spoiler visualizarEma 10/02/2024
Vamos lá...
Como falei ema uma das atualizações de leitura, escrever uma resenha sobre esse livro é complicado. Eu poderia chegar aqui e apontar um milhão de coisas que me incomodaram, mas vou me atentar ao mais importante e ao fato de que ele foi publicado em 2016, um período onde romances como Um Grande Problema eram bem comuns.
Logo, seria injusto desconsiderar o tempo em que o livro foi publicado, mas também não posso dizer que gostei. Os personagens principais formam aquele casal que estamos acostumados a ver aos montes: um cara babaca e uma mocinha que é feita para parecer estar no controle, mas é totalmente levada pela paixão e aceita comportamentos do seu par que não são legais.
Jake Dustin é arrogante, mal educado, prepotente. Enfim, o típico bad-boy com o qual crescemos enchendo nossas prateleiras. E Carolina, nossa mocinha, cai facilmente na lábia dele. Eles entram em um relacionamento um tanto conturbado e houveram momentos de rivalidade feminina, ciúmes do tipo ogro da parte de Dustin e a questão com o corpo de Carol, que apesar de ter terminado o livro sentindo-se bem por ser uma mulher mid-size(acredito que essa seja a definição adequada para ela), era muito falada durante o livro. Digo, ela tinha problemas em comer, conversava com a comida, desculpando-se por estar a ingerindo e tudo isso foi levado com naturalidade, como se agir dessa maneira não fosse um grande problema (com perdão ao trocadilho).
E eu realmente fiquei em choque com o final. Acho que haviam tantas coisas melhores para abordar além de um confronto do Jake contra o próprio pai. Sério, aquele realmente era o melhor lugar para pedir Carol em casamento? E depois de ver o namorado todo quebrado, estrupiado, destruído numa cama de hospital, onde ela também foi parar, ela achou normal que ele voltasse a lutar com o cara?
E o epílogo, com aquele pesadelo que me deixou apreensiva com o fato de que poderia ser verdade, também me pareceu um desperdício de cena. Eles podiam ter um desfecho melhor, um pedido de casamento melhor. Se Jake passou tanto tempo na terapia tentando lidar com o passado, como ele achou que era ok cair na mão com o pai dele duas vezes seguidas? Essa era a melhor maneira de lidar com o que atormentava ele? Na minha cabeça, não faz sentido.
Mas, como disse, vou levar em consideração o ano em que o livro foi publicado. Ouvir o audiobook não foi ruim, acredito que me ajudou a chegar no final. A única coisa que posso falar sobre a narração é que eu queria muito que os diálogos intercalassem. Se tem um narrador pro Jake e uma narradora pra Carolina, por que não colocar os dois lendo as falas dos personagens nos capítulos? A experiência seria outra, bem mais imersiva, apesar dos narradores serem excelentes e terem entrado bem na atmosfera dessa montanha-russa que é Um Grande Problema.