A Identidade Cultural na Pós-modernidade

A Identidade Cultural na Pós-modernidade Stuart Hall




Resenhas - A Identidade Cultural na Pós-Modernidade


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Cássia 19/02/2010

O mais relevante desse livro é a argumentação de Hall de que a concepção do sujeito moderno como unificado, sólido não passa de uma construção, de algo imaginado. Em suas considerações sobre a identidade nacional, ele explica quais mecanismos constroem o sentimento de uma identidade nacional, única e indivisível. Faz percursos pela história para explicar como se dá essa construção de uma identidade nacional, recorrendo a Hobsbawn.


Destaca que a "pureza" dos povos hoje tão almejada por fundamentalistas e nacionalistas, na realidade, nunca existiu já que a maioria das nações consiste de culturas separadas que foram unificadas através de conflitos violentos. E exemplifica o próprio povo britânico que se constitiu(na sua alegada "pureza") de um híbrido de celtas, romanos, saxões, vinkings e normandos. Bem "puro", né?

Logo o que causa o "desconforto" atual é não poder mais contar com essas linhas bem definidas. O processo de globalização tanto construiu novas identidades como desestabilizou as antigas, mas somente porque ele permite ver para além das construções discursivas as quais estamos acostumados.
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Bia 11/11/2020

A Identidade Cultural na pós modernidade.
Stuart Hall foi um teórico cultural e sociólogo britânico-jamaicano.

Esse livro aborda a questão da crise de identidades no final do século XX.

Stuart Hall faz uma distinção entre conceitos de identidade: sobre o sujeito no iluminismo, o sujeito sociológico e o sujeito pós- moderno.

Gostei muito quando ele fala que não existe essa de "raça pura" uma "etnia pura" , um discurso inventado. Os próprios britânicos que alegam essa "pureza" vem de uma mistura de povos celtas, romanos, saxões, vinkings e normandos. Sabe esses discursos errados que dizem que ser descentende de um certo povo te faz melhor ou superior, essas bizarrices.

Ele também considera a questão da identidade nacional. Não tem nação homogenia. Existem muitos brasis dentro do mesmo Brasil.

O homem humanista começou a ruir, com a globalização. Fronteiras rompidas dão oportunidades de conhecer outras culturas, outros valores, outros indivíduos diferentes. A crise das identidades singulares choca - se com as crises de identidades coletivas.

A identidade do sujeito pós moderno é provisória, variável, não é algo fixo.

Essas mudanças de identidade podem ser negativas ou positivas. Novas identidades surgem. Hall utiliza algumas correntes de pensamento para explicar essa desconcentração do sujeito: como o marxismo, o inconsciente freudiano, a linguística estrutural Ferdinand de Saussure, o trabalho de Michel Foucault e o movimento feminista.
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Thamara Sabrine Ferreira 20/08/2021

Bom
O livro descreve bem várias questões que são extremamente complexas. E como o próprio autor afirma no começo do livro, vários pontos do corpo do texto podem ser refutados e são passíveis de discordância. Mas no fim, serve muito bem como uma introdução para debates mais densos e traz perspectivas novas para futuro aprofundamento. Além disso é uma leitura fácil e rápida.
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caloanguajardo 26/06/2010

RESENHA: "A identidade cultural na pós-modernidade"
"A identidade cultural na pós-modernidade"
HALL, Stuart. 11a ed. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2006.
Título original: "The question of cultural identity"

"A identidade cultural na pós-modernidade", escrito em 1992 por Stuart Hall, assemelha-se mais a um guia para compreensão da identidade cultural e sua relação com os indivíduos que a um livro didático de estudos sociológicos. Digo isso não só pelo seu formato diminuto (tem 12x18cm e 104 páginas), mas pelo método explicativo e linguagem adotados pelo autor.

O livro tem seis capítulos, com poucas páginas cada. Nos dois primeiros, Hall introduz o leitor a três concepções básicas do sujeito na História (levando em conta apenas a partir do momento que ele sai da sombra religiosa): o sujeito do Iluminismo, o sujeito sociológico e o sujeito pós-moderno; para explicar como este surge e como ele se dissolve na própria era pós-moderna para se tornar o que eu chamo de sujeito pixelizado – aquele que é composto por diversas partículas identitárias que ilusoriamente dão uma forma concreta a um indivíduo e este, por sua vez, se torna um pixel maior que compõe a imagem do local.

No capítulo 3, Hall apresenta os conceitos de nação, cultura nacional e identidade nacional, partindo do ponto de que as culturas nacionais são comunidades imaginárias. Há uma relação de interdependência aqui: o indivíduo busca sua pertinência na imagem do povo nacional e ela necessita da unificação desses indivíduos para ter o sentido que a coletividade fantasia ter. Nos capítulos 4, 5 e 6 o autor trata da Globalização e como ela afeta (infecta, mas não necrotiza) a relação entre o sujeito e sua fabricada identidade nacional, a qual reage ao fenômeno pela inclusão (e conseqüente reforma), subjugação do sujeito, hibridismo (sincretismo ou Tradução) ou resiliência (reforço da Tradição e retorno aos valores de raiz ou fomento do racismo cultural e xenofobia pelo fundamentalismo e ortodoxia).

Hall diz em todos os capítulos o que ele pretende explicar, como ele o fará e em quais conclusões nós (ele e os leitores) chegaremos ao final de cada um. Além disso, as repetições sumárias dos capítulos prévios, que iniciam e infiltram os seguintes, são tão reconfortantes quanto as proferidas pela sedutora voz de Mary Alice Young (Brenda Strong) em "Desperate Housewives". Durante todo o livro, ele usa referências de verbetes e citações de grandes nomes da psicologia, estudos sociológicos e da literatura, sem cair na mesmice de usar palavreados do gueto acadêmico. Entretanto, não é nenhum "Cultural Identity for Dummies!" É uma ótima leitura, sobretudo para os leitores do tipo Um Homem sem Pátria, K. ou Lobo da Estepe.
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Vitor Messias 28/12/2020

Um livro bom. Interessante para pensarmos a constituição do sujeito na dita "modernidade tardia", como este sujeito se diferencia em relação aos das décadas anteriores, séculos anteriores. Livro introdutório, indico a quem tiver interesse em compreender as múltiplas influências na constituição da identidade do novo sujeito moderno
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Giselle 29/12/2021

@intrinseco1.blog
Apesar de ser teórico, a linguagem é muito acessível pra quem não é da academia. E é um importante documento para a reflexão da nossa contemporaneidade.
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Eduarda Duarte 16/07/2022

A identidade cultural na pós-modernidade de Stuart Hall
Hall levanta discussões muito relevantes acerca da identidade do sujeito moderno.

É uma referência que uso em qualquer trabalho que construo. E agrega muito com a linguagens acessível que Hall possue, sem a necessidade de firulas tão característica da antropologia.
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Kevin 13/07/2020

Um ótimo livro.
São apresentados aspectos das identidades e das Nações, enquanto "comunidades imaginadas", como já nos tinha evidenciado Benedict Anderson. Hall faz análises no sentido da modernidade tardia, em períodos de descolonização, na qual as nações imperialistas lidam com problemáticas que, em muito, elas mesmas propiciaram, questões multiculturais, imigração, etc. Há pontos importantes de serem discutidos, que vemos em autores como Ramón Grosfoguel, Asad Haider, Achille Mbembe e afins, das questões de "racismo cultural" e conflitos de cunho nacional, cultural, linguístico, etc.
Gabriel 13/07/2020minha estante
Eu já li esse livro, ele é ótimo. Estou usando para a escrita do meu TCC :)


Kevin 13/07/2020minha estante
Realmente é muito bom. Estou nesse emblema de TCC e o livro em questão é de grande serventia em meu tema também. Boa sorte! :)


Gabriel 13/07/2020minha estante
Obrigado!!




Morganna 05/04/2023

Leitura do PIBID
Muito interessante e com uma temática totalmente coerente com o projeto que visamos desenvolver na programa em questão. Gostei
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Lara 06/05/2021

Me ajudou a entender e refletir sobre alguns pontos relevantes para uma pesquisa que estou realizando. Esse autor é muito mencionado nessa área, então sempre tive curiosidade em conhecer sua pesquisa. No geral foi uma leitura muito positiva.
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@pedro.h1709 04/07/2020

A identidade cultural na pós-modernidade
?A identidade cultural na pós-modernidade? é um ótimo livro de Stuart Hall, que busca esclarecer, por meio das definições de sujeito ?iluminista?, ?sociológico? e ?pós-moderno?, as transformações que o conceito de ?identidade? sofreu ao longo do tempo.

Em seu texto, o autor questiona o aspecto aparentemente ?unificado? das identidades nacionais e seu caráter simbólico; reflete como os estudos de Marx, Freud, Foucault e Saussure contribuíram para uma nova concepção de sujeito ?descentrado?, ou seja, sem identidade fixa e permanente; além de buscar evidenciar a intensificação deste descentramento e pluralização de identidades, provocados pelos fenômenos recentes da globalização.

Outro tópico trazido à tona são as contradições existente dentro do próprio processo de globalização que, enquanto fortalece os interesses globais, também intensifica a valorização do local; que reduz as percepções de espaço e tempo; que possui uma própria ?geometria de poder?, já que não permite acesso igual a todos; que tem um aspecto de dominação ocidental, mas que também sofre influência das diferentes identidades culturais, em toda parte.

Creio que é uma leitura válida para repensar o sujeito e a sociedade como sistemas incompletos, em constante transformação e que sintetizam muitos aspectos divergentes e até contraditórios.
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Juddy.Garcez 17/09/2021

Não sou da área de sociologia e, apesar de achar os debates acerca de identidade e pós-modernidade bem interessantes, nunca havia, de fato, dado muita atenção para o tema. Contudo, acabei me deparando com este livro em uma recomendação bibliográfica e me apaixonei. Estou, inclusive, considerando adentrar nas discussões sociológicas e nas tão temidas leituras mais "filosóficas". Livro simples de entender, coeso e muito bem escrito.
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Mahoe 14/02/2023

Leitura de faculdade
É uma leitura muito interessante, no geral de leituras que já tive na faculdade essa não é uma das mais chatas, muito bom para pensar sobre a identidade moderna e comparar com os dias atuais.
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maria rita 09/12/2022

? | Sair do eixo.
Stuart Hall nos demonstra como a sociedade se modifica conforme se moderniza e explora as diversas culturas e busca sua história. Tudo que acontece ao redor do mundo nos modifica internamente, vivemos em constante crise de identidade para nos adequar a isso. É um livro bom, o final achei um pouco confuso mas para livro de estudos sociais é ótimo.
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Noany0 24/09/2023

Li pra sociologia
O livro tem um começo muito cativante e a ideia muito bem estruturada, sobre como ele vai apresentar os conceitos e o cerne da questão quanto a identidade, a cultura e etc.
Conforme não vou destrinchar tanto quanto a temática do livro, vou explicar apenas as minhas pontuações:
Apesar de utilizar de um linguagem clara, incisiva e falar sem tantos rodeios, os primeiros 3 capítulos se desenvolvem de uma maneira, enquanto os últimos 3 parecem um grande reprise de uma aula de geografia política.
Não que esse fator seja ruim, o livro me auxiliou muito pra outras aulas na própria graduação e foi uma das leituras mais ?legais? que fiz, minha crítica se encontra apenas ao dizer que a acessibilidade desse esse livro poderia ser ainda maior se o autor tivesse diminuído em umas 30 pag o que ele ficou destrinchando e repetindo nos últimos capítulos!
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