Eduarda 01/08/2023
Necessário
Comparar com o Michael Vick foi interessante, mas talvez melhorasse se tivesse abordado outras situações ao invés de repetir a mesma sempre. No entanto, é extremamente reflexivo. Todos os ?Mas? foram facilmente refutados e o fato de muitas pessoas realmente usarem e com tanta naturalidade comprova ainda mais. Acredito que por não participarem ?diretamente? do processo de criação e abate do animal para consumo, embora mesmo q no fundo saibam ser errado, não se incomodam em ignorar e permanecer com o erro. Eu me tornei vegetariana no final do ano passado. Quis que fosse devagar por conta da minha família também, mas acho que acabei fazendo o mesmo e ignorando que os produtos de origem animal juntamente proporcionam sofrimento e considerável. Todavia, vejo que, embora seja hipocrisia, a mudança pode vir em um processo gradativo.
A parte que responde o ?Mas? da superioridade dos humanos em relação aos animais por intelecto, me tocou bastante. Onde foi comparada a sensibilidade dizendo que os humanos ficam aflitos em algumas situações como no dentista, mas os animais no lugar sentem se ainda mais aflitos por não entenderem o que está acontecendo. Assim, lembrei-me de várias vezes em que os cachorros de rua, principalmente, são tratados agressivamente por coisas como buscar comida nos sacos de lixo ao sentirem fome, já que não podem trabalhar/pedir pra comerem e sequer caçar como os animais selvagens por serem domesticados. Sei que não é a pauta, mas interpretei como exemplo. Outro também foi a relutância de uma vaca uma vez quando estava sendo abatida na fazenda, quando após ter seu corpo aberto, foi percebido um bezerro.
Em relação ao veganismo, eu particularmente pensei que preferiria morrer do que viver como os animais são obrigados para satisfazer os desejos alimentares dos humanos. Algumas pessoas falam muito sobre o mal do aumento da plantação de vegetais pra substituir o consumo de carne quando querem acusar, mas esquecem ou ao menos sabem, como apontado no livro, que para manter a constante criação de animais domesticados ao consumo, são utilizados muitas vezes mais o q seria necessário para o consumo dos humanos. Também que ao contrário do que muitos dizem, não ficaremos propensos a doenças nem morte por abandonar tal prática alimentícia, visto que nossos organismos, inclusive, são mais parecidos com o dos herbívoros do que com o dos carnívoros. Contudo, entendi também que para que os outros encarem a necessidade de mudança, afirmar mesmo que não intencionalmente que estão erradas levando-as a acreditarem terem sido chamadas de más pessoas por propiciarem sofrimento aos animais, não é uma boa abordagem.