Até eu te possuir

Até eu te possuir Soraya Abuchaim




Resenhas - Até Eu Te Possuir


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Desi Gusson 17/08/2016

Fique longe de Johanna Dorne.
Não, sério. Se você planeja viver uma vida longa e feliz, fique longe dela.

Ela não faz por mal, mas existe aquela possibilidadezinha de que talvez Johanna seja amaldiçoada. E não vou ficar por perto para descobrir.

Nesse suspense entendemos logo de cara que a vida de Dorne não é normal, muito menos tranquila como ela gostaria que fosse. Somos transportados a várias épocas passadas no crescimento de Jo, ao mesmo tempo em que acompanhamos o desenrolar na atualidade. A bibliotecária vinha de uma família amorosa, com pais presentes e tudo o que uma garotinha poderia querer, mas estava destinada a pastar bastante.

Pude sentir seu desespero ao longo dos anos, quando cada vez ficava mais claro que não teria ninguém próximo, ninguém com quem compartilhar nada. No começo minha vontade era de obrigar Joahanna a conversar com os coleguinhas de trabalho, por mais insípidos que fossem, só pra ela sair daquela bad! Mas depois fui percebendo que era melhor não, que era bom deixar ela quieta e até mesmo parar de ler porque, né, eu estava imersa na sua vida, muito perto dela.

Já adianto que não é nada sobrenatural, o que pra mim só deixa as coisas mais interessantes. O que está acontecendo com ela é bem mundano, beeeeem real.

É difícil uma leitora assídua não se identificar com uma personagem soturna, quietinha. Afinal de contas, são MUITOS livros aí para serem lidos e é difícil ter tempo entre trabalho e estudos para manter a meta. Ainda temos que nos preocupar com interação social?! Não é antipatia, é só que alguns livros são muito bons mesmo!

O que atrapalhou um pouco o meu ritmo de leitura foi a descrição demasiada das coisas, acabou que tivemos um tanto de informações que não eram necessárias nem para entendermos mais a história, nem para ambientação.

O final surpreende e, quando você está chegando lá e acha que não pode odiar mais um personagem, você entende porque ele é assim e passa a odiar um pouquinho menos. Bem pouquinho.

Até Eu Te Possuir é um livro obscuro, noir, revoltante. Te faz olhar a crueldade humana com outros olhos, um olhar que nunca mais será o mesmo. A inconformada em mim gostaria de entrar na história e chutar alguns traseiros, mas não tenho muita certeza se seria capaz de não me prender na teia de mistérios que Abuchaim teceu, uma teia intrincada que amordaçou Johanna. Afinal eu não fui capaz escapar da leitura, completamente cativa virando página após página, freneticamente, até chegar ao fim e ficar um tempo ruminando a história...

Leiam Até Eu Te Possuir pra ontem.

Mas sério, mantenha distância de Johanna Dorne.


Para essa e outras resenhas na íntegra, acesse o blog!
www.desigusson.wordpress.com

site: www.desigusson.wordpress.com
Marcos Souza 17/08/2016minha estante
Pela sua resenha este livro parece ser ótimo! Bateu aquela vontade de ler hahaha


Kennia Santos | @LendoDePijamas 24/08/2016minha estante
Quero :o


Priscila 24/08/2016minha estante
Amei sua resenha...
Mas você só me fez querer mais me aproximar de Johanna Dorne...
Tenso!


Priscila 24/08/2016minha estante
Amei sua resenha...
Mas você só me fez querer mais me aproximar de Johanna Dorne...
Tenso!


Priscila 24/08/2016minha estante
Amei sua resenha...
Mas você só me fez querer mais me aproximar de Johanna Dorne...
Tenso!


Carolina 12/09/2016minha estante
Nossa! Sua descrição foi melhor do que a do livro em si! Agora foi pra lista de proximas compras! ?




Saulors 10/11/2020

Fui ler sem muita expectativa, mas infelizmente o livro não me surpreendeu nem um pouco. A escrita é muito rasa, e por mais que assuntos pesados estão sendo tratados, como suicídio, depressão, agressão física, verbal e sexual, não há nenhuma responsabilidade por parte da narrativa de trazer algum tipo de conforto ou lição sobre tudo que é retratado. Por conta desses temas eu esperava pelo menos um pouco de profundidade nos diálogos e algumas passagens, mas são fracos e rasos.
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Mari M. 27/03/2020

Pra passar nervoso!
Relacionamento (põe abusivo nisso) abusivo.Instiga a ler rapido pra saber o desfecho.Com certeza a autora evoluiu bastante nos escritos mais recentes.Aqui peca um pouco em repetir descrições e palavras.
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Sergio Fragoso 09/09/2022

Perfeito!
Já li quase tudo o que a Soraya escreveu, adoro a escrita dela e não foi diferente com esse livro. A história é simplesmente maravilhosa.
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Robson50 08/01/2019

A tragédia de Johanna Dorne
Quantas vezes alguém pode quebrar, perder tudo e continuar seguindo em frente?

Conheci a escrita de Soraya Abuchaim através de seus contos de Terror e Suspense com uma pegada de gore e fiquei curioso para ler um "longa" dela. A história de Johanna é narrada de forma não linear, intercalando seu presente e passado de forma interessante já que atina a curiosidade de saber como a bela jovem de família abastada se tornou a mulher fria e reclusa. A jornada é longa e dura, com um destaque para a questão de relacionamentos abusivos e o ponto de vista, argumentações e justificativas dadas por quem sofre e por quem pratica. É uma história interessante com um terror mais psicológico e real e alguns twists que seguram a atenção do leitor.
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Ronaldo 26/04/2020

Livro que traz a história de Johana, uma mulher que, após perder todas as pessoas que amava, acredita carregar consigo uma espécie de maldição, o que a transforma numa mulher solitária, que evita a todo custo se afeiçoar a alguém novamente. Até que o um homem misterioso cruza seu caminho e eles iniciam um romance. Porém, o que no início parece ser um drama de superação, logo se transforma numa história de terror quando Michel mostra seu lado sombrio. A narrativa é intercalada em três fases da vida da personagem: sua pré-adolescência, quando a primeira grande tragédia acontece, sua juventude, quando ela está tentando reagir e encontrar um rumo pra sua vida e sua maturidade, quando já é uma pessoa derrotada pelos infortúnios que a perseguiram por todos esses anos. A autora orquestra bem a narrativa de modo que os acontecimentos nessas três fases conversem entre si e, conforme um período vai alcançando o outro a leitura fica mais empolgante. Logo dá pra se enxergar um padrão nas tragédias que perseguem a protagonista e algumas suspeitas de que algo além do acaso está por trás de tudo começa a se formar. Na época atual da vida da heroína, o tema principal é o relacionamento abusivo, que é um assunto que rende boas histórias e nesse caso não foi diferente. Pra quem não tem problemas com gatilhos é muito interessante ver esse conflito se desenvolvendo, as agressões se intensificando, enquanto a vítima se sente impotente. Você quer compreender o que leva uma mulher a insistir numa relação como essa. Mas, apesar da trama ser bem envolvente, a escrita de Soraya é fraca demais. Umas metáforas forçadas, um tom muito piegas e diálogos que parecem ter saído de um texto de auto ajuda. Por mais que o enredo seja bom, esses defeitos na narrativa começam a tornar a leitura irritante. Sem falar em situações nada convincentes que faz com que você aos poucos vá deixando de levar a história a sério. A intenção foi boa, mas a execução poderia ter sido bem melhor.


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Marina 26/11/2016

"Quanto mais uma pessoa sofre, mais os anos correm, mesmo que isso não se reflita na data de nascimento ostentada no documento de registro"
Até eu te possuir tem como protagonista Johanna Dorne, uma mulher adulta e solitária, que vive isolada em sua casa, assombrada pelos fantasmas do passado. Johanna parece sofrer de uma maldição: desde os 13 anos, perdeu todas as pessoas que amou. Por acreditar nessa maldição, evita contato com outras pessoas, e tem medo de amar novamente e perder mais alguém. Sua vida parada e monótona sofre uma reviravolta quando ela conhece Michel Brum, um homem charmoso que está disposto a tirá-la dessa vida de isolamento...

Até eu te possuir intercala momentos do passado de Johanna com momentos atuais, mostrando de forma bem clara como Johanna era no passado e a forma como está agora. Suas lembranças começam quando ela estava preparando sua festa de 13 anos, e seguem uma linha cronológica até chegar ao momento em que ela decide se tornar quem é, não vivendo mais nenhum evento significativo até o momento atual. A forma como os capítulos mudam do passado ao presente deixa bem evidente o impacto que a história de vida de Johanna tem sobre quem ela é atualmente. Com 12 anos, Johanna era uma menina animada e alegre, mas aos 41, depois de tudo o que passou, ela se tornou solitária e introspectiva. Passa os dias assistindo filmes, lendo livros e bebendo vinho, sua única conhecida é uma mulher que trabalha com ela numa biblioteca, com quem nunca fala, e, por mais que aceite sua situação e goste de viver assim, há momentos em que se sente solitária e gostaria de ter companhia. O que é absolutamente natural, considerando que, assim como nós, a personagem tem seus conflitos, e precisa lidar com eles.

Talvez por passar anos e anos solitária em sua casa, Johanna passa quase todo o tempo em meio a devaneios. Essa é a coisa mais gostosa da narrativa, temos a impressão de estar lendo os pensamentos da personagem, não como se ela estivesse conversando conosco, mas como se estivéssemos dentro da cabeça dela, observando-a pensar. Enquanto lia, consegui imaginar perfeitamente uma mulher em sua casa, perdida em pensamentos por não ter com quem conversar. Quando era mais nova, Johanna tentou fazer terapia, mas acabou a abandonando, e seu terapeuta tornou-se uma espécie de "espectro" que conversa com ela às vezes. Isso se torna um fato engraçado na vida dela, e eu finalmente consegui entender porque meus professores sempre dizem pra fazer o possível pra finalizar a terapia, mesmo quando o cliente se recusa a voltar uma última vez. A terapia inacabada de Johanna se tornou uma ponta solta, que, junto com tudo o que aconteceu em sua vida, voltava pra lhe importunar.

A medida que a história se desenrola, Johanna se vê em meio a um conflito: deixar sua vida de solidão para trás e se arriscar a viver um novo amor, ou acreditar que é de fato amaldiçoada e terminar seus dias de forma solitária. Quando os conflitos começam percebemos o quanto Soraya teve êxito ao criar uma personagem humana. Johanna é uma mulher forte, mas não é uma super-heroína, e por isso também falha, erra, e sente medo. O que torna a leitura ainda melhor. Tentei pensar o que eu faria na situação dela e não consegui pensar em alternativas. Quando Johanna finalmente se entrega a nova vida, o medo de voltar ao que era antes a aterroriza, tornando todas as suas ações compreensíveis. Aliás, podemos ver vários casos de Johannas por aí...

Teve alguns pontos que não me agradaram tanto no livro. O primeiro diz respeito ao fato da história toda do livro praticamente ser contada na sinopse. Sim, o livro tem muitos detalhes e pontos importantes que não estão ali, mas o pano de fundo da história já foi entregue ao leitor, deixando de fora apenas o contexto. O elemento surpresa fica para como todos os fatos se encaixam, pois ao ler a sinopse, você já sabe toda a história de Johanna, e também começa a desconfiar de Michel logo que ele aparece. Além disso, a rapidez com que a história se desenrolou foi como um balde de água fria. Talvez eu estivesse ansiosa demais para entender o que estava acontecendo e deixei minhas expectativas muito altas, mas senti que, logo que o mistério foi resolvido, o livro acabou. Sim, queria mais alguns capítulos antes do epílogo, mas como isso não aconteceu, resta imaginar umas cenas a mais. Ainda assim, o livro é ótimo e está aí para provar que tem muito livro bom no meio nacional. Sem dúvidas uma leitura que valeu muito a pena!

site: https://marina-menezes.blogspot.com/
Karen Cristhina 08/12/2016minha estante
Terminei de ler agora é me senti exatamente assim com o final, esperava mais! Toda a história merecia mais! E sobre a sinopse, realmente deixa claro o envolvimento dele, estragando a surpresa que todo o suspense do livro levanta. Fora isso eu gostei bastante. Me vê de olhos arregalados várias vezes. Uma leitura que vale a pena!




Maria Ferreira / @impressoesdemaria 24/01/2017

Um suspense ótimo
Este é o primeiro livro da autora, publicado pela Ella Editorial e lançado esse ano, na Bienal do Livro de São Paulo.
É um livro de suspense em que conhecemos a história de Johanna Dorne, uma mulher de 41 anos, que trabalha em um biblioteca, mora sozinha e passa seus dias lendo, assistindo e bebendo vinho. Há muitos tempo, ela vive uma vida de isolamento por medo de fazer as pessoas sofrerem. Ela acredita que carrega uma maldição que faz com que todas as pessoas que se aproximam dela sofram.

Tudo começou no seu aniversário de 13 anos, quando um de seus tios mais queridos tem uma atitude inesperada e isso acaba desencadeando uma série de episódios que desestruturam sua relação familiar em casa. Com isso, é acolhida por uma tia e passa a morar com ela até sua vida adulta.

Johanna vem de uma sucessão de perdas. Perdeu o pai, a mãe, a melhor amiga, os namorados e os tios, os únicos que ainda lhe restavam de sua família. Sabendo do histórico de mortes, o leitor fica apreensivo toda vez que ela começa um novo relacionamento porque imagina que não irá terminar bem. Cansada de atrair tanta desgraça, resolve mudar de cidade e viver de forma reclusa.
A narrativa é intercalada, de modo que os capítulos alternam-se em uma narrativa em primeira pessoa, feita por Johanna no tempo presente e uma narrativa feita em terceira pessoa, no tempo passado por um narrador que, inicialmente, o leitor não sabe quem é. Isso faz com que relação com o tempo seja muito determinante para entender melhor a forma como Johanna vive o presente, depois de perder todas as pessoas queridas que passaram por sua vida.

Um dia, na saída do trabalho, Johanna tem um problema com o carro e não consegue ligá-lo, quando aparece um homem oferecendo ajuda. É aí que Michel Brum entra em sua vida e com o tempo, faz com que Johanna se sinta capaz de amar novamente, ainda que com receio do que possa acontecer com ele.
Mas parecia perfeito demais para ser verdade. Michel, aos poucos, se mostra um homem ciumento, controlador, possessivo, com atitudes que muitas vezes beiravam a bipolaridade. Qualquer outra mulher normal teria se afastado no primeiro sinal de anormalidade, mas como Johanna já não tinha mais esperanças de encontrar ninguém e se sentia muito grata a Michel por ver algo de bom nela, continua presa nesse relacionamento e torcendo para que ele mude.
Enquanto leitora, confesso que a cada atitude do Michel, eu queria poder dar uns tapas nele e mais uns tapas na Johanna por aceitar tudo, mas no fundo eu entendia as razões dela.

Achei impressionante o poder de descrição que a autora tem. Todas as descrições são bem colocadas e muito bem feitas. Além disso, o fluxo de consciência presente na narrativa promove momentos em que o leitor pode saber o que se passa nos pensamentos da personagem principal e ver a luta constante que ela tem consigo mesma.

Quando o livro se aproxima do fim, tudo começa a vir à tona e o leitor só consegue pensar no quanto toda a história e o modo como ela foi narrada e desenvolvida é muito genial!
Terminei a leitura muito satisfeita e orgulhosa da nossa literatura nacional, que se mostra cada vez com maior qualidade.
Esse suspense prende o leitor de uma forma que não dá para largar o livro enquanto não soubermos o final e eu indico muito, com a certeza de que quem o ler irá gostar.

site: http://minhassimpressoes.blogspot.com.br/2016/11/ate-eu-te-possuir-soraya-abuchaim.html
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Andréia 21/11/2023

Decepcionante.
Bem,a história começa na festa de 13 anos de Johanna,que quis uma de debutante,mas não queria esperar os 15 anos,como normalmente é. Então,os preparativos começam,o seu sonho está prestes a se realizar,mudanças virão. Só que ela não imaginava como sua vida,mudaria do dia para a noite.
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   Johanna sempre teve a mãe como amiga,até aquela noite inesquecível,horrível em todos os sentidos. Seu pai até então,era inocente na história. Porém,o que Johanna não sabia era que sua mãe podia ser muito cruel e fria. Foi um baque em sua vida de adolescente,de classe média alta.
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   Os anos se passaram,e Johanna desde aquela festa,que ela gostaria de esquecer,foi morar com seus tios. Nesse Intervalo,seu pai faleceu,ela sofreu muito. Com poucos meses de diferença sua mãe morre de acidente de carro. Qual não foi sua surpresa,quando descobriu que a mãe estava acampada do sei Tio Fred. Raiva a consumiu com essa notícia.
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   Com os anos passando,todos que se aproximavam de Johanna  morriam. Formas diferentes,mas ela cismou que ela era amaldiçoada,então procurava afastar todos  para que não sofresse tanto. Até uma determinada época,em que conheceu um homem,seu nome era Michel,ela começou a deixá-lo entrar na sua vida. Com isso,foi se acostumando novamente à sua presença. As coisas não estavam saindo como ela esperava e Michel não era aquilo que ela pensava conhecer. Qual seria o segredo de Michel? O que esse segredo tem haver com o passado doloroso de Johanna?
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   Apesar da história ser bem elaborada,encontrei muitos erros ortográficos,alguns até mesmo simples,então isso me desanimou muito a ler,mas continuei pois não queria abandonar a leitura.
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Kakau 14/04/2017

Maravi gold ? ? ?
Estava um tempo sem ler nacional, me decepcionei com um que acabou me trazendo uma ressaca braba.
Li uma resenha de Até eu te possuir, me interessei e dei uma chance e manoooooo ?? xonei, esperava mais no final... mas não diminuo.
Super recomendo ?
Kakau 14/04/2017minha estante
Nos pontos de interrogação era para sair um emoji.




Isa 17/04/2017

Incrível!
Adoro um livro dramático que faça o leitor de gato e sapato e com este não foi diferente. Sou apaixonada por histórias assim! Sem dúvidas um livro que me arrependi de ler ebook, já que quero ter ele pra sempre na estante.

site: http://estantedamedina.blogspot.com.br/
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CultEcléticos 28/06/2017

Um suspense surpreendente
‘Até eu te possuir’ é o romance de estreia da autora brasileira Soraya Abuchaim.

Recentemente, a autora de suspense e terror, lançou o livro A Vila dos Pecados pela Editora Coerência.


Sinopse: Johanna Dorne é uma mulher que perdeu todas as pessoas que amou. As tragédias de sua vida começaram com um acontecimento marcante quando ela tinha 13 anos.

Três décadas depois, ela se transformou em uma mulher solitária, confusa e inclinada à autocomiseração, que não consegue manter contato social com ninguém. Até conhecer Michel Brum, um homem charmoso e misterioso que a resgata de sua vida patética, devolvendo-lhe a felicidade há tanto tempo perdida. Só que Michel acaba mostrando que não é tão perfeito assim, e um segredo mortal jogará Johanna novamente em um abismo.





O livro é narrado em alguns momentos em terceira pessoa e em outros em primeira, apresenta saltos temporais e o tempo presente é descrito sob a visão da protagonista Johanna.

Como dito anteriormente, a história não segue uma linha cronológica linear, presente e passado se alternam, mas os capítulos foram ordenados de forma tão inteligente pela autora que não causa confusão ao leitor.

Há um mistério em torno da vida de Johanna que prende a atenção do leitor do início ao fim. Há muito não lia um livro num único dia, tamanha foi minha curiosidade em saber o desfecho.

A construção da personagem principal permite que o leitor crie rapidamente empatia com Johanna.

A obra apresenta leitura bastante dinâmica, com bons diálogos e enredo verossímil.

É interessante que apesar de Johanna ser uma pessoa frágil, devido ao seu psicológico destruído ao longo dos anos, ela se mostra bastante forte. Apesar deste não ser o foco central da história, é muito importante o relacionamento abusivo abordado pela autora, ao mostrar como uma pessoa que tem sua autoestima pilhada pode se tornar emocionalmente dependente de outrem.

Para os leitores mais detalhistas, ressalto que a história é ambientada nos Estados Unidos, foi o único ponto que gerou alguma incerteza. O nome da personagem principal, Johanna Dorne, nos leva a crer que a história não se passa no Brasil, mas o nome de alguns lugares faz o leitor duvidar em alguns momentos. Mas em dado momento do livro, a autora menciona o local no qual a história acontece. Essa dúvida em relação à ambientação em nada prejudica o andamento ou entendimento da narrativa, uma vez que o psicológico é o mais importante, os sentimentos, pensamentos e sofrimentos da personagem é que tornam o livro rico.

O suspense é muito bem desenvolvido, só possibilitando ao leitor descobrir o segredo da trama no clímax da história, como deve ser num bom livro deste gênero.

A todos os leitores que gostam de um bom suspense recomendo a leitura de ‘Até eu te possuir’.

(Camila Kaihatsu)
Resenha originalmente publicada no site CultEcléticos

site: http://www.cultecleticos.com.br/resenha-literaria-ate-eu-te-possuir/
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Arca Literária 11/01/2018

resenha disponivel no link a partir do dia 09/04/2018 http://www.arcaliteraria.com.br/ate-eu-te-possuir-soraya-abuchaim-2/

site: http://www.arcaliteraria.com.br/ate-eu-te-possuir-soraya-abuchaim-2/
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Guinho 19/05/2018

VAMOS FALAR DE... ATÉ EU TE POSSUIR - SORAYA ABUCHAIM
Eu já havia lido um conto da autora chamado MADRUGADA MACABRA e, apesar do terror gore em seu conteúdo, tinha-o adorado tanto que o indiquei no antigo blog, por isso, a expectativa em lê-lo estava altíssima. E para minha felicidade, Soraya Abuchaim, mais uma vez, não me decepcionou e escreveu uma das minhas melhores leituras deste ano! ^^
O livro me surpreendeu muito! Por que, como conhecia o estilo literário da autora, esperava um terror daqueles de arrepiar os cabelos do nariz, porém o que li foi uma história cheia de mistério e suspense - pode-se classificá-lo até como um policial - dignos de se equipararem com os dois grandes autores citados na introdução da resenha. (fãs de ambos, por favor, não me batam pelas últimas palavras! kkkkk)
No início da obra somos imediatamente transportados ao tom sombrio da narrativa através de pistas postas brilhantemente que, ao invés de nos fazer desanimar da leitura, nos faz querer ler mais. Logo no começo nos é dado a definição no dicionário da palavra OBSESSÃO e no prólogo, temos os devaneios de Johanna mediante a uma situação angustiante que, apesar da bela descrição, nada é decifrado de imediato.
Saindo um pouco da avaliação narrativa, queria fazer um comentário que para mim é muito pertinente: acho que o livro ATÉ EU TE POSSUIR poderia ser colocado num tema que falei muito nas duas últimas postagens aqui: DEPRESSÃO. Tudo por que a protagonista, durante a narrativa, traz características comuns de quem tem a doença e Soraya Abuchaim narra-as muito bem.
Voltando a narrativa... ela é atemporal, ou seja, não segue um tempo definido. Somente aparecem aleatoriamente as datas: 1983, 1985 e 2011. As duas primeiras representam o passado e relatam as tragédias que a protagonista passa e que de forma otimista - pode se dizer assim - sempre as numera. Já a última é o presente mostrando como ficou a vida de Johanna e o motivo de todas as suas desgraças.
Falando sobre os personagens... tirando a protagonista que muda constantemente suas emoções - teve uma que me fez ficar irritado com ela - e Michel, o cara mais inconstante do livro, os chamados personagens secundários não tinham tantas camadas, porém eram de importância vital no enredo. Aliás, a cada página lida me sentia montando um quebra-cabeças onde cada peça tinha que ser colocada metricamente para que no fim se formasse uma incrível final. Daqueles de explodir a cabeça, sabe?
Para finalizar, ATÉ EU TE POSSUIR é instigante, misterioso, sombrio, crítico onde tudo é encaixado certinho para que se tenha um final maravilhoso. Se eu recomendo? Mil vezes, sim!!

site: https://presentedoslivros.blogspot.com.br/2017/10/vamos-falar-de-ate-eu-te-possuir-soraya.html
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