não fica se vitimizando, ela é uma garota sensível, inteligente e ao mesmo tempo forte, pois atura muita coisa e tenta seguir em frente, só que eu fiquei um pouco nervosa com ela porque queria esconder o que acontecia de sua mãe, mas ao mesmo tempo entendia a intensão dela de não querer ver sua mãe sofrer.

"Cheguei a conclusão que todos com quem eu andava eram falsos, no momento que eu mais precisava eles não só viraram as costas para mim, como também começaram a me olhar feio e a me denegrir porque sou filha de quem sou. Filha de um assassino. E por tudo isso eu sinto raiva."

A Yoko acaba se aproximando de Aidan seu colega de classe, que não liga muita pro pessoal da escola, já que ele tem seus próprios problemas em casa e já passou por muita coisa. Ele tem um irmão muito fofo e que ele cuida e protege, ele é bem fechado no começo, mas conforme vai se aproximando de Yoko e os sentimentos começam a crescer, ele acaba se abrindo para ela e contado alguns de seus problemas e sobre o que já passou, gostei muito do personagem e queria até saber mais dele, mas como a grande protagonista é a Yoko, então ele meio que não aparece tanto, mas quando está junto com ela acaba trazendo o alivio que o coração dela merecia.Sorte que uma das antigas amigas de Yoko e não abandonou ela de vez, foi bom saber que a Rebecca tinha opinião própria e não se deixou influenciar e cometer bullying como a insuportável da sua prima fez.
Pode se dizer que o papel de "vilões" ficam com a Janette e Michael que acham que são os certos da história e ainda chamam a coitada da Yoko de mimada e que por sinal ela não tem nada disso, gente mimada pra mim são pessoas que fazem birra, que conseguem tudo o que quer e essa definitivamente não é a Yoko.
Eu indico a leitura, a história é envolvente e vimos uma personagem fragilizada mais ao mesmo tempo forte tentando criar coragem para fazer o que é certo para que outros não sofram, a escrita da Alana é bem envolvente e além da história a Alana também fez essa capa linda e como disso antes fico honrada de ter sido convidada para realizar a leitura dessa história antes do seu lançamento.

site: http://momentocrivelli.blogspot.com.br/
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Brenda Sousa 27/08/2016

Flor de Cerejeira - Resenha por Postando Trechos
Por: Brenda Sousa

“- É assim que as coisas acontecem, na verdade é assim que deve ser. Um cuidando do outro na medida em que achar que for necessário e como entender a situação. Assim a gente se protege.”
Flor de cerejeira – Alana Gabriela

Yoko está no auge da sua adolescência, sobrevivendo bem ao ensino médio, quando sua vida muda drasticamente e muda para pior. Seu pai perde o emprego e passa várias noites fora de casa bebendo, até que um dia, ao voltar dirigindo bêbado, ele atropela um cara e abandona o local, deixando-o para morrer. Ele estava, de fato, inconsciente devido à bebida, mas isso não o livra de ter cometido um crime, que lhe rende uma sentença de 5 anos de prisão.

Yoko e a mãe agora tem de se virar sozinhas, vender alguns pertences e a mãe trabalhar mais. Elas passam a ser vistas como mulher e filha de um assassino e todos se afastam, mesmo os vizinhos e amigos mais próximos. O único contato com o pai é através de cartas mensais que ambas recebem e respondem regularmente.

A vida de Yoko no colégio vira um inferno. Ela é espancada por gangues do filho do rapaz morto pelo seu pai, sofre chacotas e situações humilhantes diariamente. Tudo isso vira rotina, até conhecer Aidan. Um garoto que costumava ser popular com as garotas e de uma hora para outra passou a se meter em confusão e até foi preso, o que fez as pessoas olharem torto para ele também. Sendo obrigado a realizar um trabalho de classe com Yoko, ambos percebem que tem muito em comum e que, no final das contas, podem ser o porto-seguro um do outro, com todos os seus defeitos e os cuidados necessários a serem tomados.

“Nós vamos vivendo nossa vida, caminhando, aplainando montanhas porque podemos, porque somos capazes, porque é a nossa vida e porque estamos aprendendo. Até os macacos caem de árvores!”
Flor de cerejeira – Alana Gabriela

Olha eu me aventurando em mais uma das histórias incríveis criadas pela Alana... Sempre que ela aparece com um livro novo eu faço questão de ler, por mais que demore um pouquinho para conseguir. Como em todos os outros, estou com o coração cheio de sentimentos diversos explodindo, de tanta lindeza trazida com esse livro.

A história de Yoko e Aidan se cruza e aos poucos conhecemos quem realmente são os personagens e vemos como eles, de fato, podem se ajudar e como não há ninguém melhor para isso. Cada um com seus problemas sérios, seus transtornos e seus sentimentos, eles compreendem que ao se conhecer a imagem passada pelos comentários alheios é totalmente reformulada. Essa história tem MUITO a nos ensinar a enxergar o outro com os olhos do outro e com sua história, e não só como alguém problemático que pode nos trazer problemas antes de qualquer outra coisa.

A história vale muito a pena, como os outros livros da autora, e flui rapidamente. Sem enrolação e com um toque magnífico e encantador de detalhes sobre a cultura e provérbios japoneses, somos apresentados a dois riquíssimos e apaixonantes personagens. Fica a dica; eu super indico a leitura!

site: http://postandotrechos.blogspot.com.br/2016/07/resenha-flor-de-cerejeira.html
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