As ondas

As ondas Virginia Woolf




Resenhas - As Ondas


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Thais CardBeg 14/09/2020

Experimento de registrar a vida
"Não sou apenas uma pessoa; sou muitas; ao fim e ao cabo, não sei quem sou". Narrativas em que nos perdemos às vezes no fluxo entro os personagens e o jogo da vida, seus enlaces, personalidades tão diferentes e todos tão humanos. A solidão odiada, pensada, abraçada, refletida e sentida... eis a natureza.
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Punyama 05/09/2020

"As Ondas quebram-se na praia."
Eu não me sinto suficientemente preparado para fazer uma resenha completa deste livro ? tanto por não ter o fator idade/vivência suficiente quanto porque não conseguiria expressar em palavras o quanto ele é incrível (meu vocabulário não é vasto o suficiente para exprimí-lo) ?, mas vou tentar dizer algumas coisas. Pra começar, devo dizer que ele é um tapa na cara, um tapa seco e sem dó. O livro é narrado por "fluxo de consciência" ? o que só intensifica tudo o que está acontecendo ? e segue a história de 6 amigos, desde a infância até a velhice e morte. Pelo fato de ser narrado em fluxo de consciência não tem como a autora ficar explicando tudo, então ele apresenta várias lacunas onde o dever de supor e preencher é do leitor, e eu vi isso como um ponto positivo. Além de nós, leitores, termos poder criativo, a autora tem mais tempo de se focar no que realmente importa: o desenvolvimento dos personagens através de todas essas décadas. Como muita gente fala, "As Ondas não é um livro de história, é um livro de desenvolvimento de personagens". E isso a Virginia Woolf faz muito bem!
Os últimos 20% foram quase impossíveis de ler para mim. É onde o personagem já está idoso e começa a se lembrar do passado, num momento de reflexão. Nesse ponto a narrativa muda um pouco e o livro fica mais denso, pesado e seco, como que para representar a proximidade da morte, os sonhos que não se concretizaram, os amigos que se foram e toda a dor sentida. É triste ver toda essa amargura, mas é algo necessário.
Bom, este livro se tornou um dos meus favoritos da vida, e com certeza vou o reler daqui alguns anos, quando eu estiver mais experiente, e certamente vou o enxergar de uma forma mais completa.
Quando eu terminei As Ondas eu estava chovendo.
grs.neto 24/10/2020minha estante
Ótima resenha!!


Leandro.Bonizi 19/12/2022minha estante
"Pelo fato de ser narrado em fluxo de consciência não tem como a autora ficar explicando tudo, então ele apresenta várias lacunas onde o dever de supor e preencher é do leitor" ? Bem observado!




Alê 14/08/2020

As ondas quebraram
Sem sombra de dúvidas é o livro mais profundo que já lir na vida, confesso que no começo fiquei um pouco perdida, era tudo muito intenso para mim, mas as ondas foram se quebrando e agora posso afirmar sou uma nova pessoa depois das ondas de Virginia Woolf!!!
Anne de Nárnia 24/08/2020minha estante
Me interessei pelo livro hahaha




Igurzz 28/07/2020

A capacidade de estar só na presença do outro
As ondas, é de longe o maior ato de virginia woolf, uma prosa poética extremante caótica intercalada com várias fases do humano, de como lidamos com a falta, a perda, a plinitude e o luto. Um sentimento oceânico de extrema solidão, porém demasiada plenitude. Uma prosa desitengrada por seis personagens, que contemplam a si mesmos na presença do outro. Um mecanismo tão sofisticado, uma solidão tão clariceana, que apenas Woolf conseguiu metabilizar a violenta angústia de uma persona quebrada em seis.
Esse livro é antes de tudo um ensaio sobre a capacidade de estar só na presença do outro, sem a necessidade de destruir o outro para contemplar a si mesmo.
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Lorenza.Borba 04/07/2020

caramba - disse lorenza - que doidera, nunca vi uma narrativa dessas, parece que saí da minha cabeça e pipoquei na de sete.
Maria 12/07/2020minha estante
Onde você comprou? Estou procurando e não acho em lugar nenhum


Lorenza.Borba 12/07/2020minha estante
eu li em pdf, desculpa...




Natalia.Maria 30/06/2020

Deixei-me levar
Fui levada pelas ondas de Virginia, o livro tem uma leitura fluida e muito gostosa
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Lázara 29/06/2020

À sombra da natureza humana
À sombra na natureza, Virginia semeou seis personalidades perfeitamente identificáveis. Seis mentes abertas ao nosso escrutínio: mentes repletas de recantos escuros, terra, folhas, miragens... e Percival.
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Ingrid 11/02/2020

Minha primeira experiência com Virginia Woolf foi “Orlando”. Fiquei encantada e não me esqueci dele. Fiquei curiosa para me aproximar mais das obras de Virginia, mesmo sabendo que não seria fácil. Realmente, não foi. “As ondas” me afogaram lentamente e no raso. As seis narrativas foram dificultosas e cansativas de acompanhar. Antes de iniciar a leitura do livro, li diversas resenhas críticas para saber o que esperar e inúmeras vezes me deparei com a descrição de que seria a obra prima da autora, o livro mais complexo e completo que ela já teria escrito. Talvez seja de uma profundidade e complexidade que não me cabe. São sim, seis narrativas poéticas, costuradas de forma a passarem os anos sem que isso seja dito nessas exatas palavras, mas sentido pelos fatos das vidas e amadurecimento dos personagens. No entanto, não consegui atingir a profundidade que ela exige para ser tomada pelas ondas da forma como, talvez, devesse. No final de tudo, só posso dizer que não foi uma boa leitura. Foi intercalada por inúmeras pausas em que me pegava pensando se não era melhor desistir dela, já que, cada vez que me perguntava se estava compreendendo, a resposta era uma negativa. Não quis largar e acho que aí está meu maior erro. Agora, minha avaliação é baixa para este livro. Mas, talvez aos cinquenta e tantos anos, essas seis pessoas me dissessem tudo que eu precisasse ouvir sobre a vida.
Maria 27/06/2020minha estante
Onde comprou? Não acho em lugar nenhum... estou tentando uma versão online mas também não estou conseguindo


Ingrid 27/06/2020minha estante
Comprei na Saraiva, mas há muito tempo...




morning_sato 26/01/2020

Absurdo!!!!
É assustador se flagrar com uma compreensão e identificação crescente com os sentimentos a percepção dos personagens sobre o mundo. Encontrar alguns pensamentos profundos e quase subconscientes representados com exatidão através das lentes dessas 6 personagens tão complexas é fascinante. A metáfora das ondas encaixa com absolutamente TUDO que é apresentado nessa obra. Melancólico até o fim. Pra mim, obra prima incontestável dessa autora perfeita
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isabelle. 19/09/2019

PERFEITO PERFEITO PERFEITO NARRATIVA PERFEITA nunca quis tanto marcar todas as passagens de um livro
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Dan 24/07/2018

As nossas diferenças talvez sejam demasiado profundas para serem explicadas. Mas talvez não seja má idéia tentá-lo.
É um livro denso e escrito em soliloquios, narrado por seis personagens. Em alguns momentos - muitos - pode ser massante, mas mesmo assim é um bom livro.

Não somente por ter uma escrita diferente, experimental, e belas frases, mas por ser capaz de abordar o suicídio e a homossexualidade em uma época em que existia mais do que visões críticas e preconceituosas.
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bobbie 30/05/2018

Virginia Woolf é... Virginia Woolf.
Bom, apesar de ser Doutor em Literatura Comparada, não tenho vergonha de confessar: Virginia Woolf é para poucos e eu não me incluo nesse número. É um nível de abstração muito exigente para meu cérebro que exige digestão na mesma velocidade com que funciona. Reconheço o valor da obra da autora: é uma pintura abstrata, um trabalho poético, um trançado de ideias em fluxo de consciência da mais alta capacidade. Apenas não é para mim. O que não significa que desistirei de seus livros.
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Samuel.Manzini 17/03/2018

Definitivamente não foi uma leitura fácil, por outro lado, saborear a poesia e toda a habilidade de escrita foi uma experiência impressionante. Parecia ser um livro para dedicar um estudo para cada trecho.
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Júlio 15/10/2017

Em As Ondas, Woolf conta a história de 6 pessoas, desde o período da juventude até a velhice, onde o foco são os episódios chave de formação desses personagens, como indivíduos e como grupo. O grande diferencial dessa obra é a forma em que a história é contada, pois a narrativa é feita na forma de solilóquios onde os personagens nunca dialogam diretamente entre si, apenas descrevem através de monólogos o que passa ao seu redor, seus sentimentos e pontos de vista. A exceção fica por conta de pequenos interlúdios que servem como forma de separar o tempo entre as cenas que compõe o livro. Esses interlúdios são narrados na terceira pessoa, descrevendo a posição do Sol no céu e seu efeito sobre a fauna, flora e, claro, as ondas da paisagem em que esses personagem habitam.

Diferente de Ao Farol, onde o fluxo de consciência é feito de forma fluída e poética, as vezes deixando o leitor no escuro sobre quem é o real autor por trás de cada pensamento ou sensação, em As Ondas o agente de cada monólogo é explicitamente descrito, não abandonando a excelência poética da autora, que aqui floresce nas mais belas metáforas. Apenas pequenas e curtas passagens mais piegas mancham o que é, em seu conjunto, um texto irrepreensível. É a forma sutil nas mais pequenas descrições que realmente trazem vida à essas pessoas, como por exemplo as botas ensopadas de Susan, Jenny sentada à frente do espelho, a forma que Rhoda entra no restaurante etc. Em um dos melhores monólogos do livro, em que Louis lê um poema, a forma com que Woolf intercala as lembranças de Louis com sua leitura, gerando a necessidade de que o poema seja constantemente recomeçado do início é de sutileza notável, uma passagem breve, mas que mostra a engenhosidade da autora. Todas essas cenas são descritas com precisão e lucidez de idéias, usando metáforas que dão vida e cor aos personagens sem cair no enfadonho, sem ter como objetivo confundir e alienar o leitor, afastando-o do texto.

É importante comentar sobre como o livro começa, pois sua abertura passa uma aura hermética que pode afastar o leitor desavisado. Após a introdução narrando o nascer do Sol, somos apresentados de forma direta, desavisada, aos personagens que começam narrando eventos desconexos e aparentemente cacofônicos, porém logo se torna clara a intenção da autora. É uma forma de apresentar os motivos que vão compor o resto do livro, é a forma da autora abordar a mesma idéia que Joyce teve no início de seu Retrato do Artista Quando Jovem, porém da sua maneira, com voz própria. O texto nos passa que os personagem "dizem", mas é o subtefúrgio usado por Woolf para introduzir cada solilóquio, nada é de fato dito e sim pensado e sentido.

Woolf escreve um livro que é cheio de cor e música, mas as cores são lúgubres, e a música em adágio. Seus personagens, apesar de bem caracterizados e possuírem motivações, inseguranças e experiências próprias parecem serem todos variações de um mesmo tema, como cores por um prisma. Não ponho isso como defeito, pelo contrário, se torna claro que é uma escolha estética da autora para fixar sua mensagem, para mostrar como, apesar de serem indivíduos suas experiências são potencializadas quando os mesmos entram em ressonância.

O livro é de difícil classificação, devido a sua estrutura única não é possível encaixar ao lado de outras novelas, e apesar de poético não chega a se rum poema em versos. Talvez a forma mais abrangente de encarar a obra seja na forma de um estudo artístico sobre as relações humanas, que tem como objetivo relacionar, através da metáfora com as ondas, os choques que definem toda nossa vida. As Ondas, juntamente com Ao Farol, colocam para mim Woolf entre os artistas mais geniais do século XX, e talvez ainda além disso. O paradoxo aqui, ou melhor, a ironia, é que ao escrever sobre a fragilidade e a inevitabilidade da morte sua obra se tornou infrangível e imortal.
Salomão N. 15/10/2017minha estante
Quero ler!




Flavio 21/05/2017

Excelente texto. Narra a relação de seis pessoas e suas histórias, sempre do ponto de vista subjetivo, a partir a vivência interior, um livro sensível e profundamente psicológico.
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