Labirinto Circular

Labirinto Circular Shiva




Resenhas - Isso é tudo muito raro; Labirinto Circular


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Fabio Shiva 28/12/2021

A mente é um labirinto circular, de onde não se escapa somente dando voltas
Fiquei muito feliz por finalmente lançar em e-book esse livro (https://www.amazon.com.br/Labirinto-Circular-Fabio-Shiva-ebook/dp/B09MSVN9GZ), que é uma espécie de Doppelgänger ou “metade sombria” de “Isso Tudo É Muito Raro” (https://www.amazon.com.br/Isso-Tudo-%C3%89-Muito-Raro-ebook/dp/B09MSWTTBP). Os dois livros, hoje digitalmente separados, foram lançados fisicamente juntos em 2016, como um livro duplo ou geminado, com a capa de um sendo a contracapa de outro.

Como falei recentemente sobre a ideia por trás da estruturação dos livros dessa forma (https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2021/12/so-ha-duas-maneiras-de-viver-ou-nao.html), hoje quero falar especificamente do processo de escrita dos seis contos de “Labirinto Circular”. Começando pelo título, que ao contrário de “Isso Tudo É Muito Raro” não foi retirado de uma das histórias. Aqui o título se refere à configuração de nosso cérebro, que sugere (ao menos para mim) os intrincados meandros de um labirinto circular.

Eu tinha uma vaga noção de que essa imagem de um labirinto circular teria sido retirada de algum dos maravilhosos contos de Jorge Luís Borges. Curiosamente, terminei de ler agora “Nova Antologia Pessoal” do Borges, onde consta “O jardim dos caminhos que se bifurcam”, uma de suas melhores histórias, com muitas referências a labirintos, mas não exatamente a um labirinto circular. Creio que quando li esse conto pela primeira vez, há muitos anos, ele ficou fermentando em meu espírito e acabou trazendo essa imagem da mente como um labirinto sem começo nem fim, de onde só se pode escapar por meio de algum movimento extraordinário e inesperado.

O melhor exemplo desse ardiloso e inescapável labirinto é o que acaba de me ocorrer, pois só ao digitar essas linhas acima foi que resgatei uma lembrança soterrada entre os escombros do inconsciente: “Labirinto Circular” é o nome de uma música composta por mim e por meu irmão Fabrício Barretto e gravada pela banda O Plano em 2005. O título da música foi (supostamente) inspirado no conto de Borges, e o título do livro foi retirado da música. Curioso como voltou tudo à minha mente agora, inclusive a letra da música, que acho muito bonita:

Quem me dera identificar o que te faz mistério
Traduzir, fichar, classificar e estudar a sério
Eu saberia como responder
O sim e o não do quê e do porquê
Quem me dera identificar o que te faz mistério

Quem me dera descobrir das cores qual você mais gosta
E encontrar no I Ching a pergunta pra qualquer resposta
Eu saberia como adivinhar
Exatamente o que te faz sonhar
Quem me dera descobrir das cores qual você mais gosta

Quem me dera o teu rosto tatuado no meu braço
O teu cheiro preso em meu pescoço, teu amor no laço
Eu saberia como te levar
Aonde nós dois temos que chegar
Quem me dera o teu rosto tatuado no meu braço

Quem me dera encontrar no teu olhar o meu reflexo
Tua força no meu ombro, minha calma no teu sexo
Eu saberia te fazer sorrir
Com tudo aquilo que me faz sorrir
Quem me dera encontrar no teu olhar o meu reflexo

A música “Labirinto Circular” pode ser ouvida no link abaixo:
https://drive.google.com/file/d/1EzJuO4dj8omh-00DBja8zJK858JPDrm2/view?usp=sharing

Antes de comentar o processo criativo de cada um dos contos, quero registrar ainda uma surpresa que tive ao reler o livro em 2021, a fim de preparar a edição digital. Quando lancei o livro físico, há cinco anos, eu considerava a metade “luminosa” (representada por “Isso Tudo É Muito Raro”) claramente superior à metade “sombria” (dos contos aqui presentes). Nessa releitura, achei os contos dessa “banda podre” não só mais divertidos, como melhor escritos. Acho que na Literatura a tentativa de ser virtuoso é, por si só, talvez um dos mais graves pecados.

Falta dizer ainda que esse livro duplo foi até hoje, e muito provavelmente para sempre, o único de meus livros que dediquei a pessoas. A metade “Labirinto Circular” foi dedicada com muito amor à minha esposa Fabíola Campos.

O ARMAZÉM
Confesso que senti medo ao descobrir a elevada taxa de suicídio entre escritores, e lidei com esse medo como lido com todos os medos: escrevendo a respeito dele. “O armazém” imaginado por mim é uma espécie de purgatório destinado especialmente aos escritores suicidas. Uma diversão especial que tive com esse conto foi apresentar vários desses escritores (Ernest Hemingway, Virginia Woolf, Camilo Castelo Branco, Torquato Neto e vários outros) sem nomeá-los diretamente, mas fazendo com que falassem apenas citações de suas obras.

SOM ALTO
Escrevi esse conto como pura catarse para lidar com a raiva causada por uma situação comum a muitos brasileiros: o caso do vizinho mal-educado (ou generoso, conforme o ponto de vista), que adora colocar o som no último volume (compartilhando seu gosto musical com toda a vizinhança, daí a “generosidade”). Uma curiosidade sobre esse conto é que utilizei as letras que fiz para um projeto chamado Ultrapagode, onde eu pretendia chamar a atenção para o grotesco das letras do pagode baiano justamente escrevendo as letras mais grotescas que eu pudesse. Cheguei a escrever três ou quatro, mas felizmente logo caí em mim e vi que não se combate trevas com trevas. Como nada se perde, acabei utilizando essas letras no conto, onde elas de fato deviam ficar. Em 2019 tive a alegria de ver “Som alto” republicado na antologia “O Sopro da Besta” (https://www.verlidelas.com/product-page/o-sopro-da-besta), da Verlidelas Editora.

AMOR, ETERNO RETORNO
Uma carta de amor… só que não. Escrevi esse conto também como forma de catarse, para lidar com as mentiras e traições que fazem parte de muitas relações de par. Ao reler o conto agora fiquei agradavelmente surpreso ao me ver simpatizando com a mulher adúltera e extremamente cínica que escreve a carta. Espero que os leitores se sintam da mesma forma.

DA ARTE DE CHUPAR (O) PICOLÉ
Escrito aparentemente como um escrachado esquete de teatro, mas que na verdade foi uma brincadeira com as várias camadas de significado que podem coexistir na linguagem escrita ou falada. A maior inspiração para esse texto foi a cena teatral de “Ulisses”, de James Joyce. Aqui aparece uma personagem que espero encontrar novamente, em outro contexto: Luciana, uma detetive amadora transexual que já foi um professor de antropologia e hoje dirige um badalado salão de beleza, enquanto soluciona mistérios de assassinato que desafiam a polícia.

BACKUP
Outra catarse, que brinca com um dos maiores temores do universo masculino: a brochada. A ideia básica, que gerou uma história para lá de bizarra, foi colocar um personagem masculino diante do dilema: o que é pior, brochar ou ter que encarar um apocalipse reptiliano? Esse conto adquiriu para mim um insuspeitado valor emocional, pois foi tema de uma conversa hilariante com o querido amigo Thiago Poblan, que desencarnou em 2021 em decorrência de complicações advindas da Covid. É muito gratificante ver como histórias podem se tornar símbolos de coisas muito maiores que elas mesmas.

O MINIBARATA
Esse conto é certamente um de meus favoritos. O mote do título, preciso confessar, foi um trocadilho infame. Acontece que o maior épico já escrito, e a história da qual derivam todas as histórias, é o “Mahabharata”, colossal narrativa em versos sobre uma grande guerra travada nos primórdios da humanidade. Existem muitas versões da saga, mas recomendo como primeiro contato a admirável adaptação de Peter Brooks (https://youtu.be/yhqkRGISQr8).

Pois bem, a palavra sânscrita Mahabharata pode ser traduzida por algo como “A Grande Índia”, onde Maha significa “grande” e Bharata é um dos nomes pelos quais a Índia é conhecida, como terra do legendário Rei Bharata. Só que essa palavra, “Bharata”, para falantes da língua portuguesa, evoca inevitavelmente o inseto que geralmente provoca repulsa, mas que também inspirou uma das obras-primas da Literatura Mundial. Foi só fazer essa ponte entre o “Mahabharata” e “A Metamorfose” de Kafka que se tornou irresistível a ideia de escrever uma saga épica protagonizada por baratas. O recurso dramático que encontrei para viabilizar essa epopeia foi o Apocalipse Zumbi, que em minha história teve o efeito colateral de propiciar uma evolução genética que conferiu inteligência e linguagem às baratas.

Outra curiosidade a respeito dessa história foi que criei um sistema numérico baseado no seis, partindo do princípio de que nosso sistema decimal tem a ver com o fato de termos dez dedos nas mãos. Então o sistema numérico de uma raça de seis patas bem poderia ser pautado pelo seis. A Literatura pode ser muitas coisas, e certamente é para mim. Mas antes de tudo ela deve ser divertida!

LABIRINTO CIRCULAR
https://www.amazon.com.br/Labirinto-Circular-Fabio-Shiva-ebook/dp/B09MSVN9GZ

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https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2021/12/a-mente-e-um-labirinto-circular-de-onde.html



site: https://www.facebook.com/sincronicidio
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Fabio Shiva 25/12/2021

Só há duas maneiras de viver: ou não existem milagres, ou tudo é um milagre
Resolvi aproveitar a energia inercial adquirida ao converter para e-book o meu primeiro romance, “O Sincronicídio” (https://www.amazon.com.br/dp/B09L69CN1J) e fazer o mesmo com outros livros meus, começando por esse livro duplo de contos, lançado em 2016 e hoje esgotado fisicamente. Aliás, que interessante essa ideia de um livro “esgotado fisicamente”! Há algumas décadas essa expressão seria incompreensível, mas hoje é perfeitamente natural. Só mais um pequeno e eloquente indício de como o nosso mundo vem mudando vertiginosamente e de como os nossos conceitos do que é “normal” e do que é “absurdo” sofrem alterações quase que diárias. E esse é justamente um dos conceitos subjacentes aos contos desse “Isso Tudo É Muito Raro” (https://www.amazon.com.br/Isso-Tudo-%C3%89-Muito-Raro-ebook/dp/B09MSWTTBP).

Em seu formato físico, o livro foi lançado fazendo par com “Labirinto Circular” (https://www.amazon.com.br/Labirinto-Circular-Fabio-Shiva-ebook/dp/B09MSVN9GZ), sendo que os dois ficavam de ponta cabeça um com relação ao outro, e a capa de um era a contracapa do outro. Daí chamá-lo de “livro duplo”, embora talvez uma expressão mais precisa fosse algo como “livros gêmeos siameses”. Pois a ideia de espelhos invertidos, alter egos, ou opostos e complementares é dominante na estrutura dos dois livros. Cada “metade” é composta por seis contos, sendo que cada conto possui um equivalente distorcido na outra metade. Consegui organizar isso escrevendo sempre um par de contos totalmente diferentes entre si, mas versando sobre o mesmo tema, aparentemente escolhido de forma aleatória. Os seis temas são: Sobrenatural, Assassinato, Carta, Literatura, Ufologia e Saga.

Pode parecer maluquice, mas juro que tive bons motivos para me esforçar em tão meticulosas elucubrações. Em primeiro lugar, porque me divirto com essas coisas. E em segundo lugar, porque o fio condutor dessas doze histórias é a polarização entre o Olhar e a Consciência, representados nas capas dos dois livros como as pupilas sobrepostas em “Isso Tudo É Muito Raro” e o cérebro em “Labirinto Circular”. Entre o Olhar (que nos traz o mundo externo) e a Consciência (que nos fala do mundo interno) circulam todas as perguntas, inclusive as cruciais: o que é realidade? O que é ilusão? Acredito que uma das funções da Literatura é reverberar essas questões.

Quero falar brevemente sobre cada um dos contos, não tanto sobre as histórias em si, mas sobre o processo de criação e as motivações envolvidas (até onde me dou conta delas):

EU, GAMEBOY
Esse conto, um de meus favoritos, teve como mote um célebre trecho do Mundaka Upanishad:

“Dois pássaros de belas asas, amigos íntimos, vivem na mesma árvore, assim como o ego e o Eu habitam o mesmo corpo. Dos dois, um come os frutos doces e azedos da árvore da vida, enquanto o outro apenas observa o companheiro.”

Esse trecho, que expressa de forma tão poética a relação entre a alma e o ego, foi também o mote inicial para a minha oficina de “Meditação para Crianças”, que acabou virando um livro em versos rimados, que espero publicar em breve. No conto, utilizei essa ideia para imaginar a alma como um jogador de videogame onde o ego é o jogo. Assim, a ideia foi retratar um dia enfadonho na vida de um funcionário do departamento de pessoal de uma empresa, com todas as suas mesquinhas alegrias e agonias, que são vivenciadas pelo jogador oculto como lances emocionantes do game. Acho que é uma metáfora bem aceitável para a vida da maioria de nós.

A MARCA
Esse conto foi originalmente publicado em “REDRUM – Contos de Crime e Morte”, antologia lançada em 2014 pela Caligo Editora. Quando Bia Machado, editora da Caligo, me convidou para participar do livro, eu e meu irmão Fabrício Barretto estávamos mergulhados na produção de “ANUNNAKI – Mensageiros do Vento” (https://youtu.be/bBkdLzya3B4). Por isso, o bom senso mandava que eu recusasse o convite. Mas guloso de escrita como eu sou, encontrei uma desculpa plausível, encaixando uma história de assassinato (como a Bia havia pedido) na temática dos Anunnaki e das tabuletas sumérias (para apaziguar minha consciência culpada). E o resultado me deixou muito feliz. Aproveito para agradecer novamente à minha irmã caçula Flávia Barretto e aos seus colegas do laboratório da UENF, que me ajudaram a planejar um horripilante crime de morte!

MENSAGEM DENTRO DE UMA GARRAFA PET
Esse é um de meus primeiros contos, e o escrevi para participar de um concurso promovido pelo jornal O Globo, com o tema “O Rio e o Mar”. Lembro que caprichei ao mandar o conto, enviando junto com o texto impresso uma cópia do conto devidamente datilografada em uma velha Remington 14 e inserida dentro de uma garrafa Pet, tal como a história de meu conto. Quando o resultado do concurso saiu, lendo os contos vencedores, dei-me conta (mais uma vez) de minha ingenuidade: o jornal queria histórias de louvores ao cenário (inegavelmente) paradisíaco do Rio de Janeiro, enquanto o meu conto, passado em um futuro próximo, narrava um derradeiro dilúvio carioca.

1%
Escrevi esse conto para a antologia “Os 7 Pecados Capitais” (https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2013/05/os-7-pecados-capitais.html), lançado em 2013 pela Editora Pimenta Malagueta, de minha querida amiga Miriam de Sales. Foi a minha primeira história publicada em livro. Escolhi a preguiça como o pecado capital tema do conto, narrando a trajetória de um escritor genial, mas preguiçoso, que possuía o 1% de inspiração, mas carecia totalmente dos 99% restantes de transpiração…

ANGÉLICA E AS FADAS
Escrevi esse conto para cumprir a promessa feita à minha querida amiga Angélica Bernardino, que conheci na Comunidade Resenhas Literárias do Orkut (sim, faz tempo isso!), junto com outras duas queridas amigas, Bia Machado e Elda Araújo, trio a quem dediquei o livro “Isso Tudo É Muito Raro”. Prometi que escreveria uma história onde a protagonista se chamaria Angélica, e cumpri a promessa não apenas aqui, mas também em outro livro (que não posso revelar qual é, sob pena de cometer spoiler!).

ISSO TUDO É MUITO RARO
Foi uma delícia escrever essa história, por três motivos. Primeiro, ela me deu a oportunidade de reecontrar alguns personagens queridos de “O Sincronicídio: sexo, morte & revelações transcendentais”. O Inspetor Teixeira, protagonista de meu primeiro romance, aparece aqui como mero espectador da história de uma noite perfeita vivida pelos Olimpianos, o talentoso grupo de jovens universitários que acaba inventando uma máquina capaz de descobrir o futuro, em “O Sincronicídio”, ao alimentar um computador que joga xadrez com o sistema binário dinâmico do I Ching. Segundo, aqui realizei o desejo de escrever uma história nos moldes de um diálogo platônico, mais especificamente de “O Banquete”. A narrativa é toda construída através de diálogos e, tal como no clássico de Platão, fala sobre um concurso de discursos. Terceiro e principal motivo: por conta desse concurso, pude aproveitar algumas de minhas reflexões metafísicas favoritas. Uma delas é a ideia de que existe uma única alma, que reencarna sucessivamente em todas as pessoas que já existiram, avançando tanto para o futuro quanto para o passado em seu processo de evolução. Tempos depois, descobri que essa é a trama essencial do conto “O Ovo”, de Andy Weir, que rendeu algumas ótimas adaptações audiovisuais (https://youtu.be/h6fcK_fRYaI). No meu conto, a primeira pessoa encarnada poderia ter sido Judas Iscariote, sendo a derradeira encarnação a de Jesus Cristo. E seguindo até o fim o paralelismo com “O Banquete”, não foi esse, o meu discurso favorito, que foi sagrado vencedor do concurso, mas um que veio depois e que justamente encerra com a frase que dá nome ao conto e ao livro: “Isso tudo é muito raro”. Cada pessoa viva ou morta, cada floco de neve, cada grão de areia, cada ser do universo, isso tudo é muito raro. Penso que perceber isso é outra forma de entender que tudo é um milagre, como expressado tão precisamente por Albert Einstein:

“Só há duas maneiras de viver a vida: a primeira é vivê-la como se os milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse milagre.”
ISSO TUDO É MUITO RARO
https://www.amazon.com.br/Isso-Tudo-%C3%89-Muito-Raro-ebook/dp/B09MSWTTBP


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Hudson 01/03/2021

Singular
Fábio Shiva, músico, baixista, compositor, ex-integrante e fundador da Banda Imago Mortis, que em 2002 lançou um dos mais aclamados álbuns do Heavy Metal Nacional, chamado "Vida, the play of change", é autor de uma ótima obra literária na qual se destaca "O Sincronicídio". Além disso, atualmente ele integra a banda Mensageiros do Vento, cujo destaque é a obra Anunnaki, que você pode encontrar facilmente no YouTube.
Voltando aos livros, esse e alguns outros você pode encontrar no Wattpad. Em Labirinto Circular, você vai encontrar contos que transitam entre a ficção científica, o fantástico, o absurdo e o cotidiano. Vocês precisam ler o conto "Som alto"! Todo mundo que já sofreu com algum vizinho barulhento vai se identificar, e essa coisa aparentemente vulgar, banal é retratada no conto de um modo meio cômico, meio trágico, além de despertar em nós aquele sentimento, de "como alguém poderia estar falando disso?". E é por isso que é legal, e nem um pouco politicamente correto. Outro destaque é O armazém, que não consigo nem descrever. Aproveite que está de graça no Wattpad.
jordanpessanha1 01/03/2021minha estante
Caraca nem sabia que esse cara era escritor... Lembro que quando você me apresentou o som do Imago Mortis eu gostei bastante. Vou até dá uma revisitada e de quebra vou procurar os livros desse cara.


Hudson 01/03/2021minha estante
Beleza. Ele escreve sim, muita coisa boa. O livro O Sincronicidio é excelente. O cara mistura tanta coisa, mas sem ficar aquela salada desorganizada. Vale muito a leitura, e esses contos aí tbm.


jordanpessanha1 01/03/2021minha estante
Show. Vou baixar o Wattpad pra começar a ler em breve.


Hudson 01/03/2021minha estante
???????




Léia Viana 08/09/2017

Contos pensantes
Isso tudo é muito raro

Gostei muito dos contos e da pequena entrada dos Anunnakis. Para quem não sabe a banda Mensageiros do Vento, a qual o escritor Fabio Shiva faz parte, lançou ano passado o DVD Anunnaki um desenho de traços delicados e que remete a algo muito, muito antigo e primitivo, com sentido de origem a arte, narrado em ópera rock a respeito dos seres provenientes do planeta Nibiru, os Anunnaki, que teriam criado a raça humana atual.

A versão urbana, para Caim e Abel, foi muito bem contextualizada com o que se tornou uma boa parte da sociedade em que estamos inseridos: egoístas, pobres de espíritos e trágicas. Capaz de cometerem e mostrarem seu pior lado para atingir seus resultados. Gostei tanto desse conto que o reli mais de uma vez.

Labirinto Circular

É muito gostoso ler e perceber o quanto um escritor pode ser versátil em um único livro. E o quanto ele pode nos fazer pensar e repensar e nos deixar sem respostas, pois bem, fiquei estupefata com alguns contos desse segundo livro e com medo do que estamos nos tornando como “sociedade”.

Os contos: “Som Alto”, “Amor, Eterno Retorno” e “Backup” são muito atuais, o que choca, e nos leva a pensar: “que mundo estamos deixando para o nosso próximo?”. “No quê estamos nos tornando como pessoas?”. “O que fizemos com o caráter?”

Gostei muito dos dois livros, mas achei “Labirinto Circular” bastante crítico e denso nos assuntos tratados.

Leitura recomendada!
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