A Ideologia do Trabalho

A Ideologia do Trabalho Paulo Sergio do Carmo



Resenhas - A Ideologia do Trabalho


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melanieteles 06/04/2023

Li pra fazer uma resenha de direito do trabalho. Traz conceitos interessantes mas todos senso comum, nada muito diferente
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Bruno 04/10/2010

Trabalho sobre o Trabalho
Paulo Sergio do Carmo, sociólogo formado pela fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo e mestre em filosofia pela PUC de São Paulo, é autor, dentre outros livros que abordam o trabalho inserido nas sociedades, do livro “A ideologia do trabalho” neste ele aborda o desenvolvimento do trabalho e suas relações com a sociedade.
Este livro, segundo o autor, tem a finalidade de “mostrar como o trabalho foi exaltado ou desprezado por diferentes classes em diferentes épocas e nações” (p.7.). Ele consegue abordar este tema de maneira clara e concisa, mesmo apresentando vários aspectos e informações sobre o assunto.
Iniciando seu livro a partir da explicação do porque o trabalho é exaltado, Paulo Sergio, já leva o leitor a uma analise sobre esse aspecto. Pois consegue fazer este questionar o significado trabalho, que segundo o autor “é a chave para superar os infortúnios e parâmetro para medir a acumulação do capital, evidenciando a habilidade de ‘vencer na vida’.” (p.12.).
Expondo o trabalho, ora do ponto de vista do proletariado ora da classe dominante, o autor demonstra como esse pode ser encarado de diferentes maneiras, e em alguns casos com idéias paradoxais, por classes distintas e em varias épocas.
O trabalho em alguns momentos é exaltado, quando, por exemplo, surgem as primeiras fábricas, que são consideradas “instituições filantrópicas”, pois, segundo a classe dominante, permite aos ociosos o privilegio do trabalho. Como também é desprezado nesse mesmo momento, pelo proletariado, pois a loucura e a pobreza ainda são consideradas manifestação de Deus, logo o ócio é valorizado ao invés do trabalho.
Nessa mesma época, durante o inicio da industrialização, ocorreu o ápice da exploração do proletariado. O trabalho atingiu, de forma mais drástica as classes mais baixas da sociedade, já que nesse momento ainda não tinham se instituído leis que protegessem a classe trabalhadora.
Tal fato levou até ao trabalho infantil, pois as crianças tinham “mais docilidade e obediência, em virtude de sua fragilidade” (p.31.), tais características bem valorizadas na época da manufatura do século XVIII. Este assunto é abordado pelo autor dentro do capitulo “Mais abelhas que arquitetos”, no entanto o trabalho infantil é tratado de maneira extensa, em relação aos outros assuntos, e alem disso possui uma significativa importância, logo esse deveria ser mais valorizado colocando-o em um capitulo a parte.
O autor expõe suas idéias a partir da sociedade grega, passando por diferentes momentos da história onde o trabalho influencia a sociedade e também é influenciado por essa, e chegando ao Brasil, porem o trabalho na sociedade brasileira é mais detalhadamente exposto em seu outro livro “História e ética do trabalho no Brasil”. Seguindo essa linha ele acaba se centrando muito na Europa, pois é nesse local que surge as primeiras fabricas, logo, é nesse momento que surgem as mudanças no trabalho, que levaram ao que se conhece hoje. Tal influencia acarreta até ao surgimento de teorias que auxiliariam a produção manufatureira da época, e também atualmente, os “modos produtivos”, taylorismo e fordismo.
Esses fizeram com que o trabalho torna-se fragmentado, acelerado, e mais produtivo. Entretanto gerou nos trabalhadores, em sua grande maioria, uma infelicidade em relação ao trabalho, pois estes modos produtivos criaram um trabalho onde o operário não participava de todos os processos da fabricação. Sendo assim o trabalhador desse momento, que era acostumado a fazer todos os passos de criação de um produto, não se sente inserido nesse sistema. Tais processos surgiram influenciados pela valorização do capital, e cada vez mais estava sendo importante a acumulação deste em detrimento do fortalecimento da “cultura” capitalista que estava surgindo.
É interessante ressaltar que este livro o autor expõe diferentes pontos de vista sobre esse assunto, logo permite ao leitor uma visão mais ampla sobre o tema, não se restringido apenas a aspectos econômicos, mas também aos sociais e culturais de cada sociedade, alem de possuir uma linguagem clara, e ainda um glossário com explicações de termos importantes para a compreensão de sua obra.

BIBLIOGRAFIA: CARMO, Paulo Sergio do. A ideologia do trabalho. São Paulo: Moderna, 1992.
Tanize.Correa 11/09/2016minha estante
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Tanize.Correa 11/09/2016minha estante
Muito boa resenha




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