Eu me possuo

Eu me possuo Stella Florence




Resenhas - EU ME POSSUO


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Cinthia 09/10/2022

Que livro necessário!
A historia de superação de Karina, "uma semente de esperança no coração de cada mulher que infelizmente já tenha sofrido alguma violência semelhante!" (Que não são poucas!)
A autora aborda o tema delicado e quanto algumas mulheres ainda se culpam de alguma forma! Como se tivessem feito algo que "estimulasse" o homem a agir e ser violento.
Uma leitura rápida e necessária!
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Danielli 28/12/2021

Tema atual e delicado
Impressionante como a autora conseguir abordar um tema tão delicado e, infelizmente, atual, como o estupro. Mesmo a violência não sendo o foco nesta narrativa tão leve e rápida, é de extrema facilidade entender o que a autora deseja nos passar: como a personagem Karina conseguiu dar a volta por cima, alguns anos mais tarde, após a violência sofrida.

Capítulos curtos, diálogos interessantes. Recomendo a leitura e, ressalto a importância da leveza com que é tratado o tema.

Destaco que lendo algumas outras resenhas, me surpreendi com o fato de outras mulheres julgarem o comportamento, atual, da personagem... Preconceito enraizado por nós próprias mulheres! Karine é livre! Em todos os sentidos, finalmente.
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Marcosebx 18/08/2021

Vamos lá ..
É um ótimo livro acho que muitos homens estão precisando ler livros como esse , pois ele trás muitos ensinamentos e mostra uma linda história de superação e empoderamento feminino . Sim mulheres vocês são fodas e merecem todo respeito do mundo .
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Naty__ 13/03/2020

Recebi "Eu me possuo" e comecei a ler assim que chegou. Uma leitura rápida, fácil e que tinha tudo para me agradar em todos os aspectos – mas não foi isso o que aconteceu. Iniciei a leitura bem empolgada, a história contida na sinopse prende o leitor e tem a capacidade de emocionar qualquer um – repito: mas não foi isso o que aconteceu comigo.

São pouquíssimas páginas, porém, o espaçamento e as letras grandes fazem com que o texto seja menor do que parece nessas 182 laudas. Li mais ou menos em 3 horas, tanto por curiosidade quanto por facilidade em ler. No entanto, a história não foi exatamente o que imaginei.

Logo no início da obra me senti envolvida com a personagem e queria saber o que Florence tinha tanto a nos passar. Li a sinopse antes de ter o livro em mãos e li novamente antes de embarcar na história. Para mim, é difícil acreditar nisso, mas lia gostando da narrativa da autora, no entanto, em todos os momentos me perguntava: “mas e aí?”. Eu queria mais envolvimento, mais ligação com o que a sinopse propunha, mais finalidade, mais aprendizado e eu não tinha, não achava.

Quando faltavam 22 páginas para chegar ao final, na 161, comecei a compreender qual era a lição que ela queria nos passar. Pode parecer exagero, mas a história em nenhum momento me deixou sensibilizada com o que a protagonista estava passando, não me refiro à cena do estupro, essa eu consegui sentir algo (não sou de pedra, leitor). Acontece que a forma de se abordar um assunto é necessário fazer de maneira intensa e a autora fazia os encontros de Karina de forma tão corriqueira que ela parecia trocar de homens mais do que sua própria roupa.

Não lembro exatamente a quantidade de páginas, mas foi menos de 20 e ela já tinha se envolvido com 2, 3 e por aí vai. Não é o fato de ela se envolver com muitos, mas a maneira rasa e sem embasamento, sem emoção como a autora construía tais encontros. Em um, por exemplo, ela nem conhecia o cara, o viu no bar, perguntou apenas o nome e na cena seguinte já estavam no motel. Noutro já estava no fundo do estabelecimento tendo relações.

A todo instante a autora descreve a personagem Karina como uma pessoa insatisfeita com seu corpo, se considera gorda com as “banhas saltando da roupa”. Ela descreve que a protagonista sente vergonha de ficar nua na frente dos rapazes os quais se envolve, mas não parece sentir isso, até porque ela tem tantos parceiros (inclusive mantém mais de um relacionamento ao mesmo tempo) e não demonstrou sentir vergonha disso – a não ser quando saiu com um rapaz que a amiga chama de “João sem braço” que ela mesma reflete sobre a sua vergonha, esse homem causava horror quando estava nu (pelo fato da deficiência, como Karina relata) e ela não deveria sentir isso.

Tudo bem que você, leitor, poderia me dizer que ela se envolve com muitos caras para esconder o estupro sofrido quando foi na casa de um rapaz, um conhecido da academia e que nunca tinham se falado antes. Embora relatando assim pareça que a própria menina tem culpa, nessa parte eu considero que não – ela foi imprudente; culpada não. No entanto, em parte da história, numa conversa com a avó, ela solta uma frase que me deu vontade de abandonar o livro completamente e brincar de arremesso para ver se acertava na cabeça do meu vizinho. Respirei fundo, concentrei e continuei lendo.

Outro ponto interessante que devo comentar é que, a todo o momento, a protagonista nos mostra insegura, sem voz de uma pessoa determinada, com personalidade forte, mesmo quando reencontra o cara que destruiu sua vida. Porém, quando faltam 22 páginas para acabar a obra tudo muda e parece que entra em cena outra Karina. Achei isso bastante forçado, pode ser real, mas não me convenceu e por isso a história finalizou sem emoção para mim. Ela mudou, abandonou o seu lado receoso quando escreveu a carta, tudo muda, tudo se transforma em 22 páginas, enquanto as outras 160 foram apenas enrolações, será isso? Acredito que passar pelo que ela enfrentou ao reencontrar o estuprador é o suficiente para mudar, mas não, vemos a mesma Karina. Até que uma carta muda-a completamente.

Queria ter gostado da história, queria ter me prendido completamente e ter entendido os vastos relacionamentos, vulgo transas, de Karina. Não consegui me apegar a ela, pelo contrário, o apego ocorreu nas 20 primeiras páginas e olhe lá. A autora tem uma escrita que faz a leitura fluir, uma narrativa para prender o leitor e apenas por isso a obra ganha 2 estrelas, as outras ficaram perdidas nos relacionamentos de Karina.

Quanto ao trabalho estético, a capa segue uma ideia incrível e ficou muito bem feita. A diagramação está excelente, com pássaros no final de cada capítulo e com detalhes no início. Uma perfeição de arte visual, uma pena que o seu conteúdo tenha sido prejudicado. O fato de não ter me prendido na história não quer dizer que você não deva ler, afinal, a capa do livro indica liberdade, você se possui. Eu me possuo e tenho o direito de não gostar da história por sua superficialidade; você se possui e pode gostar. Depois conte-me sua opinião, vou gostar de saber.

Quotes:
“[...] Qualquer mulher sabe. As ruas não nos pertencem: obedecemos a um eterno toque de recolher. Metrôs e ônibus nos acossam enquanto nos transportam. Tribunais de Justiça nos constrangem enquanto nos defendem. E até o vento, quem diria, pode nos amedrontar” (p. 31).

“Karina parou na porta de saída. E ficaria parada até Thiago dizer alguma coisa. Qualquer coisa. Ele não diria nada? Então talvez ela apodrecesse ali, talvez se misturasse à madeira do batente, talvez ficasse por cem anos amarrada ao tronco de uma árvore que cresceria bem a li, surgindo através de alguma reentrância na parede, talvez ela se tornasse aquela árvore, talvez fosse quebrar toda a casa com seu corpo-tronco imenso, carregado de uma violência lenta, contida, porém implacável” (p. 80).

site: http://www.revelandosentimentos.com.br/2016/07/resenha-eu-me-possuo.html
Angela Cunha 10/06/2020minha estante
Aquele tipo de livro que trazia um enredo que tinha tudo para ter dado certo,mas que não fluiu,infelizmente. Se passa a ideia de ser forte, de ser determinada, é preciso manter isso. Mas...o amor vem e muda tudo..rs
Mesmo assim, com estes pontos negativos, se puder, é uma leitura que ainda quero fazer!!!!
Beijo


Michelle 25/06/2020minha estante
Tinha tudo para ser um livro lindo, cheio de emoção e reflexão mas não acontecu não é?


Amanda 29/06/2020minha estante
O número de horas que você levou para ler realmente faz parecer que é uma leitura leve e fluida haha engano meu. Lendo a resenha parece ser um livro esquisito e contraditório, isso sim. Queria saber qual é a bendita frase que ela falou para a avó para te fazer querer ter essa reação. Pensando pelo lado positivo, pelo menos você não desperdiçou tanto tempo hahah. Uma pena, o título faz parecer que a história é muito interessante. Só de ler a resenha já senti 0 empatia pela Karina.
Beijos




Debora 11/05/2019

Escrita dura
O livro tem potencial mas a escrita é dura. Como se fossem palavras apenas jogadas no papel, sem fluidez... No meio pro final a história melhora e entra em certo ritmo mas não surpreende.
O tema, violência sexual, é urgente e deve ser mais explorado na literatura mas não vou classificar um livro pq a mensagem que ele trás é importante pra mim e sim pela escrita, construção da história, etc.
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Isabela | @readingwithbells 04/04/2018

MARAVILHOSO
Karina é estudante de Odontologia e faz estágio em uma clínica. Mora com a mãe que possui TOC de limpeza e com sua irmã. As coisas em casa não são das melhores, porém, ela tem seu porto seguro: Evelyn, sua querida e amada avó que lhe entende e proporciona conforto em todas as situações.
Um dia, sua amiga Renata precisa de ajuda em seu restaurante, o Quintal da Vizinha, e sem pensar duas vezes, Karina aceita ajudar Renata nesse momento tão necessário.
Os dias se passam e começamos a entender melhor os sentimentos de Karina. Ela se apaixona pelo ramo da gastronomia, e após o fechamento do Quintal da Vizinha, Karina abre a Taverna Z como sócia de Renata.
Tudo está em seu eixo até que uma pessoa aparece no restaurante: Gustavo Jota.
Gustavo Jota, o homem que lhe estuprou em seu aniversário de 17 anos.
Após esse reencontro, Karina precisa enfrentar seu violentador, a pessoa que lhe arrancou um pedaço de sua alma. E ela precisa ser forte.
"Você disse que tem ido ao meu bar a fim de se desculpar por alguma má impressão que tenha deixado em mim. Você não deixou uma má impressão, Gustavo. Você cometeu um crime."
-
Geralmente eu não costumo colocar opinião em resenha pois gosto que quem leia o que escrevo tenha total liberdade de opinião e reflexão do livro. Porém, preciso frizar a carta de Karina. Um pedaço da carta está na sinopse do livro. Foram seis páginas de ensinamento sobre o que é o estupro, do sentimento de perdão e principalmente da libertação de saber que a culpa NÃO É DA VÍTIMA.
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Yara Santos - @universodeutopia 30/03/2018

Acessem o ig: @universodeutopia
Universo de Utopia
18/11/16
Eu me Possuo - Stella Florence


Noite de chuva, nada melhor que uma xícara de chá e um bom livro, e se for de uma parceria incrível, melhor ainda! Quando comecei a ler Eu me possuo, minhas primeiras impressões foram em relação ao tamanho dos capítulos, bem pequenos, com cenas individualizadas, mas além de tudo cativantes ao extremo. Vamos a história que ainda tenho muito a desabafar.

Karina inicialmente era uma garota machucada pelo passado, não consegui adivinhar logo de primeira o porquê de suas atitudes, fui me identificando com sua crise emocional, com o uso da comida para aplacar a realidade, com a vergonha do corpo que não era o estereótipo perfeito para a sociedade, mas logo depois a autora nos mostra o real foco de seu livro, e pior, um assunto que me causa asco e estou sempre evitando, não por ter sofrido algo do tipo, mas por simplesmente odiar tudo relacionado a essa prática: o estupro.

Normalmente eu teria largado o livro, mas fiquei tão instigada que necessitava urgentemente termina-lo ali mesmo, e terminei em duas horas, li as 182 página que o compõe. Ao concluir, fiquei sentada no sofá, pensando, engolindo aquelas palavras, imaginando o quanto milhares de mulheres sofrem dos mais diversos modos e há quanto tempo?

A protagonista não estava mais suportando a própria vida, cursando odontologia por vontade do pai, aguentando as paranóias e submissões da mãe ou ainda as implicações da irmã. Para ajudar uma amiga, passou um bom tempo trabalhando em seu bar, e foi dali que sua vida mudou completamente, conheceu o que o sexo pode proporcionar, além da dor e da humilhação de um estupro, investiu em diversos relacionamentos, um mais diferente do outro, com suas qualidades e claro, os defeitos, soube o quanto as pessoas pode ser falsas e perversas, descobriu habilidades que nem sabia que tinha, mas acima de tudo Karina foi percebendo ao longo do tempo, o quanto ela possuía a si mesma e a mais ninguém!

O livro foi muito gostoso de ler, deu raiva da autora as vezes? Com toda certeza, Karina, apesar de ser esperta, esperava demais das pessoas e ela aprendeu do modo mais difícil não confiar. Além de ter me identificado com as páginas iniciais, me apeguei muito à avó Evelyn, com seu jeitinho carinhoso, meigo e acima de compreensivo! Muito obrigada a autora pela parceria e por uma nova visão sobre esse aspecto medonho e infelizmente, tão presente em nossa sociedade.
Universo de Utopia à(s) 17:55
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2 comentários:

Stella Florence18 de novembro de 2016 às 18:30
Adorei sua resenha! Obrigada pelo carinho da leitura e pela sensibilidade. De fato essa é uma realidade muito mais comum do que imaginamos (já aconteceu comigo) e fiquei muito feliz por curar Karina página a página. Beijo!

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Universo de Utopias21 de novembro de 2016 às 10:44

De fato essa é uma realidade que incomoda muito. É estranho e revoltante que em pleno séc. XXI, num mundo que prega uma sociedade liberal, ver que ainda que existem tantas violações e preconceitos contra as mulheres, seja a moral, física, ou, psicológica... Mas são pessoas como você que garante que muitas mulheres tenham forças para seguir em frente, mesmo com todas as adversidades, através da resiliência! Nós apoiamos essa causa e acredito sim que somos pessoa autossuficientes e donas do próprio destino. Muito obrigada por reforçar essa ideia!
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Grazi Comenta 08/11/2017

Trabalhando delicadamente temas importantíssimo da atualidade
Quando li a sinopse desse livro eu imediatamente me conectei com a história e precisei lê-la. É um assunto tão discutido hoje em dia, mas de forma tão banal pela maioria que a gente precisa conferir quando algo parece bem feito. E aqui é. Eu me possuo é um livro sobre enfrentamento, mais do que qualquer coisa. É um livro que sem querer parecer auto-ajuda promove libertação e ensina a se desprender dos seus horrores sem precisar cair naquela de ''apenas siga em frente''.

''Você disse que tem ido ao meu bar a fi­m de se desculpar
por alguma má impressão que tenha deixado em mim.
Você não deixou uma má impressão.
Você cometeu um crime.''

A Karina é uma personagem que aos poucos foi se construindo (você talvez não goste dela nos primeiros capítulos), mesmo que ela achasse que já estava bem resolvida. Ela teve o momento que precisava para evoluir e se curar de vez e a usou sabiamente. Toda a situação dela é bem descrita, especialmente no núcleo familiar, com parentes que não tinham noção de nada só tornando tudo pior. A avó Evelyn representa aqui a sabedoria e o conforto, o apoio necessário para que pessoas traumatizadas possam se entender. Foi uma ótima adição à trama.
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O assunto assédio e abuso sexual mesmo com todo o furor que existe hoje em dia, ainda é tabu na literatura quando ligado ao emponderamento feminino. Stella Florence usou dos melhores artifícios para criar uma história crível, comovente e satisfatória. O livro trabalha com cenas e frases bastante corriqueiras, e é isso que o torna tão real - a culpa e o medo da vítima; o agressor que nunca admite o que fez.

Veja mais no link

site: http://www.sagaliteraria.com.br/2017/04/resenha-234-eu-me-possuo-stella-florence.html
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Leo freire 30/10/2017

Eu me possuo
A forma que uma jovem enfrenta um estupro eh realmente motivador.
A forma como a escritora explana as várias formas de estupros q muitas vezes são velados eh realmente fantástico, tenho certeza de esse livro eh uma verdadeira ajuda para tantas pessoas em nossa sociedade q já sofreu algum tipo de violência sexual. Não eh só a agressividade ou o extremo uso da força bruta q caracteriza um estupro. Em fim vale muito a pena ler.
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Letícia 20/06/2017

Eu Me Possuo
No livro Eu Me Possuo da autora Stella Florence, conhecemos a história de Karina, uma moça que aparenta ter uma vida perfeita, estuda odontologia e exerce a profissão em uma clínica. Porém, Karina odeia seu curso, sua casa, as atitudes de seus familiares e até seu corpo. Quem a vê não imagina, mas ela carrega um trauma de adolescência, Karina foi estrupada aos 17 anos.
Certo dia, Karina estava entediada mexendo no Facebook e viu uma oferta de sua amiga Renata pedindo ajuda em seu bar nos finais de semana. Como estava cansada e querendo sair da rotina de sempre, a moça resolve aceitar a proposta de sua amiga.
Lá, ela faz novas amizades, conhece alguns homens e acaba se envolvendo com eles, passa a ir mais vezes ao bar e se sente cada vez mais livre. Karina gostou tanto do ambiente, que resolve ser sócia de um novo bar juntamente com a amiga mudando radicalmente sua vida.
Até que certo dia uma pessoa do passado reaparece em sua vida obrigando Karina a enfrentar seus antigos fantasmas.

Eu Me Possuo é uma obra muito interessante, que permite que o leitor veja o crescimento, o despertar e o amadurecimento de uma personagem que era um tanto insegura. Ao pegar o livro imaginei que seria uma leitura pesada, mas a autora fez com que o assunto tão forte ficasse leve, deu características próprias aos seus personagens, construiu ótimos diálogos sobre eles, com capítulos curtos e uma linguagem fluída. A Editora Panda Books fez uma diagramação linda no livro, com páginas amareladas e com detalhes nelas, a capa do livro tem detalhes em alto relevo.
Recomendo para todos que gostam de uma leitura fascinante, com personagens que nos fazem refletir.
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Dani Ramos 11/05/2017

Um excelente livro!
Nossa parceira/autora @escritora.stellaflorence conseguiu colocar em palavras simples, um tema tão complexo que é: o estupro. Você devora o livro em pouco tempo e a leitura flui de uma forma incrível. Além de que Karina é uma personagem fora do "estereótipos" da sociedade: é acima do peso, não tem uma beleza escultural. Ela é como "nós somos", normais! Pensamos que "estupro" está relacionado a algo horrível e grotesco, mas o encontramos mais fácil do que imaginamos! Existe sim, essa violência, esse abuso dentro de casa com nossos maridos ou namorados. Amigos ou conhecidos. Pensamos que não, mas é algo comum e talvez, todos nós já sofremos de alguma forma ou conhecemos alguém que sofreu. Eu adorei a leitura! A @escritora.stellaflorence está de parabéns pela obra! Eu super indico o livro!

site: https://www.instagram.com/leituraazul/
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Tati Tavares 08/05/2017

O livro de Stella Florence, trás uma temática muito pouco falada, senão raramente citada no mundo literário: a violência contra a mulher. É dividido em duas partes, entre antes e depois de um ocorrido.

A autora criou uma a protagonista como uma jovem dos dias atuais: despojada e adepta de relacionamentos não fixos, e que facilmente nos identificamos – não somente por esse fato, mas também por seus ideais.

Karina é uma jovem adulta, determinada e casual. Ainda mora com os pais, entretanto se identifica e possui uma relação mais amigável com sua avó Evelyn, apesar da idade. A mãe da garota é obcecada por limpeza e organização, e Karina descreve o lugar como “um típico hospital”, de tão puro que é o ar. A mãe também é um subordinada das antigas. Aquelas mulheres que acreditavam ou ainda acreditam que a mulher deve ficar com o serviço da casa, e o homem, sai para trabalhar para sustentar a família. E para a moça, isso é inadmissível.

Com vinte e poucos anos, Karina é estudante de odontologia, e estagiária na clínica da faculdade. Às vezes trabalha a noite em um bar, o Quintal da Vizinha, de sua Renata, não só pelo dinheiro, mas mais para ajudá-la com o negócio. Os funcionários lá sempre possuem uma desculpa para não ir trabalhar.

Ainda nos primeiros capítulos, que por sinal são curtos e fáceis de leitura, somos introduzidos a Gustavo J. Karina o descreve apenas como um ex namorado não muito desejado, porém mais a frente descobrimos que ele não foi só isso.

Com muita coisa acontecendo em casa, as brigas com a irmã Mariana só aumentando, os pais insistindo para que ela foque somente na faculdade, Karina acaba desistindo de seu estágio, para poder trabalhar no Quintal, o que não deixa seus familiares felizes.

Entre trabalho e boas conversas na noitada, a garota conhece Thiago, um amigo de Renata. Ele parece encantador, e depois de alguns drinques, convence Karina a ir para um lugar mais íntimo com ele.

O rapaz possui um hábito estranho na cama:

“Diz que me ama!

Diz: “Thiago, eu te amo”

Karina não entende, mas mesmo assim o satisfaz. Eles sempre saem, porém para Thiago não passa daquilo, mesmo que ela até deseje algo a mais. Não possuem nada sério, o que faz com que a garota sinta ciúmes toda vez que o vê com “outra”.

E entre um saída e outra, conhecemos Caio, mais um amigo que um parceiro para Karina. Os dois passam a se encontrar sem o objetivo óbvio de uma noite à dois: sexo. Eles possuem uma química que vai além disso.

Ivan, é um romântico a moda antiga. Quer jantar, sair à dois. E isso às vezes assusta a garota.



Karina conhece Lúcio em uma das saídas do bar. Ela vai para a casa dele. Descobre que o cara possui próteses nos braços, apesar de isso atrapalhar Karina em meio ao sexo, ela foca e fecha os olhos. Ele não é como os outros rapazes que eles saíra. É diferente.

“A sombra também faz parte da luz.

Eu só vejo luz na minha frente. Lúcio.”

Ela se sentira diferente. E a partir daquele dia, ela estava determinada de que sexo não era só corpo, não sentiria mais vergonha do que aconteceu, de seu corpo que ganhara uns quilos em meio ao sofrimento, ela agora, se sentia livre.

*

A mente da garota está a mil. Sua amiga Renata está a beira de um fiasco e de fechar o bar do marido, pois ela só entrara com a mão de obra no negócio, e ele, com a grana toda. Karina quer sair da faculdade, e conversa com Evelyn, sua confidente.

A avó lhe da inúmeros conselhos, entre eles o de sair da casa dos pais e ir morar com ela. E, abrir um bar em sociedade com Renata, ela lhe daria a metade do dinheiro.

A princípio ela não quer aceitar, mas se vê obrigada a mudar de vida. Então, conversa com a amiga, e juntas estão dispostas a abrir um novo bar, o Taverna Z.

Quando se encontrou com Lúcio naquela noite, tudo pareceu tão rápido, e nem telefones os dois trocaram. Como eles tinham se conhecido no Quintal – que estava prestes a fechar, Karina resolve fazer algo inusitado, não conta à ninguém, apesar de o pessoal do novo bar notar:

“eusovejoluznaminhafrente@gmail.com”

A garota picha o muro do estabelecimento, na esperança de que Lúcio note ao passar pela rua.

Mas isso não acontece. Passam-se meses, e ele não lhe escreve. Karina fica frustada, pois imagina que o rapaz facilmente pensou que ela era apenas uma garota qualquer de uma noite só.

*

A inauguração do Taverna Z sai como esperado, as meninas estão a todo vapor. E assim segue-se por algumass semanas… Até que Renata decide tomar a frente do negócio, e contratar uma dupla sertaneja para tocar no estabelecimento todo fim de semana. Karina discorda, pois acredita que isso pode ferir a identidade do lugar, e afetar o público que estava frequentando fielmente lá.

Renata discorda, e insiste em fazer o que somente ela acha melhor. Com dívidas e muitos problemas, o bar está em ruína total. Karina se vê desesperada.

Então a história começa a se desenrolar para o leitor. Gustavo J, desde que Karina trabalhava no Quintal, quase todas as noites estava presente, simplesmente para ter uma chance de uma conversa com a moça ao fim do expediente. Mas a moça não se agrada muito disso, e todos seus colegas sabiam disso.

– A seguir contém spoiler.

Na noite em que conhecera Gustavo J, Karina estava completando mais um aniversário… Frustada e desanimada, aceitou ir até a casa do rapaz. Chegando lá, após o jantar, ele bruscamente parte para os “finalmentes”, deixando a protagonista sem chance de reação.

Ela era virgem, e ele até a acusa de não tê-lo avisado que estava menstruada, mas ela não estava. Aquele sangue era a marca do que havia acontecido. E a partir de então, ela se calou por um bom tempo, ganhou alguns quilos e, – inicialmente, começou acreditar que era sua culpa o que havia acontecido.

*

Karina sai da sociedade do bar Taverna Z, ele está preste a falir…

Cansada da insistência de Gustavo J em querer sair com a garota novamente, ela decide “dar um basta”.

Escreve um e-mail de algumas longas páginas, desabafando e dizendo o que estava preso em si por tanto tempo.

*

Confesso que esperava mais do livro. A leitura é rápida e flui facilmente, talvez seja por isso que enfeitiça o leitor a querer saber mais sobre a história. Possui sim um texto de empoderamento feminino, mas retrata muito sutilmente as marcas e sentimentos da garota quanto à violência sofrida.

Queria que Karina detalhasse como se sentia, como e por quê de ter se calado por muito tempo… Mas…

O desfecho da bela, é como sempre pensamos que será quando pensamos em “mulher destemida”. Karina está livre do que por muito tempo te prendeu, e não tem planos para o futuro, somente de que ninguém jamais a possuirá além dela, a não ser que ela queira.

Resenha da página Cita Livros - LEIA MAIS EM: citalivros.com.br

site: http://citalivros.com.br/resenha-eu-me-possuo/
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Fábbio (@omeninoquele) 14/04/2017

Vale a pena ler!
"E quem forjou a chave para abrir meu cativeiro foi eu. A força que hoje habita é criação minha. Eu me possuo. Ninguém mais."

Karina é uma jovem esforçada que estuda odontologia e faz estágio na área. Ela é gordinha, tem umas neuras quanto a isso, mais tenta levar a vida numa boa e achei interessante essas características numa personagem principal.

Karina tem uma vida bastante corrida, mais ainda assim decide ajudar sua amiga Renata em seu bar. Que pouco tempo depois viria a acabar, com a separação do casal.

Nesse mesmo bar ela conhece Thiago, Lúcio e Caio, que são muito importantes na história. Com Thiago ela tem um relacionamento conturbado, pois o mesmo só procurava curtição.

Há um tempo atrás Karina aos dezessete anos caiu na ilusão de um paquera e foi abusada sexualmente e isso a mudou por bastante tempo.

Depois de um tempo ela e a amiga resolvem fazer uma sociedade num novo bar e isso resultaria em frustrações para Karina, que tinha ideias diferentes de administrar um negócio. Renata só visava o lucro.

Foi nesse meio tempo que o cara que havia abusado a um tempo atrás aparece de novo na vida da moça, mais ela não faz muito caso não, pois daquilo já não sofria mais, e precisava mesmo dar um fim naquilo e virar a página de vez.

Karina encontrou em sua dor motivos pra ser mais forte. Teve ajuda importantíssima de sua avó bem liberal por sinal, que aos 66 anos ainda namorava e que apoia a neta em tudo.

O livro em nenhum momento é romantizado e os temas abordados trazem enormes críticas quanto aos negócios, amizades, machismo, preconceito.

⭐⭐⭐⭐


site: https://www.instagram.com/p/BS18xdyg2WG/?taken-by=omeninoquele
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Camila Justi | @JustiBooks 06/04/2017

Assunto Delicado!
Hoje trago um pouco sobre o livro da minha parceira querida 😍📚 @escritora.stellaflorence.
Nesse livro ela aborda um tema complicado que é o estupro mas com muita leveza. Karina a protagonista vai crescendo no decorrer do livro, superando seus traumas e se tornando uma mulher bem resolvida e empoderada. Minha personagem queridinha foi a avó da K, Evelyn, que mulher sábia e moderna.
Trecho "O fato de eu ter me sentido atraída por você, ter ido a sua casa, ter desejado transar com você, não significa que você poderia me violentar. Desejar um homem não é o mesmo que desejar ser estuprada por ele
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