Dani 21/02/2017Sensação de reencontrar um velho amigo <3Assim como aconteceu com “O Diário da Princesa”, no qual Meg Cabot reviveu sua famosa série e trouxe Mia de volta para uma história sobre seu casamento, temos uma história sobre essa época da vida de outra personagem também muito querida pelo seu público: Suzannah Simon, a garota que vê fantasmas.
Em “A Mediadora – Lembranças”, reencontramos nossos amados personagens seis anos após o fim do ensino médio. Suze está trabalhando na sua antiga escola, a Academia da Missão, na área administrativa, pois precisa dos créditos práticos para receber sua certificação como conselheira acadêmica. Por sua vez, Jesse está fazendo residência médica. Ele pretende se formar e cuidar de crianças. Fofo, né? Os dois estão planejando o casamento para o ano seguinte e praticamente vivem em uma bolha de amor.
Até que um alfinete chamado Paul Slater reaparece na vida de Suze, diz que comprou sua antiga casa (aquela em que Jesse morreu e eles se conheceram) e que irá demoli-la. E ele ainda dá a notícia de uma maldição antiga, dizendo que caso o local seja demolido, algo muito ruim pode ser libertado em Jesse.
É claro que Suzannah fica maluca e quer resolver esse problema do seu próprio jeito, sem contar para o noivo. E no meio dessa confusão ainda precisa lidar com uma fantasminha que assombra uma das alunas da Missão e que não parece gostar muito da nossa heroína.
Bom, assim como aconteceu com “Diário da Princesa”, eu comprei a ideia de Meg de trazer de volta o universo de outro dos seus bestsellers. Amei rever Suze, Jesse, Padre Dominic, seus irmãos, amigos... Gostei muito de saber como anda cada personagem; é quase como reencontrar aquele seu amigo da época escolar e botar o papo em dia.
A personalidade dos protagonistas me pareceu semelhante à dos livros anteriores, sem mudanças drásticas. Por exemplo, Suze continua com seu mesmo jeito briguento, sarcástico e de que não precisa da ajuda dos outros. Jesse até que está se adaptando bem ao século XXI (adora mandar mensagens de texto, hahaha), mas continua o velho cavalheiro com modos da época em que morreu. E, olha, não achei isso ruim. As pessoas amadurecem conforme crescem, mas sua personalidade não muda inteiramente.
Além de reencontrar velhos amigos, conhecemos novos personagens e dou destaque para as três sobrinhas fofas de Suze (filhas de Brad) que ela carinhosamente apelidou de Flux, Flocos e Rabo de Algodão. Elas são bem engraçadinhas e importantes, então guardem os apelidos! :P
Já em relação à história, gostei bastante. Não é nada inovador ou inédito, a fórmula é igual a dos livros anteriores: um assassinato que Suze deve desvendar o que aconteceu e ajudar o fantasma a seguir em frente. Achei a história da fantasma bem diferente de tudo que Meg já tinha escrito e gostei bastante, pois nunca imaginei que ela fosse abordar esse assunto.
Mas a história da fantasminha Lucy não é a principal. A maioria das páginas é a respeito de Jesse e sua maldição. Afinal, estamos falando de um livro que trata do casamento de Jesse e Suze, né? Com maldição não existe noivo e sem noivo não tem casamento! Gostei de como Meg desenrolou esse pedaço da história, não esperava nada menos dela, hahaha.
Por fim, meu único problema com esse livro não foi com sua história e sim com a minha memória! Como eu li a série muitos e muitos anos atrás, não me lembro de vários acontecimentos e à medida que alguns eram mencionados, me sentia um pouco perdida. É claro que isso não me fez deixar de gostar e aproveitar a história, mas confesso que teria sido um pouquinho melhor se a minha memória não fosse de Dory.
Bom, se você ainda está em dúvida se deve ou não ler “A Mediadora – Lembranças”, simplesmente falo: SIM! Talvez não sem ter lido os primeiros livros por conta das menções a acontecimentos anteriores, mas nada te impede. A própria Meg disse que não tem problema, hehe. E você que já leu a série vai amar; é uma viagem de volta para sua adolescência por algumas horas. :)
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