Henrico.Iturriet 02/01/2023
A visibilidade entre a dor e a conquista
Com uma escrita debochada, potente e elucidante, Césaire entrega em suas lindas palavras conjugadas a lembrança de uma dor que acomete todos os países que sofreram do imperialismo, que usa como ferramenta o colonialismo para se legitimar.
A religião, a moral, os costumes, a ciência, tudo isso é aparato ideológico. As formas que a Europa dizimou milhões de pessoas não cabem na pilha de corpos, chegaria até o céu. Não se vive preto sem a hipocrisia da ferida e da marca do colonialismo em seu corpo. Não basta refletir, basta gritar, e seu discurso foi esse.
Discorreu, delatou, escrachou, e é verdade: ?no fim do capitalismo, para a sua sobrevivência, há Hitler?. Hitler sempre vestiu-se de branco na pele e pegou a taça do poder pela mão direita. Não é surpresa, toda a Europa sabe disso, só doeu quando aconteceu com eles. (Lembrem-se dos comentários racistas dos jornalistas sobre a Guerra Ucrânia Vs Rússia).
Os Estados Unidos ascenderam para tomar o posto dos europeus, eles que tenham que lidar com suas próprias hipocrisias!