Sem gentileza

Sem gentileza Futhi Ntshingila




Resenhas - Sem gentileza


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Anna 29/10/2018

Triste realidade
Trás a tona a realidade de grande parte da população feminina africana. Aborda a violência sexual sofrida por elas, o preconceito pelos portadores de HIV e a religiosidade desse povo. Com uma abordagem clara e sistemática, Futhi
consegue trazer ao nosso conhecimento uma parte das mazelas africanas.
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Livinha 02/03/2022

Pesada e interessante
Obra interessante que dissera acerca de uma mãe e sua filha precisando sobreviver, durante o apartheid.

O apartheid (1948-1994) fora um sistema de segregação racial realizado na África do Sul pelas pessoas brancas, principalmente holandeses, com seu desejo incontrolável de sustentar o mito de uma superioridade racial europeia (e colonizadora).

Durante o período, os europeus ?aboliram? a escravidão, mas sem direitos civis - o que, em tese, comprova que a escravidão nunca foi abolida, de fato.

O regime racista teve seu ?inicio de fim? apenas em 1990, enquanto que as eleições democráticas foram realizadas em 1994, sob o comando de Nelson Mandela.

Sigo dizendo que você precisa estudar a história antes de ler uma obra que tenha como a base o mesmo período. Zola e Mvelo lutavam contra a AIDS, estupros, falta de direito civil e fome. Mas o principal era que ambas lutavam para ter voz. Obra incrível. Ligeiramente lenta, mas muito boa.
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Rafa 28/02/2021

Em meio ao apartheid, nos guetos da África do Sul, mãe e filha precisam sobreviver em um ambiente marcado pela pobreza e pelo medo da aids. Este romance traz uma história de superação de cruéis adversidades, mas também conta a trajetória de libertação pessoal de uma mulher orgulhosa e de uma menina que se torna adulta cedo demais. Diante de uma sociedade machista que tenta anular suas existências, Zola e Mvelo lutam para que suas vozes sejam ouvidas.

🇿🇦 O título faz jus ao enredo, pois a vida não foi nada gentil com Zola e Mvelo!! E são todas as provações pelas quais elas tiveram que passar que montam a história desse livro emocianante!!

🇿🇦 Mãe e filha moram numa sociedade preconceituosa e extremamente machista. E essas duas questões as atingem em cheio em muitos momentos. Mas elas não se dão por vencidas facilmente, lutam muito antes de desistir, mesmo sabendo que a "derrota" é eminente!!

🇿🇦Chega a ser revoltante ler as situações pelas quais elas têm que passar. Rejeição da famíla, abuso sexual e AIDS são só alguns exemplos de barreiras que elas encontram para construir as personalidades de duas mulheres muito determinadas, e uma relação marcante e tocante entre mãe e filha, cheia de boas lições para o leitor!!

🇿🇦 Fiquei muito feliz como o livro termina. De uma forma muito poética, a finalização da história nos mostra que a vida pode sim ser gentil começa, finalmente, a recompensar toda a luta dessas mulheres!!

🇿🇦 Ótimo livro!!!
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leiturasdabiaprado 03/08/2022

Que livro!
O livro vai nos mostrar um pouco da realidade de Zola e Mvelo, mãe e filha, na África do Sul.
Em meio ao racismo e a epidemia da AIDS no país...
O que mais me marcou é a sucessão de violências que mãe e filhas passam, a extrema pobreza, a falta de políticas eficazes de assistencialismo, os brutais estupros contra as meninas...
A valoração do que vem de fora, o preconceito com as próprias raízes...
Um livro para ser lido e sentido!
É desesperador, absurdo, lermos que soropositivos morrem tomando coquetéis pq os mesmos mão fazem efeito por causa da subnutrição... ou seja, morrem por causa da miséria, da fome e e dos cuidados mínimos de saúde! É um soco no estômago sabermos que o tratamento não é para todos na prática!
Dói, dói furar a bolha e vermos outras realidades, mas isso é necessário, só assim vamos crescer enquanto indivíduos, enquanto sociedade, enquanto humanidade!
Recomendo fortemente a leitura!
São 160 páginas, com uma escrita forte e cativante, a leitura nos prende e acima de tudo nos desperta!
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Cris @cristinadaitx 22/12/2021

Uma história sobre resiliência, esperança, abuso, sofrimento, perdas e reencontros. Zola, uma jovem com um futuro promissor vê sua felicidade interrompida por um destino cruel. Sozinha com sua filha Mvelo, aposta mais uma vez no amor e dessa vez vê sua alegria assolada por uma traição. Mais uma vez está só, ela e sua filha. Mas ela não desiste e vai viver com sua filha em um lugar inóspito, mas sem dever nada a ninguém. Quando seu coração já parece curado, o reencontro Sipho traz não só as mágoas de volta, mas a doença mais temida da África, a AIDS. Sipho se vai, e logo após é sua vez. Mvelo agora está sozinha, e grávida de seu abusador, entrega sua filha para que tenha uma vida digna. Mas, o destino age mais uma vez e coloca em seu caminho a sua protetora. Ao reencontrar Nonceba, Mvelo pode ter esperança de um futuro para si e para sua filha. O passado fica para trás e , nos olhos de sua filha, ela vê os olhos de aprovação de sua mãe, Zola, que está alegre com a felicidade de sua filha e de sua neta.
Emocionante, forte e marcante, uma delícia de leitura. A autora, certamente, entrou para a minha lista de autores preferidos.
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Ana Carolina 07/06/2021

Livro poderoso
Que livro poderoso. Bem curtinho, super direto, mas que aborda temas fortíssimos.

O livro conta a história de Zola e Mvelo, mãe e filha que vivem na extrema pobreza na África do Sul, e de todo o histórico familiar que as trouxe a este ponto. É uma narrativa não linear (mas sem muitos pulos, muito fácil de entender) que vai desvendando os personagens através dos anos.

Pela contracapa, o livro parecia ser sobre o apartheid, o que me interessava muito. Contudo, na minha opinião, o tema central da obra é um machismo estrutural terrível. Em certos momentos, eu fiquei bem abalada, porque existem cenas bem pesadas/deprimentes. Felizmente, a escrita do livro é super direta e rápida, não super descritiva (se fossem descrições gráficas eu ia ficar bem bolada), e eu fui passando pelas partes mais pesadas com fluidez.

A luta pela sobrevivência é o pano de fundo constante. Através do apartheid e do racismo, da pobreza, da epidemia do estupro (ai, minha alma), do terror da AIDS, Zola e Mvelo lutam constantemente contra tudo e todos. Sendo um livro muito rápido, os assuntos são tangenciados e discutidos, mas sem enrolação ou enormes explicações, mas ainda assim conseguimos entender do que se trata. O enorme problema da AIDS me chocou muito, assim como o medo constante de estupros e gravidezes indesejadas, o que me remeteu à fala de Melinda Gates (vamos falar sobre o livro dela aqui!), que defende os contraceptivos como grande método de empoderamento feminino, especialmente nos países pobres e retrógrados.

É um daqueles livros muito enriquecedores, pois te apresentam a novas realidades. Outra questão que me chamou atenção é como a felicidade e o sofrimento podem ser fugidios, e como a gentileza dos outros pode mudar tudo rapidamente, assim como a falta de conversa - em muitas cenas eu pensava “mas por que não conversam sobre isso?”, mas era geralmente por causa daquele machismo antigo e desesperador que não quer nem ouvir o outro lado, mesmo quando é sua própria filha.

Sem Gentileza é um livro bruto sobre circunstâncias extremas, mas nunca deixa de ser uma leitura de muito valor!

site: instagram.com/miojo.literario
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Vanessa 21/05/2021

Curto e impactante
O livro é curto, porém impactante pois logo nas primeiras páginas ele nos aborda com a realidade/honestidade sobre HIV.
Mas não se resume a isso, pois além de falar sobre racismo e Apartheid o livro trata de outros assuntos que também são relevantes e sensíveis, como: familia, adoção, machismo, colorismo, imigração, ancestralidade, religião e problemas sociais e tudo isso ocorre enquanto acompanhamos a vida da Zola e sua filha Mvelo.
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Marília 20/04/2021

Esse livro é um soco no estômago. Vimos como as pessoas sofrem de maneira igual mesmo em países e culturas diferentes.
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Paula @bookflags 13/10/2020

Mulheres...
Um livro reflexivo, histórias de mulheres as quais se encontram e enfrentam, cada uma de sua forma, duras realidades. Quantas devem viver enfrentando os mesmos medos? E nos o que podemos fazer por elas...em uma mundo, cada vez mais, sem gentilezas.
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Pri 16/06/2020

A autora nos toma pela mão e nos mostra a realidade uma e crua de mulheres pretas e africanas. Li em uma semana por causa do trabalho,mas, com tempo, lê-se em um dia. Ah, e chorei também. Forte e importante.
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Fabiana.Amorim 12/03/2020

Apenas Ok
Quem está habituada com a força literária de Chimamanda e Buchi Emecheta, pode achar este Sem Gentileza menos interessante, como eu. Mas não deixa de ser uma leitura válida, fluida e realista como só as escritoras africanas são capazes de nos trazer. Se você está interessado num livro que lhe dá um biscoitinho no fim, esta é a sua leitura. Não desmereço os temas tratados mas não me envolvi emocionalmente. Não entra para a lista dos memoráveis. Vá ler Buchi se chegou até aqui. ?

Nota 3/5
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Liana 24/02/2019

Mvelo
"Para as crianças que vivem às margens da sociedade e que passam por dilemas colossais. As suas vozes são importantes."

Sofri bastante durante a leitura, mas valeu a pena. Lindo livro. Tem dor, mas muita esperança.
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Vanessa Prateano 13/10/2017

Sem gentileza: Futhi Ntshingila é a guardiã da memória das mulheres sul-africanas
Quando se menciona a tradição literária da África do Sul é comum que leitores e leitoras pensem imediatamente em dois grandes figurões das letras daquele país: Nadine Gordimer (já falecida) e J. M. Coetzee, que ganharam o Prêmio Nobel de Literatura, respectivamente em 1991 e 2003. Ambos brancos, Gordimer e Coetzee, cada um à sua maneira, se notabilizaram por retratar a sociedade racista e violenta imposta pelos colonizadores, cujo símbolo é o regime de apartheid que vigorou no país oficialmente de 1948 a 1994.


A visão de alguém que conheceu o sistema de perto e de dentro, como uma pessoa negra, desdobrando-se para sobreviver e criando estratégias para não sucumbir diante da violência, da pobreza e da discriminação, no entanto, não pôde ser alcançada por nenhum dos dois. Este é, portanto, um dos diferenciais de escritores como a jovem Futhi Ntshingila, nascida em 1974 em uma família da etnia zulu, e autora de Sem gentileza, lançado no Brasil em 2016 pela Editora Dublinense. Este é o segundo livro da autora, mas o primeiro publicado por aqui.

A vivência de uma mulher negra que se coloca como guardiã da memória das mulheres de seu país – como mencionado – é um dos diferenciais. O outro é a recusa de Ntshingila de cair na fórmula fácil que marca muitos dos relatos, ficcionais ou não, e geralmente eurocêntricos, a respeito da África do Sul e também do continente africano, incorrendo no que a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie chama de “O perigo da história única”: o de colocar a população sul-africana como passiva, imobilizada, sugestionável e dependente da caridade e da salvação de outros.

Não que não haja sofrimento, humilhação e discriminação no cotidiano de suas personagens – certamente há, afinal, não se pode apagar do dia para a noite séculos de colonização, racismo, misoginia e pauperização. Mas a história narrada em terceira pessoa em Sem gentileza, que foca na vida de mãe e filha, Zola e Mvelo – durante e após o fim do apartheid – é complexa, cheia de nuances, marcada por momentos de raiva, desespero e solidão e também de emancipação, autonomia e afeto.

A escritora utiliza a história de Zola, que está morrendo da epidemia de AIDS que assola o país (inclusive as crianças), e de Mvelo, que aos 14 anos cuida sozinha da mãe, para falar de forma concisa e nem por isso menos aprofundada sobre discriminação racial, valores familiares, religiosidade e ancestralidade, desigualdade no acesso à saúde, solidão da mulher negra, violência sexual, maternidade precoce e a vida nos grandes aglomerados urbanos sul-africanos.

Violência sexual contra meninas

Um tema que está muito presente em Sem gentileza é a vulnerabilidade das meninas – seja no campo ou na cidade – e também a responsabilidade que é imposta a elas para que se cuidem e não sejam violentadas sexualmente. O pano de fundo é o tenebroso índice de estupros que assola o país, que por vezes parece anestesiado diante deste cenário.

A culpabilização e o ostracismo social estão presentes desde muito cedo na vida das que “se perderam” – uma condição que acompanha as que foram estupradas por líderes religiosos, pelos companheiros de suas mães, por chefes ou por homens contaminados pelo vírus HIV que acreditam que fazer sexo [na verdade, elas são estupradas] com uma menina virgem irá curá-los da doença.

Em poucas palavras, narrando um fato muito comum em seus país, a autora traz à tona a complexidade das estratégias desesperadas utilizadas pelas mulheres mais velhas para preservar as meninas dos ataques dos “tios”, os homens mais velhos que muitas vezes são próximos das vítimas e integrantes de suas famílias: os testes de virgindade.

Com eles, as mulheres buscam saber se alguma menina foi violada e também mandar um recado aos “tios”. O objetivo é dizer que elas estão de olho e alertas, e que se os mesmos atacarem alguma garota, mais cedo ou mais tarde serão descobertos por meio dos exames e então punidos.

Por mais bem intencionados que sejam, os testes também geram consequências terríveis para as meninas: marcam para sempre as que já não são virgens, que sofrem julgamentos da comunidade e se tornam indignas de um casamento; e também as virgens, que se tornam presa fácil dos homens infectados com HIV em busca de “cura”.

“Mvelo foi às sessões de teste de virgindade com clareza no pensamento. Estava fazendo aquilo principalmente por Zola e, mesmo assim, sentia que era dona de si. E como muitas garotas de sua idade, estava curiosa para ver o que e como era o teste. Descobriu que havia bos testadoras, que estavam preocupadas com o abuso infantil disseminado e que enxergavam o teste como a forma tradicional de resolver o problema. Outras, no entanto, estavam embriagadas com o poder e a atenção que recebiam da mídia. Correspondentes estrangeiros e tarados endinheirados amontoavam-se com câmeras para um circo carnal repleto de garotas imaculadas abrindo as pernas.

Jornalistas genuínos tomavam cuidado para não tirar vantagem, enquanto os voyeurs, babando, utilizavam lentes de longo alcance para focalizar o alvo com precisão, assim como fazem durante Umkhosi Wohlanga, a dança dos juncos, onde jovens princesas Zulus seminuas presenteiam juncos ao rei Zulu. Para o teste, mulheres idosas formavam filas com as garotas de manhã cedo, normalmente perto de um rio. Elas deitavam-se em fila, cada uma acompanhada de uma examinadora, e abriam as pernas. Com dois dedos de cada mão, a examinadora forçava a abertura dos lábios de suas vaginas, procurando por um “olho”; a vagina de uma virgem é fechada, como um botão de uma flor, que lembra um olho. Ao encontrar o olho, examinadora erguia-se, posicionada no vão entre as pernas da virgem, e assentia positivamente às outras. Haveria então muitos uivos de alegria das vovós. Elas recebiam certificados por escrito e eram marcadas com um ponto em suas testas, indicando que ainda eram puras.

Na favela de Mvelo, ela ficou conhecida omo “a virgem”. Presa fácil. Como uma zebra correndo em meio às gazelas: marcada.” (Sem gentileza, p. 76-77)

Pouco tempo depois do último teste, Mvelo é estuprada por um pastor, abandona o sonho de ser cantora e sua vida muda por completo. A descrição crua da violência sofrida, ao mesmo tempo em que é um retrato cuidadoso de uma realidade infelizmente tão comum, é um ponto forte da narrativa.

Identidade, sororidade e celebração da mulher negra

As redes de apoio e solidariedade entre as mulheres negras é outro aspecto marcante na obra, e nisso se observa um diálogo entre Ntshingila e a moçambicana Paulina Chiziane, que também se dedicou a falar das contraditórias e afetuosas relações entre mulheres em seu país, principalmente quando elas aparentam disputar o mesmo homem.

Nada é tão simples de se definir e enquadrar, como é a relação entre Zola e Nonceba, outra personagem marcante de Sem gentileza. Embora o casamento de Zola tenha acabado quando seu companheiro conhece Nonceba, ambas mantém uma relação silenciosa de respeito mútuo e se unem para cuidar de Mvelo, cada uma à sua maneira.

Aliás, a personagem de Nonceba é uma interessante metáfora a respeito da identidade da mulher negra na África ou na Diáspora, onde se misturam temas que vão da religiosidade (inclusive mesclando noções de bruxaria e saberes femininos tradicionais) e da ancestralidade, ao colorismo e à maternidade, num contexto de violência, ontem e hoje.

Noções de masculinidade também são discutidas em Sem gentileza – no caso, a masculinidade e suas intersecções com as questões de classe e de raça – por meio da figura de Sipho, advogado e padrasto de Mvelo, responsável por infectar Zola e outras mulheres com o vírus HIV. Sipho é carinhoso com a família e uma boa figura paterna para Mvelo, mas é também um homem machista, egoísta e irresponsável frente aos sentimentos e à saúde das mulheres com quem se envolve – o que permite uma reflexão a respeito de como homens admirados e sociáveis podem cometer violências muitas vezes sutis que vão minando as mulheres ao seu redor.

Sem gentileza é um livro curto – 158 páginas –, possui poucos diálogos e para alguns a linguagem pode parecer concisa demais. Até mesmo a história pode parecer se desenrolar de forma muito rápida. Porém, essa se torna uma qualidade da obra, já que o objetivo da autora é, ao mesmo tempo, retirar meninas como Mvelo da invisibilidade, e também evitar descrições prolongadas, grandes digressões ou análises muito pormenorizadas que acabem por retirar a força narrativa de uma história que fala por si só.

site: https://deliriumnerd.com/2017/10/12/futhi-ntshingila-sem-gentileza/
Samara 17/06/2019minha estante
Que livro pesado. É nessas horas, que eu sinto vergonha por ser mulher




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ritita 19/06/2019

Pobre mulheres africanas
Estou eu de novo na África - berço da humanidade, tão explorada, sacaneada e hoje tão abandonada pelos exploradores, agora na África do sul, em Durban.

Em meio a um sentimento de desolação, fome, seguidos estupros e a disseminação da Aids, a vida de três mulheres sofridas e determinadas nos mostra a África do séc. XX.

São mulheres esquecidas pela sorte - Zola, Mvelo e Nonceba, cada uma com suas desditas particulares, e ao mesmo tempo coletiva numa cultura machista e ancestral.

Zola - mãe de Mvelo, que em sua sofrida vida teve apenas um vislumbre de normalidade junto a Sipho, seu grande amor e que, a despeito de tanta pobreza e doente de Aids consegue dar amor e bons valores morais à filha Mvelo.

Mvelo - orfã e estuprada aos 14 anos e que mesmo passando pelas maiores dificuldades que uma menina-moça pode passar naquele lugar, faz jus a criação dada pela mãe.

Nocemba - africana que retorna dos EUA procurando suas raízes e que usa sua formação de advogada para ajudar os locais.

O destino delas é entrelaçado pela presença de Sipho em suas vidas.

A autora enfoca a estrada da vida de Mvelo contando também a vida das outras duas mulheres, sem apelar para vitimização ou fazer juízo de valor, apenas descortinando como é difícil ser mulher, negra, pobre ou rica na África ainda nos dias de hoje .

Sensacional! Maravilhoso! Espetacular!
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