Longe Deste Insensato Mundo

Longe Deste Insensato Mundo Thomas Hardy




Resenhas - Longe Deste Insensato Mundo


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Filipe 30/01/2024

Lendo a edição lusitana, pois não gosto das traduções e revisões da Editora Pedrazul. É cedo pra manifestar qualquer opinião sobre o enredo propriamente, porém a prosa é arrebatadora. Eu achava que o Thomas Hardy era um escritor menor dentro do século XIX, até ler um ppuco do ensaio da Virginia Woolf a respeito dele. Lendo com enorme deleite o louvor à natireza que esse homem é capaz de exprimir. Comparável a Ralph Waldo Emerson no seu poder evocatório e na sua felicidade descrevendo cada elemento visual.
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Luiz Souza 01/10/2023

Amor na Fazenda
Essa história conta a trajetória de Betesheba uma jovem bonita e determinada que ganha uma propriedade rural de herança e vai cuidar dela com muito zelo e dedicação.

Ela vai ter três homens que vão se apaixonar por seus encantos, o Bol que é uma paixão mais desvairada depois tem o Sargento Troy um homem egoísta e malvado e por fim o honrado e simpático Gabriel.

No final ela se rende aos encantos de Gabriel.

O livro é bem divertido e com muita aventura.

Ótima leitura.
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Jessica M. 23/03/2023

Decepcionada
Depositei muita expectativa sobre esse livro por um longo tempo. Confesso que tive que pular alguns parágrafos. Se não fosse pela história cativante e que, de certa forma, tem seu charme, eu teria abandonado a leitura.

Acredito que algum psicólogo poderia confirmar se a protagonista Bathsheba Everdene possui transtorno de personalidade histriônica. A intenção do autor era dar forma a uma mulher linda, independente e ‘recatada do lar’, mas o resultado foi uma mulher mimada, imatura e indecisa, cujo único objetivo durante todo o tempo era flertar com os homens que a desprezavam e na primeira demonstração de interesse por parte de algum deles, Bathsheba os enxotava fingindo ser moralmente correta, perdendo o interesse em seus brinquedos e partindo assim para a próxima presa.

O autor também se perde em demasiada descrições de cenas e diálogos de pessoas simples do campo que são totalmente desinteressantes. Aqui está um caso em que a adaptação cinematográfica foi melhor.

Nota: 3,5 de 5.
Mari 29/05/2023minha estante
Vc conseguiu resumir tudo que me incomodou na leitura! Uma pena. Também estava com bastante expectativa por ter gostado do filme.


Jessica M. 01/06/2023minha estante
Pois é, Mari! Foi uma grande decepção para mim também :/


Praga.Enzo 02/01/2024minha estante
A "tradução" da Pedrazul, que parece ter saído diretamente do Google Translate, estragou significativamente a experiência. Li junto com o original e tinha momentos que o parágrafo traduzido não tinha nada a ver e estava super confuso. Infelizmente essa editora não preza pela tradução, nem por capas com bom gosto.


Jessica M. 03/01/2024minha estante
Interessante saber disso! Infelizmente nem todas as editoras parecem se preocupar com a experiência dos leitores em si, só com os lucros :/


Praga.Enzo 03/01/2024minha estante
Com raras as exceções, as traduções da Pedrazul são horríveis. Além das capas cafonérrimas. O único livro que li e que a tradução estava impecável foi A Pedra da Lua. Além de ter um texto de apoio de uma pesquisadora da área. Apenas. O restante a própria dona da editora que faz prefácio. Ela nem pesquisa na área, nem tem conhecimento em inglês. Pode perceber que na Amazon em todos os livros da editora ela leva o crédito após o nome do autor.


Praga.Enzo 03/01/2024minha estante
Mesmo com as frequentes reclamações na Amazon e nas próprias redes sociais da editora, a mesma continua fazendo novas edições, onde apenas muda a arte cafona da capa, sem corrigir os erros.


Praga.Enzo 03/01/2024minha estante
E a fã base deles é feroz. Uma vez, em uma Leitura Coletiva, questionei a tradução e uma moça veio pra cima de mim como se eu tivesse xingado a mãe dela kkkk


Jessica M. 04/01/2024minha estante
?? Nunca entenderei esses fãs... Mas se tem quem compre a ideia da dona, duvido que ela vá repensar sobre isso!




Praga.Enzo 14/02/2023

Tradução péssima
A tradução é revisão desse livro são horríveis. Tive que ler no inglês várias passagens pois ficava super confuso.
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Yasmin | @pernambookanas 29/01/2023

Oi, oi, gente. Hoje eu trago uma resenha do um clássico vitoriano, não conhecia nada do autor e acabei me surpreendendo bastante. Eu fiquei motivada a ler, depois de assistir a adaptação cinematográfica de 2015 e fiquei surpresa ao ler quando percebi a fidelidade da obra.

Sobre o livro, de uma maneira geral gostei muito. No início, eu estava me sentindo culpada por não ter gostado tanto da mocinho do livro, mas depois de ler fui atrás das resenhas e percebi que a maioria não gostou , fiquei aliviada confesso. Acho que a grande diferença entre a mocinha do filme para do livro é no quesito de carisma. A atriz Carey Mulligan ela consegue dar camadas as expressões da personagem, coisa que no livro eu senti falta, em muitos momentos, eu acabei interpretando Bathsheba Everdene no livro um tanto mimada e inconstante.

Outra coisa que me incomodou no livro foi a construção do casal. Não é que seja ruim, sabe? Mas, faltou aprofundar um pouco, talvez mais interações entre si (não estou dizendo de beijos e afins, estou falando de mais diálogos mesmo)

Apesar desses detalhes, o livro é muito bom. O grande protagonista do livro (acho que podemos dizer assim?) é Gabriel Oak, a maior partes das cenas ele está presente e ele faz jus a um perfeito mocinho sempre rendido pela dona do coração. Isso não quer dizer que ele não deixe de expressar o que sente em relação as atitudes duvidosas dela.

Como eu não tinha lido nada do Thomas Hardy, eu fiquei surpresa com a fluidez da leitura. Quando se pensa em clássicos, geralmente é associados na dificuldade do ritmo de leitura. Isso não acontece aqui, ele consegue construir a história perfeitamente sem deixar pontas soltas e de maneira bastante coerente com as características dos personagens.

Enfim, acho que talvez eu tenha me estendido demais. Eu gostei bastante do livro, só tirei uma estrela pelos pontos que me incomodei (0,5 estrela para cada estresse kkk). No mais, recomendo muito a leitura!
Cleo.Bianche 08/01/2024minha estante
Otima resenha, aqui Um filme que fez eu ler livro, e gostar dos dois. Pra mim, o casal de atores foi perfeitos.


Yasmin | @pernambookanas 09/01/2024minha estante
obrigada, a química entre os atores ajudou muito




Julinho 13/12/2022

Um dos temas principais - e mais vanguardistas - da obra de Thomas Hardy é a sexualidade humana. Em "Longe deste insensato mundo", não é diferente. Bathsheba racionalmente sabe que Boldwood é a melhor escolha para um casamento seguro, que lhe traga estabilidade e respeitabilidade. A contragosto, também reconhece a fidelidade de Gabriel Oak, que não exige nada em troca, mas não é cega e canina: ele é o único a criticar-lhe abertamente quando necessário e vejo certos ecos de Emma e Mr. Knightly na cena em que ele a repreende por brincar com o sentimentos de Boldwood. Mas infelizmente para a nossa heroína, os dois bons partidos não remexem suas entranhas como o sargento Troy, sua escolha equivocada.

Muitos reclamam da obra original e de sua lindíssima adaptação cinematográfico (que reproduz muito bem o tratamento literário que o autor dá a natureza em uma fotografia deslumbrante) argumentando que Bathsheba se apequena e se assujeita no decorrer da obra. O que é verdade, mas argumento como resposta, que tudo o que a fazendeira sofre é resultado de suas próprias escolhas, e que diferentemente de outras heroínas da literatura universal (como a Natasha de Guerra e Paz), ao fim, Bathsheba não é punida pela narrativa. Ela não perde as características que a fazem diferente do ideal feminino da época no início da história, pelo contrário, as recupera. E Mr. Oak não é o tipo de marido que vá reprimir essas características, mas sim pode às estimular.
Gabi 13/03/2024minha estante
Amei mt o filme e finalmente uma resenha me convenceu a continuar na leitura do livro. Espero gostar!




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completamenteavoada 09/06/2022

Amei o livro odiei a protagonista
"Mas desde que as coisas são como são, poderia ter sido pior e me sinto agradecido adequadamente.?

Eu tbm estou agradecida por ter tido um final menos desastroso, apesar de que Bathsheba merecia, porque oh mulherzinha sonsa e insuportável. Só torci por um final "feliz" por causa de Gabriel, pela paciência dele, que talvez supere a de Jó. Tive minhas desconfianças com a narrativa do autor que ficou no limite de "ele está tecendo uma crítica à essa chata da Bathsheba ou está sendo misógino"? Mas, vou dizer ao eu coração que era só uma crítica à essa chata imunda Miss Everdene. Pensando bem, eu faria os mesmo comentários. Te entendo Thomas Hard ?. Enfim, um bom livro, com reviravoltas dignas de um bom romance vitoriano. ??
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Lays.Maria 02/06/2022

Eu achei muito interessante as referências bíblicas, alguns nomes dos personagens fazem referência a nomes bíblicos, tipo Batheseba ser a mulher " responsável" pelo pecado do rei Davi e Gabriel, apesar do nome ser do anjo, me parece ser mais uma aproximação com José, principalmente com sua atitude de proteção à honra de Batheseba. Acho que o autor quis criar uma analogia mesmo.
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Milena.Batalha 23/01/2022

Imaturidade e Consequência
Se tem algo que sempre me surpreende nos livros de Thomas Hardy é seu realismo. Alguns autores se esforçam tanto para captar essa essência que acabam parecendo forçados, mas não Hardy, Ele cria os cenários e inclui o leitor de um jeito muito especial, do qual eu gosto e me impressiono muito. Outra coisa que se destaca bastante é como ele entende bem a essência feminina, sem se tornar clichê, já tinha reparado isso em Tess D'Urbevilles, mas minha opinião se consolidou nesse romance. Tem certos acontecimentos na história que consigo imaginar como se fossem algo que facilmente aconteceria hoje em dia. Por exemplo, quando Batsheba manda o cartão para Boldwood, e este fica atordoado e confuso. Puxa, consigo imaginar alguém no nosso tempo que tenha mandado um mensagem por carência ou brincadeira, que deixou a outra parte assim confusa também. Hoje chamam de "irresponsabilidade afetiva", enquanto naquela época chamavam apenas por "crueldade", e, bom, naquela época não tinha como lidar com isso com um "block" nas redes sociais, né... Então a história desenvolve muito bem as consequências dessa brincadeira imatura, e também de outros acontecimentos. Em contrapartida temos o personagem Gabriel, que é muito maduro, mas também tem seus defeitos. Eu realmente gostei desse romance, assim como gostei dos outros do Hardy, eu o recomendo.
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Pâm Possani 12/08/2021

Bucólico, meu mocinho lindo e a mocinha... Deixa eu com o Oak, vai
Longe deste Insensato Mundo é um romance de Thomas Hardy e sim,eu já tinha ouvido falar muito do autor, mas nunca tinha me aventurado pelas páginas.

Se eu me apaixonei pelo Oak facilmente na telinha, claro que eu já ia gostar dele logo de cara. Ele é simples, sincero, esforçado, inteligente, empático e é bonzinho. Meu mocinho perfeito dos clássicos, não tem como negar. Bathsheba, ao mesmo tempo que foi muito irritante, bem, eu me vi um pouco nela em alguns momentos, mas certamente ela não é a minha favorita desse livro. Só que eu devo confessar que ela me trouxe muitas surpresas.

Longe Deste Insensato Mundo é uma narrativa bucólica, que traz aquele toque do interior e ao mesmo tempo, traz alguns temas bem atuais: traição, familia, conceito que temos das coisas e das pessoas, a simplicidade da vida.
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Ari Phanie 06/05/2021

Eu queria ter passado Longe deste Insensato Martírio


Longe deste Insensato Mundo estava na minha lista de leitura há anos. Eu quis ler ele bem antes de Tess dos D'Urbervilles, o qual eu acabei lendo primeiro. Depois de assistir ao filme de 2015, as expectativas aumentaram e eu esperava, no mínimo, gostar desse livro tanto quanto do filme. E acabei percebendo que o que fizeram no filme merecia algum tipo de prêmio, porque esse é um dos clássicos mais penosos que já li na vida.

Para começar, Thomas Hardy é um dos grandes romancistas vitorianos da literatura inglesa, e as obras dele são muito características pelo tom pessimista e pela exaltação ao cenário bucólico, que ele descreve com maestria. Meu primeiro contato com o autor no ano passado foi melhor do que eu esperava, e eu nunca imaginei que minha segunda experiência fosse ser tão desagradável. Mas vamos lá para os motivos.

O livro em questão conta a história de Bathsheba Everdene, uma moça que herda uma fazenda e decide administrá-la sozinha. Hardy descreve Bathsheba como inteligente, independente, confiante, e também bastante coquete. E ela é mesmo bem coquete e inicialmente, até independente. Mas a medida que a história avança, fica claro que Bathsheba ‘tá longe de ser inteligente e confiante. Ela é na realidade, mimada, egocêntrica, volúvel e imatura. É uma personagem incrivelmente irritante e foi impossível pra mim criar qualquer vínculo ou ter empatia por ela. Só que o problema pra mim não reside na personagem em si, mas em como Hardy queria retratá-la. Eu não me lembro de ter sentido isso no primeiro livro dele (pelo menos, não a ponto de me incomodar tanto), mas o cara era um misógino de marca maior. Ele passa o livro todo (sério, TODO!) se referindo a mulheres de forma negativa; se utilizando de ideias estereotipadas. Em sua concepção, são todas instáveis, inseguras, fracas, incapazes de fazer algo com consistência. E quando Bathsheba é forte e inteligente, é porque ela é claramente, uma exceção. Não existiam mulheres fortes e inteligentes na época do Hardy, todas eram umas vacas doidas esperando por um guia. E os homens tem de estar sempre lá para fazer o certo e auxiliar essas malucas. É uma concepção tão míope, tão cansativa, tão desagradável que não há como relevar. Ele pode ter sido lá do século XIX, onde as mulheres eram vistas desse jeitinho mesmo que ele descreve, mas Jane Austen anos antes dele, criada na mesma sociedade patriarcal foi lá e descreveu suas heroínas como mulheres reais; indivíduos que tinham mais cores e nuances do que se ousava apresentar. As pessoas podem achar que não é um exemplo justo, já que Jane Austen era uma mulher e conseguia falar sobre seu mundo “feminino” com mais precisão, mas quando ela escreveu os personagens masculinos os fez também em várias camadas, sem se utilizar de estereótipos. Escritor que consegue retratar um gênero (o seu próprio) e faz uma cagada com o outro gênero (porque não é o seu) devia estudar melhor e conhecer melhor o ser humano, antes de escrever.

Como se não bastasse essa problemática, Hardy também escreveu três personagens masculinos intragáveis. Não bastava ter só uma protagonista péssima, para acompanhar precisava dos pretendentes radioativos. Oak era o mais interessante no começo. Sensato, sério, a voz da razão e da honra. Daí pra mim morreu poucas páginas depois. E praticamente sumiu na metade da história, dando mais espaço para o chernoboy Troy, que é a concepção exata do “cara errado”, e que serve para mostrar que Bathsheba é como qualquer outra mulher, né!? Uma tonta quando se apaixona. O terceiro envolvido na história é o INSUPORTÁVEL Boldwood, um homem obcecado que não sabe ouvir “não” e persegue Bathsheba irritantemente. Que personagem chato da porra, mds!

Fora esse “quadrado amoroso”, os outros personagens secundários são irrelevantes e não se destacam por nada. E como se não bastasse, as descrições dos cenários e passagens dos personagens falando coisas irrelevantes que não acrescentam nada à história, cansam num grau...! Enfim, esse é um dos piores clássicos que li ultimamente. Cansativo, machista e esquecível. Mesmo assim, ano que vem lerei O Retorno do Nativo e espero que Hardy me compense por esse martírio.
Evelin.Mayara 24/10/2021minha estante
Não existe interpretação certa e cada leitor tem a sua. Mas a sua visão de Thomas Hardy como um misógino/machista é no mínimo curiosa. Esse é o autor que teve que deixar de ser romancista e terminou seus dias somente como poeta, devido aos escândalos que seus últimos livros causaram na sociedade vitoriana. E um dos motivos disso foi justamente as críticas que ele tecia à hipocrisia da questão de gênero e o quão estrito esses arquétipos eram, ele era e é conhecido por subverter expectativas de gênero e por suas personagens femininas multifacetadas. Essa análise é feita repetidamente por acadêmicos (homens e mulheres) em artigos e ensaios no mundo todo. Esse é o autor que escreveu Tess dos D'Urbervilles em 1891 (censurado e que só consegue sair no ano seguinte), que é provavelmente o primeiro romance a de fato tratar da cultura do estupro e da culpabilização da vítima, no qual ele defende até o fim a pureza moral de sua heroína. Imagino que você não tenha se dado bem com a escrita de Hardy, que não tenha se atentado para o discurso indireto livre e, por isso, confundido o que é a visão do personagem reflexo da sociedade que ele critica e qual é de fato o ponto que o autor queria atingir.


Ari Phanie 24/10/2021minha estante
Oi, Evelin. Então, li Tess. Achei um ótimo livro, inclusive, nunca imaginei que fosse considerar o autor um machista. Mas ele é. Se você ler o livro, vai notar que não interpretei a opinião dos personagens, fiz a leitura do que o Hardy dizia nas entrelinhas e fora delas. Como a história comprova, ele não foi o único autor perseguido por suas opiniões e histórias, e isso, sem dúvida, não o isenta de ser fruto da sociedade e tempo em que foi criado, portanto, ele não está isento do tom paternalista e misógino que usa, está impresso na sua história de forma bastante clara. Se você ou outra pessoa não consegue enxergar isso, beleza, sem problema. Mas eu vejo. Abraços.


Evelin.Mayara 08/11/2021minha estante
Sim, eu conheço o livro bem, inclusive no original. Seria uma aberração de fato se Hardy falasse como um feminista da 4ª onda, todo autor é e deve ser fruto de seu tempo, por mais ''progressista'' que seja considerado. Autores foram perseguidos pela censura desde sempre, porém isso não anula o fato de que este autor específico o foi e o porquê. Creio que não seja justo nem eu nem você dizermos que quem estudou Hardy no original a vida inteira não consiga interpretar algo, tampouco acreditarmos que suas afirmações são dogmas. O que há são diferentes perspectivas e tudo bem. Poderia ser argumentado que nessa obra ele criou uma das personagens femininas mais complexas e resilientes moralmente da literatura em Bathsheba, ocupante de posição profissional inédita (ele afirma que ela é competente nisso e elogia seu traquejo com números, por exemplo), com algumas idiossincrasias tipicamente masculinas, reconhecendo a pressão social e a situando não nos extremos vitorianos do anjo doméstico nem da ''fallen woman''. Em Boldwood vemos uma loucura em moldes de histeria, que outrora só era retratada em mulheres. Em Troy, pseudoaristocrata, temos uma reflexão da inadequação dos traços estereotipados masculinos naquela sociedade. Em Oak percebemos inúmeras características tipicamente femininas (para os vitorianos) como desejáveis e adaptáveis: modéstia, intuição, gentileza, ética do cuidado e empatia, por exemplo. Novas interpretações são saudáveis para um clássico. Respeito a sua visão como tão válida quanto a minha. Abraço!


Ari Phanie 08/11/2021minha estante
Ah, sim, se vc que leu o livro no original e parece ser uma estudiosa do autor, tá falando, quem sou eu para opinar o contrário? Anotado. ?




Allana 21/04/2021

Eu me decepcionei!
O livro conta uma estória que tem um começo bem promissor e satisfatório sobre uma heroína que, embora muito jovem, sabe muito bem o que quer e o que não quer, mas sinto que o autor se perdeu no meio do caminho na construção dessa personagem, que não deixa de ser uma mulher extremamente forte, mas acaba sucumbindo as próprias dificuldades que as mulheres passavam na época, e perde boa parte do seu brilho.
Outro ponto que me decepcionou bastante foi que, na sinopse desse livro, tem a informação de que o autor descreve com extrema sinceridade as relações sexuais da época, então eu passei o livro inteiro procurando essa descrição, esse momento, e simplesmente não existiu, nenhuma relação sexual descrita!
Então se você, assim como eu, for ler esse livro somente com o intuito de saber como eram verdadeiramente as relações sexuais da época, sinto muito, irão se decepcionar também.
Evelin.Mayara 09/11/2021minha estante
A editora não te enganou com a sinopse. Este é um livro vitoriano de 1874, você jamais vai encontrar descrições explícitas de relações sexuais em romances de tal época. Porém, Hardy chegou a ter problemas com a censura justamente por criar personagens femininas que, assim como os homens, estão sujeitas a desejos sexuais. Na maioria da literatura vitoriana, como um reflexo da obsessão com a ''pureza'' feminina, a mulher ou era retratada como anjo do lar infantilizado ou como ''a mulher caída''. Raros são os autores como Thomas Hardy que são realistas com a sexualidade feminina e a hipocrisia social que a cercava. Isso sem dizer que há bastante simbologia sexual nesse livro.




fabio.orlandini 04/04/2021

Clássico
Por que ler um clássico? Além de uma escrita magistralmente elaborada, Thomas Hardy traz uma reflexão importante até os dias de hoje. Vale a pena se esquecer por uma grande paixão? Quais são os limites do verdadeiro amor? Quando ele vira posse? Quando vc deixa de gostar de si mesmo? Lindo, tocante.
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