A viagem

A viagem Virginia Woolf




Resenhas - A Viagem


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Dany 28/02/2017

A Viagem - Virginia Woolf
Primeiro romance escrito pela inglesa modernista Virginia Woolf, esse livro nos apresenta três personagens principais: Rachel e seus tios Helen e Ridley Ambrose durante uma viagem ao norte da América do Sul (Brasil? Talvez!), desde sua saída de navio da Inglaterra. A primeira parte da história conta com a participação de Mrs. Dalloway, famosa personagem da autora cujo nome intitula seu livro mais famoso. Chegando ao destino, Rachel e Helen conhecem outros turistas, principalmente ingleses, acompanham a formação de casais e participam dos eventos promovidos no local, como picnics e bailes.
A relação entre Rachel e Helen é tema recorrente no livro, apesar da presença marcante dos demais personagens. Helen tem uma relação quase maternal com a sobrinha, tentando conduzi-la com sensatez para a vida adulta, pois, apesar de seus 24 anos, Rachel quase nada sabe à respeito da vida.
A Viagem é um romance denso, repleto de nuances e personagens complexos, apesar de não ser escrito em modo fluxo de consciência, recurso característico de Virgínia Woolf. Como nunca havia lido nada dela, fiquei um pouco assustada no início e a leitura demorou a engatar, precisei ler algumas partes em voz alta para conseguir assimilar melhor! Com o decorrer do tempo, a história foi consolidando na minha mente e começou a fluir, e assim foi até o derradeiro final... Que, aliás, já sabia como era antes do início da leitura, graças à edição da editora Novo Século, que por algum motivo colocou no PREFÁCIO, escrito por Antonio Bivar, um super SPOILER. Valeu editora ¬¬”
rosanyvieira 21/03/2018minha estante
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Samantha @degraudeletras 17/12/2016

A viagem
A viagem , primeiro romance da inglesa Virginia Woolf, conta a história da jovem Rachel Vinrace que foi criada pelo pai e pelas tias de forma protetora sem muito contato com pessoas diferentes, apenas aquele habitual grupo de amigos.

Rachel passa a conhecer novas pessoas quando viaja com sua tia Helen para o Brasil. No livro não diz, especificamente, que vieram para o Brasil, mas as referências nos faz supor que o seja, pois elas estão às margens do Amazonas e os barcos saem de lá carregando borracha, o que caracteriza o norte brasileiro.

O leitor percebe o crescimento da protagonista quando ela passa a tomar decisões sérias por conta própria, como quando ela resolve que não mais irá à igreja e expõe seus argumentos, antes dessa nova percepção, Rachel ia à igreja fielmente por costume familiar e nunca havia parado para pensar a respeito daquilo.

As relações interpessoais compõem o ponto que mais chama a atenção do leitor durante a leitura, principalmente quando Rachel começa a perceber as nuances de cada personagem de acordo com seus quartos e o que cada aposento pode revelar de seus hóspedes. As conversas de cada personagem, que não são poucos, também enriquece essa diferenciação de caráter e manias.

"– Assim que alguma coisa acontece… pode ser um casamento, um nascimento ou morte… de modo geral preferem que seja morte… todo mundo quer nos ver. Insistem em nos ver. Não têm nada a dizer; não dão a mínima para nós; mas temos de ir ao almoço, chá ou jantar, e se não vamos somos condenados. É o cheiro de sangue – continuou – Não as culpo; apenas, se eu poder evitar, não terão o meu!" P. 457

Virgínia Woolf consegue com maestria a máxima dos escritores de mostrar e deixar o leitor tirar suas próprias conclusões sobre os sentimentos envolvidos em cada cena ao invés de apenas descrevê-la. Uma cena que revela bem isso é quando Rachel está transtornada e senta-se numa mesinha ao final do corredor e se pergunta o que ela está fazendo ali, do que vale tudo aquilo que ela está vivendo? O sentimento passado ao leitor é de profunda angústia e auto conhecimento.

A viagem pode parecer um romance enfadonho aos que buscam apenas uma história superficial onde coisas acontecem, mas para extrair a essência de Virgínia é necessário olhos atentos e pacientes, pois a história em si não tem muitos clímax ou reviravoltas (apenas uma, ao meu ver), mas a construção da narrativa e a forma de nos contar são únicas.

Um adendo: para quem conhece a história da autora encontrará pequenas nuances que remetem a sua vida, a Fran do blog Livro e Café chegou a chamá-las de preságios. A mesma frase que está em sua carta de despedida ao marido, escrita um pouco antes do suicídio, a descrição da sensação de estar se afogando e também sua relação com mulheres (quando ela fala que é complicado se relacionar com homens e que Terence nunca entenderia o que ela sente).

"– Talvez eu peça demais – continuou. – Talvez não seja realmente possível ter o que eu quero. Homens e mulheres são diferentes demais. Você não pode entender… não entende." P. 448

site: https://degraudeletras.wordpress.com/
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Analu 22/10/2016

Quem tem medo de Virginia Woolf?
Pra falar a verdade, eu não tinha. Costumo ter medo de clássicos, mas confesso que nunca tinha pensado tão a fundo em Virginia. Minha história com ela começou, ainda que platonicamente, há 1 ano quando, fuçando na estante da minha amiga encontrei seu exemplar de “A Viagem”. Fiquei dias cismada com ele, não sei direito o porquê até hoje. Brinquei tanto que iria roubá-lo dela que ela foi mais rápida e me deu uma edição só pra mim de presente no amigo secreto, pouco tempo depois. Combinamos que leríamos juntas e, bem, o tempo foi passando, nossas agendas literárias não se coincidiam, até que, mês passado, deu certo. E agora eu vim falar do assunto porque, embora eu tenha lido apenas 1 livro da Virginia, já entendi que seu nome do meio é Intensidade. [...] Continua no link!

site: http://revistapolen.com/quem-tem-medo-de-virginia-woolf/
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Ferreirinha 17/09/2016

Envolvente
A princípio achei o livro arrastado. Do meio para o final me prendi na história e passei um dia inteiro lendo.
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Dioneia.Rios 14/01/2016

Quando comecei a ler o livro fiquei seriamente em dúvida se ele seria realmente de Virginia Woolf; Um livro confuso, de um enredo de difícil entendimento, uma história meio sem rumo e ambientada sem a menor preocupação que normalmente todos os autores tem ao situar a trama , senão com as características verdadeiras para um lugar real, ao menos, consistentes mesmo que o lugar seja imaginário com a realidade do clima, vegetação, hidrografia e outros aspectos do nosso planeta. Dizer que os habitantes de um lugar situado na Amazônia teciam suas próprias roupas com as lãs das ovelhas de sua criação, é algo inconcebível. Não abandonei a leitura para tentar entender onde a narrativa chegaria, mas acho que a viagem ficou completamente à deriva.
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Victor 12/12/2014

Acabei de ler o livro e nossa, ainda estou digerindo. Confesso que foi de fato uma viagem que Virginia Woolf proporcionou aos seus leitores quando escreveu sua primeira obra. O começo eu achei um tanto maçante e tedioso, da primeira vez que comecei a ler até mesmo abandonei o livro. Mas depois de ler As Horas, onde uma das personagens pretende ler todos os livros de Virginia, resolvi tentar dar mais uma chance e, quando me deparei, as páginas passavam voando e sequer reparava o quanto havia lido, de tão envolvido que eu estava com os personagens. A única coisa que de fato estragou a leitura foi o prefácio com aquele spoiler do inferno, como outras pessoas falaram. Mas mesmo sabendo o que me aguardava no final do livro, foi uma experiência angustiante de qualquer forma e que ainda não foi totalmente elaborada em minha cabeça. Acho que estou de "ressaca literária" depois de beber tanto de algo tão profundo.
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Lista de Livros 23/08/2014

Lista de Livros: A Viagem, de Virginia Woolf
“- É preferível ser um assassino a um chato.”
*
“Quando se cria expectativas, sempre há desapontamentos.”
*
“- É tão raro pensarmos em algo além de nós mesmos que uma ferroada de vez em quando é até agradável.”
*
“O amor parece explicar todas as coisas.”
*
Mais em:

site: https://www.listadelivros-doney.blogspot.com.br/2014/08/a-viagem-virginia-woolf.html
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Joy 20/05/2014

Um excelente livro de estreia da minha escritora favorita de todos os tempos.
Um mergulho em sentimentos peculiares dos personagens, além de conter uma maravilhosa reflexão sobre o papel da mulher na sociedade da época, seus deveres, seus (poucos) direitos e todo o apagamento.
Um pouco longo, mas nem por isso enfadonho.
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Inmyopinion 23/01/2014

"Um romance sobre o silêncio..."
Encontrei a Virginia Woolf na prateleira de uma stand na Bienal do Livro custando apenas R$10,00. (O que agora, em termos de qualidade, considero uma ofensa)
Enquanto ela escrevia passava por momentos conturbados em sua vida, e acabou colocando todo o seu sentimento no livro.
Virginia é muito descritiva, tanto ao espaço quanto aos personagens. Nos apresentando personalidades incríveis. Fazendo assim um livro complexo e delicado. Com uma escrita não muito fácil, mas, não é uma leitura cansativa.

Virginia escreveu um romance sobre o silêncio, e adoçou enormemente o meu coração.

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Taynara 22/12/2012

Meu comentário sobre: A viagem
Livro incrível. Uma narração excepcional. Perfeita, porém, o leitor que ainda não acostumado com a escrita da Virginia se sentirá aborrecido por longas descrições e relatos com poucos diálogos.
A personagem "Rachel" é a própria Virginia Woolf. E isso você sentirá a todo momento. A Virginia é conflituosa, intensa e incrível.
Amei este livro.
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GIL 19/11/2012

Este livro de estréia de de Virginia Woolf - que demorou dez anos para ser escrito - não é uma leitura propriamente dita é , antes , uma "degustação'' de toda uma obra que estava por nascer. Antes de ler Virginia algumas pessoas disseram que ela era "dificil". discordei sem ler pois não existe livro dificil, existe livro mal escrito ou leitor despreparado. Quem só toma cachaça e cerveja , jamais reconhecerá as nuances olfativas de um bom vinho. Por isso, quem só gosta de literatura encomendada fuja desse livro!! O enredo na 'Viagem' é secundario - por isso espanta o não iniciados - dando lugar a diálogos que despem cada personagem. A Autora, nesse caso , deixa de ser o Deus de sua obra - o que todo autor o é - para ser mera observadora. Um livro fascinante!!!!!
GustavoCampello 01/12/2012minha estante
Discordo quando a "Não existe literatura difícil".

O livro não é facíl, a escrita muitas vezes é rebuscada e cansativa. Muito diferente de Hemingway e Dostoievski que tentam simplificar a maneira como a história é contada.


GIL 07/12/2012minha estante
Concordo, Gustavo Campello que Dostoievski e Hemingway são ícones. Mas continuo achando que Virginia faz parte do "clube". Apenas são leituras com estilos diferentes.




edgardie 20/10/2012

Eu me senti muito confortável com a leitura, a qual é leve em suas descrições de cenários e se prende mais ao comportamento das personagens. Gostei muito da atenção que foi dada à linguagem corporal durante toda a história.
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Renata 20/07/2012

O início da viagem 'woolfiana'
Quando resolvi ler a obra de Virginia Woolf decidi fazer isso em sua ordem cronológica, começando então com seu primeiro romance, A viagem. Como é o primeiro contato com Woolf não tenho como colocar a obra em perspectiva em relação aos demais romances.

O tema que me pareceu de maior importância é a busca de sentido, de entendimento sobre a vida, principalmente pelos dois personagens principais Rachel e Terence, que refletem grandemente sobre cada acontecimento com que se deparam, o interessante é que são personagens que falam muito e pensam e repensam mais ainda, e Woolf vai ao ponto de revelar não somente os pensamentos lógicos de seus personagens como também aqueles sobre os quais hesitam ou se arrependem.

E cada grupo de personagens encontra seu próprio sentido, seja na vida intelectual ou no casamento, nos negócios ou na rebelião.

Woolf ainda aborda sutilmente, sem levantamento de bandeiras por parte de suas personagens, a condição feminina, sua condição social inferior, proibição de voto, indicando um momento de transição com a discussão sobre a condição feminina permeando as falas.

Quanto a edição que eu lí, de 2008 da Novo Século há duas ressalvas:
1 – O prefácio é muito infeliz quando conta um desdobramento crucial do fim do livro, quem lê mais de 500 páginas deveria ter o direito de descobri-lo em seu próprio tempo, resguardadas as surpresas e emoções.

2 – Não sei as edições mais recentes, mas esta precisa de revisão. É possível encontrar vários erros de concordância, umas duas palavras fora de lugar, que causam estranhamento ao longo do texto.
GustavoCampello 01/12/2012minha estante
Renata, as suas duas OBSERVAÇÕES estão corretissímas!

Fiquei muito PUTO ao ler o Prefácio! Quase abandonei o livro.

Erros de ortografia demais, principalmente nos dois últimos capítulos.


Maria Bezerra 16/08/2016minha estante
Também odiei o prefácio!!! Fiz uma anotacao de um trecho interessante do prefácio. Estava no meio do livro e fui reler minhas anotações... puff... desmotivei




Nina 01/08/2011

Eu nunca senti tanto uma ligação com alguém, como senti com Virginia ao ler esse livro. Nunca havia lido um romance tão verdadeiro e tão complexo.
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Nise 29/08/2011minha estante
Adorei sua resenha e se me permite; faço minhas as suas palavras.




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