Subterraneos da Liberdade (Vol. 1)

Subterraneos da Liberdade (Vol. 1) Jorge Amado




Resenhas - Subterrâneos da Liberdade (Vol. 1)


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Mariana 05/05/2024

Vou levantar até as onças e as cobras contra eles...
Nunca mais tinha lido uma ficção assim!
Que delícia o ritmo, a carinha de novela, li como se estivesse devorando vários episódios de uma série.
E de quebra ainda aprendi um pouco sobre a ditadura getulista!
Muito gostoso ler romances brasileiros de qualidade!
Tô doida pra ler os próximos da trilogia.
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ViniciusQBastos 02/04/2024

Livro Legal
Cara ele é meio devagar mas é maneiro. A história é foda, o PCB clandestino agindo contra o Vargas. Jorge Amado é maneiro
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Eliane406 01/01/2024

A verdade é necessária
?Um romance histórico que fala de opostos, que fala da dor e fala do amor que reside na simplicidade, de como seres humanos no geral, temos direitos de ser e ter em igualdade, em oportunidade. E além de tudo é um retrato fiel do referido período histórico do nosso país, os principais personagens também são reais. No sentido essencial, o livro é a expressão literária estruturante de uma cultura política revolucionária de esquerda. A mais didática, clara, popular, e a mais completa produzida sob nossos céus tropicais.
A canção do poeta Cazuza dizia "Eu vejo o futuro repetir o pasado, eu vejo o museu de grandes novidades", essa analogia em comparar o nosso país com um museu, mas, de fatos que sempre se repetem e nunca evoluem.
?O livro 3 é o mais difícil de ler pois contêm páginas e páginas de descrição das torturas contra os operários e tudo se repetiu na Ditadura de 60, e até hoje nenhuma Comissão da Verdade foi instaurada no Brasil.

?Livro 1. Se inicia em outubro de 1937 pouco antes da implantação do Estado Novo.A aliança Getúlio Vargas com a Ação Integralista, Forças Armada e outros setores conservadores. No outro a solidariedade e os ideais de justiça e respeito que imperavam entre trabalhadores e militantes do Partido Comunista.

?Livro 2. Acontecimentos de 1930 a 1940, como greves, manifestações contra o Estado Novo, a exploração dos camponeses nas fazendas e extração do manganês, produto estratégico para a nacionalização das indústrias. A região das jazidas, no romance, chama-se vale do rio Salgado alusão à empresa Vale do Rio Doce, criada por Getúlio Vargas em 1942.

?Livro 3.Segunda Guerra é o pano de fundo (1939-1945), são feitas menções à "política agressiva" de Hitler, chamado por um personagem de "fera sanguinolenta", o envio de militantes comunistas para lutar contra Franco na Espanha; a "política de boa vizinhança" de Roosevelt, que pregava a não intervenção militar, o medo de Getúlio Vargas se unindo a Hitler através do Ministério da Guerra, as torturas aos presos políticos, o julgamento de Prestes.
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Arycia 20/11/2023

Primeira obra da trilogia "subterrâneos da Liberdade". Neste primeiro livro, Jorge Amado apresenta o golpe dado por Getúlio Vargas que instaurou o Estado Novo. Apesar de ser uma ficção, se inspirou totalmente na realidade, pois muitos fatos e personagens existiram.

A história em alguns momentos é maçante, mas gosto dos diferentes pontos de vistas que o autor traz com maestria ao longo do enredo. Temos a visão dos comunistas, bem como da burguesia frente ao golpe dado por Vagas.

Pretendo ler os demais livros para conhecer o desfecho de alguns personagens e dar continuidade ao entendimento do período histórico explicitado.

Recomendo para quem quer saber mais sobre o período do Estado Novo, entender a atuação do PCB nesse contexto e de fundo ainda acompanhar alguns romances.
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Rodrigo 13/06/2023

Jorge Amado fora do seu habitat
Iniciar essa trilogia do Jorge Amado e conhecer um pouco mais da história do Brasil está sendo uma experiência incrível. Mesmo fugindo da dinâmica de outras obras, já quero saber como essa história vai seguir.
Lucas2086 07/11/2023minha estante
Quais são os livros dessa trilogia? Tenho interesse em comprar posteriormente




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Pedro3906 04/04/2023

Quem vai ser o capataz nesta fazenda que se chama Brasil?
Jorge Amado constrói em fascinantes e cruéis páginas um retrato social incrível. Não são só as semelhanças com os problemas contemporâneos, que sabemos bem até hoje persistem em consequência do capitalismo, mas também pela deliciosa experiência de povo brasileiro, de gente sofrida. Pessoas que amam, que sonham, que riem mesmo perante o caos, pra conseguir se manter viva; que ousam gostar uns dos outros e estima sem a certeza de um amanhã com vida.

A solidariedade dos operários é linda e destruidora. Dói saber que, após décadas e mais décadas, continuamos sofrendo, as crianças têm fome, para as pessoas falta saúde, o conforto, a esperança transformada em utopia, em mentira. Para aqueles com os olhos atentos e tantos conhecimentos marxistas, é impossível deixar de ver os problemas do mundo escancarados, a repetição de nossas desgraças: a aristocracia, o escravismo, a herança que importa, a miséria, a elite intelectual, a ausência escrachada e perpetrada de humanidade. Numa precisa passagem do livro, conta-se sobre os homens empregados nos latifúndios: ?Os homens como servos, trabalhando a terra sem outros instrumentos que os seus pobres braços e sem nenhum direito possuir sobre os frutos da terra. Melhor que eles viviam os animais do campo, as bestas imundas, porque essas representavam um valor para os fazendeiros. Era uma miséria de espanto, indescritível tragédia.?

Por fim, os ásperos tempos nunca se encerraram. Desde o lançamento do livro, as ameaças não desapareceram e nossos corpos continuam a cair. Emaranhados na guerra híbrida, segregados pelo individualismo, nossa classe briga com seus semelhantes, temos ódio dos sindicatos, temos pavor aos comunistas, temos medo da dita fome do terrível regime, enquanto homens e mulheres tombam pela fome diante dos nossos pés. Eis o dilema: lutar ou ser morto.

?Os de cima continuarão comendo caviar e bebendo champagne, não importa o que aconteça. Mas devemos lembrá-los que o caviar é amargo, e o champagne também. Se não comeremos, que eles não durmam; se não viveremos, que eles pereçam; não sejamos nunca peça de um tabuleiro que nem sabemos de quem é. E maldito seja aquele que nos manipula.? (Bira, XEQUE MATE: o fim do Ocidente)
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Aline.Armond 20/03/2023

Necessário!
Trilogia pouco falada de Jorge Amado, mas que deveria ser lida por todos os brasileiros. Traz muitas críticas certeiras sobre a burguesia e seus interesses, de forma detalhada. Fala do entreguismo que as elites promovem do nosso país, de pessoas ?simples? que querem crescer na vida e que, por isso, optam por trair sua classe e muita da sujeira naquela época (que segue na nossa). Mas o mais lindo de tudo, que emociona é o senso de coletividade dos comunistas, sua força e esperança. A única ressalva que faço é que é um livro um pouco complexo, de leitura um pouco mais rebuscada, então não foi tão fluido.
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Eduarda 14/01/2023

"Que está esperando? Que eles entrem no Palácio?"
Este foi o livro que selecionei para ser o primeiro do ano e me impressionou muito como os últimos acontecimentos do Brasil coincidem com o que é retratado na obra. Assim, percebi ainda mais claramente a perpetuação de determinados discursos e práticas na história democrática desse país. Como sempre, Jorge Amado entrega uma construção incrível dos personagens, uma visão crítica e uma história muito potente. Foi uma ótima leitura e mal posso esperar para ler as sequências dessa história, que é ficcional e ao mesmo tempo diz tanto sobre o nosso país.
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Murilo Martins 14/10/2022

O início da trilogia do mestre Jorge
Como sempre o poder de Jorge Amado pra nos colocar dentro de uma época e um cenário acontece, dessa vez não na Bahia, mas em São Paulo discorrendo sobre um tempo sombrio no Brasil, a instalação do Estado Novo, independente do apreço ou posicionamento político, o modo de criar os personagens e enredo é sempre fascinante!
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Rodolfo Vilar 22/05/2022

Começamos a leitura da grande trilogia do Jorge Amado intitulado "Os subterrâneos da liberdade". Nesse primeiro volume chamado "Os ásperos tempos", datado do ano de1937, conhecemos o panorama histórico do Brasil marcado por um clima de tensão política as vésperas do golpe de estado aplicado por Getúlio Vargas em seu chamado "Estado Novo". Para criar as feições que compõem esse retrato trágico de nossa época Jorge Amado cria personagens fictícios mesclados a figuras reais, traçando as dualidades entre aqueles que eram contra e a favor da reforma. Além disso, de uma forma medonha, também é perceptível aqueles que são simpatizantes do Nazismo, essa sombra que crescia cada vez mais na Alemanha, Espanha e Portugal.
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Aqui Jorge Amado transfere para as páginas de seu romance figuras que representam todas as esferas: Banqueiros, políticos, madames, auspiciosos a ganhar status na fatia do bolo distribuída, além da outra classe, a operária, construindo a luta diária pelo fascismo que se alastra e consome os pobres, inocentes e lutadores. Todas as figuras nesse grande teatro de cortinas negras da década de 30.
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Ler essa trilogia é um momento único para conhecer a história de nosso país, e Jorge Amado consegue muito bem narrar com precisão cada momento, desde a repreensão popular até os casos de tortura descaradas, arrancando as máscaras dos algozes e trazendo a luz a realidade que muitos até hoje teimam em fingir que nada disso existiu. Leitura magnífica, realista, que salta das páginas e esbofeteia a nossa cara para uma realidade que não foi e nem é ainda tão distante.
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line 27/01/2022

Um narrador que apresenta a visão e o plano político das duas classes. Aqui, tanto a burguesia e a classe operária têm a sua versão contada. Um livro em que a ficção facilmente se confunde com a realidade.

É, sobretudo, uma história do Partido Comunista Brasileiro (PCB) dentro do contexto do Estado Novo varguista.

Ansiosa para ler o segundo volume, já que, com maestria, Jorge Amado construiu um universo tão envolvente e com personagens extremamente humanos e fiéis aos seus pensamentos.

5 estrelas (com altas chances de favorito)!!
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Pedro Luiz da Cunha 19/08/2021

Sendo parcialmente escrita no exílio do autor em Praga - após a cassação de seu mandato de deputado já no governo Dutra - a obra narra a arquitetura inicial do Estado Novo. Jorge Amado transita entre os salões da burguesia paulista e a clandestinidade dos comunistas. E o faz brilhantemente. A denúncia à violência da ditadura de Vargas é acompanhada de romances nitidamente separados por classe. O dilema de Marieta, uma burguesa. Os sofrimentos de Manuela, uma garota de família pobre, com dilemas morais e conservadores, iludida pela possibilidade do amor do aristocrata Paulo. A profunda relação amorosa e compreensiva entre os militantes comunistas João e Mariana...

Dos livros de Jorge Amado que li até hoje, foi o que menos me cativou. Está, no entanto, longe de ser ruim. O que há é um deslocamento do eixo de escrita do autor, normalmente situada na cultura popular da Bahia e nas disputas coronelistas, para o ambiente urbano de São Paulo no contexto do golpe de 1937. Vale a leitura. É sorte nossa ler Jorge Amado.
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Carol 16/01/2021

"(...) senti estar acompanhada de aliados políticos (...)"
Fim de outubro de 1937. Em São Paulo, pairava um fantasma golpista, sentido por todos. No Rio de Janeiro, então capital do País, Getúlio Vargas e os Integralistas tramavam uma tomada de poder ditatorial. Uma nova Constituição fora concebida aos moldes dos ideais fascistas que se espalhavam na Europa, de modo a dar sustentação a um novo governo autoritário e antidemocrático. Logo depois, em 10 de novembro daquele ano, Vargas implementava o Estado Novo, que viria a ser regado por violência política e censura.

É nesse cenário que Jorge Amado constrói sua trama. Em Os ásperos tempos, o primeiro volume da trilogia Os subterrâneos da liberdade, somos apresentados a um punhado de personagens de origens diversas: latifundiários, políticos, jornalistas, artistas, indivíduos de classe baixa que sofrem com a miséria e, por fim, militantes comunistas - os quais eu tenho como estrelas principais desse romance. Sob o plano de fundo implicado em questões políticas, vemos as vidas dessas pessoas se desenvolverem, seja ascendendo a partir das regalias dadas àqueles que puxavam o saco de Vargas, seja sentindo os impactos da ditadura que perseguia comunistas.

Trata-se de pequenas histórias fictícias dentro de um cenário real, e foi delicioso acompanhar o desenrolar político que Jorge Amado nos propõe. A sua escrita é primorosa e os personagens são cativantes: ora admiráveis, ora repugnantes. De fato, é uma obra que não se pretende "imparcial" ou "neutra", e por isso mesmo é tão imprescindível. Durante a leitura, senti estar acompanhada de aliados políticos, senti serem fortalecidos princípios, teorias e lutas. É um livro sensível e que deveria ser lido por todas as pessoas.
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Caio 13/07/2020

Ótimo livro para reflexão sobre o Estado Novo e sua instauração em 1937!
Gostei muito do livro. Segundo livro que leio do Jorge Amado, foi uma experiência gratificante relê-lo após anos de Capitães de Areia. Livro modernista de 1954 retratando os jogos políticos, ideologias políticas de 1937, com os integralistas que foi uma organização ultra-conservadora com o apoio da igreja Católica, fala dos comunistas e dos seus companheiros: João, Mariana, Ruivo, Jofre, entre outros, fala da polícia política que perseguia os comunistas, afinal o comunismo era tido como o 'maior' mal daquela época, que deveria ser aniquilado. Um dos projetos de Getúlio era erradicar o comunismo. Fala dos armandistas, também dos trotskistas. Além do jogo político, do jogo de interesses (afinal cada um quer se sobressair e defender seu ego), o livro retrata a vida particular, íntima, romântica de certos personagens que além dos comunistas João, Mariana, também do Paulo, Manuela, Lucas (fala da sua ambição e desejos), Costa Vale, Senhora Comendadora da Torre, e além da Marieta. Personagens que alguns são complexos, outros escondem suas verdadeiras intenções, são hipócritas como a vida burguesa na época: hipócrita, falsos moralistas, superficial, egoístas. E além de falar das revoltas populares dos indígenas onde veem a sua terra em risco, e defendem o seu lar com todas as forças possíveis contra a mão de capitalistas selvagens. O livro retrata a pobreza, desigualdade, pessoas que se corrompem para conseguir subir e ganhar mais dinheiro, o foco no psicológico dos personagens é outro ponto que ressalto da inteligência do Jorge. Sua escrita é profunda, desenvolve bem cada personagem, conseguimos captar muito bem os seus sentimentos, pensamentos, sua história e sua trajetória, apesar de eu achar certas partes cansativas, e outras partes muito longas que não renderam tanto na obra. Mesmo assim, é uma grande obra para entendermos, refletirmos sobre o momento conturbado que foi o golpe de estado em 1937 no Brasil e a figura de Getúlio Vargas que aqui é temida, respeitada, bajulada, criticada, ironizada por vários momentos e por vários personagens ao longo da trama. Fiquei sabendo que a obra tem continuação, volume 2, espero que a história continue, pois, do modo que acabou, tem questões que precisam ainda ser respondidas e que estão no ar. Viva Jorge Amado!
Nota: 4/5.
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