Apenas Um Garoto

Apenas Um Garoto Bill Konigsberg




Resenhas - Apenas um garoto


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@estantedajulia 06/12/2016

Um garoto

Rafe, aos 13 anos, descobriu que gostava de garotos e recebeu total apoio de todos. Família, amigos, colegas, toda a sua cidade. Mas, ser aceito não o satisfaz. Como será que é viver sem rótulos? A ideia central da obra de Bill Konigsberg é questionar exatamente isso, o tamanho da influência que os rótulos causam.

Por este questionamento, o protagonista decide mudar-se para um colégio interno — do outro lado do país —, só para garotos. Logo no começo ele percebe que não vai ser tão difícil se tornar uma pessoa nova. Agora ele não é mais o Rafe garoto gay, e sim, o atleta.

Seus colegas de quarto, Albie e Toby, são parte das pessoas que não se devem fazer amizade, segundo os atletas. Um por ser rotulado nerd e o outro homossexual. Rafe acaba fazendo amizade com ambos, mas também com todos do tipo de futebol. É lá que ele também conhece Ben Carver, um dos jogadores do time com quem faz laços de amizade muito forte. Uma amizade belíssima! E, é por meio dessas que surge a "Gangue da Tortinha de Maça". A união de todos os quatro.

E tudo vai muito bem, até que ele se apaixona pelo melhor amigo, sendo esse o ponto em que as coisas começam a ficar complicadas. Será que isso vai acabar bem?

"Apenas um garoto" é um livro que te faz refletir sobre a sociedade em que vivemos e levanta inúmeros questionamentos. Se não houvessem os rótulos, será que precisaríamos fingir? Omitir quem realmente somos? Seria tão melhor, e fácil, viver em um mundo onde a orientação sexual, nossos gostos, estilos, e até mesmo a cor da pele (ainda 😪) não mudasse a visão das pessoas em relação ao que somos de verdade.

Foi um livro que não me conquistou totalmente, pois achei o começo meio chato e arrastado, porém me agradou o suficiente para que o guarde com carinho e indique.

Para mais resenhas, acesse:

site: https://www.instagram.com/lunaliteraria/
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Ogando 20/11/2016

Apenas um garoto... Retardado.
O livro conta s história de Rafe, um adolescente gay que deseja se mudar para o outro lado do país para cursar o seu último ano em um colégio interno só para garotos. Rafe que é um gay sumido desde seus 13 anos e engajado na causa LGBT em sua cidade e região resolve se omitir na nova escola e não deixar que descubram que ele é gay.
No colégio o garoto se encaixa entre os populares atletas do futebol e se vê cada vez mais envolto seu papel de omissão de sua sexualidade. Até o momento em que uma amizade pode colocar tudo em cheque.

O livro de início eh bem legal. Rafe eh um típico adolescente, que é cada vez mais comum, graças a Deus. Ele se entendeu desde muito novo, teve apoio de seus pais e amigos próximos e se tornou um militante. Porém ao se mudar para o colégio interno o personagem começaa nos mostrar que ele não é assim tão engajado e sincero consigo mesmo.
A trama se desenvolve em torno do desejo de Rafe de não esboçar a sua orientação sexual, para se ver livre de rótulos que sempre o perseguiram. Um desejo válido para quem é obrigado a aceitar rótulos mesmo quando não se entende esses rótulos. Porém no decorrer da história vemos que o garoto simplesmente não se aceitou competentemente como imaginávamos e isso só se complica ao ver uma nova e intensa amizade que surge.

Uma história legal, um pouco estestereotipae infelizmente se perde no final ficando um pouco vaga e meio que empurrada, como se o prazo de entrega estivesse esgotando, então resumem tudo e escrevem fim. A história principal poderia ser explorada um pouco mais ao final e os personagens poderiam ser menos caricatos. Afinal eh possível termos um protagonista gay que não seja afeminado e não necessariamente homem. Pais que apóiam os filhos mas não são necessariamente excêntricos. E muitas mais coisas que tornaram tão clichês.
Prisi 01/12/2016minha estante
eu ando percebendo isso em alguns livros.. o fato de, sempre que os pais super apoiam os filhos, eles são excêntricos. :\




Adriana 15/10/2016

Apenas Um Garoto de Bill Konigsberg
Rafe é um jovem de 16 anos que é assumidamente gay desde os 13. Seus pais são fantásticos e deram desde o inicio todo o apoio que precisou ( e até o que não precisou kkk) já que adoram a ideia de ter um filho "diferente".
O problema é que Rafe está cansado de ser classificado com rótulos e não como um adolescente comum que apenas tem uma opção sexual diferente.

Ele esta farto de ser o amigo gay, o vizinho gay, o garoto gay da escola. Ele entende a situação, o que ele não entende é porque tem que ser tão difícil para as pessoas enxergar isso. Ate mesmo seus pais e sua melhor amiga Clare Olivia acabam sufocando ele as vezes, com tanta aceitação.

Então para resolver o problema e para desespero de Clare Olivia, Rafe decide mudar de escola indo para outro estado. Diante da perspectiva de uma vida diferente, Rafe decide omitir o fato de ser gay.
Seus novos amigos conversão sobre garotas, vão para festas, bebem, usam o banheiro sem ficar olhando com preconceitos e ele até entrou para o time de futebol. Enfim faz sucesso por ser ele mesmo, ou quase isso.

Tudo se complica quando Rafe começa a se interessar por Ben, um jogador de futebol de sua nova escola. Que para infelicidade e seu azar é totalmente hétero.

Ben é um garoto que esta cansado das desigualdades que acontecem na escola, e entende perfeitamente a ideologia de Rafe sobre rótulos, só que de aneiras diferentes.
Os dois vão se conhecendo melhor e com o passar dos dias e de certos acontecimentos se tornam melhores amigos. Porem com medo de perder essa amizade, Rafe teme de contar a verdade, ou melhor, verdades já que precisa contar que é gay e que está apaixonado por Ben.

Em se tratando do romance achei meio fraquinho, pois esperava um pouco mais, porem saber o que se passa na cabeça ou o que pensa um adolescente gay sobre suas perceptivas foi muito bom. O que eles sentem, o que dizemos, quando para nos é algo inofensivo, mas que para ele, é sim ofensivo. Muito interessante principalmente a parte da descoberta da sexualidade, da amizade e do amor.

O final do livro acabou me surpreendendo, e como deixou coisinhas em aberto, me incomodou. Por isso procurei sobre o autor e descobri que o livro tem uma continuação prevista para 2017 e isso me deixou mega feliz, pois já vi que pode me agradar e muito...

site: http://www.meupassatempoblablabla.com/2016/09/resenha-apenas-um-garoto-de-bill.html
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Andre Gama 12/10/2016

Um livro corajoso
Apenas um Garoto, de Bill Konigsberg é um livro corajoso sobre um garoto gay que resolve voltar para o armário.
Um dos melhores livros com personagem gay que já li. O livro tem momentos engraçados, mas consegue emocionar e fazer refletir. Gostei muito de Simon vs. A Agenda Homo Sapiens, mas os personagens são mais bem desenvolvidos e cativantes em Apenas um Garoto.
A história é bem realista e convence por tratar os personagens com justiça. Consigo visualizar Rafe como um garoto de 16 anos estudando em um internato só para garotos. Aprendendo a beber e ouvindo os colegas conversarem sobre as garotas. Difícil foi parar de ler.
Uma trama inteligente sobre a autodescoberta.
Leia a resenha completa em Garotos Perdidos

site: http://www.garotosperdidos.com/2016/10/apenas-um-garoto-1-apenas-um-garoto.html
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May Tashiro | @slcontagiante 29/09/2016

Ágape, sei...
Olá, essa é minha primeira participação no Sempre Romântica, sendo assim, apresentações são essenciais. Queria que vocês pensassem comigo o que seria interessante dizer à alguém sobre você, como você gostaria que a outra pessoa te enxergasse. Não é a primeira impressão que conta? Eu não gostaria de que ninguém me achasse uma patricinha, ou seja, uma garota mimada e esnobe. Talvez eu nem precise dizer nada, logo de cara alguém poderia traçar meu perfil sem que eu precise dizer um simples ?Olá?. Ou, ainda, a pessoa pode me detestar só por que ouviu de um conhecido como eu sou arrogante e tendo a andar com umas pessoas esquisitas, que é bem verdade.

Só eu percebi, que é muito fácil julgar os outros por pouco? Parece muito simples enquadrar alguém num molde, como se dar atributos sem nem mesmo conhecê-la fosse racional. Ao mesmo tempo, odiamos ser julgados. Odiamos quando alguém nos olha e pensamos se há algo de errado em ser quem somos, o que há de errado com nossas escolhas ou de viver da forma como vivemos. O engraçado é que raramente paramos e pensamos se aquele olhar é realmente uma crítica, mas enxergamos ali uma afronta contra tudo que possamos ser. Acho que tem até uma famosa frase na Bíblia que explica isso muito bem, a qual eu não tentarei citar para evitar o vexame sobre o meu parco conhecimento bíblico.

Meu nome é Mayara Tashiro, tenho 21 anos, sou do blog Silêncio Contagiante e estudo Biblioteconomia, na Universidade Federal do Amazonas. Moro em Manaus, medeio vários encontros para leitores e organizo o Clube do Livro Saraiva Manaus. Gosto de doces, amo ler e evito pensar nas coisas demais. Bem, evito pensar nas coisas demais até que um livro incrível surja na minha vida e me faça pensar nas coisas à força. Apenas um garoto foi um desses livros incríveis que me fizerem refletir sobre um aspecto muito importante que faz parte de mim, mas não me defini: minha sexualidade. E, ainda, meu problema de cair num estereótipo.

Rafe, protagonista de Apenas um garoto, está cansado de ser visto como o garoto gay de Boulder. Parece que a única coisa que as pessoas podem enxergar nele é a sua sexualidade, como se ser gay fosse a única coisa que ele é. Boulder, Colorado, é uma cidade extremamente liberal e com umas pessoas bem loucas, como os pais de Rafe. Nesse quesito, pais, é um dos mais divergentes de Rafe. Ele os ama, eles o aceitam como ele é, mas, aparentemente, os pais de Rafe conseguem ser mais gays do que o próprio filho. Rafe saiu do armário aos 13 anos, sem grandes dramas. Bem, até que os pais de Rafe deram uma festa por ele ter saído do armário e logo sua mãe se tornou presidente de uma associação de apoio as famílias com adolescentes gays e lésbicas.

Rafe sente em seu âmago que as pessoas não o veem de verdade, não veem quem ele é. Por isso ele decidi começar do zero em um internato só para garotos, onde ele não é o Rafe, o garoto gay. Agora, ele é o Rafe, o atleta. Não é tão fácil assim fugir dos estereótipos, mas até que as coisas estão dando certo. Porque ali ele é um garoto como qualquer outro. Um garoto com amigos que são atletas, outros que são estranhos e ainda um melhor amigo fantástico. E tudo parece maravilhoso até que ele se apaixona pelo tal melhor amigo, é nesse ponto que as coisas começam a ficar complicadas.

Inicialmente, essa decisão de voltar para o armário pode parecer bem contraditória, mas aos poucos entendemos o porquê de Rafe tomar esse caminho. Conhecemos muito da vida dele em Boulder por causa de um diário, que é uma atividade passada pelo professor de redação, Sr. Scarborough. Interessante é que esse professor sabe sobre o fato de Rafe ser gay, graças a mãe de Rafe. Fora o Sr. Scarborough, Rafe mantém escondendo sua orientação de todos. Mas para manter esse disfarce, Rafe tem que contar pequenas mentiras. E essas mentiras vão se acumulando umas às outras. Afinal, Rafe está escondendo uma parte de si, que ele tem a percepção de não ser tão importante.

Ben, o melhor amigo de Rafe e minha paixão eterna, é o tipo de cara para quem você poderia contar qualquer coisa. É do tipo que te apoiaria, seguraria sua mão e nunca lhe daria as costas. Além de ser um cara dedicado e atencioso, ele quer ser mais do que um garoto de fazenda. Se tem alguém em que Rafe poderia confiar é nele. Surgi tantos momentos oportunos, e, mesmo assim, Rafe prefere omitir essa parte dele de Ben. Já deu para perceber que as coisas não vão terminar bem, né?

O final do livro é meio vago, mas sabe aquela sensação de orgulho que você tem de alguém? Nosso pequeno Rafe mostra visivelmente que amadureceu. E o lado bom do final vago é que o livro tem continuação prevista para março de 2017, que vai ser narrado pela perspectiva do Ben. A primeira vez que eu li esse livro, mais de um ano atrás, eu pensei seriamente que eu não podia guardá-lo só para mim. Eu queria que outras pessoas o conhecessem também. Não só o Rafe e o Ben, mas os amigos deles, os pais de Rafe e o Sr. Scarborough. Um ano depois de indicá-lo para publicação à Editora Arqueiro, eu finalmente recebi a resposta, muitas outras pessoas teriam a oportunidade de lê-lo também. Eu não cabia em mim de felicidade, mas acho que a realização bateu de verdade quando finalmente reli o livro e percebi como ainda conseguia sentir aquele orgulho maternal do evolução do Rafe e de perceber a minha própria evolução nas mesmas questões.

Se tem algo que não posso deixar de falar é que esse livro mudou a minha forma de pensar e agir, e que ele vai ser tão importante para você como foi para mim. Independentemente da idade que você tenha ou da sua orientação sexual, esse é daqueles que marca. Espero que vocês tenham gostado da resenha e que me visitem.

Beijos, May.
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batdriesen 28/09/2016minha estante
UAHUAHAUHAUHAHUAHHAH MEU DEUSSSSSSSSSSSSS, DETONOU O RAFE


mands 28/09/2016minha estante
KKKKKKKKKASDJAKDJ




"Ana Paula" 22/09/2016

Quando solicitei esse livro para a editora, pensei que encontraria um drama bem intenso por parte do personagem. Mas o que encontrei, vai além disso: Rafe conseguiu, em poucas páginas, me conquistar e junto com ele, me questionar continuamente.

"Como me distanciei tanto do verdadeiro Rafe, se meu único objetivo era encontrá-lo?"

Logo no começo do livro, conhecemos Rafe, um garoto gay. Rafe saiu do armário aos 13 anos e nunca teve problemas em se assumir gay. Seus pais são maravilhosos, esquisitos, mas maravilhosos e nunca questionaram sua opção sexual.
Mesmo assim, Rafe cansou de ser "o garoto gay" de sua cidade. Ele quer ser conhecido por quem é e não por sua escolha. Por isso, resolve ir estudar em uma escola só para garotos em outro estado.

De princípio, as coisas vão bem: Rafe está preparado para perguntas que podem denunciá-lo sobre sua sexualidade e sabe que para certas respostas, uma mentirinha será necessária. Logo no primeiro dia é chamado para praticar esportes com os atletas da escola e Rafe fica maravilhado! Em sua antiga escola, as coisas eram diferentes e ele, apesar de gostar de praticar esportes, era quase sempre, posto de lado. Ali não! Sua vida poderia ser melhor sim! Ele poderia ser apenas Rafe, não o garoto gay.

"Era como se aquele fosse nosso jeito. Então me perguntei se tudo funcionaria assim mesmo, meio Brokeback Mountain. Dormiríamos juntos por um ano, então finalmente iríamos além, mas nunca falaríamos sobre o assunto. Em seguida, Ben se casaria e eu seria assassinado no Texas.
Provavelmente não, mas cuidado nunca é demais."

Rafe faz amizades inusitadas. Seu colega de quarto Albie e seu amigo Toby são os melhores até conhecer Ben, um garoto inteligente e sensível como ele. Mesmo batendo na tecla de "somente somos amigos" Rafe sabe que esse sentimento está crescendo e pode se tornar algo lindo, ou, acabar em desastre.

Partindo dessa premissa, encontramos um enredo verdadeiro com sentimentos reais por parte do personagem. De princípio, fiquei me perguntando porque um garoto que tem uma ótima vida em sua cidade poderia querer começar de novo em outro lugar; ser diferente do que é. Mas depois de entrar na cabeça de Rafe, entendi seus pensamentos e atitudes. Rafe quer se livrar do rótulo de garoto gay. Ele quer ser alguém reconhecido por ser inteligente, espirituoso, bom nos esportes e acima de tudo, não quer ninguém olhando-o e questionando-se sobre ele ser um menino e gostar de meninos.

"Você vive muitos momentos divertidos quando seus pais não ficam chocados com nada. Mas isso é bom e ruim ao mesmo tempo. Pelo lado bom, nunca, nem por um momento, eles se sentiram envergonhados, ultrajados ou decepcionados. Então, por que eu deveria me importar com o fato de mamãe estar mais preparada para a minha vida sexual do que? São preocupações muito menores."

Rafe é um garoto cheio de questionamentos; ele gosta de escrever e na nova escola, vai conhecer um professor que lhe ajudará a colocar no papel o que sente e como se sente. Por isso, em diversas partes do livro, encontraremos textos de Rafe falando sobre sua vida em sua antiga cidade e anotações do professor sobre o que melhorar. Gostei muito disso porque não somente incita Rafe a se abrir mais, mas também, nós leitores.
Rafe é um personagem que gostei muito de conhecer, seus amigos inusitados - Albie, Toby e Claire Olivia são os melhores. Rafe conseguiu me fazer rir durante a leitura, mas esses três me fizeram gargalhar com vontade. São amigos verdadeiros, cada um diferente em suas atitudes mas que são especiais e únicos.
Não vamos encontrar um livro cheio de preconceito, mas um livro que nos ajuda na aceitação de que não somos todos iguais. Há diferenças entre todas as pessoas... diferenças estas que julgamos ser simples, mas que podem trazer várias consequências para os envolvidos.

Bill Konigsberg nos trás um enredo gostoso, cheio de tiradas sarcásticas e pensamentos relevantes. Este é meu segundo contato com um livro do gênero e confesso que adorei as duas experiências. Mas este, por se tratar de um jovem descobrindo sua verdadeira identidade, ganhou meu coração por completo.
A narrativa é em primeira pessoa, pelo ponto de vista de Rafe. Acompanhamos seus pensamentos e atitudes. a única coisa que me decepcionou durante a leitura foi o exagero em termos de esportes. Não que eu não goste, mas em alguns capítulos, fiquei confusa com os nomes das jogadas e lances. Acredito que essa parte tenha sido intencional do autor, já que o mesmo é fã de esportes. Sobre o romance por completo, eu gostei muito. Esperava algo clichê e acabei me surpreendendo.
O livro físico está impecável como é de se esperar com os livros da Editora Arqueiro. Gostei muito da capa que é condizente com o enredo.
Do mais, só posso indicar e torcer para vocês gostarem tanto quanto eu gostei!

site: http://livrosdeelite.blogspot.com.br/2016/09/resenha-apenas-um-garoto-bill-konigsberg.html#.V-PC_fnR_Dc
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Gabriel Aleksander 21/09/2016

Esse livro representa a quem?
A Sinopse

Rafe tem um único grande objetivo: fugir de todos os rótulos que o atribuíram por ser assumidamente gay. Para isso, Rafe sai em busca de uma escola diferente, onde ninguém o conhece, possibilitando-o construir novas amizades pautadas naquilo que ele essencialmente é e não nos estereótipos que o cercam.

Nessa jornada em busca de auto aceitação e descoberta de si, o protagonista irá se deparar com um universo completamente novo, onde o mesmo não seria apenas “o gay ao lado”, permitindo-o enxergar o mundo sob uma nova ótica.

Agora, resta a Rafe descobrir qual dos papéis a ele impostos é o mas confortável para se manter: aquilo que você não é, ou o que essencialmente te define.

Irritating, young and foolish.

Em toda a minha vida de leitor, eu nunca havia visto um personagem tão irritante e previsível como Rafe que, em uma busca sem sentido, torna-se algo totalmente oposto ao que ele é para se sentir parte de um grupo de pessoas que nunca o aceitariam se ele se mostrasse de forma genuína, levando-o a uma série de atitudes e escolhas estúpidas e infundadas. (desculpa, me exaltei).
Esse é um daqueles livros comerciais feitos somente para vender inúmeras cópias que desde a primeira página você já consegue prever todo o processo de crescimento do personagem ao longo da história, resultando em algo contado de uma forma clichê, repletos de personagens estereotipados (olha que ironia, não é mesmo?) e que não atribui ao enredo nenhum tipo de dinamicidade ou profundidade, tornando-o esquecível, assim como seus personagens.

Esse livro representa a quem?

Uma história de um garoto de classe média, aceito pelos pais e amigos, participante da militância gay JUNTO COM SUA MÃE, mas que está cansado desse cenário torturante de ser amado e aceito como é e decide ir em busca de agradar pessoas aleatórias que não possuem nenhuma importância inicial em sua vida. Vocês conseguem pensar em alguma coisa mais nonsense que essa? Eu consigo!

Esse livro, além de me tirar do sério, conseguiu despertar em mim uma reflexão muito importante sobre todo esse mercado editorial em torno da literatura: dentro do boom editorial acontecendo atualmente com romances LGBT, as histórias que objetivam apenas um grande número de vendas entram em uma busca de agradar apenas a um grupo dominante, que raramente é aquele sobre o qual ela aborda, e dificilmente trazem mensagens de empoderamento e desconstrução, totalmente necessárias para o momento atual no qual se encontra a nossa sociedade.

Abordar as histórias dos LGBT (onde, curiosamente, o enfoque é obviamente no HOMEM gay, deixando de lado as outras pessoas pertencentes a comunidade) de uma forma heteronormativa não é um avanço, mas sim um retrocesso, que reforça as violências pelas quais nós passamos diariamente, ao invés de serem utilizadas para nos dar voz em frente a uma sociedade preconceituosa e opressora.

Opinião final

Eu juro como gostaria de apontar algum ponto positivo dentro dessa obra para pelo menos tentar instigar a curiosidade de vocês, mas, para mim, isso foi mais uma leitura problematizadora do que prazerosa, sendo algo que me incomodou e me fez pensar sobre todas as injustiças e violências sofridas diariamente pelos diversos seres humanos que são discriminados e violentados frequentemente por apenas serem quem são. Portanto, a crítica de hoje serve mais como um desabafo necessário do que realmente uma resenha literária.

Contudo, se vocês quiserem buscar essa leitura para tirarem suas próprias conclusões, eu super incentivo, pois, uma história nunca vai chegar da mesma forma para diferentes pessoas. Então, arrisquem-se e depois me contem a opinião de vocês.

site: fatalityliterario.wordpress.com/
Lisah 05/10/2016minha estante
Você falou uma coisa que eu sempre me pergunto. Eu só vejo livros LGBT com enfoque no homem gay, principalmente esses livros "para adolescentes". Eu sempre procurei um livro que a personagem principal fosse uma garota gay, mas nunca encontrei :\. Até mesmo livros "sérios" só conheço um ou outro. A maioria dos livros que tem uma personagem bi, ou é tratada como alguém confuso que não sabe o que quer da vida, ou a que pega/transa com todo mundo. Sei lá, acho isso muito zuado.


Lisah 05/10/2016minha estante
Ai fica aquela dúvida né, será que é porque realmente não escrevem livros assim, ou será que é aquele negócio de " homem gostar de homem tudo bem porque homem é uma maravilha mesmo e os gays não tem culpa de se apaixonarem" mas mulher gostar de mulher "nooossa, nojento, tabu". Até nisso existe o enaltecimento masculino.


pordiegofranca 12/11/2016minha estante
Enfim, encontrei uma resenha que diaogasse com meu pensamento sobre esse livro neste exato momento. Estou terminando esse livro (estou bem no finalzinho já) e a todo momento encontro algo que me incomoda, desde o personagem em si até suas atitudes preconceituosas. Um livro que fala em quebra de rótulos mas que praticamente incita ao gay entrar no armário e ficar ali quietinho, escondido, sem precisar mostrar quem ele realmente é apenas para não ser taxado. Sendo que o próprio personagem rótula tudo! Q bom que nao sou o único a pensar assim.


Gabriel Aleksander 12/11/2016minha estante
E fico feliz por saber que você também visualizou a proposta do livro por esse viés mais crítico, já que, o mesmo é um desserviço por não representar ninguém e nem desconstruir os preconceitos que o grupo sofre (na verdade os reforça).


rebk 02/12/2016minha estante
concordo com tudinho que você disse, total perda de tempo.


Wendell 10/07/2020minha estante
Com amor, Simon e Apenas Um Garoto, amei ter lido. São muito, muito, muito bons.




Raffafust 19/09/2016

Nossa, eu já devo ter finalizado essa leitura há mais de uma semana, mas toda vez que falava que resenharia algo acontecia. Pensei até em fazer um vídeo para vocês, para depois cair na real e ver que não estou com tanto tempo e poderia esquecer de algo super importante no caminho.
Rafe é um rapaz assumidamente homossexual. Todos sabem que ele é gay, inclusive sua família que o apoia. Então ele tem que mudar de cidade e consequentemente de escola. Na nova ele finge não ser gay, sim, essa decisão dele é porque ele está cansado de rótulos, de ser o menino gay da turma. Por mais que não sinta o preconceito como muitos. Explico: seus pais são tão bacana que não o recriminam por ser gay. Pelo contrário, o diálogo da mãe dele com ele, é impagável. Ela fica nervosa porque seu filho não quer mais ser gay, ou melhor, ele continua a ser gay sim. mas finge que não é. Até inventa que namora sua melhor amiga.
Tudo isso não vai muito para frente quando ele se apaixona por um dos garotos héteros da escola. As cenas narradas pelo autor são de uma sutiliza ímpar que nos prendem na leitura.
Também há uma amizade especial entre ele e Claire Olivia, sua melhor amiga com quem vai inclusive inventar para todos da escola que namoram para tornar mais real ser hétero.
O professor Sr. Scarabough também é parte importante da trama por mais que eu tenha sentido falta de mais cenas com ele.
É uma história para sair da caixa, para pensar muito, quando as pessoas aceitam o gay ele não deixa de ser conhecido como "o gay", é como uma pessoa acima do peso, ser sempre "a gorda", e por aí vai..são rótulos que colocamos para identificar as pessoas que nem sempre pensamos - aliás, na maioria das vezes- o como são são preconceituosos. Você se refere a alguém como : " Ali vai a hétero?" ou "Aquela sua amiga, a que gosta de meninos!". Não, né? Porque criamos expectativas de que todos gostem das mesmas coisas. E quando alguém sai da maioria, rotulamos, é um livro maravilhoso sobre se descobrir, sobre se esconder e sobre perceber que o que somos não adianta mudar, só seremos felizes quando nos importarmos menos....com a opinião dos outros.

site: http://www.meninaquecompravalivros.com.br/2016/09/resenha-apenas-um-garoto-editoraarqueiro.html
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Gramatura Alta 18/09/2016

Quebras de tabus
Seamus Rafael Goldberg é o menino gay assumido de Boulder, no Colorado. E ele não vê problemas em sua orientação sexual. Sempre se aceitou, não passou por processos difíceis com os familiares, mas, mesmo assim, está cansado de ser o garoto gay para todo mundo da cidade.

Opal e Gavin são, definitivamente, os pais mais incríveis do mundo. Quando Rafe se assumiu no oitavo ano, ambos receberam a noticia com euforia. Coisa que é difícil de imaginar hoje em dia, mas foi assim com Rafe. Sua mãe assumiu o PPAGL (Pais, Parentes e Amigos de Gays e Lésbicas), da cidade, o instruiu a ler livros sobre o tema e fez de sua saída do armário algo importante e sem preconceito.

Mas ser aceito não satisfaz Rafe. Ele tem uma melhor amiga, Claire Olivia, que traz ao livro uma dose de humor. Mas como é ser amigo dos meninos héteros? Como é viver sem rótulos? A ideia central da obra de Bill é questionar o tamanho do influenciamento que os rótulos causam.

E é por uma vida sem rótulos que Rafe convence seus pais a matricularem-no numa escola só para garotos em Massachusetts, do outro lado do estado. Com o intuito de não ser o garoto gay rotulado, Rafe deixa sua antiga vida de aceitação e entra em contradição consigo mesmo, afim de derrubar barreiras construídas ao saberem de sua orientação.

"Tenho que fazer minhas escolhas e aceitar as consequências. Sou livre para cometer meus próprios erros."

Rafe não conta para seus pais, nem para Claire, que decidiu entrar no armário de novo. Já que estaria longe, os mesmos não precisariam saber dos seus objetivos e nem mesmo entenderiam sua causa. E foi o que fez. Ao chegar na escola Natick, faz amigos héteros, entra no time de futebol, senta na mesa com os populares e não é tratado por meio de rótulos.

Seu colega de quarto, Albie, faz parte dos nerd's da escola. E seu melhor amigo, Toby, faz parte das pessoas não amigáveis, por ser autêntico demais e assumido homossexual. Rafe acaba fazendo amizade com os dois, mas também gostava do time de futebol, coisa que Albie e Toby renegam, por saberem o histórico não tão amigável dos mesmos.

Já do outro lado, Rafe tem Ben Carver, um dos jogadores do time que, por perder um antigo amigo, faz os laços de amizade com Rafe mais fortes e resistentes. E é por meio dessas amizades, com dois grupos diferentes, que surge a Gangue da Tortinha de Maçã.

Com o passar dos capítulos, observamos a auto-avaliação de Rafe sobre si mesmo, devido aos textos particulares que mantinha com seu professor de redação. Até que se vê preso novamente em sua orientação sexual.

"A culpa é sobre algo que você faz. A vergonha é sobre quem você é" A culpa, ela explicou, era útil, porque poderíamos aprender a lição e acertar da próxima vez. A vergonha, por outro lado, era inútil. O que eu poderia ganhar pensando que era uma pessoa ruim? Eu não era ruim."

As mentiras viram uma bola de neve, e acontecimentos levam Rafe a se questionar sobre ter entrado no armário de novo. Será que tudo aquilo que havia conquistado era somente por não ter divulgado sua orientação? Ou deixariam ele fazer parte do time de futebol e tomar banho no vestiário com todo mundo mesmo sendo gay? E as amizades deixariam de ser amizade?

APENAS UM GAROTO é um livro que briga com os rótulos levantados pela sociedade e questiona tanto a importância de se ter um tipo, como de não ter. Bill, por meio de palavras, introduz o leitor numa situação realista tão revigorante, que faz você pensar muito sobre o mundo atual. Ninguém precisa ter um tipo para fazer parte da sociedade, basta ser uma pessoa. Sem tipo, sem rótulos, sem orientação exposta.

APENAS UM GAROTO, além de mostrar como o público LGBT pensa, prega humanidade diante de uma sociedade viciada em rótulos.

Você não precisa ser gay, lésbica, bissexual, trans, etc., para ler um livro com temática LGBT. E sabe? Eu vou respeitar muito você, hétero, que ler este livro, não como obrigação, ou um desafio, mas por curiosidade mesmo. Pra você, pelo menos pensar como é viver taxado de rótulos e como é sofrer pelo mesmo.

Bill Konigsberg escreveu duzentas e cinquenta e seis páginas sobre quebras de tabu.

site: http://www.gettub.com.br/2016/08/apenas-um-garoto.html
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Luiza - @oluniverso 17/09/2016

Resenha originalmente publicada no blog Choque Literário.
Este livro ficou aquém do que eu esperava. Mesmo assim, encontrei alguns pontos positivos e vou ressaltá-los também. Vamos entender:

Rafe é homossexual e se assumiu aos treze anos mas, desde que isso aconteceu, ele não para de ser rotulado como o garoto gay e isso o incomoda muito. Ele quer ser apenas um garoto, não o garoto gay.

Para tentar acabar com este esteriótipo, Rafe decide entrar numa escola só para meninos, Natick, e esconder a orientação sexual. O plano funciona no início e ele finalmente consegue fazer amizade com os atletas e jogar futebol americano sem que seja rejeitado, mas tudo começa a dar errado quando ele se apaixona por um dos novos amigos héteros.

"Durante o verão inteiro eu havia repassado todos os cenários sobre assuntos gays na Natick. Eu tinha planos bem definidos. Seria livre de rótulos. Não pergunte e eu não conto. A única maneira de eu mentir seria se me perguntassem diretamente: 'Você é gay?'. Nesse caso, responderia que não. Mas mesmo assim não falaria que sou hétero. Eu não queria mentir; só não queria ser o garoto cuja característica principal era gostar de garotos." - Pág. 46.

E aqui eu já consigo destacar para vocês um ponto negativo: Rafe quer se livrar dos rótulos, mas ele mesmo rotula alguns dos amigos dele em pensamento. Achei isso bastante hipócrita.

Apesar disso, um ponto positivo é o professor de Rafe. Ele sabe que o menino é gay (porque a mãe de Rafe contou) e pede para que o menino escreva sobre o que sente, sobre a vida e sobre a decisão de querer esconder uma parte de si mesmo. O que eu gostei disso tudo é que Rafe, com a escrita, tem a chance de ir se descobrindo e se entendendo aos poucos, o que o ajuda muito na hora de tomar decisões.

Mas, chegando a esse ponto, precisamos falar sobre como Rafe se relaciona com a família. Os pais dele nunca o rejeitaram ou fizeram chacota sobre o fato de ser gay. Muito pelo contrário, foram procurar grupos de apoio LGBT, livros sobre o assunto e resolveram até fazer uma festa para marcar o dia em que Rafe se assumiu. Sei que isso parece constrangedor, mas o que eu vi foi Rafe não valorizar a aprovação dos pais (pelo menos até o começo do final do livro). Ele chega, muitas vezes, a ser mal educado.

E sobre o final, ele deixou um pouco a desejar. Não posso falar sobre exatamente o que, porque seria spoiler, mas eu achei que poderia ter um epílogo ou algo parecido, porque me pareceu que o autor não soube amarrar muito bem o principal da história.

site: Mais detalhes: http://choqueliterario.blogspot.com.br/2016/09/falando-sobre-apenas-um-garoto.html
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Grazy 12/09/2016

"Ele me viu. Viu quem eu era por dentro e gostou, e eu gostei. Gostei de quem ele viu. Eu de verdade, não o rótulo." (Rafe)
A resenha de hoje será dividida em três partes. Contarei um pouco sobre meus sentimentos antes, durante e depois da leitura desse livro. Espero que gostem.

ANTES: "Uau, eu tenho que ler esse livro!"
Ouvi falar muito bem dessa obra. Imediatamente revirei vários blogs para ler as resenhas e opiniões. Fiquei super interessada por três motivos: muitos leitores gostaram, fiquei curiosíssima para saber como o autor abordaria o tema "sexualidade" e achei a capa bem interessante.

DURANTE: "Nossa! Peraí. É isso mesmo? "
Para começar, o texto não é nada do que eu imaginei. Não é pior. Também não é melhor. Só é... diferente. Se é que me entendem. Mas um diferente bom.
Ao longo das páginas dessa obra conhecemos o simpático Seamus (pronuncia-se XEI-mus) Rafael Goldberg. Ou, como ele prefere, Rafe. Ele saiu do armário no oitavo ano. Sua família e os amigos da escola receberam a notícia super bem. Destaque para seus pais, personagens fundamentais que deram um toque leve ao texto pelo modo como foram construídos. Assim como sua melhor amiga, a Claire Olivia.
Pois bem, nosso querido Rafe vivencia uma série de conflitos internos, pois acredita que as pessoas o vê como um rótulo. A única coisa que deseja é poder ser ele mesmo. Então, decide mudar radicalmente e dar continuidade aos estudos em uma escola só para meninos em outra cidade. Detalhe: ele omite que é gay.
As coisas vão bem para ele, que consegue exatamente o que precisava. Ou melhor, o que achou que precisava. Os meninos o tratam como qualquer outro garoto, sem barreiras.
Poderia até dar certo, sabe? Se ele não tivesse se apaixonado pelo cara que veio a se tornar seu melhor amigo na nova escola (e que desconhecia o fato de Rafe ser gay).
Imagina só, quanta confusão vem por aí.

DEPOIS: "Como assim, sociedade?"
Acabei a leitura. Tenho que dizer: gostei. Cara, esse autor é muito bom! Ele te faz mergulhar na história, literalmente. A escrita tem uma certa sutileza, é evidente o cuidado que ele teve na construção dos diálogos. E os personagens? Um mais interessante que o outro.
Mais que uma discussão sobre "sexualidade", do meu ponto de vista, a obra nos apresenta uma crítica social a respeito de aceitar-se como você verdadeiramente é, independentemente dos padrões tidos como "normal" ou "aceitável" pela sociedade.
Sinceramente, gostei mais da forma como foi escrito e desenvolvido o enredo que do desfecho. De modo geral é uma leitura bacana que me fez rir bastante, me irritar um pouco e refletir muito.

site: http://amantesliterarios.wixsite.com/livros/single-post/2016/09/12/Resenha-Apenas-Um-Garoto-de-Bill-Konigsberg
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Ana 08/09/2016

Não dá para negar que eu adoro livros com a temática LGBT. Se assumir pode ser uma tragédia quando você, por exemplo, tem pais que não estão preparados psicologicamente para isso, mas a gente sempre espera que, uma hora ou outra, que a pessoa vai se assumir. O que eu nunca pensei é que um dia eu fosse ler uma história de um menino que decide mudar de escola para deixar sua orientação sexual em segredo.

É assim que conhecemos Rafe, um garoto que aceita normalmente o fato de ser gay, mas está tão cansado de ser rotulado que decide ir para outro estado, para uma escola unicamente de meninos, mas com um detalhe importante: ele não quer que ninguém saiba que é gay só para ter o gostinho de ser ele mesmo. Ele jura por Deus que não está "voltando para o armário", mas né... Já fiquei pensando em como isso poderia dar certo, já que, claramente a homossexualidade não é uma escolha. Então, como Rafe conseguiria ser ele mesmo escondendo o fato de todo mundo?

As coisas dão certo por um tempo, até que, inevitavelmente, ele se apaixona por um dos colegas que, adivinhem? Isso mesmo, é hétero — ou pelo menos se diz, né? Mas enfim, desde o início eu achei o Rafe um babaca. A mentira não fez sentido pra mim em nenhum momento. Apesar de entender os motivos dele, não conseguia concordar em momento algum com aquilo. Sem contar que algumas atitudes dele realmente me tiraram do sério.

Fui conversar com um amigo meu que tinha lido o livro sobre essas atitudes do Rafe e ele me disse uma coisa que é muito verdade: "tudo o que a gente quer é ser aceito". Não é difícil perceber que, infelizmente, é muito mais fácil ser hétero. Héteros não precisam ser aceitos, eles já nascem aceitos pelo simples fato de serem héteros. Eu não estava no lugar do Rafe, mas mesmo assim, me conhecendo como conheço, sei que não agiria de forma tão imatura. Fiquei pensando várias coisas enquanto lia nas besteiras que a gente faz, então sou incapaz de julgar.

Eu gostei bastante do livro e, apesar de ele não possuir um ponto alto, a narrativa fluiu muito bem. Aliás, é sempre muito fácil para mim ler sobre a vida de adolescentes e convenhamos, elas nunca são muito empolgantes. Os pontos altos do livro sem dúvidas foram as partes em que os pais do Rafe apareciam. Ai se todos os pais fossem assim, as coisas seriam incrivelmente mais fáceis! A Claire Olivia, melhor amiga do menino, também é maravilhosa e me identifiquei bastante com ela. Mas o Rafe em si... Acho que ainda não sei bem o que sinto em relação à ele.

Apenas Um Garoto é exatamente aquele livro que te faz refletir bastante sobre a sociedade em que vivemos. Parece clichê, mas é a pura realidade, não é? E levanta vários questionamentos. Se as não nos rotulassem tanto, será que precisaríamos fingir? O fato é que seria imensamente mais fácil viver em um mundo onde a orientação sexual da gente não mudasse tanto a visão das pessoas em relação ao que realmente somos, mas a maior verdade é também não adianta mentir... No fim, você vai perceber que não é para os outros que está mentindo, e sim para você.

site: http://www.roendolivros.com.br/
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Aline Marques 08/09/2016

"Pessoas são pessoas." [IG @ousejalivros]
Não é ótimo quando você chega na livraria e consegue localizar qualquer livro graças ao sistema organizacional?

E quando vai ao mercado e não precisa identificar se aquele bendito grão é soja ou lentilha?

Com bilhões de pessoas no mundo, nada mais justo que definir e encaixá-las onde bem entenda, certo? Afinal, todo mundo faz o mesmo.
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"Ninguém é considerado apenas um ser humano, ao que parece."
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Rafe é um adolescente gay que não precisou sofrer para expor suas preferências sexuais. Apoiado pela família e comunidade, não conheceu a discriminação e, mesmo assim, estava insatisfeito.

Por que precisam olhar para ele e lembrar de décadas de luta e preconceito? Por que ser gay é tão importante assim?

Para ser apenas mais um adolescente no ensino médio, Rafe decide que irá para um internato para garotos e manterá essa informação escondida de todos. Porque mentir é sempre a melhor solução (🙄).
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
O intuito do autor é questionar os rótulos e a incapacidade da maioria de aceitar as pessoas como são, celebrando as diferenças. Ele não é bem sucedido. Infelizmente.
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"Será que ele é autista?"
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Para um livro sobre aceitação, classificar alguém como autista devido suas peculiaridades, é (no mínimo) hipocrisia.

Konigsberg explora as dúvidas e necessidades dos adolescentes de forma honesta e sensível, mas a 'moral da história' não satisfaz, partindo em pedacinhos minha enorme expectativa.

site: www.instagram.com/ousejalivros
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