Resenhas - El Amor en los Tiempos del Cólera

Ana Fortaleza 07/04/2023

Embora o título possa sugerir, essa não é uma história de amor, ao menos não daquele amor idealizado. Uma história envolvente e que nos surpreende por mostrar aos poucos como realmente são cada um dos personagens

Isabelle 02/05/2022

Tô afim de comprar todos os livros do Gabo em espanhol depois dessa experiência. Li em sua língua original mais para treinar e estudar meu espanhol nascente e depois que me acostumei com o linguajar, gostei bastante. A história em si é interessante, porém tive dificuldades em gostar dos personagens kdkskskkk todos são um pouco insuportáveis. Mas valeu demais a leitura, recomendo!

Sandra.Daniela 28/04/2022

Um romance sonhador
Difícil acreditar, mas o livro nos leva viver um romance quase impossível de acreditar. Narrativa que lleva pela não. Porém, o filme não fica atrás.

Marcelo 19/04/2022

Em minha experiência de leitura o livro iniciou muito interessante, me prendendo facilmente, porém tornou-se monótono em seus capítulos centrais, voltando a me prender a atenção em seus capítulos finais.
Foi minha primeira experiência com um livro inteiramente em espanhol e certamente uma grande obra.
As leituras que o autor faz sobre o amor e a maturidade do mesmo na terceira idade foram muito interessantes.

@larimours 28/12/2020

Amor?
?Cinquenta anos, nove meses e quatro dias é o tempo que Florentino Ariza espera para conquistar sua amada?.

Escrito em 1985, ?O amor nos tempos do cólera" é inspirado na história dos próprios pais de Gabo, onde mais uma vez consegue a mágica de transformar cada linha em poesia.

É assim que nasce a história do amor do telegrafista e poeta Florentino Ariza pela amada Fermina Daza.

D. Firmina Daza é casada com o Dr. Juvenal Urbino, que morre devido a um acidente logo no começo do livro, e é a partir desse acontecimento que vamos conhecer a história dela e de Florentino Ariza, que foi seu namorado quando jovem, porém depois de mais de cinquenta anos ainda não desistiu do que ele acha ser o amor da sua vida.

A história é contada por meio de flashbacks e nós somos apresentados aos jovens Firmina e Florentino, que viveram um romance epistolar durante um longo tempo mas que não passou adiante, porque Firmina, ao finalmente conhecer seu pretendente, percebeu ao vê-lo, que não sentia nada por ele. Ela então se casa com o bom partido da cidade, o médico Juvenal Urbino, e eles vivem um longo e próspero matrimônio. 

Nesse ?meio tempo? Florentino Ariza, que ficou arrasado com o término, sofreu bastante mas não deixou de viver sua vida, sempre lembrando da sua amada Firmina Daza, e quando surgiu a primeira oportunidade de conquistá-la (quando seu marido morreu) ele vai diretamente declarar o seu amor por ela, ela claramente arrasada e de luto, o enxota de sua casa, e a partir desse momento a história começa seu novo desenrolar. 

Gabo nos trás uma história de amor não convencional, colocando o amor muitas vezes como uma doença, que maltrata e fere, trazendo a tona o amor real, a vida real, onde nem tudo é lindo e perfeito, onde as pessoas erram e acabam ferindo umas às outras, e mesmo em meio a uma realidade crua, ainda consegue nos arrancar risadas genuínas e nos entrelaçar na história, tudo isso com o pano de fundo de diversas guerras que decorrem durante os cinquenta anos, assim como, o surto de cólera à qual o próprio título do livro se refere, doença essa que causou a morte de milhares de pessoas e a ruína de vários povoados. 

Esse livro é um misto de amor e ódio, pois na mesma proporção que encanta, enoja (se você prestar bem atenção), e acho que era essa a ideia do autor, causar um misto de sentimentos no leitor, pois nesta leitora aqui ele conseguiu kk, fica aí a indicação de mais um livro do meu autor favorito, espero que gostem. 

Debora 30/06/2020

Um clássico é sempre um clássico
Depois de 20 anos reli este livro - agora em sua língua original. Foi uma experiência maravilhosa.
É uma história de amor acima de tudo, do amor em qualquer tempo. Do amor em variadas formas. Do amor entre uma mulher e um homem, ou uma mulher e dois homens, sem ser um triângulo.
Prefiro dizer isso: é uma história sobre o amor.
O amor, às vezes tão abrasador que se assemelha ao cólera. O amor, tão forte, que acontece até em tempos de cólera. O amor que acalenta e move. Que se adapta.
E viva Fermina Daza, a personagem mais fantástica de todo o livro.

Marina 13/03/2020

Ler "El amor en los tiempos del cólera" já vale à pena pelo fato de ser García Márquez. Seu estilo, seus detalhes... realmente conseguem cativar e te fazer querer chegar ao fim da história (mesmo quando o autor faz um constante ziguezague onde revela o que acontecerá no futuro e retorna inesperadamente ao passado).
Porém, admito que revirei os olhos muitas vezes com Florentino e Fermina. Essa obsessão inexplicável, essa dependência e perseguição... há tempos que não podem ser vistas como românticas, nem agradáveis. Interessante o paralelo que o autor traça entre o amor e a cólera criando uma história tão doentia quando a enfermidade.
As personagens, com seus defeitos e virtudes condizem muito com a época, algo que García Márquez faz de forma magistral. No entanto, incomoda um pouco ler alguns trechos (como Fermina sem conseguir acreditar que seu marido tenha estado com uma negra ou Florentino tendo um caso amoroso com uma "novinha").
A obra tem um grande valor literário e histórico, mas comparada a outras de García Márquez, acho que não envelheceu tão bem.

Everton Vidal 19/02/2020

Historia (casi) sin fin
Como todo libro de Gabriel García Marques te atrapa por su estilo deslumbrante y los personajes y situaciones singulares. En comparación con otros de sus libros ese es más extenso, pero menos complejo del punto de vista estructural.
El tema de la senectud, recurrente desde sus primeras producciones, en esta novela gana centralidad, dando a los lectores más jóvenes nuevas perspectivas de las experiencias de la vejez.

anabê @anabialeiroz 18/06/2019

Construção e desconstrução do amor
"Era inevitable: el olor de las almendras amargas le recordaba siempre el destino de los amores contrariados". Cinquenta e um anos, nove meses e quatro dias de amores contrariados a serem brilhantemente dissecados em O amor nos tempos do cólera.


Este é outro livro de Gabriel García Márquez que tem na primeira frase uma boa dose do que vem a seguir e, neste caso, é a representação mais fiel dos diversos tipos de amor, o Amor como relação humana e, como tal, nem sempre bonito ou idealizado. Tem como palco a Colômbia caribenha e como os representantes dos amores, em também suas diversas formas, três idosos: Florentino Ariza, Fermina Daza e Juvenal Urbino.


É uma história com múltiplas camadas, assim como seus personagens. Não é spoiler se eu disser que logo no começo do livro morre o nobre Doutor Juvenal Urbino, médico benfeitor local e marido de Fermina Daza havia 50 anos. Ainda no momento inicial do luto, Florentino Ariza procura pelo seu amor de longa data e revela que nas últimas 5 décadas alimentou o desejo de tê-la. Quando adolescentes, Florentino e Fermina viveram um romance através de cartas e, após a separação forçada pelo pai da menina, mantiveram-se distantes até que quando finalmente puderam se reencontrar Fermina perceber que não estava apaixonada por Florentino: amava a ideia de estar apaixonada. E com esta percepção, escolhe casar-se com um dos maiores partidos da cidade, o médico Juvenal Urbino.


Florentino vive sua vida, tem seus amores, cresce em sua profissão. Porém nunca mais abandona o amor perene por Fermina Daza. E aqui Gabo coloca uma interrogação nas nossas cabeças sobre o quão saudável pode ser um amor desses abdicado do outro e de tudo o que o outro faça. Amar assim não se parece um pouco com o cólera? Te desidrata, espolia, por vezes te mata. Como um amor fadado à decrepitude pode ser terno e durar tanto tempo?


Em outras camadas do livro está a discussão de uma América pós-independência, uma América ainda jovem que está sendo explorada porém ainda se rende ao velho mundo enquanto é destruída de dentro para fora. E, ainda, que após ter oferecido ao velho mundo aquilo que ele pretendia obter, é descartada à própria sorte e em seus paradigmas de explorada e adoecida enquanto o explorador anti-heroi vive sua idílica viagem em meio aos corpos que deixa para trás.


O amor nos tempos do cólera é uma narrativa sobre os amores. O platônico, o amor à primeira vista, o devotado, o construído, o proibido, o carnal, o maduro, o decrépito, o amor no meio do cólera da guerra, o amor entre as epidemias de cólera, o amor que resiste a décadas, o Amor com letra maiúscula como substantivo próprio. E, como tal, é uma desconstrução do amor romântico ao mesmo tempo que o coloca em pé de igualdade como uma doença. Portanto, discute desamores em paralelo. É um livro completo, sublime e que me marcou profundamente, tanto que semanas após terminar sua leitura ainda ecoam em mim suas entranhas coléricas.



site: www.instagram.com/anabialeiroz

Danuzia 25/10/2017

Real
É realmente uma história do amor. Não de pessoas, não do microcosmo, mas sim do Amor, o ente abstrato que é abordado em suas diversas vertentes sem julgamentos de amor verdadeiro ou falso. O Amor, no livro, é sempre verdadeiro, embora com cargas emocionais e bagagens diferentes.
É uma história viceral e contém divagações sobre, amor, idades e sociedade. A história e o conteúdo vão alémda narrativa. Recomendo do fundo do meu coração.

Henrique_ 20/03/2017

Amor à moda antiga
Este é um livro que muitos podem considerá-lo à primeira vista uma simples narrativa de um amor platônico sem sentido do século retrasado. Outros podem se perguntar que o significado da palavra amor tem a ver com a doença cólera ou com seu substantivo feminino ligado à raiva, fúria, ímpeto, furor. Márquez consegue magistralmente evidenciar o entrelaçamento de todos esses sentidos neste romance romântico que transborda história, sentimentos, ironia, realidade, ficção, comédia, drama, de uma maneira que prende o leitor pela escrita dinâmica que revela algo surpreendente a cada parágrafo. É uma obra que vale ser lida para compreendermos uma faceta do amor há muito banalizado. Vale para conhecermos um pouco da história e cultura do caribe colombiano. Vale simplesmente pela leitura.

Pandora 29/09/2014

Quanto mais leio Gabriel García Marquéz, mais o admiro e mais o quero ler. Demorei uma eternidade neste livro: três meses ou mais. Neste ínterim, li outros vários livros bem rapidamente, mas este eu ralentei ao máximo, porque, no fundo, temia o momento em que eu saísse do torpor da história, em que eu não fizesse mais parte dela e nem ela de mim. Aquela sensação de orfandade que todo leitor assíduo conhece. Marquéz tinha uma capacidade de construção de personagens tão perfeita (que triste me referir a ele no passado!) que é simplesmente impossível não acreditar que eles existam. Eles são tão reais que você se sente próximo deles, justifica suas atitudes, torce por seu destino. Fiquei tão apaixonada pelo dr. Urbino no início da trama, que não queria saber do romance de Florentino e Fermina, mas depois me compadeci de Florentino, de sua lealdade a um amor profundo e perseverante e também por ele me apaixonei. A construção de cenários, a passagem do tempo, os vários personagens paralelos, as angústias e questionamentos de Urbino, Florentino e Fermina... tudo é tão bem costurado, tão verossímil, que ao final do livro, eu me senti como Florentino após "cinquenta e três anos, sete meses e onze dias com suas noites". Plena.

Helena Frenzel 29/12/2012

El Amor en los Tiempos del Cólera - Comentário Emocional
Há muito tempo, adquiri o hábito de, concluída a leitura de um livro, registrar as sensações de um chofre, ou seja: quase sem pensar, o que chamo de comentário emocional. Pois bem, como uma forma a mais de incentivo à leitura, se é que preciso dizer algo mais a respeito disto, compartilho aqui um desses comentários, escrito após a leitura de El Amor en los Tiempos del Cólera, fascinante livro de García Márquez. Aqui revelo muito sobre a trama. Se ainda não leu este livro, leia-o primeiro e, depois de registrar suas próprias impressões, compare-as às minhas. Um abraço fraterno.

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Acabei de ler o livro e registro o que ficou marcado. Alguien apagó la luna; o conteúdo da carta deixada por Jeremiah de Saint-Amour; por que García Márquez começa a narração com a morte do negro? Por que o paralelo da morte deste (antes da carta, um amigo) com a do Dr. Urbino? O porquê de América Vicuña encontrar as últimas cartas trocadas por Fermina y Florentino Ariza, além de um motivo para o suicídio (óbvio); o paralelo entre os nomes destes dois personagens, a estrutura da narração, comentários pessoais do narrador: como indicar o nome da cidade em que nasceu Mercedes ou a descrição do quarto em que um tal de Arturo (se não me engano) viria a nascer; Das perspectivas de narração: ora Florentino, ora Fermina, ora o Dr. Urbino; Também a revelação dos escândalos no final: as tramóias do pai de Fermina, o caso do Dr. Urbino com a amiga de Fermina. Teriam esses escândalos algo a ver com a carta de Jeremiah de Saint Amour? De onde vieram as denúncias, e as provas? Como aquela antiga fotografia de Fermina foi parar nas mãos de Ariza? E a insinuação da infidelidade de Fermina? O romance, claro, muito bem estruturado. A força das citações, as falas dos personagens, o brilhante e inesperado final, que de algum modo, embora fantástico, não destoa da realidade: Por toda a vida. São tantos símbolos, tantas coisas que chamam a atenção! Sim, o vocabulário é por vezes difícil, estranho para quem não conhece o colorido da linguagem de García Márquez. Alguns bichos que ele descreve, só pelo nome, não tenho como saber, sem pesquisar. Porém, em nada impedem o prazer da leitura, em nada impedem o leitor de escapar das armadilhas do autor, colocadas ali exatamente para entreter, distrair, encantar e, como não podia faltar: surpreender, elevar a uma dimensão entre o sonho e a realidade, de tão solta entre as duas que se torna difícil não acreditar que tal história poderia, de fato, se passar. Adorei a leitura deste livro. Vou relê-lo!

Assisti também a algumas partes do filme (com Fernanda Montenegro no papel da Tránsito) e li um resumo de partes do livro. Um dos comentaristas chamou a atenção para a imagem de Fermina, pois o leitor, boa parte da história, a vê só pelos olhos de Ariza. Uma visão, que, pelos delírios do amor, semelhantes ao do cólera, bem pode iludir, sendo algo totalmente diferente do que ele vê, em realidade. Fico por aqui com esse comentário emocionado. De fato, estou cansada. Esta em que me encontro agora, meio-deitada, não é nem de longe uma boa posição para escrever. Estou em estado de graça!


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Texto publicado em Março de 2011 em:
http://bluemaedel.blogspot.de/2011/03/el-amor-en-los-tiempos-del-colera.html

Deise 01/12/2012

Uma linda história de amor
Garcia Marquez escreve com leveza o amor na velhice!

Josi 29/11/2009

Amor nos tempos do Cólera
Gostei muito deste livro. Ele humaniza bastante as pessoas, lembrando tb à todo momento a nossas fraquezas materiais, físicas, espírituais e principalmente a realidade sobre velhice e morte.
Tb conta uma história de amor que dura por toda uma vida.