spoiler visualizarLuna 13/06/2011
Um pequeno resumo
Ela se sentia sozinha...
Era assim que ela se sentia. Embora tivesse várias pessoas ao seu redor, era como se estivesse só no mundo. Se sentia triste, vazia, abandonada... E, no fundo do seu coração, tudo que desejava era uma chance. Uma oportunidade de voltar ao passado e recomeçar... De ser humana de novo, ser amada, casar e ter os filhos que sempre desejou. Mas sabia que isso era impossível. Seus sonhos jamais se realizariam... Deus não ouviria jamais o pedido angustiado de uma vampira... Ou ouviria? O mesmo Deus no qual ela acreditou quando humana... podia olhar para ela ainda? Mesmo que ela não tivesse mais alma? Que fosse... um monstro?
Por amar, ela havia sido condenada...
No ano de 1840, ela havia se apaixonado. Se sentia no céu. Ele era lindo, perfeito e carinhoso. E a amava. Ambos planejavam se casar e construir a família que desejavam... Eram sonhadores e tinham sonhos semelhantes... Acreditavam nas coisas boas da vida e Magdalena não podia imaginar ninguém que pudesse ser contra essa relação. E a surpresa não poderia ser mais chocante quando a última pessoa que ela podia imaginar que pudesse machucá-la tanto, deixa em pedaços todos os seus sonhos. Seu pai. Seu herói e melhor amigo.
Ela havia revelado ao pai que amava Alec, um conde francês, e que iria se casar com ele. Acreditava que o pai fosse parabenizá-la e apoiá-la em tudo... Mas isso não aconteceu. Ele ficou furioso e disse que ela jamais se casaria com aquele homem. Não quis lhe explicar seus motivos e Magdalena o desafiou. Seu pai, desesperado, disse que ela se casaria com Robert Canady, o homem por quem ela se sentia atraída antes de Alec aparecer, mas Maggie não quis lhe dar ouvidos. Não sentia mais nada por aquele Canady... Ela amava Alec e era com ele que se casaria. Seu pai então, decidiu recorrer à força e ordenou que a trancassem no quarto até o dia de seu casamento com Robert. Naquele dia, Maggie sentiu seu coração se partir pela primeira vez e pediu ao pai que jamais voltasse a chamá-la de filha.
Mesmo arrasada, Maggie não desistiu. Havia aprendido com o pai que tinha o direito de pensar e ter opiniões e vontades próprias, apesar da época na qual vivia... E ela havia aprendido muito bem a lição. Não se curvaria à vontade de ninguém. Nem mesmo à de seu pai... Ela amava o pai, mas existia um amor diferente, mais profundo, que era capaz de fazê-la desobedecê-lo. E, sem pensar nas consequências, Maggie fugiu pela janela do quarto para se encontrar com Alec.
Ele a esperava... Sabia que ela iria até ele e havia tomado a decisão de transformá-la naquela noite... Não desejava condenar a mulher amada à escuridão, mas tinha fé que o amor os transformaria de novo em humanos. Uma lenda antiga dizia isso... Que o amor os libertaria... E ele acreditava. Amava Maggie o suficiente e acreditava que o amor que sentiam um pelo outro bastava para libertá-los. Ele só beberia um pouco do seu sangue... e nesse momento, ele acreditava, o amor os salvaria. Ela não se transformaria em vampira e ele voltaria a ser humano. Ele tinha fé e a esperou... Quando Maggie chegou, ela sabia de uma das coisas que aconteceria naquela noite. Sabia que faria amor com ele pela primeira vez, mas desconhecia a verdadeira natureza do homem que amava... Não acreditava em vampiros.
Ele a tocou e ambos se entregaram à paixão, ao amor que sentiam... Alec sentiu necessidade de saber se Maggie realmente o amava e ela confirmou... Repetiu que o amava, olhando para ele com os olhos cheios de amor... E ele revelou o que era. Ela não acreditou, é claro. Mas ao sentir os dentes dele mordendo seu pescoço, sentiu pânico... Não podia ser... Mas, apesar de tudo, ela o amava e mais uma vez disse isso... Alec sorriu, mas antes que pudesse dizer que também a amava, uma estaca foi cravada em seu coração, acabando com sua vida antes que ele pudesse saber se a profecia era verdadeira ou não.
Maggie sentiu como se estivesse tendo um pesadelo. Ela viu e sentiu quando Alec foi assassinado. Seu sangue banhou o corpo dela e ela gritou. Seu pai, dois amigos dele e Robert Canady haviam invadido o quarto e matado o homem que ela amava... E não satisfeitos, eles ainda deceparam a cabeça dele. Maggie não quis o consolo de ninguém. Sentia uma dor terrível em seu interior e só queria acordar... Ela viu Robert se aproximar com o olhar triste, ouviu ele defendê-la quando os amigos de seu pai também desejaram matá-la por ela estar maculada... mas era como se ela não estivesse mais ali... estava longe... estava morrendo.
Naquele dia, Magdalena morreu... mas seu pai e Robert não permitiram que ela fosse enterrada... Seu pai sabia que ela voltaria. Não importava que fosse como vampira... Ele só não podia perder sua única filha. Sua garotinha. E ele a alimentou... lhe deu o que ela precisava para viver... E Magdalena voltou...
Com o pai aprendeu como se alimentar sem matar os humanos, foi amada e protegida e depois... enviada à Europa para ter um suposto filho ilegítimo... Seu pai sabia que ela viveria por séculos e criou a história que ela deveria seguir sempre: de vinte e vinte anos, uma Magdalena se apaixonaria pelo homem errado, dele teria um filho ilegítimo e iria para a Europa para tê-lo... E assim, Magdalena poderia voltar para sua cidade natal de vinte e vinte anos... sempre como a nova herdeira.
Ao ser enviada à Europa pela primeira vez, ela conheceu Lucian DeVeau, o rei dos vampiros... Que a ensinou as regras de sua nova vida e a tomou sob sua "proteção". Inicialmente, ela o odiou... Mas Lucian se tornou seu único apoio quando Maggie enfrentava a terrível dor de perder as pessoas que amava... Por mais que tentasse, ela não conseguia protegê-los e ele estava sempre lá para apoiá-la e oferecer seu ombro para que ela chorasse... Com o passar do tempo, ela passou a amá-lo como um amigo. Seu único amigo.
Em 1860, ela voltou para Nova Orleans e conheceu Sean Canady, um tenente pelo qual se apaixonou... Com ele, viveu momentos de intensa paixão e também... de tristeza, pois sabia que jamais poderia se casar com ele mesmo que desejasse isso com todo o seu coração. E foi nessa época também que Maggie conheceu Aaron Carter, um vampiro cruel e obecado por ela... E a partir desse momento, Maggie não só teve que suportar o peso de ser vampira, um monstro da escuridão... mas também teve que enfrentar o tormento de ser o objeto de atenção de Aaron. Por causa da obsessão dele, ela mais uma vez perdeu... E dessa vez a perda foi muito pior do que as anteriores... Doeu ver o pai morrer, seu coração se partiu quando Alec foi assassinado diante dela... mas nada podia se comparar à terrível dor de perder Sean... O amor que ela sentia por ele era muito maior do que tudo... Ela lutou para mantê-lo vivo e seu desespero foi tanto que ela decidiu transformá-lo para que ele vivesse mesmo que fosse como vampiro... mas era tarde demais. Não havia mais vida no corpo dele... Aaron o havia matado.
Maggie sofreu muito por perder Sean e nem o apoio de Lucian foi suficiente para diminuir aquela dor que ameaçava acabar com ela. E tomada por uma fúria cega, ela tentou acabar com Aaron, mas foi detida por Lucian, que sabia que ela seria condenada se matasse outro da sua espécie.
E mais anos se passaram... Maggie sobreviveu durante os anos seguintes, mas não voltou a se apaixonar. Não havia lugar para mais ninguém em seu coração. Era como se seu coração tivesse sido enterrado com Sean e ela se julgava incapaz de voltar amar... Até...
Reencontrá-lo... Ela não pôde acreditar que aquilo estivesse acontecendo... Mas quando aquele policial invadiu seu escritório acreditando que ela havia cometido um crime bizarro, ela soube que era ele... Seu Sean... O homem que ela amou e perdeu no passado. Mas como isso era possível? Seria essa a chance que ela tanto havia pedido? Seria sua oportunidade de recomeçar? Não importava... Tudo que Maggie desejava era aproveitar o tempo que pudesse ter ao lado dele... Do homem que ela amava mais do que a própria vida.
Como será que termina essa história? Será que Maggie realmente terá a chance que pediu a Deus? Bem... O amor é capaz de operar milagres...
Resenha completa aqui: http://lunadelua.blogspot.com/2011/06/lua-escarlate-shannon-drake.html